NOSSA MISSÃO: “Anunciar o Evangelho do Senhor Jesus à todos, transformando-os em soldados de Cristo, através de Sua Palavra.”

Versículo do Dia

Versículo do Dia Por Gospel+ - Biblia Online

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Porque pastores se matam?

"Solto a voz nas estradas
Já não quero parar
Meu caminho é de Pedra
Como posso Sonhar ?
Sonho feito de brisa
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar"

( Milton Nascimento/ Fernando Brant )

Já tem um monte de gente perguntando, debatendo e conversando a respeito, mas essa manhã , lidando com minha agenda pastoral e suas infindáveis,  enormes demandas bio-psiquicas-espirituais , a pergunta retornou . E não fugi da mesma. Encarei.

Pastores se matam porque pensam que são Deus. Podem resolver tudo. Quando acordam desse desvario, quando a fatura chega , não tem  tem como bancar. Já brinquei de ( ser ) Deus. Brinco mais não. Sai fora. Literalmente, não tem graça !

Pastores se matam porque são pessoas boas. Só pessoas boas ficam deprimidas. Pastores-lobos ficam cínicos. São discípulos de Hofni e Finéias. Usam as pessoas. Gente se deprime. Psicopatas , empatia zero , deprimem / destroem os outros.

Pastores se matam quando vestem máscaras de santidade. Não brigam com a mulher. Tem filhos perfeitos. Nunca pecam.  Oram muitas horas por dia. Retormam, respondem no mesmo dia  um número infindável de ligações e esvaziam sua caixa de entrada de emails antes das 18h. Ah, jamais deixam acontecer o absurdo de uma mensagem de whatsapp ficar mais de 1h sem resposta. Imagina !

Pastores se matam porque não conseguem dizer não . O que vão dizer deles ? Estão ali pra servir. São pagos para atender a todos o tempo todo. “Ovelha é um bicho carente, não sabe se cuidar “, eles argumentam. E vai que se engracem  para outro rebanho, outro redil ? “ Pastor tem de ter cheiro de ovelha”. E quem disse que o cheiro é bom ? Onde já se viu feridas purulentas do pecado cheirar a alfazema?

Pastores se matam porque querem concorrer com o consumismo religioso. Pregam o Evangelho, enquanto os Outros, os Lobos, pregam autoajuda espiritualizada. Proclamam as Escrituras enquanto os Lobos vendem prosperidade. É uma luta desleal. Lutar ingenuamente essa luta é uma máquina de moer carne.

Pastores se matam porque não podem trocar de carro sem ouvir piadinhas egoístas. Se compram casa - em geral, financiada a perder de vista , “ estão enriquecendo mesmo à custa das pobres ovelhas”. Ouvi uma vez : “ Você chegou em São Paulo com uma mão na frente e outra atrás ! “ O que dizer ? Um frase de tamanha mesquinharia merece réplica ? Tô com preguiça. Serio.

Pastores se matam porque não cuidam do corpo , não brincam. Devem dormir de paletó, não é possível. “ Nosso descanso não é nesse mundo “, escutei um deles. Querem ser maiores que o seu Senhor, contrariando a admoestação biblica. Jesus dormiu , cochilou de cansado. Se bobear, pastores não dormem nem à noite…

Pastores se matam de raiva, de tristeza, de crise vocacional,  de frustração, de pobreza , de baixa autoestima,  de falta de sexo,  de decepção, de abandono, de tanto trabalhar, de falta de férias decentes, de cobranças injustas, de tanto se cobrar por saberem tudo , serem bons em tudo - pregar bem, visitar como um psicólogo ou médico da família  , administrar como um CEO, pensar como um filósofo , ensinar como um PHD, ser pai como um guru familiar. Já pensou ? Um profissional assim ( sem falar que não podem ser profissionais - até porque não podem cobrar comp um ) merece que salário?  Pastores se matam aos poucos. E aos montes. Quietos no seu abandono, na sua tristeza de não ser que os outros acham que são - santos impecáveis.

Pastores se matam porque adoecem. Como qualquer outro ser humano - que, se não se tratar, entra em colapso . Stress é o " pecado que jaz à porta " do pastor. Pecados sexuais idem. Orgulho então... O pastor, como os profissionais da saúde , os policiais e outras carreiras de risco , deveriam ser cuidados e não apenas cuidar. Quem cuida de quem cuida, como pergunta uma amiga terapeuta , Roseli Kunhrich ? Quem cuida do seu pastor ?

Pastores se matam porque passam a ler a Bíblia só para fazer sermões , porque desconhecem o Ócio Santo e Criativo, por que não ouvem música , não namoram, não dançam , depois de um " vinho com a mulher da sua mocidade  " ( Pv 5.18 ). Nem lêem João Crisóstomo, Richard Baxter, Eugene Peterson , Osmar Ludovico, Ricardo Barbosa, verdadeiros pastores de pastores !

Sou pastor. Não vou me matar. Não posso morrer pelos pecados dos outros. Jesus já fez isso . Aliás , o Pastor mesmo é Ele . O Bom Pastor. Eu? No máximo , como diria Fernando Pessoa, sou “ um guardador de rebanhos”. Pecador. Isso só é olhe lá .  Se você é um pastor de verdade , " companheiro dos outros no sofrimento" ( Ap 1.8 ), fique esperto. Não se mate por nada. Nem por tudo. Morrer por Jesus é uma coisa bem diferente de se matar pelo rebanho. Ou por  ambições neuróticas e messiânicas.

Por Gerson Borges

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Corrupção (Devocional Presente Diário)

(Leitura Bíblica: Salmo 73.1-28)

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna (Gl 6.7-8).

