Os pensadores e filósofos que se seguiram no curso da história cristã
querem ganhar o mercado editorial de vendas com teorias evolucionistas e
ideólogas que se sobrepõem ao emanado do escrito bíblico. Mais do que
uma mera competição literária ou de mercado de idéias, o que esses
pseudo-heróis da história filosófica têm como propósito é ganhar a
batalha cultural, o seu pensamento, caro leitor, para poderem elevar o
anticristo à norma moral universal.
De acordo com a Sociedade Bíblica do Brasil (www.sbb.org.br),
a Bíblia Sagrada ainda está sendo considerado o livro mais vendido. E
isso não é para menos. Ainda que existam boatos de que ela possa não ser
o livro mais lido, razões mais do que especiais existem para que a sua
posição privilegiada no ranking comercial não seja
encarada apenas neste aspecto. Tais motivos estão longe de serem apenas
comerciais ou de vendagem no mercado editorial. Não estamos falando de
um livro qualquer, que possa ser comparável a outros de autoajuda ou
qualquer coisa do gênero.
Mas nem de longe que a Bíblia Sagrada
está para ser um… livro. É mais do que isso. É uma obra. Uma obra do
Espírito Santo. Sendo, então, obra do Espírito Santo, aceitar o que está
escrito na bíblia como uma verdadeira norma de vida é pura questão de
fé. Aquele que se dispõe a crer na palavra de Deus não a lê
exclusivamente para obter conhecimentos históricos ou culturais, e sim
para adquirir sabedoria divina, que está acima de qualquer
conhecimento teórico, prático ou da experiência humana. Com relação à
experiência humana, a fé desafia qualquer conhecimento humano
tradicional para operar, basta obedecer, sendo esse o único critério.
Jesus veio ao mundo para que tenhamos vida com abundância. Outras
obras ou filosofias que vieram em momento pós-Cristo tentaram plagiar
Jesus nessa empreitada de dizer o que podemos pensar e agir. A norma
moral sempre foi copiada por escritores e filósofos sempre com intuito
de ludibriar os mais necessitados espiritualmente. Esses
pseudo-filósofos, eu os chamo de picaretas do espírito, já que
nada têm de luz nos seus escritos. Jesus Cristo, quanto a isso, também
deixou dito que muitos viriam em nome dele e enganariam a muitos. Para
quem crê na palavra de Deus, isso, de fato, está acontecendo em nossos
dias.
Assim, a título deste texto não
foi nada despropositado. Veio para informar que, apesar de a bíblia
estar no topo da competição de vendas no mercado, existem alguns que
ainda não querem que você leia o tal “livro” sagrado. E quem são estes
alguns que mencionei no título? Por mais incrível que possa parecer e
para sua surpresa, de repente pode até mesmo ser o próprio dono do
estabelecimento comercial onde suas bíblias são vendidas a rodo.
Já
deixei informado no início do texto quando ao aspecto da obra do
Espírito Santo, que vem com a Bíblia Sagrada para alertar a todos os
fiéis a Deus que eles estão a salvo de qualquer investida maligna se
usarem a fé como escudo e arma poderosa nesse combate espiritual. Deus
dá sabedoria para entrar e lutar nessa guerra com as armas certas, as
quais, no caso, devem ser espirituais. Esta é a função do livro bíblico,
que, como eu disse, não tem que ser equiparado a um mero livro de
autoajuda, tratando-se de uma autêntica obra do Espírito Santo para nos
ajudar.
E quanto àqueles que não
querem que você leia a bíblia, quem são eles? Escrevo que não querem que
você leia a bíblia apenas fazendo menção direta à obra escrita do livro
de Deus, mas com isso quero dizer que o ataque é diretamente ao
cristianismo.
Sendo a Bíblia Sagrada o livro escrito por obra do
Espírito Santo para nos dar vida e vida com abundância, logicamente que a
mensagem de Jesus Cristo é atacada por aqueles que não aceitam a fé cristã em nosso meio cultural.
