NOSSA MISSÃO: “Anunciar o Evangelho do Senhor Jesus à todos, transformando-os em soldados de Cristo, através de Sua Palavra.”

Versículo do Dia

Versículo do Dia Por Gospel+ - Biblia Online

sábado, 31 de dezembro de 2016

10 planos de leitura bíblica e orante para 2017

“É absolutamente necessário, a fim de que a felicidade no Senhor possa continuar, que as Escrituras sejam lidas regularmente. Nós devemos especificamente, com regularidade, ler as Escrituras sequencialmente e não escolher um capítulo aqui e outro ali. Se fizermos assim, seremos sempre anões espirituais. Eu digo isso a vocês carinhosamente. Durante os primeiros quatro anos depois da minha conversão eu não fiz nenhum progresso porque eu negligenciei a Bíblia. Mas quando eu li regularmente através da Bíblia toda. eu imediatamente progredi. Então minha paz e alegria continuaram mais e mais. Eu tenho feito isso há 47 anos. Eu li a Bíblia inteira aproximadamente 100 vezes e eu sempre acho revigorante. Assim minha paz e alegria têm aumentado mais e mais.” (D. L. Moody)
2017 está chegando e, de costume, planejamos o que iremos fazer no próximo ano. Porém, conforme ressalta John Piper no artigo Um Apelo de Ano Novo: Planeje!, nós precisamos planejar tanto as nossas necessidades físicas quanto as espirituais. Assim, queremos incentivá-lo a ler a Bíblia durante o próximo ano.
Pensando nisso trazemos algo novo neste ano. Iremos fornecer dois tipos de plano de leitura: bíblica e orante. A leitura bíblica irá focar mais em ler trechos maiores das Escrituras, buscando ler a Bíblia inteira ou parte dela em certo período de tempo. A leitura orante tem como alvo pautar e enriquecer a oração, por isso ela foca na leitura diária do livro dos Salmos e de outras orações da Escritura.

2 Plano de Leitura Orante

O objetivo da leitura orante não é somente ler o trecho selecionado, mas refletir sobre ele e torná-lo seu, usá-lo como base de sua oração pessoal a Deus. Desta forma, ela irá auxilia-lo a adquirir um vocabulário bíblico de oração e orar com as próprias palavras inspiradas de Deus.
Com dúvida de como fazer, confira estas duas postagens:
  1. Como orar um salmo
  2. 6 dicas para ler os Salmos devocionalmente

Plano de Leitura Orante dos Salmos Trimestral Semestral

Pensar que Deus inspirou orações é algo incrível. Deus não só inspirou o que ele queria falar conosco, mas inspirou o que nós deveríamos falar para ele. Você tem dificuldade de orar? Não sabe o que pedir? Não sabe como pedir? Bom, seu Pai inspirou um livro inteiro chamado Salmos recheado de diversos tipos de orações (louvores, ações de graças, súplicas, confissões). Então, aprenda a orar com a própria Bíblia e leia um (semestral) ou dois (trimestral) salmos por dia e os torne sua oração.
Sugiro que invista 10 minutos do seu dia para esta devocional diária. Mas, caso perca algum dia, o plano tem 25 dias de leitura por mês para que você consiga recuperar sua devocional.

Plano de Leitura Orante Quadrimestral BAIXAR

Desenvolvi este plano para que pudéssemos aprender a orar não somente com os salmos, mas também as demais orações na Bíblia. Selecionei 50 das principais orações ou trechos sobre oração, desde a intercessão de Abraão por Sodoma até o simples “Maranata, vem Senhor Jesus!”, passando pelas orações de Paulo (importantíssimas para aprendermos sobre o que orar uns pelos outros, conforme D. A. Carson ensina no excelente livro Um chamado à reforma espiritual). Também encaixei estrategicamente 28 trechos que ensinam sobre oração e coloquei entre parênteses junto à oração principal a fim de ensinar e reforçar algo daquela oração (sugiro que leia o texto suplementar antes). Sugiro que invista 10 minutos do seu dia para esta devocional diária.
Sugiro que invista 10 minutos do seu dia para esta devocional diária. Mas, caso perca algum dia, o plano tem 25 dias de leitura por mês para que você consiga recuperar sua devocional.

8 Planos de Leitura Bíblica

Separamos 8 planos de leitura bíblica e listei aqui pela ordem de dificuldade. Se você é um novo convertido, considere comprometer-se com o “Plano de Leitura para Novos Convertidos”, pois possui só 30 dias e irá dar uma visão geral da Bíblia para você. Após, considere ler o Novo Testamento em 6 meses com o “Plano de Leitura do Novo Testamento” ou em um ano com o “Plano de Leitura do Novo Testamento 5×5”. Se você já é um cristão mais maduro na fé, mas está com dificuldade de manter o hábito da leitura, considere o “Plano de Leitura Bíblica Diário de Discipulado”, que possui pausas e dias de reflexão. Se você já é um cristão maduro na fé com o hábito regular de leitura, considere os demais planos.

Plano de Leitura para Novos Convertidos BAIXAR

Com este plano elaborado pelo pastor Garret Kell, em 30 dias, com uma leitura diária, você terá um quadro geral da história da Bíblia. Exemplo: Dia 1 – Gênesis 1.1–3.19 – A Criação e a Queda da Humanidade
Este plano é ideal para discipular novos convertidos, pois dá a oportunidade de explicar um breve panorama da história e doutrinas bíblicas. É claro que há muito que fica de fora, mas é um ótimo lugar para começar. Você levará cerca de 7-10 minutos para fazer sua leitura diária.

Plano de Leitura do Novo Testamento 5×5 BAIXAR

Com este plano elaborado pelo Discipleship Journal, em um ano você lerá o NT inteiro uma vez, com 1 leitura diária de 5 minutos, 5 vezes por semana, com pausa e em uma sequência intercalada dos livros neotestamentários. Exemplo: Semana 4: Mc 16; At 1; At 2; At 3; At 4.
Este plano é ideal para quem está começando. Com apenas 5 minutos e somente 5 vezes na semana, você conseguirá ler o todo o NT. Os evangelhos estão distribuídos na leitura, tornando-a, assim, menos repetitiva no começo.

Plano de Leitura do Novo Testamento BAIXAR

Com este plano modificado da ESV Outreach Bible, em seis meses você lerá o NT inteiro uma vez, com 1 leitura diária, sem pausa e em uma sequência canônica dos livros. Exemplo: Dai 1 – Mt 1‐2.
Este plano é ideal para quem está começando e deseja algo um pouco além do plano 5×5. Você levará cerca de 5-7 minutos para fazer sua leitura diária.

Plano de Leitura Bíblica Diário de Discipulado   BAIXAR

Elaborado por Mark Bogart e Peter Mayberry para o Discipleship Journal, em um ano você lerá a Bíblia inteira uma vez, com 2 leituras diárias, pausa e em uma sequência intercalada dos livros bíblicos. Exemplo: Dia 1 – Gn 1-2; Sl 1 | Dia 22 – Mc 1-3; Sl 17.
Este plano é o meu favorito por três vantagens: possui somente 25 dias de leitura por mês (ou seja, se você perdeu um dia é mais fácil recuperar), possui leitura de um livro por vez (fica confuso ler 4 porções de diferentes lugares por dia) e possui uma leitura devocional nos Salmos ou Provérbios ou Isaías. Os pontos fracos deste plano é que se você é um leitor regular irá ficar, em média, 5 dias no mês sem uma leitura para fazer. Além disso, como tem duas leituras distintas, recomendo fazer uma pela manhã e outra pela noite. Você levará cerca de 7-10 minutos para fazer sua leitura diária.

Plano de Leitura Bíblica Capa-a-Capa   BAIXAR

O plano de leitura capa-a-capa irá fazer exatamente isso, ajudá-lo a ler a Bíblia, com 1 leitura diária e sem pausa, da primeira a última página na sequência de nossas Bíblias atuais. Exemplo: Dia 1 – Gn 1-3.
O ponto forte deste plano é que você seguirá a ordem de nossas Bíblias modernas e terá uma noção melhor da estrutura e história de cada livro bíblico. Por outro lado, pode ser que você tenha dificuldade de ficar um longo período em um estilo literário da Bíblia ou impactar em Levíticos (é tão inspirado quando quanto os Salmos, ok?). Você levará cerca de 10-15 minutos para fazer sua leitura diária.

Plano de Leitura Bíblica Cronológica  BAIXAR

Com este plano elaborado pelo ministério Back to the Bible, você lerá em um ano, com uma leitura diária e sem pausa, a Bíblia inteira em ordem cronológica. Exemplo: Dia 165 – 1Re 8, 2Cr 5 | Dia 166 – 2Cr 6‐7, Sl 136.
O ponto forte deste plano é que você terá uma noção melhor da história da redenção, mas ao custo da coesão literária de cada livro bíblico. Lembre-se, Deus não inspirou uma teologia sistemática ou um livro histórico moderno. Os livros da Bíblia possuem gêneros literários diferentes e devem ser compreendidos dentro de sua própria estrutura e beleza. Porém, é sempre bom saber quando certo Salmo foi escrito ou em que época Isaías viveu e profetizou. Você levará cerca de 10-15 minutos para fazer sua leitura diária.