A corrupção está sempre em pauta nos meios de comunicação e nas conversas entre as pessoas. Há até aqueles que chegam a dizer que existem os corruptos culpados e os corruptos inocentes, ou generalizam afirmando que não há político, por exemplo, que seja honesto.
Como vemos no texto de hoje, a corrupção e a injustiça não são práticas recentes, bem como nossa indignação diante de Deus devido a esse contexto em que a maldade impera. O salmista descreve o comportamento dos ímpios e sente até mesmo que sua própria busca em ser honesto parece ser inútil. Isso faz lembrar o que Rui Barbosa disse em 1914: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto!”
Mesmo assim, não podemos desanimar. Parece que Deus não vê o que está acontecendo, mas a verdade é que o sucesso das pessoas más e corruptas é enganoso: se não se arrependerem, seu fim será a destruição!
O avanço da maldade a cada dia não deve ser usado como desculpa para justificar nossos erros. Mesmo que a impunidade e a injustiça predominem, o cristão não pode concordar com o que desagrada a Deus. Que o mau exemplo da maioria das pessoas não leve os filhos de Deus a praticar o mal também ou a aceitá-lo como “normal”. A vida cristã exige sacrifício: não ceder às tentações da maldade. Diante de tantas notícias sobre a corrupção, a postura do cristão deve ser a de buscar no Senhor a força para não se deixar contaminar e também orar para que a justiça divina seja aplicada. – HSG
Com a ajuda de Deus, podemos viver num mundo corrupto sem nos contaminar com ele.

"O que importa é que Cristo está sendo pregado" - Será que está mesmo?

Um amigo no Twitter me perguntou se Filipenses 1:18 não justificaria o show gospel. Acho que ele tinha em mente o festival gospel na Globo e a hipotética novela da Globo com uma heroína evangélica e as apresentações de cantores gospel em programas seculares.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:

“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).

A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Se não me engano, Paulo estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com isto, pois ele mesmo disse:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2).

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).

Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar que qualquer estratégia serve para anunciar o Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.

Por: Augustus Nicodemus

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Billy Graham: “Parem de tentar adivinhar quando Jesus irá voltar; preparem-se”

Alguns cristãos têm o hábito de fazer cálculos sobre o momento em que Jesus Cristo voltará à Terra para julgar os vivos e os mortos. No entanto, o famoso evangelista Billy Graham pediu que os cristãos não gastem seu tempo imaginando quando ocorrerá a segunda vinda, mas dediquem-se a se preparar para ela.
Na seção de perguntas em seu site pessoal, Graham foi questionado por uma pessoa anônima sobre um “guru espiritual” famoso em sua cidade que alega ser “divino”. O leitor do site queria saber se esse homem poderia realmente ser a ‘segunda vinda’ de Jesus.
O pastor Billy esclareceu imediatamente que aquele “guru” não é Jesus, pois quando Cristo voltar à terra, será visto por todos. “Eu posso dizer com segurança que essa pessoa não é Jesus – por que quando Jesus voltar, virá do céu, com poder e glória, e toda a raça humana irá vê-lo”, sublinhou.
Ele também citou Mateus 25: 31-32, que afirma que, quando o Filho do Homem voltar, “todas as nações serão reunidas diante dele.”
Perguntas sobre o final dos tempos vem sendo constantes no site, uma das maneiras que ele usa para continuar ministrando, já que a saúde impede o veterano de 93 anos de continuar com suas famosas cruzadas.
Usando a oportunidade, Billy Graham aconselhou que os cristãos parassem de se preocupar ou pensar demais sobre a Segunda Vinda, ressaltando que ninguém sabe quando isso vai acontecer, exceto Deus.
“Eu não sei, e ninguém sabe. Na verdade, Jesus nos advertiu contra a tentativa de fazer previsões precisas sobre a sua vinda, ou mesmo afirmar que sabemos, embora ao longo dos séculos alguns tentaram (e falharam)”, asseverou Graham.
O evangelista disse não ter dúvidas que esse dia virá. “Quando isso ocorrer será tarde demais para nos arrependermos e sermos salvo. Mesmo que a morte chegue para nós antes disso, o momento de colocar nossa fé e confiança em Jesus é agora – não depois”, finalizou. Com informações de Christian Today

É mesmo necessário congregar?