Existem intelectuais e pseudo-intelectuais que não aceitam o
cristianismo como norma de conduta moral e tentam degradá-lo ao ponto de
taxar de intolerantes aqueles que professam essa legítima manifestação
de fé. Enquanto as outras religiões não sofrem contra-ataque pelo
politicamente correto e são aceitas sem qualquer negação por muitos, o
cristianismo vem agonizando aos poucos e sua luta está quase perto de
acabar em razão da proximidade com a vida do anticristo.
Culturalmente,
que é o palco onde se desnuda o ataque anticristão, olha-se mais de
perto as tentativas de manipular a mente e retirar a liberdade de uma
livre manifestação de crença e do pensamento. Falsos cristãos são
escritores, filósofos, pensadores, artistas, enfim, exercem alguma
atividade atrelada ao convencimento de um público em massa. É a
intromissão da Revolução Cultural pretendida por Antonio Gramsci, quando
escreveu seu Cadernos do Cárcere, uma obra por assim dizer
diabólica que tem por objetivo fazer entrar na mente das pessoas idéias
anticristãs, de forma bem sutil, como se elas não fizessem mal algum
para os seus seguidores.
Antonio Gramsci é apenas um exemplo
bem atual do cenário cultural mundial. Seu objetivo era levar a efeito
de uma forma lenta e imperceptível aquilo que já pretendia Karl Marx.
Karl Marx queria destruir os valores familiares para implantação do
socialismo em escala mundial, só que por meio da força. Depois da
evolução do conceito de pessoa e de ser humano no mundo todo, isso
passou a não mais ser possível senão por meio de liberdade de crença e
de manifestação de pensamento, que é a pretensão destrutiva de
pensadores anticristãos como Antonio Gramsci. Outro exemplo desse
embuste religioso na cultura veio com a obra de Friedrich Nietzsche,
intitulada Além do bem e do mal. Nesta, o autor se autoproclama o próprio anticristo.
Dos pensadores que formaram o mundo moderno tal como ele é hoje não se vê nenhum que possa ser considerado defensor e puro dos
valores cristãos. Aliás, o próprio conceito de modernidade já entra num
conflito com o que ensina a Bíblia Sagrada, já que suas idéias,
principalmente, de pós-verdade,
colocam em xeque a fé cristã num mundo espiritual dominado por valores
quase que absolutos e de verdades naturais. Ora, é estratégia aniquilar a
verdade de fatos até mesmo mais corriqueiros para que não se acredite
em mais nada.
Todos aqueles que negarem a fé em Jesus no meio
cultural, escrevendo seus artigos ou livros com conteúdo anticristão,
direta ou indiretamente, agem em benefício daquele que teme pela
salvação das almas perdidas e em detrimento de Jesus. O objetivo é um
só: destruir o ser humano e a natureza humana, assim como o próprio
cristianismo como um todo.
Fonte: gospelprime
A Grande Comissão não convoca as
igrejas a agirem como o departamento de carros. Também não exige que
elas atuem como balcão de informações. Agora eu tenho mais uma para
você: a Grande Comissão não chama as igrejas para atuarem como equipes
esportivas profissionais.
A equipe da minha igreja gosta de
brincar comigo por eu não saber muito sobre esportes, o que pode ser
justo. Mas eu sei que o objetivo de cada equipe esportiva é vencer o
campeonato. Uma equipe tentará contratar os melhores jogadores,
construirá as melhores instalações de treinamento e otimizará sua equipe
técnica para conquistar o maior troféu do campeonato. Claro, uma equipe
fica feliz por outras equipes existirem. Sem elas não haveria
campeonato. Mas o seu principal objetivo é vencer as outras equipes.
Agora, duvido que muitas — se houver alguma — igrejas pensem explicitamente consigo mesmas: “Temos que vencer aquelas outras igrejas!”. Mas permita-me fazer algumas perguntas diagnósticas para avaliar uma mentalidade do tipo “nossa equipe é a melhor”:
- Você, alegremente, envia os seus melhores “jogadores” para outras igrejas?
- Você se alegra se, após orar por avivamento, ele ocorrer à outra igreja na rua? (Agradeço a Andy Johnson por esta ótima pergunta!)