Plano de Leitura Bíblica M‘Cheyne    BAIXAR

Com este clássico plano elaborado por Robert Murray M’Cheyne você lerá em um ano 1x o AT e 2x os Salmos e o NT, em 4 leituras diárias diferentes em uma sequência intercalada dos livros da bíblia. Exemplo: Dia 1 – Gn 1; Mt 1; Ed 1; At 1.
Este plano é ideal para quem gosta de ler de vários trechos da Bíblia, intercalar AT e NT e já possui o hábito da leitura regular da Bíblia. O ponto fraco deste plano é que se você for ler tudo de uma vez pode ser confuso manter a progressão literária e histórica de 4 livros da Bíblia ao mesmo tempo. Por isso, sugiro dividir a leitura em 4 momentos no dia (manhã, almoço, tarde, noite). Você levará cerca de 15-20 minutos para fazer sua leitura diária.

Plano de Leitura Bíblica M‘Cheyne-Carson    BAIXAR

D. A. Carson modificou o plano de M’Cheyne para dois anos. Assim, você lerá em dois anos 1x o AT e 2x os Salmos e o NT, em 2 leituras diárias diferentes em uma sequência intercalada dos livros da bíblia. Exemplo: Dia 1 – Gn 1; Mt 1.
Este plano é ideal para quem gosta de intercalar AT e NT e irá se comprometer com um plano de 2 anos. O ponto fraco deste plano é que se você for ler tudo de uma vez pode ser confuso manter a progressão literária e histórica de 2 livros da Bíblia ao mesmo tempo.Por isso, sugiro dividir a leitura em 2 momentos no dia (manhã, noite). Você levará cerca de 7-10 minutos para fazer sua leitura diária.

Aplicativo YouVersion

O aplicativo da Bíblia YouVersion também possui diversos outros planos de leitura bíblica, caso você use um aplicativo para ler.

Dicas

Por: Vinicius Musselman. © 2016 Voltemos ao Evangelho. Original: 10 planos de leitura bíblica e orante para 2017

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A disciplina do descanso e do relaxamento

Em meio a todas as pressões que sofremos, como podemos não somente vencer o desânimo, mas também manter o frescor espiritual?
Não tenho nenhuma passagem das Escrituras para oferecer, mas gostaria de falar por meio de minha experiência e também das Escrituras. Em geral, eu gostaria de dizer que acredito piamente na importância da disciplina. Acredito que a raiz da estagnação muitas vezes seja a falta de disciplina.

Falemos sobre três tipos de disciplina. Vou chamar a primeira de disciplina do descanso. Somos criaturas extremamente psicossomáticas. Na verdade, somos criaturas pneumato-psicossomáticas, porque somos corpo, mente e espírito. Não é fácil entendermos a inter-relação entre estes três elementos, mas sabemos que a condição de um afeta os outros. Especialmente, a condição de nosso corpo afeta nossa vida espiritual. Às vezes, pessoas com um problema espiritual me procuram, e sei que a solução para seu problema espiritual é tirar uma semana de férias. Quando estamos cansados ou doentes, não temos vontade de ler as Escrituras, não temos vontade de orar e não temos vontade de dar testemunho de Jesus Cristo. Mas, quando nos sentimos bem fisicamente, estas coisas são fáceis. Portanto, aqui estão alguns aspectos da disciplina do descanso.
Primeiro, a necessidade de tirar um tempo para si mesmo. Alguns líderes cristãos são trabalhadores compulsivos, excessivamente meticulosos e acham que há algum problema se não estiverem trabalhando de manhã, à tarde e à noite. Alegam que Jesus é seu exemplo, dizendo que ele estava à disposição de qualquer pessoa a qualquer momento, mas o conhecimento deles da Bíblia deixa muito a desejar. Jesus não estava à disposição o tempo todo. O texto que eu gostaria de oferecer aos trabalhadores compulsivos é Marcos 6.45: “Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão”. Ele despediu a multidão, porque queria ir embora, descansar e orar, por isso não devemos nos sentir culpados se quisermos ter um período de descanso.
Eu mesmo sou muito grato pela sesta. Eu não conseguiria me levantar de manhã se não fosse a sesta que tiro à tarde. Lembro-me muito bem de minha primeira visita à América Latina. Havia viajado por todo o continente e iria embora da Argentina. Era minha última noite em Buenos Aires e alguém me perguntou na reunião pública se eu havia aprendido alguma coisa na América Latina. Pude responder de imediato que havia aprendido três lições valiosas. A primeira era o grande benefício da sesta; a segunda era arrepender-me particularmente do vício inglês da pontualidade e a terceira era a liberdade de cumprimentar a todos com um beijo. Acrescentei que teria de esquecer duas dessas lições antes de voltar para Londres. Deixei que eles adivinhassem quais seriam, mas vocês vão dizer que foi com a sesta que continuei. Portanto, precisamos do sono adequado, e, sem dúvida, nossa necessidade varia de acordo com nosso temperamento. Também precisamos tirar um tempo para descansar durante o dia, como também à noite.
[…]
O segundo item que vem depois do descanso são os passatempos. Quando somos jovens, nosso passatempo, muitas vezes, é o esporte, e isso é excelente para dar-nos uma oportunidade de fazer exercícios com nossos amigos. Mas todo cristão deveria ter um passatempo, mesmo quando se sente muito velho para praticar esportes. Deveríamos ter interesse por alguma ramificação da história natural, pois os cristãos evangélicos têm uma boa doutrina da redenção e uma péssima doutrina da criação.
Não tenho vergonha de sugerir que vocês observem os pássaros. Quem faz isso raramente tem um colapso nervoso. Esta atividade leva-nos para o ar livre e faz com que pratiquemos exercícios. Leva-nos para a solitude ou quase isso com um amigo, longe da agitação da cidade para o sossego do campo. Não consigo descrever a magia da manhã após o nascer do Sol, especialmente na África ou na Ásia, quando eu saía para o meio do mato ou arrozal a fim de desfrutar a vista, os sons e as fragrâncias da natureza. Além do mais, isso mantém a mente ocupada, desligando-a das pressões do trabalho ou do ministério. Também permite que meditemos sobre as complexidades e as belezas da criação de Deus. Se possível, nossos passatempos deveriam levar-nos para o ar livre.
Um terceiro aspecto do descanso é o tempo com a família e os amigos. Em nosso círculo familiar, no qual sabemos que somos amados e aceitos, podemos relaxar, mas todos precisamos de amigos fora do círculo familiar também. Sobretudo, precisamos de amigos se formos solteiros, e é bom orar pelo que os antigos escritores chamavam de “amigo da alma”, alguém com quem podemos compartilhar profundamente nossas experiências espirituais. Fico me perguntando se valorizamos o suficiente a boa dádiva de Deus, que é a amizade.
Vou testar o conhecimento de vocês das Escrituras. Vou citar um versículo e quero que vocês o completem para mim. Foi escrito por Paulo em 2 Coríntios 7.5-6: “Pois, quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso, mas fomos atribulados de toda forma: conflitos externos, temores internos. Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos com…” o quê? Como Deus nos consola quando estamos à beira de um colapso?
Agora, vou lhes dizer como os cristãos superespirituais completariam o versículo. Eles escreveriam: “Deus consolou-nos com a certeza de seu amor”, ou: “Deus consolou-nos com a presença de Jesus”. Mas não é assim que Paulo continua. Ele nos consolou “com a chegada de Tito”, com a chegada de um amigo próximo e com a notícia que ele trazia. Deus usa essa mesma necessidade humana de amizade para consolar-nos.
Deixe-me dar outro exemplo de Paulo. Este está no final de sua segunda carta a Timóteo. Ao que parece, Paulo estava, nesse momento em uma prisão. Muitos acham que era a prisão Mamertina, em Roma, que não tinha janelas, mas apenas um círculo no teto por onde entravam ventilação e luz. Paulo não escaparia dessa prisão, a não ser que fosse por meio da execução. Ele escreveu: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (4.7). Aqui está Paulo no auge de sua maturidade, ao final da vida, e, contudo, estava sozinho. Era um grande e maduro cristão, mas estava sozinho. Ele escreve sobre a presença do Senhor em 2 Timóteo 4.17: “Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças”, e escreve sobre a expectativa da segunda vinda de Jesus, mas nada disso preencheu a solidão que ele sentia.
Então ele escreve para Timóteo, no versículo 9: “Procure vir logo ao meu encontro”, e no versículo 21: “Procure vir antes do inverno”. Além disso, Paulo lhe pede que traga a capa que ele havia deixado para trás, porque estava com frio, e os livros e os pergaminhos, quaisquer que fossem. Portanto, Paulo era um grande cristão, mas uma pessoa muito humana e não tinha medo de admitir sua necessidade de ter amigos.
Assim, há três reflexões para vocês sobre a disciplina do descanso e do relaxamento. Há a necessidade de tirarmos um tempo para descansar, a necessidade de termos passatempos ou praticarmos esportes e a necessidade de termos uma família e amigos. Estas são necessidades humanas. Nunca tenhamos vergonha de admitir que as temos.