Uma das características mais marcantes para mim nos tempos atuais da igreja evangélica em nosso país, é o descrédito crescente que vem tomando conta na cabeça de muitos com relação à igreja.
Isso tem se dado em face de sucessivos escândalos, principalmente de corrupção, abusos de pastores gananciosos que querem enriquecer se valendo da heresia da Teologia da Prosperidade, manipulação de fiéis, em suas fraquezas emocionais, etc.
Chegou-se a um nível tal de desesperança que hoje já temos uma situação inimaginável até há pouco tempo atrás: comunidades para cuidar dos “desigrejados”, ou seja, aqueles que dizem continuar cristãos, porém, sem qualquer vínculo com igrejas, já que se sentem feridos e amargurados (muitos com razões) com as igrejas que pertenciam.
Porém, tenho visto em alguns locais como estes que cito, uma impressionante empáfia de muitos ali como se agora tivessem se tornado “cristãos de 1a classe”, “mais evoluídos”, passando um tempo absurdo, falando mal do que rotulam de “circo gospel”.
E aí, a pergunta que aparece na cabeça de muitos é: Eu preciso estar dentro de uma igreja? Ainda que eu esteja certo de que ninguém é salvo por pertencer a uma igreja X ou Y, eu poderia dar uma resposta singela a esta pergunta, apenas citando o que o autor da Carta aos Hebreus diz, ao condenar claramente a atitude de indivíduos que deixam de congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mutua (Hebreus 10:23-27).
Ademais, há outras passagens bíblicas que exigem a participação em reuniões da igreja, como para participar da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:17-34), resolver questões de pecado na congregação (1 Coríntios 5:4-5), juntar ofertas (1 Coríntios 16:1-3; Atos 4:36-37; 5:1-2).
Porém, pessoalmente, nunca gostei de gente que apenas cita versículos bíblicos para justificar o que devemos ou não fazer, ou apenas invoca que aquilo é um PECADO, se não cumprirmos com o que está escrito, em tom muitas vezes meramente moralista e sem nenhum amor na exortação.
Isto porque, sempre pensei que muito mais importante do que citar versículos é a pessoa tomar consciência de que aquilo que a Bíblia traz é o melhor para sua caminhada por este mundo, do que simplesmente impor uma espécie de “dogma”, que se encerraria apenas na citação da passagem bíblica.
Neste sentido, é que eu vejo como fundamental na vida cristã, o congregar em uma igreja. Quantas e quantas vezes já me deparei ao longo da vida, quando estava pra baixo, sem ânimo, e indo ao culto, ou participando do louvor, mesmo sem nada aparentemente de especial, voltei renovado para casa, com outra perspectiva, com uma alegria que não sentia há dias. É algo difícil de explicar humanamente, com palavras simples, mas é o mover do Espírito Santo.
Fora que não podemos esquecer que o Cristianismo é, por excelência, uma fé relacional. E essa fé vem pelo ouvir das palavras, do contato com os irmãos, que trazem testemunhos e que nos abençoam, ainda que quando falo de relacional isso não se circunscreve à igreja, até porque tem gente que é um dentro da igreja e fora é outro totalmente irreconhecível para os demais irmãos de fé.
É claro que nas igrejas sempre haverá picuinhas, desavenças, inveja, mas, muitas vezes o que vai ser determinante ali para nós é a forma como vemos as coisas, a começar se estamos ali mais para pertencer a um grupo social, para nos sentirmos integrados, ou, se, de fato, estamos ali para adorar a Deus. Se a igreja virou apenas um consolo, uma válvula de escape, para aplacar a nossa solidão, há algo errado aí e que precisar ser refletido no nosso interior.
Por outro lado, se nos negamos a ir a uma igreja, a nossa tendência natural é da nossa fé ir se apequenando, esfriando ao longo do tempo, ainda que não admitamos isso. E penso assim porque esse mundo ele é pautado no materialismo, no apego à tríade “dinheiro, sexo e poder”. Em um ambiente assim, é complicado a pessoa conseguir se manter espiritualmente forte e com o foco em Jesus.
Concluo, esta pequena reflexão no sentido de que Deus possa estar renovando o nosso amor pela sua noiva, mas, ao mesmo tempo, dando-nos a consciência de que até mesmo a igreja pode virar uma espécie de “ídolo” se o nosso Cristianismo se resumir as quatro paredes ali, e não se externar em uma fé que traga alento e uma palavra de esperança para esse mundo em que estamos vivendo.

Por Leandro Bueno

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Os evangélicos e o crime da boca de urna

Há pouco fiquei sabendo de algumas igrejas cancelarão os seus cultos em virtude das eleições. Isto mesmo, os pastores destas igrejas deixarão de adorar a Deus porque optaram em fazer boca de urna para o seu candidato a vereador e prefeito.

Caro leitor, no primeiro domingo de outubro, milhões de brasileiros em nome da democracia, escolherão aqueles que os representarão nas câmaras municipais, além de eleger aqueles que os governarão pelos próximos quatro anos.

Todos sabemos da importância do pleito e da necessidade de exercermos com responsabilidade o voto nas urnas. Sem sombra de dúvidas é extremamente louvável preocupar-se com o destino do país e das comunidades as quais estamos inseridos, no entanto, não posso deixar de compartilhar com os irmãos, a minha perplexidade com a essa nova práxis evangélica. Na verdade, infelizmente algumas igrejas em nome da “cidadania” suprimiram os seus cultos em detrimento da necessidade messiânica de fazer “boca de urna”. Sou obrigado a confessar que tal fato me escandaliza profundamente, até porque, acredito que nada absolutamente nada, seja mais importante do que estar na casa de Deus em comunhão com Aquele que nos redimiu e salvou.

Além disso, vale a pena ressaltar que a “boca de urna” é crime eleitoral. Talvez você não saiba, mais a nomenclatura "boca-de-urna" surgiu de um jargão popular e corresponde ao aliciamento de eleitores no sentido de “atrair a si, angariar, subornar, convidar, seduzir, provocar" o voto do eleitor no dia do sufrágio popular.

A proibição deste aliciamento foi criada em 1986 pela Lei 7.493, de 17/06/86 e ficou sendo repetida em diversas leis eleitorais, com exceção, da que regeu o pleito de 1992. O delito está tipificado atualmente no art. 39§ 5º, I e II da Lei 9.504/97 e o art. 41, II da Res. 20.988/02(TSE). Estas normas determinam que boca-de-urna configura crime no dia da eleição, punível com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR.

Meus prezados, aqueles que me conhecem sabem que não advogo a idéia que comumente tem tomado conta de parte dos evangélicos nos dias de hoje. Não creio na manipulação religiosa em nome de Deus, não creio num messianismo onde a utopia de um mundo perfeito se constrói a partir do momento em que crentes são eleitos.

É possível que ao ler este texto você afirme: o Pr. Renato está equivocado quanto as suas declarações. No entanto, basta olharmos para a história dos evangélicos na política brasileira pra percebermos que o fato de termos crentes nos poderes executivo e legislativo deste país não é suficiente para uma mudança significativa em nossa sociedade. Na verdade, o problema está para além disso, eticamente estamos adoecidos, até porque a “febre do jeitinho” nos tem feito acamar proporcionando assim, delírios e pseudovisões em nome de Deus. Na perspectiva da ética, dia de eleição é dia de exercermos livremente as nossas opções políticas e ideológicas, ninguém, absolutamente ninguém tem o direito de manipular, impor ou decidir por você em quem votar.

Não se esqueça que boca-de-urna, é crime, é que nós como santos de Deus, temos o compromisso de cumprirmos as leis que regem este país, afinal de contas, devemos ser sal desta terra e luz deste mundo.

Soli Deo Gloria

Renato Vargens

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Bíblia ou nossa geração goma de mascar?

