Pelo terceiro ano consecutivo, a perseguição de cristãos ao redor do
mundo atingiu um novo recorde. Porém, a causa principal, o extremismo
islâmico, agora tem um rival: o nacionalismo étnico.
Por isso, a
Ásia merece uma preocupação cada vez maior juntamente com o Oriente
Médio, de acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2017, publicada pela
organização Portas Abertas em 11 de janeiro.
Por ser o 25º aniversário da lista, Portas Abertas publicou também uma análise de tendências de perseguição nos últimos 25 anos.
As descobertas e tendências identificadas por Portas Abertas são desoladoras:
Aproximadamente 215 milhões de cristãos sofrem perseguição alta, muito alta ou extrema.
A Coreia do Norte ainda é o lugar mais perigoso para ser cristão (por quatorze anos consecutivos).
O
extremismo islâmico ainda é a principal causa global de perseguição,
responsável por iniciar opressão e conflito em 35 dos cinquenta países
da lista de 2017.
O nacionalismo étnico está se tornando
rapidamente uma causa de perseguição. “No Ocidente, isso tomou uma forma
‘anti-establisment’, mas, na Ásia, tomou uma forma antiminorias,
alimentada por nacionalismo religioso dramático e insegurança
governamental.”
O número total de incidentes de perseguição nos
cinquenta países mais perigosos aumentou, revelando que a perseguição de
cristãos no mundo é uma tendência crescente. VEJA O INFOGRÁFICO
Os assassinatos de cristãos estão mais dispersos geograficamente do que na maioria dos períodos estudados até hoje.
A
Ásia é um novo centro de preocupação, com a perseguição aumentando
intensamente em Bangladesh, Laos e Butão, e o Sri Lanka juntando-se à
lista pela primeira vez.
Portas Abertas observou que a Índia
subiu à posição mais alta já ocupada até então, a 15ª, em meio ao
crescimento contínuo do nacionalismo hindu. “Uma média de quarenta
incidentes por mês foram relatados, incluindo pastores espancados,
igrejas queimadas e cristãos hostilizados”, afirmou Portas Abertas. “Dos
64 milhões de cristãos na Índia, aproximadamente 39 milhões sofrem
perseguição direta.”
Na Ásia Central, a perseguição se espalhou
devido ao extremismo islâmico e às tentativas do governo de contê-lo.
“Em muitos países, cresceram os ataques do governo a lares suspeitos de
serem cristãos, certos livros cristãos foram banidos e o requisito de
adesão para permanecer uma igreja legal dobrou, levando várias igrejas a
serem declaradas ilegais de um dia para outro.”
Nos últimos 25
anos, apenas três países estiveram no topo da lista: Coreia do Norte
(2002–2017), Arábia Saudita (1993–1995; 1998–2001) e Somália
(1996–1997).
Portas Abertas define perseguição como “qualquer
hostilidade sofrida como resultado da identificação com Cristo”. “Os
cristãos ainda são um dos grupos religiosos mais perseguidos no mundo”,
declara a organização.
“A Lista Mundial da Perseguição de Portas
Abertas é a pesquisa mais precisa, minuciosa e intensiva disponível
sobre a perseguição de cristãos”, disse David Curry, presidente e
diretor executivo de Portas Abertas nos Estados Unidos. “Ela calcula não
apenas as mortes relatadas nos noticiários, mas também a perseguição em
âmbito local, onde a perseguição de família a família é monitorada.”
Nota:
Publicado originalmente no Portal Christianity Today. Usado com permissão.
Traduzido por Mariane Lin.
• Jeremy Weber é editor sênior de notícias de Christianity Today.
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