*Texto retirado de Desafios da Liderança Cristã, John Stott

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

15 questões para avaliar seu casamento neste fim de ano

Conforme nos aproximamos do fim do ano, muitos de nós teremos tempo para refletir sobre diferentes áreas de nossas vidas. Não há nada de mágico na virada da página do calendário. Ainda assim, se a mudança de dezembro para janeiro nos faz pensar sobre o que é realmente importante, eu sou inteiramente favorável a este pouquinho de graça comum.
Alguns de nós organizaremos novos objetivos de exercícios. Alguns de nós encontrarão o plano correto de leitura bíblica para o próximo ano. Alguns de nós terão como alvo uma nova programação para a memorização da Bíblia. Todos estes são importantes (especialmente os dois últimos). Permita-me sugerir um outro plano para o fim do ano: avalie o seu casamento.
Como pastor, eu vi muitos matrimônios ruírem (ou desmoronarem) ao longo dos anos. A igreja geralmente é boa em se juntar em torno de um casal para compaixão, conselho e conforto em meio a conflitos conjugais. No que podemos não ser tão bons é em ajudar uns aos outros antes que os problemas se intensifiquem. Nós precisamos de um lugar para triagem conjugal na igreja, mas também precisamos de avaliações regulares.
Aqui estão 15 perguntas para ajudar você e seu cônjuge a medir a temperatura relacional do seu casamento:
  1. Com que frequência nós rimos juntos?
  2. Quando foi a última vez que nós tivemos uma conversa significativa sobre algo diferente das nossas agendas ou filhos?
  3. Alguma vez nós ouvimos música, cantamos, dançar e agimos como bobos?
  4. No último mês, quantas vezes nós oramos ou lemos a Bíblia juntos?
  5. Alguma vez já ficamos de mãos dadas?
  6. Nossa intimidade física está se tornando cada vez mais fria, infrequente, ou uma fonte de muita pressão e estresse?
  7. Quando foi a última vez que nós dissemos “desculpe-me” ou “eu te perdoo”?
  8. Quando foi a última vez que nós dissemos “obrigado” por tarefas cotidianas e comuns, como fazer o jantar, lavar a louça, pagar as contas, consertar o carro ou dobrar a roupa?
  9. Quando foi a última vez que (alegremente!) dissemos: “Como posso ajudá-lo nesta semana” (e pretendíamos fazê-lo)?
  10. Quando foi a última vez que nos surpreendemos com um presente, um bilhete ou uma noite fora?
  11. Nós aumentamos o tom de nossas vozes um com o outro no último mês?
  12. Nós somos mais desejosos de passar tempo com alguém no trabalho, na igreja ou na academia do que estarmos juntos?
  13. Quando temos tempo juntos em casa, apenas nós dois, a televisão está sempre ligada ao fundo?
  14. Há mágoas, pecados ou medos que nós precisamos revelar um ao outro?
  15. Como o amor de Deus Pai, a graça do nosso Senhor Jesus Cristo e a comunhão do Espírito Santo podem moldar a nossa vida juntos nesse momento do casamento?
Esta não é uma lista perfeita de perguntas, certamente não é uma lista exaustiva. Mas, talvez, seja um começo. A graça de Deus flui melhor no casamento quando estamos conversando um com o outro.

Por: Kevin DeYoung. © 2016 The Gospel Coalition. Original: An end-of-year marriage check-up

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O menino Jesus em Aleppo

Sentado sobre a maca, em um hospital em caos, o pequeno olha para a câmera. Os cabelos estão endurecidos pela poeira. O sangue mancha sua testa e escorre até os olhos. Estes contêm um misto de perplexidade e distância. Ele deve ter dois anos de idade. Suas pequenas mãos, mãos de um quase bebê, são mostradas em close. Estão paradas, os dedos se movimentando de forma ritmada, talvez em busca de uma harmonia há muito perdida.

O título da matéria é: "Aleppo é um lugar onde as crianças pararam de chorar."
Impressiona o fato da criança não chorar. São os adultos que choram. Ela os vê, um, dois, três, muitos, e permanece em silêncio, provavelmente olhando para dentro de si em busca de um mundo inexistente, que certamente não mais retornará, como seus pais, mortos em um bombardeio.

A cidade mais populosa da Síria encontra-se em ruínas. Tropas pró governo e rebeldes lutam. O governo, para conquistar a cidade. Os rebeldes, para manter os poucos pontos onde ainda estão em vantagem. Em meio às batalhas, uma mortandade sem fim espalha corpos de civis entre destroços e ruas. Muitos corpos são pequenos, de crianças que um dia brincaram pelas ruas, que um dia sonharam em ser gente grande. Hoje, seus pequenos corpos estão estendidos inertes por toda a cidade, transformada em um grande e terrível cemitério ao ar livre.

A morte de civis é inaceitável. A morte de crianças é uma monstruosidade.

O choro de mães e pais ecoa um antigo choro. O de Raquel, simbolizando as mães de Israel que choraram seus filhos que haviam sido levados para o exílio babilônico (Jr 31.15), e mais à frente, o choro de mães belemitas que choram a morte de seus filhos pelos soldados de Herodes (Mt 2.2.16-18).

Herodes pretendia matar o menino Jesus. Mas foi enganado pelos magos e pelos pais de Jesus, que, avisados pelo anjo, fugiram para o Egito.

Jesus escapou da mortandade. Seus pais conseguiram fugir. Jesus chorou? Certamente, diante da pressa da fuga, de situações de desconforto e perigo para um recém-nascido. José e Maria choraram? Muito provavelmente, frente à maldade de Herodes, frente às incertezas da fuga e da vida em um país estranho.

Eles sabiam que Herodes era o inimigo. Também sabiam que os magos eram amigos, e os anjos, mensageiros de Deus para salvá-los.

As crianças em Aleppo não sabem nada.

De onde vem as bombas que desintegram seus pais, irmãos e amigos? Quem alveja suas casas? Estarão vivos no próximo dia ou, na manhã seguinte, a casa ou apartamento onde moram simplesmente se resumirá a escombros, caixão desajeitado para seus pequenos corpos?

Quem são os amigos? Ainda existem amigos? Por que não vem salvá-las? Por que não impedem que bombas caiam? Por que não as colocam em carros e as levam para longe do inferno? Por que não as conduzem ao encontro de seus pais e irmãos, ainda que esse seja um pedido impossível de ser atendido?

As crianças em Aleppo não conseguem chorar. Esqueceram como se chora? As lágrimas secaram? Estão acostumadas com a brutalidade diária?

Elas olham atônitas, com olhos embaçados, cenas infernais se desenrolarem como um filme de terror.

O menino Jesus está em Aleppo. As mães choram os filhos que já não existem.

• João Leonel é graduado em Teologia e Letras. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós-doutor em História da Leitura pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Professor no Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas (SP), e na graduação e pós-graduação em Letras, Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Aborto, casamento gay, adoção, valores de oferta; pesquisa revela perfil completo dos evangélicos brasileiros

Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha revela como seria o perfil da nova geração de evangélicos que hoje chega a ocupar metade dos bancos das igrejas. Temas como aborto, casamento gay, adoção de filhos por homossexuais e outros valores foram pesquisados e os resultados publicados no último final de semana.
Vistos como versáteis e adaptados ao mundo moderno, os evangélicos da nova geração parece ser o resultado de pessoas que procuram fazer uma leitura mais contextualizada do mundo. Citando a “Bíblia da Garota de Fé”, de capa cor de rosa e termos como “Mandando bem” e “Ah, tô ligada”, a pesquisa publicada no Folha de São Paulo revela que mais da metade dos que ocupam hoje os bancos das igrejas evangélicas são os jovens.
 “Livre da rigidez, da centralização decisória e da gestão esclerosada da Igreja Católica, eles se movimentam rapidamente para atender as necessidades do seu público”, afirmou o Professor da PUC-SP e colunista da Folha, Luiz Felipe Pondé a matéria do Jornal, que faz referência a quantidade de igrejas evangélicas nascidas de pequenos locais como garagens e terraços de casas. Sobre essa realidade, disse o Professor:
“Basta uma sala e um punhado de cadeiras de plástico”
Aborto e Casamento Gay
A pesquisa também revela que mais de 70% dos evangélicos até 35 anos são contrários ao aborto. Já entre os que possuem mais de 60 anos, esse número cai para 54%. Os dados, ao que parece, são confirmados também por outro levantamento, feito por Paraná Pesquisas, mostrando que 73,7% são contra o aborto, sendo 78,2% das mulheres contra 68,7% dos homens, segundo matéria publicada no site da VEJA.
Em relação ao casamento gay, o Instituto Datafolha afirma que 56% dos jovens evangélicos são contrários, contra 28% a favor. O número dos favoráveis cai ainda mais conforme aumenta a idade. Entre os que possuem de 30 a 35 anos, são 14% os que aprovam, restando apenas 5% de favoráveis para os que tem acima de 60 anos.
Bebidas e Vestimenta
Sobre alguns aspectos do estilo da vida comum, como o hábito de ingerir bebidas alcoólicas e de se vestir, a pesquisa Datafolha revelou que de cada 10 menores de 24 anos, 4 não conseguem seguir completamente a recomendação de suas igrejas para “não beber”. Esse número cai pela metade nos que possuem mais de 60 anos.
43% dos jovens evangélicos levam em consideração conteúdos da TV e da internet considerados impróprios e apenas um terço se preocupa com as recomendações doutrinárias sobre o estilo das roupas que usam no dia-a-dia.
O Instituto Datafolha ouviu 2.828 brasileiros, maiores de 16 anos, em 174 municípios. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Maiores informações acesse o link http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1844365-deixam-de-ser-catolicos-ao-menos-9-milhoes-afirma-datafolha.shtml