Uma grande tragédia lentamente foi se apoderando de toda a nossa geração. Vivemos numa era de amigos instantâneos, relações superficiais, namoros superficiais, casamentos que se desfazem com a mesma rapidez que começaram... tudo vira humor descompromissado, tudo leve, tudo sem peso ou importância real, tudo passageiro, pulando de um entretenimento a outro, sucessos musicais instantâneos que rapidamente passam... Você está imune?

No meio disso tudo os cristãos estão perdendo completamente o senso da santidade de Deus. Oramos contra o ruído de fundo da televisão, meditamos na Palavra enquanto conversamos no Facebook, nosso senso de santidade divina é tão fraco que estamos num lugar de culto enquanto nos alongamos e mascamos nosso chiclete. Eu sei, você dirá que isso é normal, mas quando diz isso você expressa a Bíblia ou nossa geração goma de mascar? Até a defesa da verdade é mero humorismo e descontração em nossos dias - tudo por uma boa gargalhada!

Quando Jacó fugiu da casa de seu pai depois de enganá-lo, pegar o que não era seu, ele vai dormir de tão cansado. Eu diria que aquela, para ele, é uma noite profana... comum, como os dias se arrastam em nossa sociedade profana e superficial que tem sido um espelho da relação de nossa geração (na igreja) com Deus. Temor? Senso de santidade divina? Percepção da presença de Deus? Não! Ali está apenas um homem cansado e focado na vida a sua frente. Mas então ele tem um sonho – um sonho que nossa geração não tem sonhado – e por isso age e vive (mesmo os cristãos) sem a percepção de Jacó naquele instante.

Então Jacó acordou do sonho – Acordamos nós também? “E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; E eis que o SENHOR estava em cima dela, e disse: Eu sou o SENHOR Deus de Abraão...” - Gênesis 28:12-13. Quem dera estivéssemos acordados! Jacó disse: “Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus.” - Gênesis 28:16-17. Era terrível, não era mais comum. Ele se encheu de temor.

Que percepção, senão esta, devia ser o sentimento constante no coração regenerado? “Quem é como tu, glorificado em santidade? -  Êxodo 15:11. Que denúncia mais terrível poderia ser feita aos “adoradores” de nossos dias do que sua superficialidade que faz comum e não terrível a presença de um Deus santo?

Como pecadores que viram a realidade do pecado podem chegar diante de Deus a não ser com a percepção que Jacó teve? Eu sei, falaremos da Graça, mas a graça não diminui o espanto, o senso da perfeição da santidade de Deus e de nossa indignidade, pelo contrário. Mesmo a alegria dos santos é cheia de tremor: “Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor.” Salmos 2:11. Na graça a nossa salvação é operada nestes termos: “...assim também operai a vossa salvação com temor e tremor” - Filipenses 2:12

Isto deve ser assim, pois Deus é infinitamente santo, transcendentalmente santo, superlativamente santo, imutavelmente santo, gloriosamente santo. Em Cristo somos totalmente santos – como imputação – mas olhamos para as nossas vidas – Ah! O que vemos? Orgulho misturado em nossa humildade, incredulidade misturada em nossa fé, impertinência misturada na doçura, carnalidade misturada a espiritualidade, dureza misturada com ternura.

Se os querubins, serafins, em sua santidade se tapam e clamam: “Santo, santo, santo...” – de onde tiramos “intimidade afetada?”. A santidade de Deus é pura e sem qualquer mistura – “Só Ele é santo!” – Toda santidade, mesmo do céu, é derivada. “Deus é luz e nele não há treva alguma” – 1 João 1.5. Nele está toda luz sem nenhuma escuridão, toda santidade sem qualquer vestígio de mal, toda sabedoria sem nenhuma loucura. Ele é santo em todos os seus caminhos, em todas as suas obras, em todos os seus preceitos e leis, em todas as suas promessas... santo em todas as suas ameaças, santo em toda a sua ira, todo o seu ódio contra o pecado expressam a perfeita santidade. Sua natureza é santa, seus atributos são santos, suas ações são todas santas.

Ele é santo ao exercer misericórdia (não faz isso sem propiciação) – portanto, Ele é santo ao poupar e também santo ao punir eternamente. Ele é santo ao justificar alguns e santo na condenação dos outros, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus!” – Ele é santo ao levar um povo ao céu e santo ao atirar multidões no inferno.

Jacó, ao perceber a verdade sobre o ser de Deus, disse: “Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar!”. Não percebemos mais isso? Deus já estava lá, Jacó é que não tinha a percepção disso – será essa a história de nossa “geração de adoradores?”

Deus é santo em todas as suas palavras, em todos os seus atos, em tudo que Ele põe a mão, em tudo que Ele decide em seu coração. Sua face de desaprovação e ira é santa, seu sorriso é santo.

Quando Ele dá, suas dádivas são santas. Quando Ele tira é sua santidade que está operando. “Eu não sabia!” – disse Jacó. Podemos dizer o mesmo depois da perfeita revelação de Deus em Cristo? Depois da clareza dessa revelação no Novo Testamento? Depois da cruz mostrando que mesmo ao ver o pecado colocado sobre Seu Filho amado e santo, ele teve que derramar sua ira sobre Ele?

Santo, santo, santo é o Senhor Todo-Poderoso! – Isaías 6:3. Sua santidade está além de toda possibilidade de ser sondada por homens como nós, não há medição possível, não há compreensão exaustiva, pois infinito é o mar da santidade que Deus é e que está em Deus. Não podemos concebê-la em sua totalidade. Seria mais fácil apagar o sol, ressuscitar os mortos, fazer um mundo, contar as galáxias, esvaziar o mar com um balde, do que expressar a santidade perfeita e transcendente de Deus.

Sua santidade é simplesmente infinita – sendo assim não pode ser limitada, nem diminuída ou aumentada. Só Ele é fonte de toda santidade e pureza. Toda santidade do céu, dos anjos, dos redimidos é apenas reflexo da Sua santidade infinita. Podemos orar por uma igreja santa, por filhos santos, mas não podemos comunicar santidade. Só Deus é o doador de santidade. Só Ele pode causá-la e só d'Ele ela pode fluir. Só Ele pode infundir santidade no homem.