- Você ora regularmente por aquela outra igreja na rua, bem como pelas outras igrejas em sua cidade?
- Você doa alguma parte do seu orçamento para revitalizar igrejas antigas ou criar novas igrejas em sua cidade, em todo o país ou no exterior?
Muitas vezes, uma competitividade
grotesca entre igrejas caracteriza as igrejas evangélicas. Mas uma
igreja comprometida com a Grande Comissão não compete com outras igrejas
que pregam o evangelho, porque sabe que cada igreja que anuncia o
evangelho está “jogando” na mesma equipe.
Igreja comprometida com a Grande Comissão = Igreja que planta igrejas
Aqui está o ponto mais abrangente: uma
igreja comprometida com a Grande Comissão é uma igreja evangelizadora e
discipuladora, mas também é uma igreja que planta e revitaliza igrejas.
Ela deseja ver o reino de Deus crescer através do seu próprio
ministério, mas também quer ver o reino expandir-se além das suas
próprias paredes por meio de outras igrejas.
Assim, tal igreja está interessada em
facilitar muitas atividades evangelísticas para além de si mesma, de
modo a atrair pessoas de fora para si. Mas também está interessada em
ver os seus esforços culminarem em plantação ou apoio a outras igrejas
locais. Ela não está satisfeita com sua própria saúde; ela deseja ver
muitas outras congregações saudáveis, que creiam na Bíblia e que preguem
o evangelho.
Tal igreja encoraja outras igrejas e
plantações de igrejas evangélicas, mesmo que estejam a vários
quarteirões de distância. E ora por elas nominalmente. Ela está disposta
a enviar boas pessoas que ajudarão essas outras igrejas. Ela também se
esforçará por plantar ou construir outras igrejas do outro lado do
mundo.
Uma igreja comprometida com a Grande
Comissão trabalha e ora para levantar homens qualificados para serem
presbíteros, e depois os envia desinteressadamente.
Ela se esforça para alinhar o seu
orçamento com essas prioridades da Grande Comissão. Algum dinheiro é
guardado para o ministério local, mas algum dinheiro é designado para
ajudar outras obras, tanto próximas quanto distantes.
Ela se esforça para recuperar congregações que estão em declínio onde seja possível.
Ela se empenha em todos os tipos de
meios públicos e privados para cultivar essa mentalidade de equipe com
outras igrejas centradas no evangelho entre os seus próprios membros. Os
membros e líderes ficam tão felizes com uma nova igreja que prega o
evangelho, como por um novo restaurante que é inaugurado em uma terra
onde há fome.
Então, o que uma igreja comprometida com a Grande Comissão faz? Quero oferecer quatro ações estratégicas.
Cultiva uma cultura de disciplina
Em primeiro lugar, uma igreja
comprometida com a Grande Comissão cultivará uma cultura de discipulado
entre os seus próprios membros. Ela ajuda cada membro a ter a
responsabilidade de ajudar outros crentes a crescerem na fé. Os pastores
capacitam os santos para a obra do ministério, diz Paulo (Efésios
4.11-12), o que significa que a obra do ministério pertence a todos os
santos. Todo o corpo, falando a verdade em amor, cresce à medida que se
edifica, cada parte fazendo o seu trabalho (Efésios 4.15-16, veja também
1 Coríntios 12.14).
Discipulado é o meu seguir a Jesus. Discipular
sou eu ajudando alguém a seguir a Jesus (por exemplo, 2 Timóteo 2.2). E
em uma igreja comprometida com a Grande Comissão, homens mais velhos
na fé discipulam homens mais jovens, e mulheres mais jovens buscam as
mulheres mais velhas. Por exemplo, se você é uma mulher solteira, pode
oferecer a uma mãe em tempo integral ajuda com a lavagem de roupas em
troca da oportunidade de fazer muitas perguntas! Se você é um presbítero
que esina em uma classe de adultos na escola dominical, certamente pode
recrutar um professor auxiliar. E o seu objetivo, em certo sentido, é
treinar e entregar o trabalho de ensino para ele. Então, você pode ir e
começar outra classe e gerar outro professor auxiliar.
