NOSSA MISSÃO: “Anunciar o Evangelho do Senhor Jesus à todos, transformando-os em soldados de Cristo, através de Sua Palavra.”

Versículo do Dia

Versículo do Dia Por Gospel+ - Biblia Online

domingo, 30 de abril de 2017

Bíblia, o livro que não querem que você leia

Os pensadores e filósofos que se seguiram no curso da história cristã querem ganhar o mercado editorial de vendas com teorias evolucionistas e ideólogas que se sobrepõem ao emanado do escrito bíblico. Mais do que uma mera competição literária ou de mercado de idéias, o que esses pseudo-heróis da história filosófica têm como propósito é ganhar a batalha cultural, o seu pensamento, caro leitor, para poderem elevar o anticristo à norma moral universal.
De acordo com a Sociedade Bíblica do Brasil (www.sbb.org.br), a Bíblia Sagrada ainda está sendo considerado o livro mais vendido. E isso não é para menos. Ainda que existam boatos de que ela possa não ser o livro mais lido, razões mais do que especiais existem para que a sua posição privilegiada no ranking comercial não seja encarada apenas neste aspecto. Tais motivos estão longe de serem apenas comerciais ou de vendagem no mercado editorial. Não estamos falando de um livro qualquer, que possa ser comparável a outros de autoajuda ou qualquer coisa do gênero.
Mas nem de longe que a Bíblia Sagrada está para ser um… livro. É mais do que isso. É uma obra. Uma obra do Espírito Santo. Sendo, então, obra do Espírito Santo, aceitar o que está escrito na bíblia como uma verdadeira norma de vida é pura questão de fé. Aquele que se dispõe a crer na palavra de Deus não a lê exclusivamente para obter conhecimentos históricos ou culturais, e sim para adquirir sabedoria divina, que está acima de qualquer conhecimento teórico, prático ou da experiência humana. Com relação à experiência humana, a fé desafia qualquer conhecimento humano tradicional para operar, basta obedecer, sendo esse o único critério.
Jesus veio ao mundo para que tenhamos vida com abundância. Outras obras ou filosofias que vieram em momento pós-Cristo tentaram plagiar Jesus nessa empreitada de dizer o que podemos pensar e agir. A norma moral sempre foi copiada por escritores e filósofos sempre com intuito de ludibriar os mais necessitados espiritualmente. Esses pseudo-filósofos, eu os chamo de picaretas do espírito, já que nada têm de luz nos seus escritos. Jesus Cristo, quanto a isso, também deixou dito que muitos viriam em nome dele e enganariam a muitos. Para quem crê na palavra de Deus, isso, de fato, está acontecendo em nossos dias.
Assim, a título deste texto não foi nada despropositado. Veio para informar que, apesar de a bíblia estar no topo da competição de vendas no mercado, existem alguns que ainda não querem que você leia o tal “livro” sagrado. E quem são estes alguns que mencionei no título? Por mais incrível que possa parecer e para sua surpresa, de repente pode até mesmo ser o próprio dono do estabelecimento comercial onde suas bíblias são vendidas a rodo.
Já deixei informado no início do texto quando ao aspecto da obra do Espírito Santo, que vem com a Bíblia Sagrada para alertar a todos os fiéis a Deus que eles estão a salvo de qualquer investida maligna se usarem a fé como escudo e arma poderosa nesse combate espiritual. Deus dá sabedoria para entrar e lutar nessa guerra com as armas certas, as quais, no caso, devem ser espirituais. Esta é a função do livro bíblico, que, como eu disse, não tem que ser equiparado a um mero livro de autoajuda, tratando-se de uma autêntica obra do Espírito Santo para nos ajudar.
E quanto àqueles que não querem que você leia a bíblia, quem são eles? Escrevo que não querem que você leia a bíblia apenas fazendo menção direta à obra escrita do livro de Deus, mas com isso quero dizer que o ataque é diretamente ao cristianismo.
Sendo a Bíblia Sagrada o livro escrito por obra do Espírito Santo para nos dar vida e vida com abundância, logicamente que a mensagem de Jesus Cristo é atacada por aqueles que não aceitam a fé cristã em nosso meio cultural. Existem intelectuais e pseudo-intelectuais que não aceitam o cristianismo como norma de conduta moral e tentam degradá-lo ao ponto de taxar de intolerantes aqueles que professam essa legítima manifestação de fé. Enquanto as outras religiões não sofrem contra-ataque pelo politicamente correto e são aceitas sem qualquer negação por muitos, o cristianismo vem agonizando aos poucos e sua luta está quase perto de acabar em razão da proximidade com a vida do anticristo.
Culturalmente, que é o palco onde se desnuda o ataque anticristão, olha-se mais de perto as tentativas de manipular a mente e retirar a liberdade de uma livre manifestação de crença e do pensamento. Falsos cristãos são escritores, filósofos, pensadores, artistas, enfim, exercem alguma atividade atrelada ao convencimento de um público em massa. É a intromissão da Revolução Cultural pretendida por Antonio Gramsci, quando escreveu seu Cadernos do Cárcere, uma obra por assim dizer diabólica que tem por objetivo fazer entrar na mente das pessoas idéias anticristãs, de forma bem sutil, como se elas não fizessem mal algum para os seus seguidores.
Antonio Gramsci é apenas um exemplo bem atual do cenário cultural mundial. Seu objetivo era levar a efeito de uma forma lenta e imperceptível aquilo que já pretendia Karl Marx. Karl Marx queria destruir os valores familiares para implantação do socialismo em escala mundial, só que por meio da força. Depois da evolução do conceito de pessoa e de ser humano no mundo todo, isso passou a não mais ser possível senão por meio de liberdade de crença e de manifestação de pensamento, que é a pretensão destrutiva de pensadores anticristãos como Antonio Gramsci. Outro exemplo desse embuste religioso na cultura veio com a obra de Friedrich Nietzsche, intitulada Além do bem e do mal. Nesta, o autor se autoproclama o próprio anticristo.
Dos pensadores que formaram o mundo moderno tal como ele é hoje não se vê nenhum que possa ser considerado defensor e puro dos valores cristãos. Aliás, o próprio conceito de modernidade já entra num conflito com o que ensina a Bíblia Sagrada, já que suas idéias, principalmente, de pós-verdade, colocam em xeque a fé cristã num mundo espiritual dominado por valores quase que absolutos e de verdades naturais. Ora, é estratégia aniquilar a verdade de fatos até mesmo mais corriqueiros para que não se acredite em mais nada.
Todos aqueles que negarem a fé em Jesus no meio cultural, escrevendo seus artigos ou livros com conteúdo anticristão, direta ou indiretamente, agem em benefício daquele que teme pela salvação das almas perdidas e em detrimento de Jesus. O objetivo é um só: destruir o ser humano e a natureza humana, assim como o próprio cristianismo como um todo.

Fonte: gospelprime

sábado, 29 de abril de 2017

Igrejas em breve serão rotuladas de “grupos de ódio”

A organização cristã “Hazte Oír” decidiu usar um ônibus especialmente preparado para rodar as cidades da Espanha com uma mensagem que fazia campanha contra a ideologia de gênero.
Com uma pintura especial, exibia a mensagem “Os meninos têm pênis. As meninas têm vagina. Não deixe que te enganem. Se você nasce homem, é homem. Se é mulher, continuará a ser”.
Logo as associações LGBT conseguiram impedir sua circulação, alegando que era “discurso de ódio” e “transfobia”. Isso foi em fevereiro. A ideia ganhou uma versão em inglês, no chamado “Ônibus da Liberdade de Expressão”, que usa os mesmos dizeres e começou a circular em Nova York. Além de exibir a mensagem, distribuía livros e panfletos sobre o tema.
Estacionado em frente à sede das Nações Unidas, acabou pichado e vandalizado. O motorista do ônibus teve ferimentos leves por causa do incidente. Depois de consertado, ele continua sua tour pela costa leste, passando em diversos estados como Connecticut e Massachusetts.
O porta-voz do movimento nos EUA, Gregory Mertz explicou a Reuters que o objetivo de estacionar em frente à ONU era que os participantes da sexagésima primeira sessão da Comissão sobre o Status das Mulheres, pudessem vê-lo. O encontro reuniu lideranças de quase todos os países do mundo.
O fato do ônibus ser atacado não surpreendeu Mertz, mas sim o fato de grupos liberais iniciarem uma campanha dentro das Nações Unidas para rotular as organizações conservadoras que se opõem aos direitos transgêneros como “grupos de ódio”.
Surgiu então a campanha “Elimine o Ódio”, que defende o direito de expressão das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), mas quer calar todos que defendam a família e os valores cristãos.
Segundo o que foi divulgado, essa campanha já iniciou pressionando os meios de comunicação a usarem a designação “grupo de ódio” para falar delas, comparando-as aos grupos religiosos extremistas.
A questão rapidamente se politizou, ganhando o apoio do partido Democrata, da candidata derrotada Hillary Clinton, que ainda luta na justiça para que as leis sobre a criação de “banheiros transgênero” assinadas pelo ex-presidente Barack Obama não sejam anuladas pela administração de Donald Trump.
A campanha liderada pela Media Matters For America já deu indícios de que os primeiros “alvos” serão as igrejas que defendem a visão bíblica de família e as ONGs cristãs que lutam pela vida e contra a ideologia de gênero.
Logo, a tendência é que termos como “extremista” e “discurso de ódio” sejam aplicados com frequência cada vez maior sobre toda igreja, organização religiosa ou líder religioso que tome uma postura pública criticando a agenda LGBT.
Como quase tudo que ocorre nos Estados Unidos logo vira padrão na mídia, o mesmo deve começar a ocorrer no Brasil também.