Não devíamos nós, que somos descritos por Isaías assim: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam”  Isaías 64:6. Falar como Jacó? “Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar!”

Deus é santo! E apenas um Deus totalmente e perfeitamente santo pode iluminar nossa mente, mudar nossa vontade, derreter e quebrantar nossos corações, criar novas afeições, purificar nossas consciências e reformar completamente nossas vidas.

Como eu disse no início, oramos contra o ruído de fundo da televisão, meditamos na Palavra enquanto conversamos no Facebook, nosso senso de santidade divina é tão fraco que estamos num lugar de culto enquanto nos alongamos e mascamos nosso chiclete. Toda essa verdade sobre a santidade de Deus não é a ênfase do que chamamos culto, ela foi esquecida ou não tem qualquer peso sobre nós. Temos sido um espelho de nossa cultura que esqueceu Deus e não um espelho da glória da santidade de Deus.

Está na hora de acordarmos e, como Jacó, dizer: “Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar!

***
Autor: Josemar Bessa

domingo, 25 de setembro de 2016

Como Manter a Igreja Viva

Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 1:10-20, em que o profeta repreende a Igreja do A. T., chamando seus líderes de príncipes de Sodoma e Gomorra, cidades famosas pela iniquidade. O povo de Deus havia se corrompido ao ponto de Deus não mais ter prazer em receber o culto dele.

Infelizmente, esse quadro de decadência da Igreja de Deus neste mundo se repetiu por muitas vezes. O povo de Deus esfria em sua fé, endurece o coração, persevera no pecado e serve de péssimo testemunho ao mundo. Devemos evitar que a decadência espiritual entre em nossa vida. Existem quatro coisas que podemos fazer para evitar o declínio espiritual da Igreja, com a graça de Deus:

(1) Tratar o pecado com seriedade. Nada arruína mais depressa a vida espiritual de uma comunidade do que permitir que os pecados dos seus membros permaneçam sem ser tratados como deveriam. Lemos na Bíblia que, quando Acã desobedeceu a Deus, toda a comunidade sofreu as consequências. Nossos pecados ocultos, escondidos, não confessados e arrependidos constituem-se num tropeço espiritual que entristece o Espírito de Deus, e acaba se espalhando pela Igreja e envenenando os bons costumes e a fé.

(2) Zelar pela sã doutrina. A verdade salva e edifica a Igreja, mas a mentira é a sua ruína. O erro religioso envenena as almas e desvia o povo dos retos caminhos de Deus. O Senhor Jesus criticou severamente a Igreja de Pérgamo por ser tolerante para com os falsos mestres que a infestavam com falsos ensinos (Ap 2.14-15). Da mesma forma, repreendeu a Igreja de Tiatira por tolerar uma mulher chamada Jezabel, que se chamava profetiza, e que ensinava os membros da Igreja a praticarem a imoralidade (Ap 2:20). Devemos ser pacientes e tolerantes, mas nunca ao preço de comprometermos o ensino claro do Evangelho.

(3) Andar perto do Senhor da Igreja. É Deus quem nos mantém firmes e puros. A Bíblia diz que, se nós nos achegarmos a Deus, ele se achegará a nós. A Bíblia também nos ensina que Deus estabeleceu os meios pelos quais podemos estar em contínua comunhão com Ele. Estes meios são: os cultos públicos, as orações e devoções em particular, a leitura e a meditação nas Escrituras, a participação regular na Ceia do Senhor. Cristãos que deixam de usar estes meios acabam por decair espiritualmente. A negligência destes meios de graça abre a porta para a acelerada decadência espiritual e moral de uma Igreja.

(4) Estar aberta para reformar-se. A Igreja deve sempre estar aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e reformar-se em conformidade com o ensino das Escrituras. Nas cartas que mandou às igrejas da Ásia Menor através de João, Jesus determinou às que estavam erradas a que se arrependessem (Ap 2.5,16,21; 3.3,19). Elas precisavam ser reformadas e mudar o que estava errado. Estas medidas devem também ser aplicadas a nós, individualmente. Deveríamos procurar evitar a decadência espiritual da nossa prática religiosa, mantendo a chama da fé pela frequência regular aos cultos, pela leitura diária da Bíblia, por uma vida de oração e comunhão.

Queira nosso Deus dar-nos vigor para mantermo-nos e à nossa igreja sempre vivos espiritualmente.
***
Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes

sábado, 24 de setembro de 2016

Chá de Tortas Beneficente em prol de Fabinho

FABINHO VAI FAZER O TRANSPLANTE! (Coração e Pulmão)

Estará acontecendo um chá de tortas beneficente em prol da viagem.
Será dia 25 de setembro, a partir das 14:00hs, no salão anexo da Igreja Batista da Esperança. 3ª Trav. Manoel Chaves, 68 - São Caetano, Itabuna/Bahia

Ajude em oração e também com doações.

Contato para doações:
(73) 98864-8222
(73) 98819-7490
(73) 98833-8845

"A fé é a firme confiança de que virá o que se espera, a demonstração clara de realidades não vistas.” (Hebreus 11:1)