Fonte: gospelmais

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

5 razões para realização do “culto da virada”

Nesta época, em várias igrejas evangélicas existe o costume anual da realização de um culto singular. É o chamado “culto da virada”. Normalmente, este culto ocorre num tempo coerente antes e após a virada do dia 31 de dezembro para o dia 1º de janeiro.
As lideranças destas igrejas se dividem em relação à realização deste culto. Alguns líderes não o fazem por achar que estão copiando rituais do mundo ou pelo fato de residir no coração da igreja apenas a motivação de que Deus abençoe o ano vindouro. Além disso, fazem valer a ideia de que muitos cristãos vão a estes cultos na esperança de que sua mentalidade mude como num passe de mágica, em detrimento do estilo de vida pecaminoso adotado rotineiramente durante o ano que se passou.
Outros não fazem o culto por razões de comodidade, bem como para evitar algum tipo de desavença ou desconforto entre as famílias que acabam se dividindo nestes momentos, uma vez que nem todos da casa são cristãos e participantes da mesma fé. O alto grau de secularização e, consequentemente, os desdobramentos relativistas na práxis cristã de fiéis do mundo todo faz que este momento seja priorizado, muito mais para fins hedonistas do que propriamente para a glória de Deus.
Outros ainda, mais radicais e desavisados, dizem que não existe referência a tal culto na Bíblia. Interessante, pois, não há menção nas Escrituras Sagradas acerca da “ceia de natal”, no entanto, a mesma é realizada em muitas igrejas evangélicas. Dois pesos, duas medidas.
Diante dos argumentos contrários apresentados, listo, pelo menos, cinco razões para que seja feito o culto da virada no momento da transição do “ano velho para o ano novo”. Eis as razões:
1) Iniciar o ano reafirmando em comunhão (entre irmãos) e para o mundo, a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dificilmente alguma família cristã, com receio de que seja gerado algum desconforto entre seus familiares e convidados, fará uma pausa para agradecer a Deus conjuntamente e ofertar o ano vindouro a Ele. Não somos deste mundo, portanto, estamos numa passagem breve por ele. Esta passagem possui um significado, o de glorificarmos a Deus com a nossa vida e a expressão da nossa fé. Estar na igreja com os irmãos neste momento de vital importância para o mundo, mostra que a nossa preocupação está na reafirmação da nossa fé, e isso ocorre em comunhão com alegria e esperança do retorno do Nosso Senhor Jesus para buscar a sua Igreja.
2) Demonstrar gratidão pela vida e provisão dadas por Deus no ano que se passou.
O propósito de todo culto, independente da época do ano é entregar nossa oferta a Deus. Esta oferta toma um significado todo especial, uma vez que um ciclo se finda e com isso o crente tem a oportunidade de expressar em comunhão a sua gratidão por tudo àquilo que Deus fez no ano que se passou. Tornar a nossa gratidão pública e compartilhá-la com nossos irmãos nos primeiros minutos do ano ajuda-nos a compreender que o amor de Deus é a única causa de não sermos consumidos.
3) Expressar a Jesus Cristo que Ele é prioridade sobre a nossa vida e ano vindouro.
Enquanto o mundo celebra inúmeras divindades em seus “ritos de passagem”, a fim de fazerem as suas petições e votos, o povo do Deus verdadeiro volta-se para dizer, de forma pública e conjunta, que Jesus Cristo é a real prioridade em suas vidas no ano que se inicia. Longe de ser um ato fanático ou de religiosidade, isso nos ajuda a demonstrar que primeiramente estamos buscando o Reino de Deus e a sua justiça, já que nos primeiros momentos do ano estamos passando prostrados aos seus pés.
4) Refletir sobre os erros cometidos e firmar novas condutas com o Senhor.
Obviamente não há lugar certo para deixarmos nossas falhas ou más condutas de lado e procurarmos andar em santidade. Isso deve ser feito em todo e qualquer lugar. Também não podemos andar o ano todo “aprontando todas” e depois se confessar sem verdadeiro arrependimento, apenas porque é um culto de virada de ano. Não obstante, este culto é uma excelente oportunidade para que o pastor reafirme a visão da igreja (agente do Reino de Deus), para que seja ministrada uma palavra de metanoia que ajude o crente a focar na esperança de uma caminhada mais intensa, mais próxima e fiel ao nosso Senhor Jesus Cristo.
5) Rogar a benção de Deus para o novo ano.
Sim, é isso mesmo! Ou será que somos hipócritas o bastante para não desejar que Deus nos abençoe no ano que se inicia? Como dito no inicio, religiões de todo o mundo celebram suas divindades pagãs e nós que servimos ao Deus vivo e verdadeiro, fonte de toda graça e benção à humanidade, não podemos fazê-lo adequadamente? É certo que a igreja não é o lugar apenas para realizar tal ação. O pedido não pode estar em nossa lista de prioridades ao participarmos deste culto. Entretanto, uma vez que todos estão juntos para celebrar o nascimento humano do Filho de Deus, faz-se natural e adequado que estejamos entregando a Deus o ano que se inicia para que Ele nos ilumine, nos abençoe e esteja conosco nos diversos infortúnios que possamos ser acometidos neste novo ano.
Que 2017 seja um ano repleto de bençãos na vida de todos para a glória de Deus.

Por Jocinei Godoy

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O que é o Natal de acordo com Paulo – Gálatas 4.4-5 (Parte 3 de 3)