Fonte: gospelprime

sexta-feira, 28 de abril de 2017

4 práticas da igreja comprometida com a Grande Comissão

A Grande Comissão não convoca as igrejas a agirem como o departamento de carros. Também não exige que elas atuem como balcão de informações. Agora eu tenho mais uma para você: a Grande Comissão não chama as igrejas para atuarem como equipes esportivas profissionais.
A equipe da minha igreja gosta de brincar comigo por eu não saber muito sobre esportes, o que pode ser justo. Mas eu sei que o objetivo de cada equipe esportiva é vencer o campeonato. Uma equipe tentará contratar os melhores jogadores, construirá as melhores instalações de treinamento e otimizará sua equipe técnica para conquistar o maior troféu do campeonato. Claro, uma equipe fica feliz por outras equipes existirem. Sem elas não haveria campeonato. Mas o seu principal objetivo é vencer as outras equipes.
Agora, duvido que muitas — se houver alguma — igrejas pensem explicitamente consigo mesmas: Temos que vencer aquelas outras igrejas!”. Mas permita-me fazer algumas perguntas diagnósticas para avaliar uma mentalidade do tipo “nossa equipe é a melhor”:
  • Você, alegremente, envia os seus melhores “jogadores” para outras igrejas?
  • Você se alegra se, após orar por avivamento, ele ocorrer à outra igreja na rua? (Agradeço a Andy Johnson por esta ótima pergunta!)
  • Você ora regularmente por aquela outra igreja na rua, bem como pelas outras igrejas em sua cidade?
  • Você doa alguma parte do seu orçamento para revitalizar igrejas antigas ou criar novas igrejas em sua cidade, em todo o país ou no exterior?
Muitas vezes, uma competitividade grotesca entre igrejas caracteriza as igrejas evangélicas. Mas uma igreja comprometida com a Grande Comissão não compete com outras igrejas que pregam o evangelho, porque sabe que cada igreja que anuncia o evangelho está “jogando” na mesma equipe.

Igreja comprometida com a Grande Comissão = Igreja que planta igrejas

Aqui está o ponto mais abrangente: uma igreja comprometida com a Grande Comissão é uma igreja evangelizadora e discipuladora, mas também é uma igreja que planta e revitaliza igrejas. Ela deseja ver o reino de Deus crescer através do seu próprio ministério, mas também quer ver o reino expandir-se além das suas próprias paredes por meio de outras igrejas.
Assim, tal igreja está interessada em facilitar muitas atividades evangelísticas para além de si mesma, de modo a atrair pessoas de fora para si. Mas também está interessada em ver os seus esforços culminarem em plantação ou apoio a outras igrejas locais. Ela não está satisfeita com sua própria saúde; ela deseja ver muitas outras congregações saudáveis, que creiam na Bíblia e que preguem o evangelho.
Tal igreja encoraja outras igrejas e plantações de igrejas evangélicas, mesmo que estejam a vários quarteirões de distância. E ora por elas nominalmente. Ela está disposta a enviar boas pessoas que ajudarão essas outras igrejas. Ela também se esforçará por plantar ou construir outras igrejas do outro lado do mundo.
Uma igreja comprometida com a Grande Comissão trabalha e ora para levantar homens qualificados para serem presbíteros, e depois os envia desinteressadamente.
Ela se esforça para alinhar o seu orçamento com essas prioridades da Grande Comissão. Algum dinheiro é guardado para o ministério local, mas algum dinheiro é designado para ajudar outras obras, tanto próximas quanto distantes.
Ela se esforça para recuperar congregações que estão em declínio onde seja possível.
Ela se empenha em todos os tipos de meios públicos e privados para cultivar essa mentalidade de equipe com outras igrejas centradas no evangelho entre os seus próprios membros. Os membros e líderes ficam tão felizes com uma nova igreja que prega o evangelho, como por um novo restaurante que é inaugurado em uma terra onde há fome.
Então, o que uma igreja comprometida com a Grande Comissão faz? Quero oferecer quatro ações estratégicas.

Cultiva uma cultura de disciplina

Em primeiro lugar, uma igreja comprometida com a Grande Comissão cultivará uma cultura de discipulado entre os seus próprios membros. Ela ajuda cada membro a ter a responsabilidade de ajudar outros crentes a crescerem na fé. Os pastores capacitam os santos para a obra do ministério, diz Paulo (Efésios 4.11-12), o que significa que a obra do ministério pertence a todos os santos. Todo o corpo, falando a verdade em amor, cresce à medida que se edifica, cada parte fazendo o seu trabalho (Efésios 4.15-16, veja também 1 Coríntios 12.14).
Discipulado é o meu seguir a Jesus. Discipular sou eu ajudando alguém a seguir a Jesus (por exemplo, 2 Timóteo 2.2). E em uma igreja comprometida com a Grande Comissão, homens mais velhos na fé discipulam homens mais jovens, e mulheres mais jovens buscam as mulheres mais velhas. Por exemplo, se você é uma mulher solteira, pode oferecer a uma mãe em tempo integral ajuda com a lavagem de roupas em troca da oportunidade de fazer muitas perguntas! Se você é um presbítero que esina em uma classe de adultos na escola dominical, certamente pode recrutar um professor auxiliar. E o seu objetivo, em certo sentido, é treinar e entregar o trabalho de ensino para ele. Então, você pode ir e começar outra classe e gerar outro professor auxiliar.
Tal igreja possui a sensibilidade geográfica implicada pela ordem de Jesus para ir. Para aqueles que ficam, portanto, ir pode muito bem significar aproximar-se da igreja ou dos grupos de seus membros. Dessa forma, é fácil ministrar aos outros durante a semana. Onde você mora? Você está ajudando a cultivar uma cultura de discipulado em sua igreja no lugar onde escolheu alugar um apartamento ou comprar uma casa?
Uma igreja comprometida com a Grande Comissão deve ser desconfortável, mesmo provocativa, para um cristão nominal. Se você aparecer como um visitante em tal igreja no domingo apenas como parte do seu dever religioso ocasional, pode não gostar muito disso. Você poderia ser bem-vindo, mas os membros da igreja não poderiam ficar como você está. Eles estão entregando as suas vidas inteiras para seguir a Jesus, e eles se comprometem a ajudar uns aos outros a seguirem a Jesus. Tal compromisso e tal atividade fazem parte da própria cultura: perguntas intencionais, conversas significativas, oração e lembranças contínuas do evangelho.
Veja o Plano Mestre de Evangelismo, de Robert Coleman [Mundo Cristão]; A Treliça e a Videira, de Colin Marshall e Tony Payne [Editora Fiel]; ou meu próprio Discipulado [Vida Nova] para mais sobre este tópico.

Cultiva uma cultura de evangelismo

Em segundo lugar, uma igreja comprometida com a Grande Comissão cultivará uma cultura de evangelismo. Por um lado, os membros sabem que o evangelho será pregado em cada reunião semanal. Então, eles são estimulados a convidar seus amigos que não são cristãos. O evangelho irradia através do louvor, da oração e de cada sermão.
Você confia que qualquer não-cristão que você levar à sua igreja ouvirá o evangelho? Se não, o que pode fazer sobre isso?
Por outro lado, uma igreja comprometida com a Grande Comissão se esforça para treinar os seus membros no evangelismo, porque sabe que coletivamente eles verão mais não-cristãos durante a semana do que jamais poderá caber no edifício da igreja. Portanto, sucesso no evangelismo não é simplesmente levar os seus amigos não-cristãos à igreja para que eles ouçam o evangelho. O sucesso é compartilhar o evangelho com seus vizinhos e amigos não-cristãos.
Assim, a igreja trabalha para capacitar os seus membros no evangelismo para que eles saibam como compartilhar o evangelho com os outros. Minha própria igreja faz isso através de escolas dominicais dedicadas ao evangelismo. Eu tento formular como deve ser o envolvimento com os não-cristãos em minha pregação, particularmente na maneira como abordo explicitamente os não-cristãos. Tentamos capacitar os nossos membros oferecendo-lhes ferramentas evangelísticas como Duas Formas de Viver ou recursos como O Cristianismo Explicado ou O Cristianismo Explorado. Nós distribuímos muitos “Quem é Jesus?”, de Greg Gilbert, aos membros, para que eles dêem aos seus amigos não-cristãos. Nós também compartilhamos sobre oportunidades evangelísticas através de nossa reunião de domingo à noite. Ouvir e orar pelas oportunidades evangelísticas de outros membros encoraja as próprias tentativas pessoais de compartilhar as boas novas.
O que a Grande Comissão significa para você? Significa que Jesus chamou você para ser alguém que faz discípulos. Ele convoca você tanto a evangelizar os incrédulos como a discipular os crentes. Você deve estar fazendo isso pessoalmente; em casa, no trabalho, no seu bairro, entre os seus amigos. Você deve estar fazendo isso em e por meio da sua igreja.
Portanto, use os seus companheiros e membros da igreja para ajudá-lo. Convide um presbítero para almoçar e peça conselho. Compartilhe e ore com seu pequeno grupo. Saia e evangelize com seus amigos.
Para mais sobre este tópico, veja qualquer livro de Mack Stiles, especialmente Evangelização [Vida Nova], ou o meu livro O Evangelho e a Evangelização [Fiel].

Esforça-se para alcançar os não-alcançados por meio de missões

Em terceiro lugar, uma igreja comprometida com a Grande Comissão trabalha para alcançar os não-alcançados por meio de missões. Qual é a diferença entre missões e evangelismo e plantação de igrejas no próprio país? Na verdade, as missões são exatamente o que chamamos de evangelismo e plantação de igrejas quando atravessam fronteiras étnicas, culturais e tipicamente nacionais.
Jesus nos ordena: ide, fazei discípulos de todas as nações. Eu não falei muito sobre esse assunto porque muitos outros livros tratam muito bem dessa questão. Mas é difícil saber como uma igreja pode ler esse mandamento e não se comprometer a levar o evangelho a nações que nunca ouviram o evangelho antes.
Nenhuma congregação pode ter como alvo todos os lugares ao redor do planeta. Portanto, acho que as igrejas são sábias ao concentrar seus próprios esforços missionários em poucos lugares. Minha própria igreja, por exemplo, concentra-se em vários países da chamada janela 10/40, que é a região do hemisfério oriental entre 10 e 40 graus ao norte do equador. Essa é a região do mundo onde há a menor porcentagem de cristãos.
Se você é membro de nossa igreja e manifesta interesse em realizar missões, poderemos investir mais recursos para apoiá-lo se você for para um dos lugares onde já investimos. Somos simplesmente incapazes de patrocinar cem pessoas que vão para cem lugares diferentes. Por esse motivo, preferimos apoiar poucos missionários com mais dinheiro do que muitos missionários com pouco dinheiro. Isso permite que os missionários que apoiamos passem menos tempo arrecadando dinheiro e mais tempo fazendo a obra de plantação de igrejas. Ademais, isso nos ajuda a ter um relacionamento com eles e oferecer prestação de contas.
Nossa igreja trabalha diretamente com missionários e trabalhamos através de organizações missionárias como a Junta de Missões Internacionais da Convenção Batista do Sul. Também trabalhamos com grupos maravilhosos como o Access Partners, que ajudam a colocar os empresários em lugares estratégicos em todo o mundo em suas vocações de negócios, para que possam ajudar os missionários de longo prazo no campo.
Que papel você deve ter como cristão individual ajudando a sua igreja a alcançar os não-alcançados? Certamente você deve orar pelos missionários de sua igreja. Conheça-os quando estiverem em período de licença. Talvez, avalie viagens missionárias de curto prazo que lhe permitirão apoiar os trabalhadores de longo prazo. Leia biografias missionárias. E, talvez, pense em ir. Voltaremos a essa questão daqui a dois capítulos.
Há uma última coisa que você e sua igreja podem fazer para alcançar os não-alcançados: procure por estrangeiros em sua própria cidade. Minha própria igreja se esforça arduamente para alcançar estudantes estrangeiros, mas que grupos de estrangeiros vivem em sua cidade? Se você alcançá-los com o evangelho bem ali em sua cidade natal, há uma boa chance de que o evangelho se espalhe para o lugar de onde eles vieram.
Veja Alegrem-se os povos [Cultura Cristã], de John Piper, para mais sobre este tópico.