Tal igreja possui a sensibilidade geográfica implicada pela ordem de Jesus para “ir”. Para aqueles que ficam, portanto, “ir”
pode muito bem significar aproximar-se da igreja ou dos grupos de seus
membros. Dessa forma, é fácil ministrar aos outros durante a semana.
Onde você mora? Você está ajudando a cultivar uma cultura de discipulado
em sua igreja no lugar onde escolheu alugar um apartamento ou comprar
uma casa?
Uma igreja comprometida com a Grande
Comissão deve ser desconfortável, mesmo provocativa, para um cristão
nominal. Se você aparecer como um visitante em tal igreja no domingo
apenas como parte do seu dever religioso ocasional, pode não gostar
muito disso. Você poderia ser bem-vindo, mas os membros da igreja não
poderiam ficar como você está. Eles estão entregando as suas vidas
inteiras para seguir a Jesus, e eles se comprometem a ajudar uns aos
outros a seguirem a Jesus. Tal compromisso e tal atividade fazem parte
da própria cultura: perguntas intencionais, conversas significativas,
oração e lembranças contínuas do evangelho.
Veja o Plano Mestre de Evangelismo, de Robert Coleman [Mundo Cristão]; A Treliça e a Videira, de Colin Marshall e Tony Payne [Editora Fiel]; ou meu próprio Discipulado [Vida Nova] para mais sobre este tópico.
Cultiva uma cultura de evangelismo
Em segundo lugar, uma igreja
comprometida com a Grande Comissão cultivará uma cultura de evangelismo.
Por um lado, os membros sabem que o evangelho será pregado em cada
reunião semanal. Então, eles são estimulados a convidar seus amigos que
não são cristãos. O evangelho irradia através do louvor, da oração e de
cada sermão.
Você confia que qualquer não-cristão que você levar à sua igreja ouvirá o evangelho? Se não, o que pode fazer sobre isso?
Por outro lado, uma igreja comprometida
com a Grande Comissão se esforça para treinar os seus membros no
evangelismo, porque sabe que coletivamente eles verão mais não-cristãos
durante a semana do que jamais poderá caber no edifício da igreja.
Portanto, “sucesso” no evangelismo não é simplesmente
levar os seus amigos não-cristãos à igreja para que eles ouçam o
evangelho. O sucesso é compartilhar o evangelho com seus vizinhos e
amigos não-cristãos.
Assim, a igreja trabalha para capacitar
os seus membros no evangelismo para que eles saibam como compartilhar o
evangelho com os outros. Minha própria igreja faz isso através de
escolas dominicais dedicadas ao evangelismo. Eu tento formular como deve
ser o envolvimento com os não-cristãos em minha pregação,
particularmente na maneira como abordo explicitamente os não-cristãos.
Tentamos capacitar os nossos membros oferecendo-lhes ferramentas
evangelísticas como “Duas Formas de Viver” ou recursos como “O Cristianismo Explicado” ou “O Cristianismo Explorado”.
Nós distribuímos muitos “Quem é Jesus?”, de Greg Gilbert, aos membros,
para que eles dêem aos seus amigos não-cristãos. Nós também
compartilhamos sobre oportunidades evangelísticas através de nossa
reunião de domingo à noite. Ouvir e orar pelas oportunidades
evangelísticas de outros membros encoraja as próprias tentativas
pessoais de compartilhar as boas novas.
O que a Grande Comissão significa para
você? Significa que Jesus chamou você para ser alguém que faz
discípulos. Ele convoca você tanto a evangelizar os incrédulos como a
discipular os crentes. Você deve estar fazendo isso pessoalmente; em
casa, no trabalho, no seu bairro, entre os seus amigos. Você deve estar
fazendo isso em e por meio da sua igreja.
Portanto, use os seus companheiros e
membros da igreja para ajudá-lo. Convide um presbítero para almoçar e
peça conselho. Compartilhe e ore com seu pequeno grupo. Saia e
evangelize com seus amigos.