Nos dois textos anteriores da nossa série sobre Gálatas 4.4-5, aprendemos quatro características da resposta do apóstolo à pergunta: “que criança é essa que nasceu no Natal?”. Temos focado na criança como o coração da história, em duas circunstâncias de seu nascimento e no propósito de sua vinda.  Nesta parte final, aprenderemos mais duas características do Natal de acordo com Paulo.
Então, que criança é essa na manjedoura?  De acordo com Gálatas 4.5, ele é o Filho que nasceu para nos fazer herdeiros de Deus. Como o apóstolo diz, ele veio “a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”, isto é, como herdeiros com direitos e privilégios completos (Gálatas 4.5).  Nessas palavras, aprendemos o objetivo final da vinda do Filho.
Precisamos apreciar novamente o significado do termo usado por Paulo aqui.  A adoção era definida pelo direito romano e amplamente praticada na vida romana. Imperadores romanos haviam adotado homens não relacionados a eles por laços de sangue, a fim de lhes darem seu título e autoridade. Em termos mais gerais, quando um filho era adotado, ele era em todos os aspectos legais igual aos nascidos em sua nova família. O filho adotivo tinha o mesmo nome, a mesma herança, a mesma posição e os mesmos direitos que os filhos natos.
Para apreciar a realidade impressionante da nossa posição como herdeiros na família de Deus, lembre-se de como Deus nos via antes da nossa adoção.  Sem a graça da adoção, não éramos “filhos de Deus”, mas “filhos da desobediência” (Efésios 2.2); éramos, “por natureza”, não “filhos de Deus”, mas “filhos da ira” (Efésios 2.3)!  O ponto é que, na adoção, o Pai dá todos os direitos e privilégios que pertencem ao seu próprio Filho para aqueles que não eram nem seus filhos nem seus herdeiros por natureza e nascimento.
O Catecismo Maior de Westminster capta bem o ensinamento de Paulo sobre a adoção na Pergunta 74.  Pela adoção, somos ensinados, todos aqueles justificados pela fé somente são “recebidos no número dos filhos de Deus, trazem o seu nome, recebem o Espírito do Filho, estão sob o seu cuidado e dispensações paternais, são admitidos a todas as liberdades e privilégios dos filhos de Deus, feitos herdeiros de todas as promessas, e coerdeiros com Cristo na glória”.  Em outras palavras, pela adoção, aqueles de nós que Deus justificou têm o mesmo nome, a mesma herança, a mesma posição e os mesmos direitos que aquele que é o Filho de Deus.
Que criança é essa na manjedoura, então? Ele é o Filho de Deus que se tornou um servo de Deus para que nós, que éramos servos do pecado, pudéssemos nos tornar filhos e filhas de Deus.  Ele é a criança que nasceu para nos fazer herdeiros de seu Pai.
Finalmente, na reflexão sobre a primeira vinda de Cristo em Gálatas 4.4-5, o apóstolo nos fornece ainda mais uma visão sobre a questão: que criança é essa? A criança, diz ele, é o Filho enviado pelo Pai. Essas palavras simples nos levam para o pano de fundo da a vinda do Filho: elas nos apontam para a sua pré-existência. Ele existia antes de ter sido enviado, existia como uma pessoa, e como uma pessoa distinta do Pai. O Filho, que seria chamado Jesus e exaltado como Senhor, era (e continua sendo) o unigênito do Pai.  Ele foi (e é) de uma substância com o Pai e igual a ele (e ao Espírito).  Embora sua pré-existência seja a única afirmação possível de deduzir a partir do texto de Paulo, essa afirmação é consistente com o que o resto da Escritura torna explícito: a criança na manjedoura era o Filho preexistente do Pai, milagrosamente gerado quanto à sua natureza humana pelo Espírito Santo e milagrosamente preservado da corrupção do ventre de Maria. Uma pessoa com duas naturezas.
Perceba-se também que, de acordo com Paulo, o Pai enviou seu Filho. O Filho que veio foi comissionado por seu Pai. Falamos da Grande Comissão, mas aqui Paulo fala da maior comissão de todas, a base da Grande Comissão.  As palavras do apóstolo refletem a harmonia entre o Pai e o Filho. Em se tratando de sua vinda, o Pai concordou em enviar seu Filho, e o Filho concordou em ser enviado pelo Pai. O que Paulo diz aqui aponta para o que ele em outro lugar chama de o eterno propósito de Deus em Cristo (Efésios 3.11), a dispensação da plenitude dos tempos (Efésios 1.9-10), de acordo com a qual o Filho, ungido pelo Espírito Santo, deveria obedecer à vontade de seu Pai e, assim, tornar-se o Herdeiro de todas as coisas, incluindo uma descendência incontável que se tornaria coerdeira com ele.
De acordo com Paulo, então, o bebê na manjedoura é Deus com Deus, o Filho com o Pai, que tomou permanentemente para si a natureza e carne humanas.  Ele não foi sempre homem, mas sempre foi Deus. Jesus Cristo não foi primeiro um homem sobre quem a divindade desceu. Ele era primeiramente Deus, que tomou sobre si a humanidade. Depois da Encarnação, ele agora é e sempre será uma pessoa com duas naturezas, humana e divina.
Que criança é essa na manjedoura, então? Ele é a criança que é o Filho enviado pelo Pai, o Filho que agora é e de agora em diante sempre será Deus e homem.
Ao longo desta série de três partes, refletimos nas respostas do apóstolo Paulo à pergunta educada, mas persistentemente colocada para nós na canção de Natal de William C. Dix, What Child is this? [“Que criança é essa?”]. Para todo o mérito das respostas encontradas na canção, precisamos ter certeza de que cremos que as Escrituras ensinam sobre o bebê na manjedoura. De acordo com o apóstolo, ele é o filho pelo qual todo o tempo havia esperado. Ele é o Filho nascido de mulher e nascido sob a lei. Verdadeiramente, esta criança não era apenas um bebê de festas e feriados: ele era e continua a ser o Filho Eterno enviado pelo Pai para nascer como aquela criança santa que cumpriria a maior comissão de todas, a de nos redimir dos nossos pecados e nos fazer herdeiros de Deus com ele.


Por: R. Fowler White. © 2016 Ligonier. Original: Christmas According to the Apostle Paul – Gal 4:4-5 (Part 3 of 3)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lições importantes da Genealogia de Jesus

A Bíblia nos apresenta a genealogia de Jesus em duas perspectivas. Mateus apresenta Jesus como descendente de Abraão e Lucas retrocede sua linhagem até Adão. Mateus apresenta Jesus como o Rei dos judeus e Lucas como o Homem perfeito. Marcos e João não tratam da genealogia de Jesus Cristo, por causa do propósito para o qual escreveram. Marcos, escrevendo para os romanos, apresenta Jesus como servo e destaca suas obras mais do que suas palavras. João, escrevendo um evangelho universal, tem como escopo apresentar Jesus como o Filho de Deus e como tal, ele não tem genealogia.
Tanto no registro de Mateus como no de Lucas, vemos na genealogia de Jesus Cristo pessoas más, que se insurgiram contra Deus.
Destacaremos aqui, alguns pontos:
Em primeiro lugar, vemos na genealogia de Jesus Cristo mulheres em cuja vida há marcas reprováveis. Tamar, coabitou com o seu próprio sogro Judá e gerou dele dois filhos gêmeos Perez e Zera; Raabe era prostituta em Jericó; Rute era moabita e Bate-Seba, mãe de Salomão, adulterou com Davi. Mui provavelmente nenhum personagem gostaria de destacar em sua biografia mulheres com esse passado. Mas por que elas estão inseridas na genealogia de Jesus Cristo? Para reforçar a verdade de que o Filho de Deus se identificou com os pecadores a quem veio salvar.
Em segundo lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de mentira. Os patriarcas mencionados aqui, Abraão, Isaque e Jacó tiveram momentos de fraqueza na área da mentira. Eles não só se omitiram, mas esconderam a verdade e inverteram os fatos com medo de sofrerem com as consequências de  seus atos. Foram fracos e repreensíveis. Isso prova que Deus nos escolhe não pelos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos.
Em terceiro lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de violência. Na lista da genealogia de Jesus há homens como Davi, cujas mãos estavam cheias de sangue. Roboão governou Judá com truculência. O rei Acaz queimou seus filhos, perseguiu seu próprio povo e cerrou ao meio o profeta Isaías. Manassés foi muito violento. Ele encheu Jerusalém de sangue. Foi um monstro. Um tormento para seu próprio povo. Oh, jamais escolheríamos homens dessa estirpe para integrar nossa família. Oh, a genealogia de Jesus Cristo aponta-nos para a infinita misericórdia de Deus! Ele ama com amor eterno os mais indignos.
Em quarto lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de idolatria. Salomão, por causa de suas muitas mulheres, sucumbiu à idolatria. Roboão, fez um bezerro de ouro e construiu novos templos em Israel para desviar o povo de Deus. Acaz fechou a casa de Deus e encheu Jerusalém de ídolos abomináveis. Manassés foi astrólogo, idólatra e feiticeiro. Levantou altares pagãos e prostrou-se diante de todo o exército dos céus. Oh, na esteira da genealogia de Jesus Cristo temos pessoas que nos deixam perplexos por causa de sua afrontosa rebeldia a Deus. Isso prova, de forma incontestável, que Deus ama os objetos de sua ira e enviou Jesus para identificar-se com os pecadores e salvá-los de seus pecados.
Mas, antes de ficarmos mais chocados com essa assombrosa lista, olhemos para nós mesmos. Somos indignos. Somos pecadores. Somos culpados. Nosso coração é desesperadamente corrupto. Por que Deus nos escolheu? Por que ele nos amou? Por que ele não poupou o seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou, para morrer em nosso lugar? A resposta é: Por causa de sua graça, que é maior do que o nosso pecar!

Rev. Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Natal, Comemorar ou não?

CELEBRANDO O NATAL
O Natal é a celebração do nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Muitos cristãos hesitam em comemorar o Natal e outros chegam mesmo a fazer oposição a essa comemoração, em virtude de não sabermos, com exatidão, a data precisa em que aconteceu esse fato auspicioso. Ainda outros desaconselham a celebração do Natal em virtude dos vários adendos acrescidos à festividade como presépio, árvore enfeitada e Papai Noel. Entendemos, que esses acréscimos não fazem parte do verdadeiro Natal e não devem distrair nossa atenção. Precisamos, portanto, resgatar o verdadeiro sentido do Natal e devolvê-lo a seu verdadeiro dono, Jesus Cristo, nosso Salvador. A celebração do Natal é legítima, pois o primeiro Natal foi motivo de festa no céu e na terra, comemorado pelos anjos e pelos homens. A grande notícia anunciada pelo anjo do Senhor, aos pastores de Belém foi: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Natal é a verdade bendita de que o Eterno entrou no tempo, Deus se fez homem e o Senhor dos senhores se fez servo. Natal é o cumprimento do plano da redenção, traçado nos refolhos da eternidade. Natal é a concretização da promessa do Pai e o cumprimento das profecias anunciadas pelos patriarcas e profetas. Natal é a consumação da esperança de Israel. Na plenitude dos tempos, o Cristo de Deus, nasceu de mulher, nasceu sob a lei, para nos redimir dos nossos pecados.

PROIBIÇÃO DO NATAL
Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.
Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Natal: O Ponto de Vista Cristão

Para mim é uma alegria as muitas tradições que vieram a estar associadas com o Natal, em nossa sociedade. Todas estas tradições combinam para fazer a época do Natal feliz, uma época na qual geralmente nos encontramos mais festivos, generosos e benevolentes. Não sou de forma alguma uma daquelas vozes exigindo a remoção destes prazeres do Natal, prazeres estes que não causam danos e que causam satisfação.