Ministério Público suspende Marcha para Jesus em Guarulhos

O Ministério Público Estadual (MPE) cancelou a 13ª Marcha para Jesus da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, que aconteceria nesse sábado (24).
O órgão desconfia que a prefeitura destinaria dinheiro público para o pagamento do cachê dos cantores que se apresentariam no evento.
O promotor Nadim Mazloum recomendou que a Prefeitura não utilize recursos públicos para a realização do evento evangélico.
A recomendação do promotor é que, caso tenha contratações feitas pela prefeitura para este evento, o Munícipio, através da Secretaria da Cultura, declare a “nulidade dos respectivos contratos administrativos”.
A prefeitura teve 48 horas a contar do dia 19 de setembro, data que o documento foi publicado, para acatar a decisão e então cancelou a realização da Marcha.
Os organizadores do evento utilizaram as redes sociais para informar os evangélicos da cidade que a Marcha para Jesus estava cancelada.
A nota, diz apenas “que o Ministério Público manifestou-se contrário a realização do evento” e destacou que nos últimos 13 anos a Marcha tem reunido famílias para “um dia de paz, onde pessoas de diferentes idades, igrejas e crenças se reúnem para o bem da cidade”.
Os organizadores ainda destacam que além de ser um evento religioso, a Marcha para Jesus tem cárater social ao fazer campanhas contra as drogas, promover a sustentabilidade, o uso racional da água e outros temas relevantes.
“Além da fé, a Marcha também tem um propósito social onde diversos voluntários prestam serviços a sociedade, como agerição de pressão, tipagem sanguínea, atendimento jurídico, psicológico entre outros”.
A Marcha para Jesus deve ter uma nova data marcada, enquanto isso os organizadores irão buscar meios legais e parceiros para o evento.

Fonte: gospelprime

É proibido sofrer!

image from google

"É proibido sofrer!" Esta é a mensagem que vemos sendo anunciada em quase todos os lugares. Talvez nem sempre dita assim tão explícita, mas percebemos suas variações quando também se diz: "pare de sofrer!", "tenha uma vida vitoriosa!", "Você nasceu para ser cabeça e não cauda!", "decrete e profetize sua vitória!", "tome posse pela fé!" e tantas outras ordens e palavras que, na cabeça de muita gente, vira uma espécie de anestésico contra as dores que os problemas da vida provocam na gente.

A sociedade atual se esconde do sofrimento e o nega porque ele desmascara nossas fragilidades. A questão é que a ferida continua aberta, a infecção vai se alastrando cada vez mais, a doença emocional vai se enraizando, vai matando lentamente, mas seus efeitos são maquiados pela não sensação de dor. Se esquecem que o próprio sofrimento pode ser uma bênção, pois ele nos avisa sobre a necessidade de que algo deve ser feito.

Embora haja fundamento bíblico para nos dizermos mais do que vencedores por meio de Jesus, esta palavra "vencedores" não segue o modelo e o padrão moderno de entendimento do que seja vencedor segundo a ganância dos homens. O perfil do vencedor moderno é aquele que até pode passar por alguma dificuldade, mas consegue tudo o que quer. Sempre vence as dificuldades virando o jogo com palavras mágicas. Nunca demonstra em público suas fraquezas. Este é o vencedor das externalidades, da futileza, do terno Armani, da bolsa Louis Vuitton, do carro de luxo, de ter dinheiro, poder e influência sobre a vida das pessoas. É o que se faz vencedor pela força bruta, é o indestrutível. Infelizmente, este tipo de vencedor é anunciado adoecida e insistentemente em muitos púlpitos. Quem não se enquadra nesse padrão é rapidamente chamado de "sem fé", amaldiçoado, fraco ou derrotado.

Já, o Vencedor, segundo o Evangelho, é aquele que também sofre, também passa por algum tipo de privação, pode até vencer de alguma forma material, mas sabe discernir entre o momento de rir e o de chorar. Aprende a viver cada um destes momentos reconhecendo que há um Deus que não somente assiste, mas participa com a gente, ao nosso lado, de cada riso ou lágrima e usa essas coisas também como ensino e crescimento para cada um de nós.

Perder ou ganhar, ser fraco ou forte, no entendimento bíblico, não depende do troféu humano, das honrarias, homenagens, recompensas e reconhecimentos que se recebe em vida.

Vencer não tem a ver necessariamente com possuir bens ou ser curado de uma doença terminal. Estas coisas também, mas elas não tratam da essência. Estão na superfície de uma vida muito mais profunda, muito além de ter ou não os seus sonhos e pedidos realizados.

Aqueles que vencem ou venceram, nas Escrituras, perderam o mundo para ganhar a Vida. Alguns foram perseguidos, torturados, mortos, tiveram seus bens espoliados, famílias separadas. A maioria não foi nenhum exemplo de sucesso de empreendedorismo, de força de vontade ou estabilidade emocional. Passaram fome, fugiram, tiveram medo, alguns desistiram ou abandonaram seus projetos e chamados missionários, antes do tempo. Tiveram crises existenciais, ficaram deprimidos, se sentiram enfraquecidos, desejaram morrer mas foram salvos e reencaminhados não por suas próprias forças, mas pela Graça infinita, teimosa e amorosa de Deus. O verdadeiro vencedor é aquele que vence não por ele mesmo, mas vencido, vence em Deus.

O vencedor, segundo as Escrituras, sabe que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, mas nem por isso deixa de se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram. Vive cada sentimento de forma verdadeira, sem máscaras e consciente.

Nesta vida ainda vamos perder e achar muitas coisas, muitas vezes. Alguns sonhos pessoais jamais serão alcançados, outros virão como que presentes de Deus para nossas mãos. Não se permita ser julgado pelos outros ou pela própria consciência por causa do que você ganha ou deixa de ganhar. O importante é, como diria nosso irmão Paulo, o apóstolo: "quer vivamos ou morramos, somos do Senhor." (Romanos 14.8). Em outras palavras, desta vez, ditas por Jó "o Senhor deu, o Senhor tirou, bendito seja o seu nome." (Jó 1.21).

O sofrimento em si não nos torna derrotados. Podemos, sim, aprender e sermos aperfeiçoados por causa dele. O rótulo é sempre algo imposto de fora pra dentro. Nem sempre expressa uma realidade. Não se auto impute um desmerecimento ou supervalorização falsos. O verdadeiro vencedor aprende a dar nomes às suas responsabilidades, projeta sua esperança não nas coisas que se veem, mas naquelas que são eternas. Assume seus erros, mas também consegue se alegrar com cada pequenino passo em direção à Vida. Sabe perdoar e também pedir perdão. O sofrimento dói, mas nos amadurece, nos ensina a reconhecer o que de fato podemos chamar de vitória.