Para mais sobre este tópico, veja qualquer livro de Mack Stiles, especialmente Evangelização [Vida Nova], ou o meu livro O Evangelho e a Evangelização [Fiel].
Esforça-se para alcançar os não-alcançados por meio de missões
Em terceiro lugar, uma igreja
comprometida com a Grande Comissão trabalha para alcançar os
não-alcançados por meio de missões. Qual é a diferença entre missões e
evangelismo e plantação de igrejas no próprio país? Na verdade, as
missões são exatamente o que chamamos de evangelismo e plantação de
igrejas quando atravessam fronteiras étnicas, culturais e tipicamente
nacionais.
Jesus nos ordena: “ide, fazei discípulos de todas as nações”.
Eu não falei muito sobre esse assunto porque muitos outros livros
tratam muito bem dessa questão. Mas é difícil saber como uma igreja pode
ler esse mandamento e não se comprometer a levar o evangelho a nações
que nunca ouviram o evangelho antes.
Nenhuma congregação pode ter como alvo
todos os lugares ao redor do planeta. Portanto, acho que as igrejas são
sábias ao concentrar seus próprios esforços missionários em poucos
lugares. Minha própria igreja, por exemplo, concentra-se em vários
países da chamada janela 10/40, que é a região do hemisfério oriental
entre 10 e 40 graus ao norte do equador. Essa é a região do mundo onde
há a menor porcentagem de cristãos.
Se você é membro de nossa igreja e
manifesta interesse em realizar missões, poderemos investir mais
recursos para apoiá-lo se você for para um dos lugares onde já
investimos. Somos simplesmente incapazes de patrocinar cem pessoas que
vão para cem lugares diferentes. Por esse motivo, preferimos apoiar
poucos missionários com mais dinheiro do que muitos missionários com
pouco dinheiro. Isso permite que os missionários que apoiamos passem
menos tempo arrecadando dinheiro e mais tempo fazendo a obra de
plantação de igrejas. Ademais, isso nos ajuda a ter um relacionamento
com eles e oferecer prestação de contas.
Nossa igreja trabalha diretamente com
missionários e trabalhamos através de organizações missionárias como a
Junta de Missões Internacionais da Convenção Batista do Sul. Também
trabalhamos com grupos maravilhosos como o Access Partners, que
ajudam a colocar os empresários em lugares estratégicos em todo o mundo
em suas vocações de negócios, para que possam ajudar os missionários de
longo prazo no campo.
Que papel você deve ter como cristão
individual ajudando a sua igreja a alcançar os não-alcançados?
Certamente você deve orar pelos missionários de sua igreja. Conheça-os
quando estiverem em período de licença. Talvez, avalie viagens
missionárias de curto prazo que lhe permitirão apoiar os trabalhadores
de longo prazo. Leia biografias missionárias. E, talvez, pense em ir.
Voltaremos a essa questão daqui a dois capítulos.
Há uma última coisa que você e sua
igreja podem fazer para alcançar os não-alcançados: procure por
estrangeiros em sua própria cidade. Minha própria igreja se esforça
arduamente para alcançar estudantes estrangeiros, mas que grupos de
estrangeiros vivem em sua cidade? Se você alcançá-los com o evangelho
bem ali em sua cidade natal, há uma boa chance de que o evangelho se
espalhe para o lugar de onde eles vieram.
Veja Alegrem-se os povos [Cultura Cristã], de John Piper, para mais sobre este tópico.
Esforça-se para fortalecer outras igrejas
As igrejas geralmente têm uma linha de orçamento para missões. Eu acho que vale a pena acrescentar uma linha orçamental “Apoiando igrejas saudáveis” também. Esforçar-se para fortalecer outras igrejas é uma quarta prática das igrejas que cumprem a Grande Comissão.
Minha própria igreja usa essa linha para
apoiar muitas coisas, como nosso programa de estágio pastoral. Pagamos
doze rapazes por ano para fazerem um estágio conosco, a maioria dos
quais acaba pastoreando ou servindo outras igrejas.
Também usamos a linha para apoiar o ministério 9Marks, que é dedicado como um ministério para erguer igrejas saudáveis.