Esforça-se para fortalecer outras igrejas

As igrejas geralmente têm uma linha de orçamento para missões. Eu acho que vale a pena acrescentar uma linha orçamental Apoiando igrejas saudáveis também. Esforçar-se para fortalecer outras igrejas é uma quarta prática das igrejas que cumprem a Grande Comissão.
Minha própria igreja usa essa linha para apoiar muitas coisas, como nosso programa de estágio pastoral. Pagamos doze rapazes por ano para fazerem um estágio conosco, a maioria dos quais acaba pastoreando ou servindo outras igrejas.
Também usamos a linha para apoiar o ministério 9Marks, que é dedicado como um ministério para erguer igrejas saudáveis.
Nós estruturamos nossa equipe de modo intencional para que as pessoas sejam treinadas e enviadas. Assistentes pastorais nos servem por 2 a 3 anos e depois espera-se que sejam enviados. Pastores assistentes nos servem por 3 a 5 anos e depois vão. Somente eu e os pastores associados (juntamente com quaisquer pastores ou presbíteros que não façam parte da equipe) devem permanecer em nossa igreja a longo prazo. Os demais, nós os capacitamos para partir.
Nossa igreja patrocina conferências de fim de semana, onde pastores de todo o mundo se unem a nós para nossas reuniões regularmente agendadas, bem como para várias palestras especiais e momentos de perguntas e respostas. Eu também participo em telefonemas semanais com várias outras redes de pastores de todo o mundo para os mesmos propósitos. Cada uma dessas conversas me dá a oportunidade de orar e me esforçar por igrejas saudáveis ​​em todo o mundo.
Grande parte do trabalho que fazemos para fortalecer outras igrejas através do plantio e revitalização de igrejas fazemos em nossa própria região, que é o tema do próximo capítulo. (Esse capítulo inteiro, em outras palavras, é uma extensão desta seção). Mas também fazemos alguns plantios e revitalizações em todo o mundo. Por exemplo, enviamos um irmão, John, para uma igreja em Dubai, nos Emirados Árabes, quando a igreja estava em busca de um pastor há quase uma década. Deus usou John de maneiras poderosas para revitalizar essa igreja internacional. Um de seus principais presbíteros, que ajudou a levar John para lá, era Mack, um velho amigo meu. Uma vez que John e Mack conduziram a igreja a uma condição saudável, Mack e outro irmão, Dave, deixaram a igreja para plantar outra igreja a 30 minutos de distância. Também enviamos um antigo assistente pastoral e um estagiário para ajudar Mack e Dave nesse novo trabalho. Simultaneamente, enviamos outro estagiário pastoral para plantar mais uma igreja em outra cidade dos Emirados Árabes.
Agora temos três igrejas saudáveis ​​em funcionamento nesse país muçulmano. Nada disso era parte de algum grande plano nosso. Na verdade, nem a oportunidade de revitalização nem as duas oportunidades de plantio foram iniciadas por nós. Estávamos ali apenas para orar, ajudar e enviar apoio financeiro e humano para onde pudéssemos. Aliás, muitos de nossos membros têm mudado os seus trabalhos para os Emirados Árabes Unidos para ajudar o trabalho dessas igrejas. Nossa igreja não ganha de nenhuma outra forma além da pura alegria de ver o reino de Deus se expandir nessa terra estrangeira.
Muitos desses exemplos se concentraram no que eu, como o pastor, fiz. Mas supondo que você seja um membro comum da igreja, o que você pode fazer para ajudar a fortalecer outras igrejas, seja em sua região ou em todo o mundo? Obviamente, você pode orar por outras obras pessoalmente. Você pode orar por outros trabalhos com sua família no jantar. Você pode apoiar outros trabalhos financeiramente.
Com certeza, você deve ter cuidado ao criticar outras igrejas. Sim, existem lugares onde as práticas de sua igreja ou doutrinas secundárias podem diferir das de outras igrejas. E sim, temos motivos deliberados para essas áreas de desacordo. Eu não estou dizendo para você desprezar esses desacordos. Mas tenha em mente que as questões secundárias sobre as quais sua igreja pode discordar de outras igrejas não são tão importantes quanto o evangelho que todos nós compartilhamos. Portanto, proteja-se contra um espírito crítico, e busque formas de se alegrar em parcerias evangélicas compartilhadas.

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Nota do editor: Este artigo é um trecho de Understanding the Great Commission [Compreendendo a Grande Comissão], na série Church Basics [Fundamentos da Igreja], (B&H, abril de 2016), que está prestes a ser publicado. Reproduzido com permissão da B&H.
Por: Mark Dever. © 9Marks. Website: 9marks.org. Traduzido com permissão. Fonte: 4 Practices of a Great Commission Church.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Como evangelizar uma juventude relativista e secularizada?

“Juventude Global” é uma das 37 oficinas que aconteceram durante o Vocare 2017. Com o intuito de mostrar como o pensamento secularizado e humanista está ganhando força atualmente ao redor do mundo, o pastor Pipe Bastos, da Comunidade Gólgota de Curitiba e integrante da Organização Steiger, falou como o relativismo tem influenciado até mesmo o pensamento dentro da igreja contemporânea.
Individualismo, fé em si, ceticismo, hedonismo, materialismo, falta de esperança, rebeldia, agnosticismo, falsa liberdade e relativismo fazem cristãos abraçarem mais as lutas sociais e o próprio contentamento do que o evangelho genuíno. Pipe ainda ressalta que esse comportamento é prejudicial à fé cristã. “Pessoas cansadas da instituição resolvem viver um cristianismo isolado. Como consequência, o número de desigrejados tem aumentado significativamente no Brasil”.
“Mas como um cristão crê que a verdade é relativa, se Cristo é a verdade? O cristianismo é realista, porque assume a maldade humana e que se a verdade não existe, não existe esperança”. Pipe finalizou incentivando os participantes da oficina a se prepararem para comunicar o evangelho nesse meio. Aí vão algumas dicas:
  • Estudar Apologética Pressuposicionalista
  • Estudar Apologética Clássica
  • Não ceder ao relativismo
  • Falar a língua dos jovens
  • Conhecer com propriedade as doutrinas da fé cristã
  • Criar grupos de discipulados
Steiger
Steiger Brasil busca pessoas com o coração fervendo para aprender como alcançar para Jesus Cristo a Cultura Jovem Global,  treinando para proclamar o evangelho de forma criativa e formar seguidores de Cristo, envolvendo-se com a cultura em centros urbanos no mundo todo.
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Luane Souto é jornalista e voluntária na equipe de comunicação do Vocare 2017.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Igreja que não faz missões, tem que nascer de novo, afirma missionário


Pastor Juan Carlos Boggiano (37), peruano, está à frente da Igreja Quadrangular do Peru – Rei dos Reis, na cidade de Arequipa, local onde desenvolve um trabalho missionário, que além de levar o evangelho atende pessoas carentes e deficientes físicos.
A liderança da igreja (que não é filiada a Igreja Quadrangular do Brasil) é compartilhada com pastor Juventino Arrendondo, mexicano. Ambos atuam no ministério local e também buscam apoio para manter a obra.
Em conversa com o Gospel Prime, Juan convida as pessoas a visitarem a obra desenvolvida no Peru. “Uma coisa é falar, outra é você visualizar a realidade da obra missionária”. Ele comentou que a Assembleia de Deus no Brasil tem auxiliado. “Várias pessoas têm ajudado a manter esse projeto. Deus prometeu que levantaria grandes servos para ajudar. Desta forma o Senhor tem nos abençoado grandemente”, declarou.
A igreja peruana iniciou suas atividades há três anos sem nenhuma estrutura física e mão-de-obra humana. “Hoje são cerca de 70 membros e com pequenos grupos evangelísticos alcançamos muitas famílias. Temos encontro de casais, jovens, escola bíblica, crianças. No ano passado foram batizadas 17 pessoas. Estamos realizando um trabalho assistencial nas escolas através de doações de computadores para alunos carentes, assim eles podem apreender com mais facilidade”, comentou o missionário.
Atualmente a igreja mantém um trabalho nas Cordilheiras dos Andes, há 250 km da região central de Arequipa. Duas vezes ao mês atendem a pessoas doentes, cadeirantes, e deficientes físicos. Após o terremoto, que atingiu o local em 2015, foram doadas dez cadeiras-de-rodas para pessoas necessitadas.
“Nossa vida está totalmente debaixo da dependência do Senhor”. Juan deseja retornar ao Brasil para construir uma igreja. Sua esposa o questionou o porquê de ser no Brasil. E sua resposta foi que Deus o ordenou erguer uma igreja forte, que irá manter a igreja no Peru. A família está intercedendo em oração e provavelmente será em Campinas, estado de São Paulo.