O Deus que venceu por todos te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente! 

Ave Crux, Unica Spes!

***
Autor: Pablo Massolar

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Cristãos Desanimados, potencialmente derrotados

I Pe 5.8
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”.

A Caminhada cristã é algo muito diferente daquilo que pensamos quando entramos para a Igreja. Pois á primeira vista tudo é maravilhoso, tudo é muito bom. Estamos apaixonados por Deus, pelos irmãos, e até mesmo nas lutas o comportamento é diferente. Busca Deus nas orações, lê a Palavra constantemente.
Mas com o passar do tempo, agente vai ficando mais velho de casa, mais velho de igreja e as coisas começam a caminhar para uma direção muito perigosa.
O crente começa a se cansar das lutas, começa a entender que Deus responde a medida da nossa fé e com base no tempo Dele. E isso, quando estamos cansados e fracos, vai nos desanimando. E CRISTÃOS DESANIMADOS SÃO POTENCIALMENTE DERROTADOS.
Quando nos convertemos, adquirimos um adversário que é consideravelmente muito perigoso. Nós o conhecemos como diabo, o maior inimigo de Deus e dos Filhos de Deus.
Os cristãos Pentecostais têm a tendência de super valorizar as investidas do diabo, já os Tradicionais têm a tendência de não valorizar, não dar importância devida ao diabo.
Os Reformados buscam o equilíbrio, ou seja, nem damos tanto valor e damos também uma super valorização.
Mas a Bíblia é clara quando nos diz que ele é nosso adversário, nosso inimigo, e está ao nosso derredor esperando uma oportunidade de devorar aqueles que estão fracos.
No mundo animal, quando um grupo de felinos se prepara para atacar qualquer grupo de animais, eles analisam e procuram os mais fracos, cansados ou os doentes. E assim todo o grupo ataca somente aqueles que foram escolhidos.
Assim, satanás da mesma forma procura os mais fracos, cansados ou os doentes e manda o grupo de demônios atacarem para acabar com suas vidas.
Por isso, Deus falou da última vez sobre voltar ao primeiro amor, e hoje Deus nos fala que CRISTÃOS DESANIMADOS SÃO POTENCIALMENTE DERROTADOS.
Potencialmente não significa que está derrotado, é que tem potencial para ser derrotado, derrotado por meio do desânimo.

Porque cristãos autênticos podem desanimar?

FASCÍNIO PELO MUNDO
Mt. 13.22 – “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”.
Os cuidados com o mundo são justamente a pressão que a sociedade faz sobre as pessoas com relação a bens materiais, cargos importantes, a vaidade com a aparência, roupas da moda e muitas vezes sem poder ter aqueles coisas e ai entra em dívidas, e começa a orar a Deus para Deus pagar as contas e Deus não responde na hora que queremos e ai cai o desânimo.

Quando bate o desânimo, satanás está só esperando para devorar.
Outra coisa muito importante que causa desânimo é: AFASTAMENTO DE DEUS

Is 59.2 2 “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”.

Refletindo neste texto, temos uma noção da pureza de Deus, da grandeza da Sua santidade. O sentido da palavra separação aqui é de “abismo”. Não é uma distância que pode ser medida, o abismo é figurativo.
Essa separação é tão grande que gritamos o mais alto possível a Deus e a nossa sensação é de que Ele não está ouvindo, e desanimamos mais e mais.
Isso porque Deus não aceita iniquidades, Deus não se contamina nada anda que tenha parte com o pecado. Por isso Ele diz que o rosto é coberto e nós somos separados dEle, por causa do pecado.
Mas quando estamos começando a caminhar na fé, todo pecado incomoda, e nós ficamos em um pé e noutro para confessá-lo de deixá-lo, mas os mais velhos de casa pensam que podem guardar ou aguentar um pouco mais e tentar se livrar dele sozinhos. Pois o tempo de casa pesa em seus ombros no que diz respeito a confessar pecados, isso quer dizer que entrou o orgulho e a soberba no coração.
E o diabo ao derredor buscando os mais fracos e ou doentes para devorar.

Outra questão que desanima o cristão é OLHAR A RELIGIÃO E OS HOMENS, E NÃO OLHAR PARA DEUS.

Mt 7.21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”.

Nós temos uma dificuldade muito grande de olhar para Deus e parar de olhar para os homens, nós temos uma grande dificuldade de para de olhar para a religião, ou seja, as doutrinas humanas e olharmos para a Palavra de Deus.
Eu lhe pergunto: O QUE A BÍBLIA DIZ? Grave isso na sua cabeça.

Nós temos a facilidade de desanimar na caminhada cristã porque os fardos que os homens colocam nas costas dos outros através de doutrinas é muito pesado.

Mateus 23:4 “Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los”.

Assim são as doutrinas feitas por homens. Elas pesam, e nos desanimam, nos cansam fazendo com que sejamos presas fáceis para satanás.
Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor é conhecido do Senhor realmente. É Filho de Deus verdadeiramente, por isso, se você está desanimado porque está vendo muito erro nos outros, se arrependa e mude a direção da sua visão para o alvo correto que nunca falha JESUS CRISTO DE NAZARÉ.
Pare de olhar pro homem, para de olhar para a religião, se onde você está é engano, é erro, está provado biblicamente então saia, se não mude seu alvo. Olhe pra Cristo. Ele não muda, não falha, não nos decepciona.
Outro fator que faz com que os cristãos desanimem é a DESOBEDIÊNCIA.
Tt 1. 16 “No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra”.
É tão claro este texto que dispensa maiores comentários. Pessoas que são velhas de igreja conhecem a Palavra, mas não obedecem. No tocante a Deus professam conhecê-lo, mas são desobedientes. Então Deus reprova suas obras e a própria pessoa se torna reprovada.
O sentimento é de que tudo o que eu faço para Deus parece que Ele não recebe, e ai a pessoa desanima. Procure o foco, o foco pode ser DESOBEDIÊNCIA.
São aqueles que sempre pensam que podem dar um jeitinho nas coisas, levam como se não tivesse tanto peso de responsabilidade o que a Palavra diz.

