O elenco é de primeira, com vários atores famosos, mas o filme “I am
Michael”, enfrenta dificuldades de distribuição nos Estados Unidos.
Finalizado dois anos atrás, ele só entrou em cartaz em fevereiro de
2017, em um circuito muito restrito.
Um dos motivos para os problemas para chegar aos cinemas é a sua temática. O longa conta a história real do ex-ativista homossexual Michael Glatze (James Franco) que se converte e muda de vida.
Após
começar a frequentar uma igreja a convite de um amigo, Michael rompe
com seu companheiro Bennett (Zachary Quinto) e começa a namorar uma
mulher (Emma Roberts).
Dizendo-se curado por Deus, passa a defender que é possível alguém
ser ‘ex-gay’. Ao rejeitar seu estilo de vida homossexual, experimenta
uma grande transformação. Acaba se dedicando a estudar a Bíblia e,
poucos anos depois, se tornando pastor.
O filme descreve a jornada
espiritual de Glatze enquanto procura por Deus. Jornalista por
formação, Glatze foi fundador da revista Young Gay America, e ganhou
muitos prêmios pelo seu trabalho. Contudo, diz que não estava
satisfeito.
“Comecei a perceber algumas coisas que eu jamais
imaginava, como o fato de que eu estava liderando um movimento de pecado
e perversão. Essa descoberta não foi baseada em dogmas religiosos,
cheguei a essa conclusão por mim mesmo. Ficou claro para mim, enquanto
eu pensava sobre isso que o homossexualismo nos impede de achar nossa
verdadeira personalidade. Quando estamos na cegueira do homossexualismo,
não conseguimos ver a verdade”, escreveu ele em um relato, enfatizando
que a aproximação com a religião ocorreu depois.
No filme, que foi
produzido como uma obra biográfica e não religiosa, a história é
contada em duas partes. A primeira mostra os sete anos que Michael viveu
em meio comunidade LGBT e as muitas cenas de homoafetividade deverão
desagradar os evangélicos. Segundo as críticas isso só aumenta o
contraste com a segunda metade, quando ele passa por uma mudança
profunda que afeta todos ao seu redor. Como era esperado, a produção foi
massacrada pela crítica, que o acusou de ser “panfletário” e
“homofóbico”.
Não há previsão de quando chegará ao Brasil.
Perseguição
Hoje, o pastor Glatze cuida de uma pequena igreja na zona rural do estado de Wyoming.
Logo
que se demitiu da revista Young Gay America ele passou a ser perseguido
pelos seus ex-companheiros de militância LGBT, mas persistiu. Em uma
coluna publicada anos atrás, quando anunciou que era uma nova pessoa,
ele escreveu: “Eu sinto fortemente que Deus me colocou aqui por uma
razão. Mesmo nos dias mais sombrios de festas noturnas, abuso de
substâncias e todo tipo de coisas, quando eu me perguntava: ‘Por que
estou aqui, o que estou fazendo?’ – havia sempre uma voz lá.”
Em
2007, quando Glatze rejeitou publicamente sua vida antiga, declarou que
“abandonar a influência da mentalidade homossexual foi a coisa mais
libertadora, bela e surpreendente que já experimentei em toda a minha
vida”.
Nos primeiros anos, Michael Glatze recebeu críticas e foi
perseguido pela comunidade gay que ele antes defendia, mas disse várias
vezes que se recusava a ficar calado. “Estou aqui para viver uma vida
boa, honrando a Deus. Como cristão, eu seria um mentiroso se não
dissesse às pessoas quem é Deus e o que Ele tem feito na minha vida”. Com informações CBN
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