Mas certamente, o significado do que chamamos “Natal” é muito mais profundo do que qualquer destas coisas. É a celebração de um nascimento, o nascimento de Jesus em Belém. A história de José, a virgem Maria, o bebê Jesus, os Pastores e os Magos – e Herodes! – é uma história familiar para a maioria dos americanos. E é certo que assim o seja: nunca na história houve outra virgem que concebesse e desse à luz uma criança! É um evento verdadeiramente extraordinário!

Mas mesmo assim, o significado do Natal é mais profundo do que isto. A coisa mais extraordinária é esta: O nascimento de Jesus não foi o princípio da sua existência! Para colocar de uma outra forma, Sua origem não está de forma alguma relacionada com o Seu nascimento.

Se isto é um pouco difícil de entender, não se sinta sozinho. Mas isto é precisamente o que as Escrituras nos dizem. De fato, houve um profeta de Israel, por nome Miquéias, que disse que este que nasceria em Belém era um “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Isto é, Ele veio da eternidade, para entrar no tempo.

Agora, claramente, esta linguagem é completamente inapropriada com referência a qualquer humano comum. O profeta Miquéias estava mui enfaticamente afirmando o fato de que Jesus não era um homem meramente: Ele é Deus. Ele é Deus como um homem.

Este, e nada menos, é o significado do Natal. É mais do que uma história de um bebê. É a história de como o Deus eterno se tornou um bebê!

Este é um evento que é único na história, tão significante que mudamos nosso calendário por causa dele – Antes de Cristo (a.C.) e Depois de Cristo (d.C.). E é assim mesmo que deveria ser. Toda a história até este ponto estava em antecipação do evento. Desde o tempo quando o homem caiu em pecado e se arruinou no paraíso, a promessa estava aguardando o cumprimento. A promessa foi primeiramente feita a Adão e Eva – alguém da “semente da mulher” viria e destruiria o tentador. Ela foi dada a Abraão – em alguém de sua semente “todo o mundo será abençoado”. Foi dada novamente a Davi, o maior Rei de Israel – seu “maior filho” prosperará em paz em seu trono para sempre. E era na antecipação desta própria promessa que todo o povo de Deus vivia.

E assim, a própria história está centrada n'Aquele que finalmente veio à Belém. Ele era o cumprimento das antigas esperanças de Israel.

Uma pergunta permanece: a simples questão, “Por que?” Por que, em nome da razão, o Deus eterno se tornaria um homem? A resposta novamente é encontrada nas próprias promessas: Ele veio para ser o Libertador, nosso Libertador do pecado.

A justiça de Deus requer que o pecado seja punido em todas as Suas criaturas. E a punição é a morte. E assim, deixados a nós mesmos, devemos morrer – física, espiritual e eternamente. Não há escapatória – somos incapazes de nos salvar.

O que precisamos, então, é de um Salvador – alguém que esteja disposto a morrer em nosso lugar. Além disso, alguém que seja sem pecado e Ele mesmo, não merecedor da morte. Mas somente Deus é sem pecado – e Ele não pode morrer! Isto é, a menos que se torne um de nós.

E este é precisamente o resto da história. Em Belém Deus se tornou homem para morrer na cruz pelos homens, sofrendo o castigo pelos seus pecados. Em assim fazendo, Ele se tornou nosso Salvador. Ele veio sofrer a condenação da Sua própria lei, a lei que nos condenava.

O Natal, então, marca um evento significante no calendário de Deus da redenção. Ele prometeu salvar, e este primeiro Natal foi o cumprimento desta promessa.

Tudo isto é resumido naquelas palavras familiares de João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Não, nós não temos nada contra as tradições, de forma alguma. Mas os pensamentos que enchem os nossos corações são estes: O Natal é a maior história de amor jamais contada. É a história do maior amor já dado. E é a história do maior Dom – o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
***
Autor: Fred G. Zaspel

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O Natal segundo o apóstolo Paulo – Gálatas 4.4-5 (Parte 2 de 3)

Em nossa primeira parte nesta série sobre o Natal segundo Paulo, aprendemos que, para o apóstolo, Jesus é o Filho por quem todo o tempo havia esperado e que nasceu de uma mulher. Na segunda parte da nossa série, aprenderemos mais duas verdades sobre o Natal com Paulo, pelo que ele escreve em Gálatas 4.4-5.
A declaração do apóstolo em Gálatas 4.4 nos dá uma terceira perspectiva para responder à pergunta: “que criança é esta?”. Paulo diz: é o Filho “nascido sob a lei”. Somada à frase “nascido de mulher”, essa frase se refere a uma segunda circunstância que marca o seu nascimento, uma característica que novamente nos aponta para a sua humilhação. O que o apóstolo quer dizer com esta frase? Ele quer dizer que o Filho nasceu como um servo. Ou seja, nascido um judeu sob Moisés, o Filho do Pai nasceu um servo do Senhor, seu Deus, a quem ele devia uma obediência perfeita, pessoal e permanente, tanto ativa como passiva.
Desde sua circuncisão, oito dias após seu nascimento, até sua celebração da Páscoa com seus discípulos logo antes de sua morte, todos os detalhes da vida de Jesus estavam sob a direção da lei. Como um filho de Abraão, o Filho nascido servo viveu sob a pedagogia da lei cerimonial. Por causa dele, os preceitos rituais e sombras da lei foram instituídos, e seu objetivo e cumprimento final foram encontrados nele.
O Filho também nasceu sob a lei moral e a lei civil. Como servo do Senhor, ele estava sujeito a todos os preceitos da lei, bem como a suas recompensas e sanções. E a lei exigia um homem justo, um homem que cumprisse os mandamentos do seu Deus e Pai. O Filho, diz Paulo, aquele que nasceu de uma mulher, era exatamente esse homem. Ele nasceu sob a lei, tanto como homem quanto como o fiador de seu povo. Não é de se admirar que o autor de Hebreus diga de Cristo: “Por isso, ao entrar no mundo, diz: […] Eis-me aqui (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade” (10.5,7).
Que criança é essa na manjedoura, então? Ela não é apenas o Filho pelo qual todo o tempo havia esperado e que nasceu de uma mulher. Ele também é o Filho nascido sob a lei.
Enquanto continua a discutir a primeira vinda de Jesus, o apóstolo fornece uma quarta parte de sua resposta para a pergunta diante de nós. O bebê na manjedoura, ele nos diz, é a criança que nasceu “para resgatar os que estavam sob a lei” (Gálatas 4.5). Aqui o nosso foco muda das circunstâncias da vinda de Jesus para o propósito de sua vinda.
Precisamos prestar especial atenção ao significado e ao pano de fundo das palavras do apóstolo aqui. Por “resgatar”, Paulo tem em mente o ato de salvar, redimir, libertar da escravidão mediante o pagamento de um preço. A história da redenção de Israel fornece o cenário aqui. O preço pago pela libertação da nação do Egito foi profundo: a morte dos primogênitos. Através de Moisés, Israel aprendeu sobre o substituto penal de Deus para seus primogênitos e, assim, Israel ofereceu o cordeiro pascal e viu sua redenção da escravidão no reino de Faraó para a liberdade sob o Senhor seu Deus.
Felizmente, existe uma redenção maior que a de Moisés. A libertação de Israel do Egito exemplificou o evangelho plenamente revelado em Jesus Cristo. Ele veio como o verdadeiro Israel e o grande Cordeiro pascal (1Coríntios 5.7; 1Pedro 1.19; João 1.29). Ele se derramou na morte por seu povo (Isaías 53.12; Hebreus 2.10-13; Apocalipse 5.6-9) e, assim, realizou o novo e verdadeiro êxodo da escravidão espiritual no reino de pecado e morte de Satanás (Lucas 9.31; Mateus 1.21). Tão grande era a redenção operada por Cristo que ele trouxe um benefício que Moisés não poderia fornecer, a saber, a remissão dos pecados, a libertação do pecador da responsabilidade legal de suportar o castigo que o pecado e sua culpa exigiam.
Acredite ou não, ainda há mais na declaração do apóstolo! Note que em Gálatas 4.5 Paulo descreve aqueles a quem o Filho redime como “os que estavam sob a lei”. Com isso, Paulo descreve todos a quem o Filho veio redimir, mas qual é o ponto de tal descrição? Seu ponto é alcançar aqueles que sabem que são obrigados a obedecer à lei de Deus de coração (Deuteronômio 6.6; Gálatas 3.12), mas que, em sua escravidão ao pecado, são incapazes de satisfazer as suas necessidades (Deuteronômio 5.28-29; 29.4; Gálatas 3.21). Seu ponto é chamar a atenção dos nascidos contaminados pelo pecado original, para os quais a lei provou ser um pacto de condenação, prisão e morte (2Coríntios 3.6-14; Romanos 7.10-11; Gálatas 3.10, 22). Para esses, o apóstolo tem “boas novas de grande alegria”: o Filho veio para trazer libertação e resgate para você. Na vida e na morte, o Filho prestou a Deus a obediência exigida pela lei, e com base nisso ele pediu ao Pai que aplicasse os méritos de sua obediência a todos os pecadores que creem. Assim, o Filho responde a todas as acusações contra o seu povo e acalma suas consciências inquietas. Assim, ele conquista o acesso deles a Deus e lhes assegura a sua aceitação diante de Deus.
Que criança é essa? Ele é o Filho pelo qual toda a história esperava, o Filho nascido de mulher e sob a lei, o Filho enviado para nos redimir.
Em nosso último texto vamos olhar para mais duas verdades que o apóstolo Paulo nos ensina sobre o bebê na manjedoura.