Nós estruturamos nossa equipe de modo
intencional para que as pessoas sejam treinadas e enviadas. Assistentes
pastorais nos servem por 2 a 3 anos e depois espera-se que sejam
enviados. Pastores assistentes nos servem por 3 a 5 anos e depois vão.
Somente eu e os pastores associados (juntamente com quaisquer pastores
ou presbíteros que não façam parte da equipe) devem permanecer em nossa
igreja a longo prazo. Os demais, nós os capacitamos para partir.
Nossa igreja patrocina conferências de
fim de semana, onde pastores de todo o mundo se unem a nós para nossas
reuniões regularmente agendadas, bem como para várias palestras
especiais e momentos de perguntas e respostas. Eu também participo em
telefonemas semanais com várias outras redes de pastores de todo o mundo
para os mesmos propósitos. Cada uma dessas conversas me dá a
oportunidade de orar e me esforçar por igrejas saudáveis em todo o
mundo.
Grande parte do trabalho que fazemos
para fortalecer outras igrejas através do plantio e revitalização de
igrejas fazemos em nossa própria região, que é o tema do próximo
capítulo. (Esse capítulo inteiro, em outras palavras, é uma extensão
desta seção). Mas também fazemos alguns plantios e revitalizações em
todo o mundo. Por exemplo, enviamos um irmão, John, para uma igreja em
Dubai, nos Emirados Árabes, quando a igreja estava em busca de um pastor
há quase uma década. Deus usou John de maneiras poderosas para
revitalizar essa igreja internacional. Um de seus principais
presbíteros, que ajudou a levar John para lá, era Mack, um velho amigo
meu. Uma vez que John e Mack conduziram a igreja a uma condição
saudável, Mack e outro irmão, Dave, deixaram a igreja para plantar outra
igreja a 30 minutos de distância. Também enviamos um antigo assistente
pastoral e um estagiário para ajudar Mack e Dave nesse novo trabalho.
Simultaneamente, enviamos outro estagiário pastoral para plantar mais
uma igreja em outra cidade dos Emirados Árabes.
Agora temos três igrejas saudáveis em
funcionamento nesse país muçulmano. Nada disso era parte de algum grande
plano nosso. Na verdade, nem a oportunidade de revitalização nem as
duas oportunidades de plantio foram iniciadas por nós. Estávamos ali
apenas para orar, ajudar e enviar apoio financeiro e humano para onde
pudéssemos. Aliás, muitos de nossos membros têm mudado os seus trabalhos
para os Emirados Árabes Unidos para ajudar o trabalho dessas igrejas.
Nossa igreja não ganha de nenhuma outra forma além da pura alegria de
ver o reino de Deus se expandir nessa terra estrangeira.
Muitos desses exemplos se concentraram
no que eu, como o pastor, fiz. Mas supondo que você seja um membro comum
da igreja, o que você pode fazer para ajudar a fortalecer outras
igrejas, seja em sua região ou em todo o mundo? Obviamente, você pode
orar por outras obras pessoalmente. Você pode orar por outros trabalhos
com sua família no jantar. Você pode apoiar outros trabalhos
financeiramente.
Com certeza, você deve ter cuidado ao
criticar outras igrejas. Sim, existem lugares onde as práticas de sua
igreja ou doutrinas secundárias podem diferir das de outras igrejas. E
sim, temos motivos deliberados para essas áreas de desacordo. Eu não
estou dizendo para você desprezar esses desacordos. Mas tenha em mente
que as questões secundárias sobre as quais sua igreja pode discordar de
outras igrejas não são tão importantes quanto o evangelho que todos nós
compartilhamos. Portanto, proteja-se contra um espírito crítico, e
busque formas de se alegrar em parcerias evangélicas compartilhadas.
*****
Nota do editor: Este artigo é um trecho de Understanding the Great Commission [Compreendendo a Grande Comissão], na série Church Basics [Fundamentos da Igreja], (B&H, abril de 2016), que está prestes a ser publicado. Reproduzido com permissão da B&H.