Realidade das missões no Peru

As dificuldades são muitas no Peru. “Temos escassez de alimentos, estradas destruídas, rios transbordando devido às enchentes, preço elevado, precariedade na habitação e saúde, enfim são muitos os problemas”, desabafou pastor Juan.
O missionário acredita que a situação que o país enfrenta é devido à resistência ao evangelho. “Tudo que está acontecendo é fruto da dureza do coração do povo peruano. O Senhor retirou sua mão sobre o Peru. O governo aprovou a ideologia do gênero, casamento homossexual, não aceitam o evangelho, são idólatras, misticistas. Apenas 1% da população é evangélica. As pessoas só aceitam o evangelho quando estão com suas vidas totalmente destruídas. Nosso país precisa ver Deus agir. Creio na esperança de um real avivamento para todo o Peru”.
Pastor Juan comenta que uma igreja que não tem visão missionária, é uma igreja que necessita nascer de novo.
“Todos somos convocados para levar o evangelho, sem distinção de igrejas e denominações, precisamos nos unir para fazer a obra. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Nada adianta irmos à igreja nos cultos durante a semana e no restante dos dias esquecer-se de Deus. Devemos amar ao próximo como a nós mesmos”.

Herança missionária

Pastor Juan nasceu em lar cristão, em Piura, Peru. Sua mãe, Lucila Farfan se converteu através de um programa evangélico americano que era transmitido no Peru. Com dois anos de conversão, passando por problemas familiares, ela decidiu entregar Juan a Cristo, se Carlos, seu esposo aceitasse a Jesus como seu Salvador. Após o nascimento de Juan, Carlos se converteu. Na época Carlos, engenheiro civil, construía uma grande casa para a família fazer festa e se confraternizar. Mas este não era o plano de Deus. Com o passar dos anos a residência começou a receber missionários, sendo que o primeiro recebido foi o jovem Jesuel Alves, missionário da JOCUM, vindo de Santos, Brasil.
Desde seus 14 anos Juan se sentia incomodado por Deus, como se Ele estivesse requerendo o compromisso missionário de sua vida.  Ele se formou em engenharia geológica, e com a carreira trabalhou com a exploração de minérios no Peru.

Fuga e encontro com seu chamado

Na tentativa de fugir de sua chamada missionária, com sete meses de casado, veio para o Brasil. Após dois meses de sua chegada em São Paulo, sua esposa, viajou em seu encontro trazendo um filho de cinco meses no colo e grávida.
Ele e sua família tinham apenas visto de turista, temporário. Um dia estava na Praça da Sé, desesperado e chorando, disse consigo que não fugiria mais de seu chamado, mas pediu a Deus que o ajudasse. Nesse momento ouviu uma voz o chamando seu nome. A princípio não acreditou nesse chamado, depois a voz se repetiu. Era um velho amigo Manoel Rivera. Ele lhe deu abrigo e apoio na Igreja Brasil para Cristo.
Alguns meses se passaram e o Senhor continuou o tocando sobre seu propósito missionário. Trabalhando em uma empresa de sondagem iria viajar para um novo projeto, quando Deus falou fortemente com sua esposa. O casal foi orar para seguir a vontade e direção do Senhor. Juan não viajou e começou a congregar na Igreja Luz para as Nações. Essa os enviou para as Missões Jocum, e após um período iniciaram trabalho em várias frentes missionárias no Brasil e também na Bolívia.
Após um tempo seu pai ficou doente e retornaram ao Peru em 2009. Juan teve que voltar a trabalhar na mineração para custear o tratamento de seu pai. Ele e sua esposa abriram uma empresa de transporte de minerais. Deus voltou a falar com o casal que era necessário depender dele. Em 2014 encerraram as atividades da empresa e começaram a trabalhar na igreja local de forma integral. “Uma vez me questionaram se com minha profissão já conseguiria sustentaria a obra. Eu respondi que o Senhor me convocou para essa missão, e que os recursos ele nos daria. Deus me queria em busca de almas”.

Fonte: gospelprime

terça-feira, 25 de abril de 2017

Igreja Batista Esperança oferece Curso gratuito para o Concurso da PM-BA


Começou ontem (24), na sede da Esperança Igreja Batista, o Curso Preparatório para o Concurso da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), com a participação de 58 futuros candidatos. Desde que o governador Rui Costa anunciou a abertura de 2.750 vagas entre soldados da PM e Corpo de Bombeiros, um grupo de soldados-professores sentiu o desejo de oferecer gratuitamente o curso àqueles que desejam ingressar no serviço público, mas não têm condições de fazer um investimento financeiro. A princípio foram disponibilizadas apenas 50 vagas.
Durante a abertura, o pastor presidente da Esperança, Rosemar Vilanova Cavalcante, Pastor Mel, falou da importância deste curso na vida da igreja. Citando Marcos, capítulo 10, versículo 45, disse que, sobretudo no ano do serviço, lembrou da vida de Jesus, que veio a este mundo não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em favor de muitos.
Foram apresentados a ementa do curso, a didática e os professores. Entre os professores, estão Fábio Gomes, Marcelo Alves, Milena Almeida, Isabel Argolo, Caique Oliveira, Jorge Teles, Luísa Lopes, Jackson Lessa e Mark Harys.
“Essa iniciativa partiu justamente do desejo desta comunidade de fé em servir. Foi a oportunidade que eu encontrei de poder ajudar o próximo com dons e habilidades que Deus me deu. Conversei com a liderança desta igreja, convidei um grupo de soldados e amigos militantes na área da educação que disseram sim ao chamamento e aí começamos”, explicou o sargento da Polícia Militar Fábio Gomes, professor de História, Estatuto da Igualdade Racial e Legislação Estadual, além de idealizador deste curso preparatório.
Ao todo, serão 11 disciplinas ofertadas com a carga total de 230 horas, sendo Direito Penal (20h), Direito Constitucional (30h), Direito Administrativo (20h), Direitos Humanos (20h), Raciocínio Lógico-Matemático (20h), Atualidades (20h), Legislação Estadual (20h), História (20h), Geografia (20h), Português e Redação (40h). As aulas acontecem de segunda a sexta, das 19h às 21h50min. Já aos sábados, das 08h às 12h.
MANTER O FOCO
Para o professor de Direito Penal Marcelo Alves, o candidato precisará, além do preparo, conhecer algumas ferramentas que contribuirão para o sucesso de sua missão. “Conhecer a banca avaliadora é fundamental, pois, através dela, é possível ver como foram as avaliações passadas, o nível exigido nas questões, mesmo que sejam de outros Estados. É preciso neste momento manter o foco”, sinalizou Marcelo, que também é militar.
A candidata Anathália Soares, ressalta que é uma chance de ela poder, por meio do curso, ser preparada da mesma maneira como se estivesse num outro curso pagando. “Eu vejo que Deus está me proporcionando, através da Igreja Esperança, um momento de dedicação aos estudos, acreditando que vou ter grande chance de vencer as etapas que virão pela frente, com fé”, acreditou.
Já o candidato Caique Morais, 18 anos, entende esse momento como uma benção para a sua vida, já que não teria condições de custear um preparatório deste. “Esse curso realiza a primeira etapa do meu sonho em seguir na carreira militar. Vejo que os professores são preparados e o mais interessante, estou sendo beneficiado por um projeto social”, declara.
O pastor Paulo Barbosa acrescentou que a igreja é um celeiro de serviços, com o objetivo de cuidar das pessoas. “Oferecemos as instalações para que elas sejam capacitadas tanto espiritual como intelectualmente e isso independe da sua crença. Essa mesma igreja consegue atender aos anseios, juntamente com um grupo de irmãos, que diante de uma percepção quase que urgente, a uma necessidade da comunidade. Isto é chamado de Cristo para fazer a diferença na vida dessas pessoas”, sublinhou.
Lucas França

Fonte: pimenta.blog

Ordem dos Pastores Batistas emite documento contra ideologia de gênero

A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, órgão que representa os pastores da Convenção Batista Brasileira (CBB) reuniu-se em assembleia nacional em meados de abril. Após a deliberação de diversos assuntos, a entidade emitiu o documento  “Declaração sobre homossexualidade, identidade de gênero, orientação sexual, uniões homo e poliafetivas”.
A ideia era divulgar uma posição oficial dos líderes batistas sobre questões que ganham cada vez mais espaço na mídia e vem sendo continuamente tratado como apenas uma questão de opção, desconsiderando aspectos morais e religiosos.
O material é assinado por vários pastores conhecidos como Luiz Roberto Silvado, atual presidente da Convenção Batista Brasileira e Lourenço Stelio Rega, diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.
A ordem dos pastores reconhece a necessidade de uma postura clara dos evangélicos diante desses temas, ressaltando que alguns segmentos dentro da igreja brasileira já defendem uma posição incompatível com as Escrituras, considerando suas práticas “completamente natural”.
Afinal, já existem no país denominações que aceitam homossexuais praticantes como membros e até igrejas chamadas “inclusivas”, voltadas para esse público.
Ao longo do documento são apresentadas várias passagens bíblicas que dão suporte à posição dos batistas contra a prática da homo afetividade . Lê-se: “Do ponto de vista da compreensão bíblica, a homossexualidade é claramente discutida como sério afastamento, desvio e disfunção em relação à natureza humana e em relação aos propósitos originais da criação conforme temos nos textos a seguir: Lv 18.22; 20.13; Is 3.9; Rm 1.24-27; 1 Co 6.9-10; 1 Tm 1.9-10; Ap 21.8, 27)”.
Também ressalta que “tais práticas não são compatíveis com os ensinos bíblicos, nem com a natureza humana criada por Deus”.
No tocante à ideologia de gênero, deixa claro que não existe uma posição definitiva da ciência sobre isso, ao contrário do argumento mais usados pelos militantes LGBT.  “Essa ideologia de gênero, então, é uma ideologia da ausência de sexo neurobiogeneticamente falando. É uma crença que afirma que os dois sexos — masculino e feminino — são meras construções culturais e sociais, não existindo, neste caso, papel neurobiogenético inscrito na natureza humana, antes formas sociáveis de desempenhar uma ou mais funções (gênero)”,  afirma o texto.
A Ordem dos Pastores Batistas finaliza ressaltando que ainda que no Brasil os poderes legislativo e judiciário tomem decisões que favoreçam a comunidade LGBT, isso não segue os textos da Constituição Federal e do Código Civil, muito menos da Bíblia, que para dos cristãos é “a fonte de verdade”. Leia a nota na íntegra aqui.