Por: R. Fowler White. © 2016 Ligonier. Original: Christmas According to the Apostle Paul – Gal 4:4-5 (Part 2 of 3)

domingo, 18 de dezembro de 2016

Os 7 segredos da Igreja Perseguida

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A força da Igreja Perseguida tem sete pilares que a sustentam, de acordo com Paul Estabrooks, em seu livro Segredos do Sucesso Espiritual
Segredo 1: Alimentar o amor sinceroO que Deus quer de cada um de nós é que o amemos de corpo, alma, coração e mente, acima de todas as coisas e de todas as pessoas. Quando amamos a Deus incondicionalmente, como ele mesmo nos ama, somos recompensados de uma maneira incrível, apesar das dificuldades.
Segredo 2: Manter o compromissoTer um compromisso com Deus é reconhecer que Jesus morreu para que tivéssemos vida e vida em abundância. Se comprometer a caminhar com ele é uma decisão que gera uma aliança. Aquele que perseverar até o fim receberá a coroa dos vencedores.
Segredo 3: Trabalhar na obraTrabalhar para o reino de Deus não é uma exigência, é só um pedido amoroso do Pai. Aqueles que se empenham nessa obra, por amor a Cristo, mesmo em meio à perseguição provam que são fieis e verdadeiros cristãos.
Segredo 4: Aproveitar a viagemIndependente das lutas enfrentadas durante a nossa peregrinação nesse mundo, devemos ser pessoas alegres e deixar transbordar o amor de Jesus que está dentro de nós. Dessa forma, vamos impactar outras vidas e salvar mais almas.
Segredo 5: Manter a força espiritualA batalha é vencida por pessoas que sabem lutar e que contam com uma força que vem de dentro, a força espiritual. Os fortes estão sempre vestindo a armadura de Deus na hora de enfrentar as ciladas do inimigo e a força vem da Palavra de Deus, que é a nossa espada.
Segredo 6: Valorizar a famíliaJesus Cristo chama cada um de seus seguidores para “ser igreja” e não só para “ir à igreja”. A partir do momento que o aceitamos como Salvador, entramos para a grande família de Deus e dentro dessa família devemos desempenhar nosso papel e viver em comunhão com os irmãos.
Segredo 7: Praticar o amorDevemos entender que nada nesse mundo poderá nos separar do amor de Cristo, por isso, devemos amar as pessoas com todo o nosso ser, com tudo o que somos e com tudo o que temos. Somente através do amor venceremos todas as batalhas.

Fonte: Portas Abertas

sábado, 17 de dezembro de 2016

Qual a diferença entre Hebreu, Israelita e Judeu?

Muitas pessoas, principalmente do ocidente, ainda se confundem sobre a diferença entre os termos: hebreu, israelita e judeu. Vamos entender de forma resumida a origem e significado dos nomes e também um pouco da história por trás desse povo ao qual estes três nomes se referem.

Hebreu  (עברי, em hebraico)

A primeira vez nos livros de Moisés (Torá, para os judeus; Pentateuco, para os cristãos) em que o termo “hebreu” aparece é no livro de Gênesis 14:13, referindo-se, exatamente, ao pai deste povo, Abraão:
Então veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol, e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão.
Embora a tradição judaica ofereça pelo menos duas correntes para explicar o nome, vamos considerar aquela que é mais aceita pela maioria dos teólogos. Ela se refere aos descendentes de Héber (עֵבֶר em hebraico). O capítulo 10 de Gênesis fala dos descendentes de Noé e das nações que se formaram a partir deles. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafé, além de outros mais que nasceram depois do dilúvio. Héber foi um dos trisnetos de Sem, filho de Noé.
O nome de Héber é importante porque, segundo a tradição judaica, foi graças a ele que a língua que eles falam foi preservada por Deus. Segundo a tradição judaica, Héber teria se recusado a participar da construção da Torre de Babel e, portanto, o idioma hebraico foi preservado e recebeu este nome em homenagem a Héber, e desta forma, deu também nome ao povo que falava Hebraico, o povo Hebreu.
Algumas pessoas tem dificuldade em entender Gênesis 10:5, 10:20 e 10:31, pois estes versículos parecem trazer uma contradição ao citarem povos com suas próprias línguas antes do capítulo 11, que é capítulo que informa que só havia uma língua na Terra, sendo que é neste mesmo capítulo que é descrito como e porque houve a divisão das línguas. A resposta é que a narração não é cronológica, mas sim tópica, como se fosse um adendo, ou uma observação do autor. Para sustentar isso, podemos ler Gênesis 10:25, que apresenta um dos filhos de Héber: Pelegue. Héber teve dois filhos: um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o outro foi Joctã. (Gênesis 10:25)
Existe um motivo para Pelegue ter este nome. Pelegue (פלג, em hebraico) significa separar, dividir. Assim, é muito provável que ele tenha recebido este nome em relação ao ato da criação das várias línguas no evento da Torre de Babel, que dividiu completamente o mundo em grupos linguísticos específicos.
Vale salientar ainda que existem indícios extra-bíblicos, como por exemplo – as tábuas sumérias – que relatam a existência de apenas uma língua universal no mundo antigo.
– Assim, podemos dizer que “hebreu”, da perspectiva etimológica, provem de Héber. No que diz respeito ao grupo de pessoas, podemos dizer que “hebreu” é o povo que descende de Sem, filho de Noé. Ou seja, é o povo semita. Por isso, que atualmente vemos o uso de antissemitismo como uma postura contrária ao povo judeu.
Israelita (ישׁראל, em hebraico)
O termo “israelita” é a versão em português do termo “filhos de Israel” (Bnei Yisrael), que aparece várias vezes na Bíblia (são 608 vezes em traduções como a Almeida). Assim, a melhor maneira de entender o significado de israelita é procurar o significado de Israel.
O nome “Israel”, que no hebraico significa “lutar com Deus”, foi atribuído a Jacó:
E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel. (Gênesis 35:10)
Quem foi Jacó?
De acordo com a Tanakh (escrituras judaicas) e o Corão (escrituras islâmicas), Isaac foi o único filho de Abraão com Sara. Isaac, por sua vez, teve dois filhos com Rebeca, sendo Jacó e Esau. Enquanto a descendência de Esau formou os Edomitas, a descendência de Jacó gerou os israelitas (Lembrando que Jacó teve o nome mudado para Israel).
– Assim, Israelita é o povo descendente de Jacó. Jacó, juntamente com seu pai (Isaac) e avô (Abraão), são considerados os patriarcas dos filhos de Israel, os israelitas. O próprio Deus confirma isso, anos depois, a Moisés:
Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. (Êxodo 3:6a)
Jacó teve 12 filhos com 4 mulheres diferentes (Gênesis 49), além de uma filha (Gênesis 30:21), e teve 70 descendentes diretos (Êxodo 1:5).
Judeu (יְהוּדִי em hebraico)
Para entender o significado do termo “judeu“, temos que primeiro entender que dos 12 filhos de Jacó surgiram as 12 tribos de Israel. Abaixo está um mapa com as doze tribos de Israel por volta do ano 1.100 a.C, conforme nos informa o livro de Josué:
Pode-se notar que uma dessas tribos é a de Judá. O termo “judeu” está ligado ao nome Judá, mas não quer dizer que ele se refira apenas ao povo desta tribo. O termo “judeu” se refere ao povo de todas as 12 tribos. Vamos ver o porquê disso.
Conforme vemos no livro de Ester, esta tribo foi predominante durante o período que antecedeu o retorno daquele povo à terra prometida, assim como durante os primeiros anos deste retorno, conforme os livros de Esdras e Neemias.
– O fato que justifica o uso generalizado do termo judeu é que havia a predominância da tribo de Judá neste período, assim todo o povo das doze tribos passou a ser chamado de judeu.
Embora as primeiras aparições no nome “judeu” em muitas traduções das Escrituras só se deem no livro de 2ªReis 16:6 e 2ªReis 25:25, no hebraico a tradução mais adequada seria “homens de Judá”. Apenas nos livros de Esdras, Neemias e Ester é que podemos dizer que há efetivamente a utilização deste termo no sentido de povo das doze tribos.

Conclusão
Agora, fica entendido que Hebreu originou-se de Héber; que Israelita originou-se de Jacó; e que Judeu originou-se da tribo de Judá. Todos esses termos têm o mesmo objetivo: referir-se ao povo escolhido por Deus, embora em épocas diferentes.