Fonte: gospelprime

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Testemunho brasileiro que vem do mundo muçulmano

Candiba, na Bahia, é uma cidade tão pequena que nem aparece em muitos mapas. Mas o evangelho chegou até lá, e com ele o sonho de que pessoas partiriam dali para anunciar as mesmas boas novas entre as nações. Entre elas, Zazá.

O pai não permitia que a menina fosse nem à cidade mais próxima, que ficava a 25 quilômetros, mas os sonhos do Senhor não se frustraram. Aos 14 anos ela foi chamada a ser testemunha do Senhor entre a igreja perseguida, em meio aos mulçumanos.

Hoje, Elizete “Zazá” Lima trabalha em diferentes países do Norte da África e Oriente Médio, serve como diretora internacional da missão PMI e colabora com outras missões em outras regiões do mundo. Na segunda noite do Vocare 2017 foi tempo de ouvi-la compartilhando o que Deus tem feito em sua vida através de sua vocação.

Não vamos ao mundo muçulmano levar Jesus, ele já está lá

Algo que Zazá aprendeu no contexto da igreja perseguida é que “Deus mora na dor; e no meio do sofrimento, Deus se revela”. Em uma de suas vivências no Oriente Médio, uma amiga disse a ela que Jesus parecia alguém distante, alguém vindo do Ocidente. Na mesma noite, aquela moça sonhou com um homem no portão da sua casa. “Ela disse que esse homem parecia ter tanto amor e ternura. Lhe perguntou quem ele era. Ele respondeu que era Jesus. Lhe perguntou onde ele morava. Ele respondeu que morava ali”. Quando percebeu que o Senhor morava na casa dela, ela o convidou para morar no seu coração.

Somos parte do milagre

A partir da leitura do texto de Lucas 9:10-17, com o relato da multiplicação dos pães e peixes, Zazá afirmou que multidões estão famintas, tanto física quanto espiritualmente. “Não podemos passar a responsabilidade adiante. Deus quer criar o milagre a partir da nossa entrega, da nossa oferta. Deus chama seu povo para ser resposta, para ser parte do milagre”, continuou.

A igreja de Cristo sofre, mas não é vítima

“Sempre me perguntei o que nossas igrejas poderiam fazer pela igreja perseguida e por tantos que nunca ouviram falar de Jesus. Hoje, minha pergunta é diferente. O que a igreja perseguida pode nos ensinar? Uma caminhada de dor. Uma caminhada de alegria. Uma caminhada de reconciliação. A igreja de Cristo sofre, mas não é vítima. Ela é vencedora”, afirmou Zazá.

Vocação é a missão no caminho

Em um evento sobre vocação, Zazá também deixou palavras de encorajamento aos jovens. “Somos convidados a fazer parte do que Deus está fazendo na humanidade. Deus atua em meio à nossa vulnerabilidade, e às vezes é preciso que nossas agendas e planos mudem, para que Deus nos ensine. Vocação é pé na estrada, vocação é joelho no chão. Somos nós, unidos e sonhando juntos”.

Fonte: Ultimato.com

domingo, 23 de abril de 2017

A Igreja Precisa de Poder

“Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

A igreja é o povo chamado para fora do mundo, para voltar ao mundo, como testemunha de Cristo no mundo. Não sendo do mundo, vive no mundo, para pregar o evangelho por todo o mundo, a toda a criatura, fazendo discípulos de todas as nações, até aos confins da terra. Para cumprir essa grande comissão a igreja precisa de poder. Destacamos, à luz do texto em epígrafe, quatro verdades:
Em primeiro lugar, uma capacitação sobrenatural. “Mas recebereis poder…”. A igreja não realiza a grande comissão com seus próprios recursos. Não podemos pregar, testemunhar e fazer discípulos desprovidos de poder. Esse poder não é uma habilidade inata que possuímos. Não é resultado do conhecimento que acumulamos. Esse poder não é produto da nossa experiência nem mesmo vem como consequência de nossa maturidade cristã. Esse poder é sobrenatural e irresistível. A palavra grega usada aqui é dunamis, de onde vem a nossa palavra “dinamite”. A dinamite esmiúça as pedras mais duras e derruba as estruturas mais sólidas. Esse poder é capaz de transformar o pecador mais rebelde em um servo do Altíssimo. É capaz de transformar um Saulo de Tarso, o mais temido inimigo do Cristianismo, no mais poderoso apóstolo de Cristo.
Em segundo lugar, uma origem celestial. “… ao descer sobre vós o Espírito Santo…”. O poder que a igreja precisa não vem da terra, mas do céu. Não vem dos homens, mas do Espírito Santo de Deus. Não podemos fazer a obra de Deus sem o poder do Espírito Santo. É o Espírito Santo quem nos convence de pecado. É o Espírito Santo quem nos regenera. É o Espírito Santo quem nos batiza no corpo de Cristo. É o Espírito Santo quem nos sela para o dia da redenção. É o Espírito quem nos transforma à imagem de Cristo e nos santifica. É o Espírito Santo quem nos dá poder para testemunhar. Não podemos fazer a obra de Deus fiados em nosso conhecimento ou em nossos métodos. Precisamos de poder, do poder do Espírito Santo. Fazer a obra de Deus confiados em nós mesmos é o mesmo que tentar cortar uma árvore com o cabo do machado.
Em terceiro lugar, uma missão essencial. “… e sereis minhas testemunhas…”. A igreja recebe poder para testemunhar. Nossa pregação não pode consistir apenas em palavras de sabedoria humana. Precisamos de uma capacitação sobrenatural. Não recebemos poder para ficar trancados dentro de quatro paredes. Não recebemos poder para nos consumirmos em intérminas e inócuas discussões. Não recebemos poder para promovermos a nós mesmos. Recebemos poder para testemunhar. Uma igreja revestida com o poder do Espírito Santo tem coração aquecido, pés velozes e lábios abertos para testemunhar de Cristo. Uma igreja fortalecida com esse poder sai do campo da especulação teológica para o campo da ação missionária. Uma igreja cheia do Espírito, exerce perdão, derruba as paredes da inimizade e constrói pontes de reconciliação. Judeus e samaritanos são transformados e reconciliados. Samaria e Judeia, outrora inimigas, dão as mãos para caminhar juntas.
Em quarto lugar, uma abrangência universal. “… tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, Samaria e até aos confins da terra”. Uma igreja cheia do Espírito Santo começa em sua Jerusalém, alcança sua região, atravessa suas fronteiras étnicas e alarga suas fronteiras até aos confins da terra. Sem o poder do Espírito Santo vamos olhar apenas para nós mesmos. Vamos investir apenas em nós. Sem o poder do Espírito Santo vamos transformar koinonia (comunhão) em koinonite (adoecimento das relações). Sem o poder do Espírito Santo vamos nos bastar a nós mesmos, apascentar a nós mesmos e sonegar a mensagem salvadora do evangelho aos povos. Nossa tarefa é imperativa, intransferível e impostergável. É tempo de alcançarmos, com o evangelho da graça, nossa cidade, nosso Estado, nosso país e as nações da terra!

Rev. Hernandes Dias Lopes

sábado, 22 de abril de 2017

A baleia azul e a triste realidade de filhos órfãos de pais vivos


Em primeiro lugar vale a pena ressaltar que eu não estou generalizando o fato de que todo adolescente que participa do funesto desafio da "baleia azul" possui pai e mãe ausentes. 

Baleia azul é um jogo que  consiste em uma série de 50 desafios, que devem ser cumpridos diariamente e que chegam por meio de mensagens (WhatsApp, Facebook, SMS e outras redes sociais). 

No jogo há desde tarefas simples, como desenhar uma baleia num papel, até outras muito mais mórbidas, como cortar os lábios, furar a palma da mão ou desenhar no braço com uma lâmina uma baleia. Para culminar a desgraça, o desafio mais macabro deste maldito jogo é sempre o mesmo: suicídio.

Bom, apesar de não generalizar, sou tomado pela convicção que boa parte dos adolescentes que aceitam participar do jogo da baleia azul, o fazem por se sentirem deprimidos, o que em parte se deve a ausência de pais e mães. De fato, num mundo como nosso aonde muitos pais são "workaholics" preferindo o trabalho a dedicarem tempo aos seus filhos, a possibilidade de que meninos e meninas se sintam fragilizados é significativa. 

Ora, quantos adolescentes que mesmo vivendo com seus pais, não recebem por parte destes atenção carinho, amor e disciplina? Eu particularmente tenho visto inúmeros adolescentes deprimidos, angustiados, sem ânimo algum pelo fato inequívoco de terem sido abandonados em vida por seus pais. Na verdade, ouso afirmar que esses meninos são órfãos de pais e mães.

Diante do exposto, gostaria de oferecer aos pais de adolescentes pelo menos seis conselhos:

1- Ame seu filho e lembre-se que amor se mostra através de atitudes.
2- Dedique tempo ao seu filho. Seja presente, priorize ele, vá ao cinema, ao estádio de futebol, a um parque e gaste tempo em comunhão e relacionamento pessoal.
3- Seja o melhor amigo de seu filho. 
4- Se perceber que ele está se isolando dos amigos, da família, com um comportamento marcado pela tristeza, tente conversar com ele e se necessário for procure ajuda profissional.
5- Procure ver com quem ele está se relacionando na escola, na internet ou em outro ciclo de relacionamento qualquer.
6- Ore com e por ele.