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Raciocínio Cristão

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O Que Pode Me Dar Esperança

Algumas coisas me ocorrem quando penso na igreja cristã evangélica nesse mundo cada vez mais confuso e hostil
1 – Historicamente, as igrejas cristãs de todas as partes atravessaram períodos de grande confusão, aridez e decadência espiritual. Algumas delas, depois, ergueram-se e experimentaram períodos de grande efervescência e eficácia espiritual, chegando a mudar países. Pode ser que estejamos a caminho do fundo do poço, mas não perderemos a esperança. A promessa de Jesus quanto à Sua Igreja (Mateus 16:18) e a história dos avivamentos espirituais nos dão confiança.
2 – Apesar de toda a mistura de erro e verdade que testemunhamos na sincretização cada vez maior de muitas igrejas ditas evangélicas, é inegável que Deus tem agido salvadoramente e não são poucos os que têm sido chamados das trevas para a luz, regenerados e justificados mediante a fé em Cristo Jesus, apesar das ênfases erradas, das distorções doutrinárias e da negligência das grandes doutrinas da graça. Ainda assim, parece que o Espírito Santo se compraz em usar o mínimo de verdade que encontra, mesmo em igrejas com pouca luz, na salvação dos eleitos. Não digo isto para justificar o erro. É apenas uma constatação da misericórdia de Deus e da nossa corrupção. Se a salvação fosse pela precisão doutrinária em todos os pontos da teologia cristã, nenhum de nós seria salvo.
3 – Deus sempre surpreende o Seu povo. É totalmente impossível antecipar as guinadas na história da Igreja e do mundo. Muito menos, fazer com que aconteçam. Há fatores em operação que estão muito acima dos poderes humanos. Resta-nos ser fiéis à Palavra de Deus, pregar o Evangelho completo – expositivamente, de preferência – viver uma vida reta e santa, usar de todos os recursos lícitos para propagar o Reino e plantar igrejas bíblicas e orar para que nosso Deus seja misericordioso com os seus eleitos, com a Sua igreja, com aqueles que Ele predestinou antes da fundação do mundo e soberanamente chamou pela Sua graça, pela pregação do Evangelho.

Fonte: Augustus Nicodemus

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Moças, cuidado com os lobos da internet


As Redes Sociais estão repletas de lobos que de forma mal intencionada se aproximam "apaixonadamente" das meninas prometendo-lhes mundos e fundos em troca  de beijos e abraços.  

Lamentavelmente conheço inúmeros relatos de moças que se feriram ao acreditarem nas promessas desta gente que através do Facebook jogam charme para cima das moças. Outro dia, li nessa Rede Social, o desabafo de várias moças que diziam que pelo fato de serem educadas estavam levando cantadas mil dos mais variados rapazes. 

Tudo bem, mas, qual é o problema disso, talvez esteja dizendo consigo mesmo! Nenhum, respondo eu. A questão é que boa parte destes indivíduos estão interessados muito mais em pegação do que namorar seriamente. 

Para corroborar com o que estou falando, as salas de bate-papo evangélico  na internet e as mídias sociais se tornaram o ambiente propício para os lobos atacarem. Infelizmente um número cada vez maior de pessoas tem usado a web com objetivos escusos e pessoais. Nesta perspectiva os lobos de plantão fazem declarações de amor, elogios apaixonados e até mesmo  propostas de casamentos visando com isso unicamente sua satisfação pessoal.

Pois é, ouso afirmar que esse tipo de gente não teve uma genuína experiência de conversão. Na verdade, tais pessoas possuem cara de crente, linguagem de crente, roupagem de crente, teologia de crente, mas não passam de lobos devoradores.

Como pastor, eu tenho atendido inúmeras pessoas que se feriram ao relacionar-se com lobos e que por terem sido presas fáceis sofreram dores na alma em virtude de relacionar-se com indivíduos inescrupulosos.

Isto posto, rogo as irmãs que tomem todo cuidado, bem como desconfiem  ao ouvir as promessas, elogios, e palavras aduladoras de alguém que você não conhece, mesmo porque, sem que você se dê conta,  poderá se tornar presa fácil de um lobo.

Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Como as pessoas com deficiência são tratadas em sua igreja?

Questões a ponderar: Tem conhecimento da existência de pessoas portadoras de deficiência na sua comunidade? Como são tratadas as pessoas portadoras de deficiência na sua comunidade? São tratadas com dignidade e respeito? Ou são evitadas e desprezadas? São tratadas com receio e estigma? São bem recebidas na igreja?
Calcula-se que, a nível global, existam 15% de pessoas a viver com deficiências – o que significa aproximadamente mil milhões de pessoas. As pessoas portadoras de deficiência são frequentemente as pessoas mais marginalizadas e mais pobres nas nossas comunidades. Infelizmente, podem enfrentar estigma (quando as pessoas têm atitudes negativas para com elas) e discriminação (quando as pessoas as tratam de maneira diferente por motivo da sua deficiência).
Frequentemente, a questão da deficiência não é falada. Por vezes, as pessoas portadoras de deficiência são até escondidas e mantidas longe da vista por causa da vergonha e de mal-entendidos. A deficiência pode ser um “problema escondido” que necessita de ser revelado.
O que diz a Bíblia?
A Bíblia diz que toda a humanidade é criada à imagem de Deus (Génesis 1) e amada incondicionalmente por Deus (João 3:16). Isto inclui as pessoas portadoras de deficiência. Em toda a Bíblia, vemos a preocupação especial de Deus com as pessoas que são desfavorecidas e excluídas.
Para os cristãos, Jesus deve ser o nosso exemplo. Jesus encontrou sempre tempo para falar com as pessoas portadoras de deficiência, apoiar estas pessoas e aceitá-las plenamente. Em Mateus 20:29–34, Jesus saía de Jericó quando encontrou dois cegos.
Em vez de os curar imediatamente, Jesus perguntou-lhes: “Que quereis que vos faça?”. Na cultura da época, estes homens teriam sido marginalizados por causa da sua deficiência, mas Jesus queria dar-lhes dignidade falando e tratando pessoalmente com eles. Da mesma forma, com a mulher que tinha um fluxo de sangue havia 12 anos (Lucas 8:40-48), sofrendo vergonha e estigma, a preocupação de Jesus foi para além das necessidades físicas dela. Jesus chamou-lhe “filha de Israel” – um nome que exprimia amor e honra. E, embora Jesus curasse frequentemente as pessoas fisicamente, a Sua principal preocupação era sempre curar por dentro – curar os nossos corações para nos levar à relação correcta com Deus. Em 1 Coríntios 12, Paulo fala da igreja como um corpo. Se bem que sejamos todos diferentes, todos nós somos valiosos. Não há ninguém sem mérito e valor no reino de Deus. Fomos todos criados para um fim, com algo de valor para oferecer. A igreja é chamada a ser uma comunidade inclusiva que ofereça amor, valor e respeito a todas as pessoas. Nós somos chamados a não ter preconceitos e a dar a todas as pessoas a oportunidade de desempenhar um papel na comunidade que realize o seu potencial.
Compreender a deficiência
Há muitos tipos de deficiência diferentes, desde pequenos problemas que as outras pessoas poderão não notar, até condições que põem a vida em perigo. Há também muitas causas de deficiência diferentes. A ajuda médica pode melhorar determinados tipos de deficiência – se estiver disponível.
A deficiência inclui:
  • deficiência física – de nascença ou provocada por acidente ou doença posterior. Os exemplos incluem o palato fendido, a síndrome da poliomielite, ou a lesão da coluna provocada por um acidente rodoviário.
  • surdez ou cegueira – de nascença ou por doença.
  • a deficiência emocional – resultante de experiências angustiantes, negligência ou abuso.
  • dificuldades de aprendizagem.
Como é que a deficiência afeta as pessoas?
Muitas pessoas portadoras de deficiência vivem na pobreza e não lhes são dadas oportunidades de educação e de trabalho. Por vezes, são-lhes também negados cuidados de saúde (por ex. imunizações) e uma boa nutrição. Podem sofrer de estigma e rejeição nas suas comunidades.
Os prestadores de cuidados têm igualmente de fazer muitos sacrifícios, dando tempo e recursos àqueles de quem estão a tratar. No entanto, se centrarmos a nossa atenção nas “capacidades” das pessoas em vez de nos centrarmos nas suas “deficiências”, as atitudes negativas podem mudar. Muitas vezes, quando é dado às pessoas portadoras de deficiência o apoio de que necessitam, essas pessoas são capazes de encontrar o lugar que lhes compete na sua comunidade.
Por exemplo:
  • Proporcionar os auxílios apropriados para ajudar as pessoas a deslocarem-se permitirá mais independência e talvez o acesso ao trabalho.
  • O treino em atividades da vida quotidiana pode reduzir a dependência das crianças portadoras de deficiência e dar tempo aos pais para outras atividades.
  • A formação em linguagem gestual permite às pessoas surdas integrarem-se com outras pessoas e tornarem-se membros da comunidade mais confiantes e mais valorizados.
Nota: Estudo bíblico extraído do guia Revelar, publicado pela Tearfund.
Clique aqui e baixe o estudo em PDF.

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