Pense nisso,

Renato Vargens

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O primeiro jogador do #i_am_whale – e como ele saiu com vida

Aqui está o seu primeiro desafio: ler este texto até o final, mesmo que corte a sua alma.
Sua vida tem sentido? Ou você se sente perdido no mar turbulento desta vida? Você até pensou: “ninguém se importa mesmo, então qual o problema de eu jogar o #baleiaazul?”.
Bom, deixe-me contar a história do primeiro jogador do #i_am_whale. Ele o jogou da forma mais radical possível: ele foi engolido vivo por, bem, possivelmente, uma baleia.
Esta é a história de Jonas. Ele vivia sua vida até que recebeu uma mensagem de Deus. Parece empolgante, não? Não para Jonas. Ele não queria fazer aquilo. Então, ele pega um barco na direção oposta e busca se afastar de Deus o máximo possível.
Só que isso é impossível! Deus está em todos os lugares. O que Jonas talvez não esperasse é que Deus iria frustrar totalmente os seus planos. No meio da viagem, começou uma forte tempestade e o barco estava quase virando. Jonas sabia que a culpa era dele e avisou aos seus companheiros de viagem. Como eles não queriam morrer, acabaram jogando Jonas no mar (você deve saber como é essa sensação… de ser jogado para longe pelos outros). Daí, Deus manda então um grande peixe engolir Jonas.
Ele passa três dias e três noites lá. Mas a história continua:
“Lá de dentro do peixe, Jonas orou ao Senhor, ao seu Deus. Ele disse: ‘Em meu desespero clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre da morte gritei por socorro, e ouviste o meu clamor. […] Mas tu trouxeste a minha vida de volta da cova, ó Senhor meu Deus! Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha oração subiu a ti… A salvação vem do Senhor.” (Jonas 2, NVI)
Jonas então orou a Deus e descobriu que a salvação daquela situação de morte vinha de Deus.
Talvez a sua situação não seja tão diferente.
Deus lhe deu vida para que você pudesse viver em uma empolgante intimidade com ele. Compartilhando cada alegria e todo o seu amor com ele. Mas você, como Jonas, tem se afastado de Deus. E quando saímos da luz, entramos nas trevas. Se você se afasta de Deus que é a fonte de vida, o que sobra além de morte? Não é assim que você se sente? Morto por dentro, perdido nas trevas?
Mas já vou avisando. Suicídio não vai aliviar a sua dor. Suicídio é ilusão, pois essa vida não acaba aqui. A pior coisa que alguém que está se afastando de Deus pode fazer é se matar. Ele pensa que o suicídio vai aliviar a sua dor, mas não vai. Não alivia nada! Só piora, pois essa pessoa vai enfrentar uma eternidade inteira de sofrimento. É isso que a rebeldia contra o Deus da Vida traz. Deus é bom e justo e, se ele não condenar aquilo que é mau e injusto, ele é que vai ser mau e injusto.
Então, qual é a resposta? Bom, aqui está a boa notícia: Jonas, na cova, descobriu que a salvação vinha de Deus. E é isso o que você precisa descobrir. Vou falar o que Deus fez para trazer salvação para sua vida.
Outra pessoa na Bíblia fala sobre esse episódio de Jonas, dizendo que ele passaria três dias no coração da terra (Mt 12.40): Jesus Cristo. Deus poderia entregar todos nós à morte, mas, por seu grande amor, ele providenciou alguém que encarou o sepulcro da morte que pertencia a você. Ele entregou seu próprio Filho!
Isso é amor! Eles viviam em um relacionamento perfeito, transbordante em amor – diferente de muitas de nossas famílias. Porém, por sua grande misericórdia, Deus enviou o seu Filho para viver entre nós, caminhar uma vida perfeita e entregar a própria vida na cruz. Lá, naquela morte sangrenta, Jesus tomou a punição de todo aquele que se arrepender de sua rebelião e confiar nele para a salvação.
A história não acaba na morte. Assim como Jonas, depois de três dias, Deus ressuscitou seu Filho e o tirou do sepulcro da morte. Essa é uma verdadeira vitória sobre o sofrimento e a morte! E Jesus oferece essa vida para você.
Então, aqui está o seu segundo desafio: abandone sua rebelião contra Deus, olhe para Jesus naquela cruz dando a vida dele por você e creia que a vida, a morte e a ressurreição dele são suficientes para salvar você. Entregue o seu coração a Deus, a fonte da vida, e você vai sentir ele bater novamente. E saiba, você não precisa fazer nada para merecer a vida. Jesus a oferece a você se confiar nele.
Se você quiser mais ajuda, entre em contato conosco ou procure uma igreja perto de você, um lugar com outras pessoas que encontraram essa vida que Jesus oferece.
Embora tenhamos sofrimentos nesta vida, Jesus nos livra da morte eterna e nos promete que um dia Deus “enxugará dos [nossos] olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21.4).


 Vinícius Musselman Pimentel é formado em engenharia química pela UNICAMP e graduando em Teologia pelo Seminário Martin Bucer. Em 2008, fundou o blog Voltemos ao Evangelho ao conhecer a doutrina reformada e ser confrontado com a dura realidade teológica do Brasil. Atualmente, trabalha como Editor Online no Ministério Fiel. Vinícius é casado com Aline e vive em São José dos Campos/SP.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Deus criou homem e mulher: deleitando-se na distinção

No mesmo dia em que o convite para contribuir com este livro chegou à minha caixa de mensagens, um jornal de Sydney reportava uma campanha online para fazer fabricantes de brinquedos e varejistas australianos pararem de marcar os produtos como sendo para meninas ou meninos. Eles queriam que os brinquedos fossem agrupados por temas, não por “estereótipos de gêneros”.
Em certo aspecto, isso faz sentido. Muitos meninos gostam de brincar com bonecas e de cozinhar; e meninas (como eu) gostam de aeromodelos e bastões de críquete. Mas o objetivo dos ativistas não é apenas a remoção dos estereótipos de gênero. Eles querem que o gênero deixe de ser uma parte importante do que uma criança é – de quem nós somos. Eles querem um mundo em que a identidade de uma pessoa não seja definida pelo primeiro rótulo que recebemos ao nascer: “É uma menina!”  ou “É um menino!”
Eles não estão sozinhos nisso. O Facebook parou de oferecer a opção de apenas dois gêneros para perfis de usuários. Até o presente momento, ele oferece cinquenta e seis diferentes identidades de gênero.
Estes são apenas dois exemplos de uma tendência crescente que vê o gênero como uma construção social: um fenômeno que é produto de forças sociais e da linguagem que usamos para falar sobre a vida mais do que algo que faz parte de uma realidade determinada biologicamente. Para uma minoria crescente e cada vez mais barulhenta, essa é uma construção que já teve a sua época.
No entanto, aqui estamos nós escrevendo, e aqui está você lendo um livro sobre mulheres: um livro que afirma não só que mulheres existem, mas também que o gênero é um bem intrínseco e essencial, e uma parte dada por Deus de quem somos. Então, antes de ponderarmos sobre outras questões acerca do ministério de mulheres, precisamos primeiramente entender o que é ser uma mulher (ou um homem) nos propósitos de Deus.

Deus criou o ser humano homem e mulher

Como vimos no Capítulo 1, a Palavra de Deus por si só fornece a base para a fé e a vida, e o melhor lugar para começar a explorar questões relacionadas a gênero são os três primeiros capítulos da Bíblia, onde (entre outras coisas) Deus nos dá uma lição de antropologia bíblica: uma introdução a quem nós somos.
Gênesis não começa com apenas um relato da criação, mas com dois relatos complementares (Gênesis 1.1–2.3, 2.4-25). Ambos tratam da criação de Deus de todas as coisas, mas dão visões e focos diferentes sobre verdades complementares. Eles não são relatos conflitantes, mas também não são idênticos. Cada um ensina as mesmas e, no entanto, diferentes verdades sobre Deus, criação e humanidade.
Ambos os relatos revelam Deus como criador soberano, governante e legislador amoroso. Ele está lá antes de qualquer outra coisa. Ele vê todas as coisas, sabe de todas as coisas e cria todas as coisas. Ele é generoso e bom. Ele está acima da criação, chamando-a à existência (Gênesis 1), e está presente nela, formando, plantando e dando vida (Gênesis 2).
Em ambos os relatos, o caos e a falta de forma são substituídos por ordem, distinção, propósito e produtividade. Deus está sempre separado e é distinto de sua criação. Ele governa sobre ela e está presente nela, mas ele não está e nem mesmo é parte de qualquer coisa criada.
No entanto, curiosamente, quando chegamos ao auge de sua obra criativa – “homem” ou a humanidade – vemos que o Criador compartilha sua imagem divina com suas criaturas (Gênesis 1.26-27; Gênesis 9.5-6). Os homens correspondem a ele e, assim, relacionam-se com ele como nenhuma outra criatura. Eles são o seu rosto para sua criação, feitos à sua imagem para cuidar e governar como seus representantes.
Mas não são humanos sem gêneros; são seres humanos homem ou mulher. Uma humanidade em dois tipos, ambos igualmente feitos e apreciados por Deus. Ambos carregam igualmente a imagem divina. Ambos são responsáveis por encher a terra e governá-la como representantes de Deus. Mas são decididamente diferentes: homem ou mulher.
Agora, você não precisa que eu lhe diga que Deus fez os pássaros, e abelhas, e a maioria das outras criaturas como macho e fêmea também, mas em Gênesis isso fica subentendido. Não é assim em relação aos humanos! A nossa diferenciação sexual é mencionada porque é significativa. E ela leva à ordem de Deus de que os seres humanos devem ser frutíferos, multiplicarem-se e produzirem mais portadores da imagem para estender o domínio de Deus por toda a criação (Gênesis 1.28).
Mas nossas diferenças sexuais também ajudam a nos dizer quem somos, como seres humanos criados à imagem de Deus. Precisamos ter cuidado com a forma como entendemos isso. Certa vez ouvi alguém dizer que Deus fez a humanidade como sendo homem e mulher porque Deus é masculino e feminino. Isso não é o que a Bíblia ensina. Ser feito à imagem de Deus tem algo a ver com seres humanos serem homens e mulheres, mas não é porque Deus é masculino e feminino.
Deus é espírito (João 4.24) e não possui gênero como nós.  Algumas vezes a Bíblia usa o imaginário feminino para descrever Deus, mas Deus se revelou como Pai, Filho (que se tornou o homem, Jesus Cristo) e Espírito (que é o Espírito do Pai e do Filho), e podemos conhecer a Deus somente como ele se revelou. É certo, então, usar pronomes e títulos masculinos para Deus e não ignorar a sua autorrevelação.6 Ao mesmo tempo, porém, Deus não é homem da forma como homens e meninos são.
No entanto, Gênesis nos diz que o que quer que tenha sido feito à imagem de Deus tem um significado para a humanidade nosso papel como seus representantes, nossa capacidade de julgamento moral, relacionamentos, criatividade e assim por diante – também envolve ser criado como homem e mulher. Recebemos uma dica de que é assim quando Deus diz: “Façamos o homem à nossa imagem” (Gênesis 1.26), e, em seguida, o escritor acrescenta: “à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (v. 27). O apóstolo Paulo faz algo semelhante ao ligar as diferenças de gênero com a nossa criação à imagem de Deus e coloca a sua discussão no contexto teológico das relações ordenadas dentro da Divindade (1 Coríntios 11.3, cf. 11.7-8, 12).7 Ser feito à imagem de Deus e ser homem e mulher são características que se relacionam.
A relação de homem e mulher – uma relação de unidade e diferenciação de partes não idênticas, mas iguais da humanidade reflete, de alguma maneira, a perfeita unidade e diferenciação das pessoas eternas do Deus trino: um só Deus em três pessoas, iguais em divindade e pessoalidade, que amam, agem e se relacionam em perfeita unidade.
No entanto, apesar dessa igualdade e unidade, as pessoas divinas não são intercambiáveis; nem são as suas relações ou funções. O Pai é o Pai e não o Filho ou o Espírito. O Filho é o Filho, não o Pai, e assim por diante. Além disso, o Pai envia o Filho, não o Filho ao Pai. O Filho é gerado pelo Pai, não o Pai pelo Filho. O Filho se encarnou, não o Pai ou o Espírito. Unidade e diferenciação. Uniformidade e diferença. E ordem sem desigualdade. Tudo isso é verdadeiro sobre o Deus trino.
Da mesma forma, homens e mulheres são iguais em humanidade, dignidade, valor e propósito, mas não idênticos, e, quer sejamos casados ou não, nossas diferenças trabalham juntas para criar relacionamentos de unidade e complementaridade. Não somos simplesmente pessoas. Somos pessoas masculinas ou femininas feitas para a sociedade humana, construída por meio de relacionamentos com pessoas de ambos os sexos.
As tendências atuais sobre a sexualidade humana não deveriam nos surpreender. Assim como o nosso rosto ou imagem não permanece no espelho quando nos afastamos, noções modernas de diversidade e flexibilidade de gênero, e a agenda do movimento homossexual são simplesmente expressões de nossa sociedade se afastando daquele de quem somos feitos à imagem. À medida que nos esquecemos de Deus, perdemos nossa identidade. Mas o fato permanece: Deus nos fez com polaridade binária de gênero, e essa é uma parte boa de nossa identidade que foi dada por Deus.

 Gloria Furman é esposa, mãe, trabalhadora trans-cultural e autora dos livros "Vislumbres da Graça", "Sem Tempo para Deus" e "A Esposa de Pastor" (todos pela Editora Fiel). Website: www.gloriafurman.com

quarta-feira, 19 de abril de 2017

A Cabana: apenas uma obra de ficção

Fui à pré-estreia do filme “A Cabana”, homônimo do livro que havia lido faz algum tempo. Logo após sair do cinema um amigo que assistiu comigo postou algo sobre o filme em tom elogioso e, de imediato, recebeu reprimendas e alertas de alguns de seus milhares de seguidores no Facebook.

Para mim não foi novidade. Quando o livro saiu, alguns anos atrás, tive que explicar para um monte de pais e mães de minha igreja do que se tratava a obra e porque havia tantos comentários na internet se opondo ao conteúdo do livro supostamente herege.

Sinceramente, ainda me impressiona quando cristãos ficam assustados com conteúdos editoriais desse tipo que são simples estórias e ao mesmo tempo se apavoram com a possibilidade de danos que podem advir de um conteúdo ficcional que fale sobre Deus, Jesus, o Espírito Santo, ou a Trindade.

Deus não precisa de defensores em alerta máximo nas redes sociais, para protegê-lo de ataques hereges que tentam de alguma forma afetar sua imagem e tudo aquilo que os seus acreditam, deixando-o com baixa popularidade. Ou mesmo que “arranhem” sua imagem e atrapalhem o processo de evangelização – se é que ainda nos preocupamos exatamente com isso hoje em dia.

Confesso que também me pergunto se as críticas ao autor da obra (não o conheço pessoalmente e nem tenho contrato ou procuração para defendê-lo) não seriam de fato o resultado de preconceitos? Afinal, o personagem que se refere a Deus é apresentado ali como mulher e negra. O Espírito Santo é uma mulher descendente de asiáticos. E Jesus é um homem comum, frágil e sensível.

O livro “A cabana” é primeiramente uma ficção e não um ensaio, tão pouco uma tese ou história de uma realidade factual. E também não é uma obra de Teologia. É simplesmente uma estória! E, de fato, é uma estória que sinaliza em alguns belos momentos a soberania e a grandeza de Deus, que se fez homem como nós, e que procura mostrar certa leveza em relação a uma Trindade que não conseguimos compreender; afinal, 1+1+1=3 ou 1+1+1=1?

O autor procura desenvolver a estória a partir de alguns elementos muito caros e provocativos ao ser humano moderno. Principalmente aos que se dizem cristãos: dor, sofrimento, maldade, injustiça, perda, pais e filhos, família, criança, um breve momento e tudo pode acontecer a qualquer um de nós. E isso nos toca e apavora a todos, já que queremos ter sempre o controle da vida e da morte em nossas mãos. Mas esses temas já eram de difícil compreensão até mesmo para os antigos personagens bíblicos, incluindo Jó, Davi e os discípulos (Jó 42; Sl 37; João 9).

O filme me fez lembrar de como não entendemos os mistérios de Deus, apesar de tentarmos e de alguns nos prometerem que isso é possível (Rm 11.33-34a). Ao mesmo tempo, me fez lembrar o alto preço que foi pago por Jesus para se tornar como nós, sendo confundido, desvalorizado e injustiçado até a morte mais vergonhosa de sua época – que grande e impressionante amor!

Não é raro perceber hoje nas igrejas cristãs heresias mais perigosas, disseminadas com a seriedade de quem produz teologia, e não ficção. É verdade que são teologias ficciosas, que tentam desviar os cristãos da verdadeira doutrina (2Tm 4.3-4). E há também péssimos testemunhos chegando a todos pela TV ou internet, com práticas e conteúdos muito mais escandalosos do que o livro “A cabana” apresenta, principalmente no que se refere a dinheiro, sexo e poder – essa trilogia do mal, que ultimamente tem envolvido os políticos e poderosos do nosso país, nos dando a sensação de profunda desesperança. E é contra isso que devemos nos posicionar! Isso é realidade e história, e não ficção e estória.

É claro que todos têm o direito de discordar da forma, do conteúdo e dos símbolos religiosos como são utilizados em “A cabana”, assim como em outras obras que tentar abarcar a temática religiosa, principalmente os personagens mais sagrados e caros para a grande maioria dos cristãos. Lembremos de “O código Da Vinci” que questionava a divindade de Jesus e, ao mesmo tempo, falava de supostos sentimentos pouco divinos, ou humanos demais, sobre Maria Madalena.

Devemos ser menos alarmistas e abandonarmos a mania de sermos os “Patrulheiros da fé”, principalmente com a internet e as mídias sociais que são hoje tamanha ferramenta para instigar a agressividade e violência entre pessoas, ainda que religiosas, ou principalmente entre elas.

• Marcos Simas é casado com Alzeli e pai de Pedro e Clara. Trabalha como editor, tendo publicado mais de 400 obras ao longo de mais de 25 anos.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Você vive pela Carreira, comida e conta corrente, somente?

Uma canção dos ido de 1980 nos alertava:
"É Meu, somente Meu todo o trabalho
E o teu trabalho é descansar em Mim..."


"Melhor é a mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho, e aflição de espírito".
Eclesiastes 4:6

O frenesi do possuir me levará a trabalhar, trabalhar, trabalhar cada vez mais.
Nossa procura pode ser baseada na seguinte proposta: Onde está dando dinheiro, qual é o próximo modelo que me permitirá ganhar centenas, milhares de reais? Tenho que conquistar, o tempo está passando muito rápido e ainda não tenho tudo aquilo que eu planejei para minha vida.
Como consultor financeiro já atendi pessoas que são viciadas em trabalho, trabalham durante o maior tempo possível.
Para um mundo capitalista tais pessoas se tornam exemplos a serem copiadas. Porém os profissionais que cuidam do emocional, das relações humanas tem percebidos os malefícios de dos "Workaholic", os viciados em trabalho.
O governo japonês tem criado mecanismos para que seus trabalhadores fiquem em casa mais tempo com a família através da sexta feira prêmio, estimulando a saírem às 15hs.
O verso que abrimos com a rápida reflexão nos alerta: Trabalhe, mas insira tempo de descanso neste período de trabalho.
Ele nos alerta que uma mão cheia é o suficiente, não há necessidade de encher as duas.
O encher das duas mãos significa ocupar todo tempo, toda forma de alcance e não sobrar nada para alternar, para descansar, para aliviar o peso do trabalho.
A frase no livro do Pr. Tim Keller, demonstra muito bem como nossa cosmovisão é construída: "eu não tenho nada realmente significativo pelo que viver exceto minha conta bancaria, meu estomago e minha carreira" Ninguém poderá abençoar a cidade partindo desta premissa. (texto do seu livro)
Concluo a reflexão com a seguinte proposta:
Será que você está trabalhando o suficiente, porém também adiciona tempo para descansar? Ou desconhece este tempo de descanso?
Ou podemos está u cansados de tanto descansar por não ter nenhuma predisposição para ocupar nosso tempo com algo de valor?
Nosso desafio é encontrar o equilíbrio tanto no tempo de trabalho como no tempo do descanso.
Uma mão no trabalho e outra no tempo de descanso.
Podemos encerrar com um pedido que se faz necessário:
"Senhor, ensina-nos aprender em descansar em Ti".

Enoque Caló - Conselheiro e consultor Financeiro. caloconsultoriafinanceira@gmail.com

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Retome seu cérebro da pornografia

Já escrevi antes sobre a dimensão fisiológica do vício em pornografia. Uma pesquisa neurológica concluiu que ela é tão poderosa quanto o vício em cocaína e heroína, uma vez que oferece uma singular união das sensações de estímulo e relaxamento. A pornografia grava verdadeiros caminhos fisiológicos no cérebro. Toda a experiência sexual tende a migrar para esses caminhos.
Concluí dizendo que nenhuma dessas pesquisas neurológicas surpreende Deus. Ele estruturou uma interconexão entre cérebro e alma. Novas descobertas sobre as conexões entre a realidade física e a espiritual não anulam essa realidade.

Não tome parte na abolição do homem

Não permita que uma pesquisa neurológica faça você ver a si mesmo somente como carne e reações químicas. Este é o grande mito do mundo moderno, o qual C.S. Lewis chamava de “a abolição do homem”. Trata-se da teoria que o pensamento humano nada mais é que movimentos no cérebro. Essa teoria foi desenvolvida para destruir a si mesma.
Lewis percebeu os tentáculos do materialismo alcançando cada esfera quando escreveu em O Peso de Glória.: “Sempre haverá evidências, e todo mês novas evidências, para mostrar que a religião é apenas psicológica; a justiça, apenas autoproteção; a política, apenas economia; o amor, apenas sensualidade; e o próprio pensamento, apenas bioquímica cerebral”.

Tome o controle da conexão mente-corpo

Nosso sentido de vida está enraizado na verdade supramaterial. Você não é mera matéria e energia. Você é uma alma que vive num corpo e que viverá para sempre no céu ou no inferno. Fomos criados à imagem de Deus, somos diferentes dos animais.
Enquanto cristãos, comprados com o sangue do Filho de Deus e habitação do próprio Espírito de Deus. Existem realidades estupendas, muito maiores que endorfinas e dopaminas.
Deus uniu nervos (físicos) e afeições espirituais (suprafísicas), como desejo, medo, alegria, raiva, pena, admiração, confiança, carinho e amor. Ao invés de deixar esta conexão te desencorajar, tome o controle e use isso a serviço da sua santidade. É isto que a Bíblia nos chama para fazer.
Não pense que a Bíblia está em silêncio sobre a importante questão que diz respeito a mente e o corpo – pensamentos e cérebro, afeições e química. Deus fez estas conexões entre o físico e o suprafísico e Ele pode nos dar sabedoria para viver em ambas.
Quero lhe oferecer algumas observações.

Renovação profunda, incluindo seu cérebro

A neurologia é uma ciência nova, que ainda dá seus primeiros passos. Ela mal começou a nomear os mistérios de como verdade e beleza são medidas pela linguagem, depois adentram o cérebro como pensamento e, por fim, são transpostas para os processos químicos correspondentes.
Por isso devemos nos apossar desta maravilhosa conexão, reafirmando o que a Bíblia afirma: Contemplando a glória do Senhor estamos sendo transformados (2 Coríntios 3:18). Se ver nudez muda o cérebro, por que deveríamos pensar que ver a glória de Deus exerce uma mudança menor? Se ‘trilhas neurológicas’ pervertem nossas afeições e nosso comportamento, não cometa o grande engano de acreditar que a santificação pode criar caminhos com menos eficácia.
Paulo chama você a ser renovado “no espírito da vossa mente” e a ser revestido “do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:23,24). Tenha cuidado para não ignorar que essa renovação “no modo de pensar” não imprimirá caminhos no cérebro. Isso realmente acontece.
Paulo afirma, “vos vestistes do novo [homem], que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Colossenses 3:10). Se ver pornografia na internet cria novos caminhos no cérebro, quanto mais vermos a Cristo, a visão espiritual “do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).
Não fomos abandonados aqui para criarmos novos cérebros sozinhos. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus” (Efésios 2:10). Não se deixe influenciar pelas pesquisas sobre o cérebro. O Deus que fez o cérebro é o mesmo que escreveu a Bíblia.

O Espírito Santo, sono e domínio próprio

Desejo é algo espiritual? O domínio próprio é um “fruto do Espírito” (Gálatas 5:23). A maneira como o Espírito produzir seu fruto frequentemente inclui meios muito naturais. Por exemplo, outro fruto do Espírito é paciência (Gálatas 5:22). Mas qual de nós pode negar que nossa paciência aumenta ou diminui dependendo da quantidade de sono que conseguimos ter?
O amor, diz Paulo, é “paciente… não se ira facilmente” (1 Coríntios 13:4-5). Mas ficamos irados com mais facilidade e menos pacientes quando não conseguimos o descanso necessário. É ou não é?
O que quero dizer é que uma das muitas armas no arsenal do Espírito Santo é o sono. Ele nos torna humildes para percebermos que não somos Deus e que precisamos ficar indefesos quanto um bebê de sete a oito horas por dia, para que possamos ser a pessoa amável e paciente que Ele nos chama a ser.
Ocorre algo semelhante com o domínio próprio sexual. O Espírito Santo nos ensina por meio das Escrituras e pela experiência própria como nosso corpo funciona. Ele quer que nos apoiemos em seu poder enquanto fazemos uso das armas fisiológicas de contra-ataque que Ele nos deu. Assim, encontraremos êxtase de verdade!
Concluindo
A pesquisa neurológica está certa: nossos cérebros são profundamente afetados pelo que vemos. Quanto mais vemos, mais bem estabelecidos e controladores estes caminhos se tornam. Mas não somos suas vítimas. Esses poderes fisiológicos não têm a palavra final. Deus tem a palavra final. Ele nos deu armas espirituais tão poderosas, em termos fisiológicos, quanto a pornografia. Ele deseja ser visto por nós, frequente e profundamente (2 Coríntios 3:18 e 4:4).
Por fim, lembre-se que o poder espiritual de sua Palavra e do seu Espírito tem o direito de usar forças fisiológicas a seu serviço. Creia que Deus pode tomar os caminhos cerebrais da pornografia e transpor esses impulsos para o verdadeiro êxtase que é conhecer a Cristo.

Por John Piper

domingo, 16 de abril de 2017

Como contar a história da Páscoa para crianças

Falar sobre a Páscoa com os filhos menores é um tremendo desafio. Existem muitos conceitos que ainda não estão totalmente elaborados na mente dos pequenos, como morte, pecado, Jesus Deus e Homem... Mas aos poucos eles começarão a entender e os pais terão outras oportunidades para desenvolver melhor esses conceitos. Neste artigo quero ajudar você a como contar a história da Páscoa aos seus filhos. Para entender o motivo da morte de Jesus, vamos começar pela origem do pecado na criação e queda do homem. Se seu filho for bem pequenino, divida esse texto para ser trabalhado em três momentos: criação, queda e redenção. Que o Senhor nos ajude a criar nossos filhos no Caminho, andando lado a lado. Vamos lá!

Hoje eu quero contar para você uma história muuuuuito especial, a história da Páscoa. O que você já sabe sobre ela? (Conversem sobre o que seu filho já sabe. Lembre-se que a repetição é uma ferramenta necessária para o ensino dos pequenos).

Vamos começar desde o comecinho e saber por que temos a Páscoa? (Abra sua Bíblia no livro de Gênesis).

No comecinho da Bíblia Deus disse que tudo era escuro e não existia nadinha aqui na terra. Então Deus criou todas as coisas. (Peça para seu filho falar algumas das coisas que Deus criou e cite os nomes de Adão e Eva, como as primeiras pessoas criadas por Deus).

Você acha que Adão e Eva eram felizes? Sim. Eu tenho certeza que sim. Eles viviam em um lindo e perfeito lugar e todos os dias tinham a companhia de Deus. Isso não era demais? Eles podiam fazer muuuuuitas coisas, somente uma coisa não podiam: comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se eles ¬ fizessem isso, seriam castigados seriamente.

Tudo ia bem até que um dia, o diabo resolveu enganar Eva usando uma serpente. A serpente contou uma grande mentira e enganou Eva. A serpente disse que Eva poderia comer daquele fruto e que não lhe aconteceria nada de mal. E tem mais, ela disse que Eva ¬ficaria tão esperta e inteligente como Deus. Eva acreditou naquelas mentiras e resolveu desobedecer ao Senhor. Ela comeu o fruto e deu para Adão, que também comeu. Naquele momento eles olharam um para o outro e sentiram vergonha. Quando Deus chegou à tardinha para vê-los, eles se esconderam por causa do medo. Você já se sentiu triste porque ¬ fez uma coisa que fez, mesmo sabendo que era errado? O pecado faz isso com gente, nos deixa triste e com medo. E o que é pior, ele faz a gente ficar longe de Deus. E tem mais, sozinhos a gente não pode fazer nada pra ficar pertinho de Deus de novo. Que triste! (Deixe claro que o pecado é uma coisa séria e precisa ser castigado).

Mas o amor de Deus é tão, tão, tão grande que ele planejou uma forma de voltarmos para ele! Ele sabia que a gente não conseguiria mudar, então Jesus disse: “Eu sei que o pecado precisa receber o castigo, então eu vou receber esse castigo no lugar das pessoas”. Foi por isso que Jesus veio ao mundo. Ele não apareceu aqui na terra rodeado de anjos e luzes e começou a falar para as pessoas. Nada disso, ele virou gente, nasceu, foi criança como você e viveu como qualquer pessoa. Ele brincava com os amigos, estudava, trabalhava, ajudava sua família, mas tinha uma coisa que Jesus nunca fez (Pergunte seu filho sobre o que seria).

Jesus nunca pecou. Vou repetir: ele nunca pecou. Sabe por quê? Porque Jesus é Deus. Ele foi homem como as pessoas que a gente conhece, mas não deixou de ser Deus. Quando Jesus virou adulto, algumas pessoas falaram muitas mentiras sobre ele, então Jesus foi levado para morrer numa cruz. Mas Jesus era Deus, vocês não acham que ele teria poder para não deixar que aqueles homens malvados fizessem aquilo com ele? Claro que poderia fazer isso, mas ele precisava morrer, porque o castigo pelo pecado é a morte. Jesus sofreu e morreu por vocês e por mim. Ele suportou tudo aquilo porque nos ama muuuuuito. Ele tomou o nosso lugar e recebeu todos os nossos pecados. Que amor maravilhoso! Quando Jesus morreu, seus amigos ficaram muito tristes. Eles acharam que estava tudo acabado, mas tudo mudou, pois nem a morte pode vencer o Senhor Jesus. Ele tornou a viver. O lugar onde colocaram o seu corpo ficou vazio. Ele está vivo! Ele está aqui!

Essa é a verdadeira história da Páscoa, Jesus veio ao mundo para nos salvar, ele morreu pra receber o castigo que era meu. E a história acabou? Nada disso, Jesus voltou a viver e um dia vai voltar para nos levar para vivermos juntinho dele.

Nota:
*Método indicado para crianças até 6 anos de idade.
**Texto adaptado da Escola Bíblica de Férias Super Conexão, Cultura Cristã.

Clique aqui e baixe o material, com lição, visual em slides e pdf, que podem lhe auxiliar na hora de contar às crianças a história da Páscoa.

• Márcia Barbutti é editora assistente da Editora Cultura Cristã, responsável pelos materiais infanto-juvenis.

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