Outro fator que desanima o cristão é a FALTA DE VIGILÂNCIA

Mt 26.41 “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.

Se eu estou orando e estou vigiando, eu estou me fortalecendo contra as tentações que certamente virão contra mim, vieram sobre Jesus e virá sobre todos aqueles que são lavados e remidos pelo seu sangue.
O problema que é que o crente velho de casa acha que não precisa de tanta oração, tanta leitura da Palavra, pensa que isso é besteira. Mas é o que Deus usa para te proteger contra as tentações.
Vigie com seus olhares, vigie com seus pensamentos, vigie com suas palavras. Tenha tempo de oração e de leitura da Palavra e então você se fortalecerá.
Mas se não fizer isso, enfraquecerá, e ficara cansado dessa caminhada, poderá ficar doente e será devorado por satanás, pois ele está te observando todo o tempo com seu grupo de demônios só esperando para matar você.

O Cristão desanima também quando ele deixa a SOBERBA E A AUTO-SUFICIÊNCIA entrar em seu coração.

Lc 18.11 “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano”

Ap 3.17 “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”.

Os três elementos que constituem o pecado são: INCREDULIDADE – VONTADE DE SER IGUAL A DEUS – SATISFAÇÃO ÍMPIA DE FAZER O QUE É PROIBIDO.
Existem crentes que agem como se não precisassem de Deus. Não aceitam ser repreendidos e nem exortados. Tomam todas as decisões e não perguntam nada a ninguém e querem ser seguidos.
Precisam é se humilharem diante da poderosa mão de Deus e reconhecer que não são nada. Pessoas assim satanás está só observando ao derredor.
Existem alguns animais que saem do meio da manada, ou do rebanho e se dispersam. O grupo de caçadores também atacam estes, eles são mais difíceis de se abater pois apenas se afastaram do grupo, mas os leões nunca atacam sozinhos, sempre em bandos.
Por isso, os auto suficiente e soberbos que acham que podem tudo e não precisam de nada, estão sendo observados, pois estão se colocando fora do rebanho. Satanás e seu bando estão só observando, esperando para devorar.

Todas essas coisas causam fracasso e desânimo, e CRISTÃO DESANIMADO É POTENCIALMENTE DERROTADO.

Pessoas assim são pessoas Frustradas, a Vida é Morna, está Espiritualmente Estéril está sendo derrotado.

O QUE EU DEVO FAZER PARA FUGIR DESSE DESÂNIMO?
Is 55.7-9 “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar. 8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, 9 porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”.

O Pecado deve ser reconhecido, confessado e deve ser abandonado. O altar com o Senhor deve ser restaurado, pois Deus tem os pensamentos mais altos que os nossos, e Ele sabe o que é melhor para nós.

I Jo 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Este texto também dispensa maiores comentários. Se você confessar, Ele é Fiel e é Justo para perdoar e purificar.
Lembram-se do texto de Isaías onde o profeta diz que os nossos pecados faziam separação entre nós e Deus.
Quando confessados, são PURIFICADOS, ou seja, purificação é o ato de purificar, tornar puro, Deus é puro e assim, passamos a ter comunhão com Deus novamente.
Devemos render nossa vontade (matar o “eu”) que tanto fala dentro de nós nos levando para longe de Deus.
Devemos consagrar nossa vida, andar em humildade perante Deus e os homens, sendo servos e não senhores.
O cristão não tem motivos para ficar desanimado, é só refletir nas promessas da Palavra de Deus.

Nós temos um guia que nunca erra – O Espírito Santo

Jo 16.13 “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
Temos um Deus provedor das nossas necessidades

II Co 9.8 “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra”.
Temos um Deus que pode nos guardar de todo o mal

Jd 24 “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória”.
Temos um Deus que nos prometeu a Vitória

I Co 15. 57-58 “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.
Portanto, se você está desanimando, se fortaleça no Senhor, não olhe para o homem, busque a Deus, não saia pra fora do rebanho do Senhor. A Bíblia fala que o diabo está ao derredor, é porque ao nosso redor estão os anjos do Senhor a nos guardar.
Saiba que o seu esforço será recompensado na vindo do nosso Senhor, e todo o seu trabalho aqui não é vão. Nós temos a vitória garantida pelo Senhor do Universo.
Amém!
 
Fonte: Pr Adhemar Júnior

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Colégio no RJ libera o uso de saia para meninos

No Rio de Janeiro um colégio tradicional resolveu mudar suas regras referente ao uso do uniforme, liberando o uso de saia por meninos e de bermudas por meninas.
O informe divulgado no site do Colégio Pedro II diz que a instituição resolveu seguir os parâmetros do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).
Na prática, fica estabelecido que não há mais uniformes masculino e feminino, como explicou o reitor Oscar Halac no comunicado oficial.
“Propositalmente, deixa-se à critério da identidade de gênero de cada um a escolha do uniforme que lhe couber. Estamos cumprindo a determinação de uma resolução vigente e procuramos de alguma maneira contribuir para que não haja sofrimento desnecessário entre aqueles que se colocam com uma identidade de gênero diferente daquela que a sociedade determina”.
Deputado critica a posição
Ao se pronunciar no Plenário da Câmara nesta terça-feira, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) criticou o posicionamento da instituição de ensino lembrando que outra decisão do colégio foi trocar as letras O e A das palavras aluno e aluna pelo X, seguindo com a as regras da ideologia de gênero.
“Agora, mais absurdo ainda, toma a decisão amplamente noticiada, de que os meninos possam ir para a escola de saia”, disse o parlamentar.
Mostrando sua indignação, o deputado pediu ao Ministro da Educação, Mendonça Filho, para que providências sejam tomadas. “Isso é uma afronta às famílias dos alunos de bem do Colégio Pedro II. Se a moda pega, onde é que nós vamos parar?”, questiona.
O parlamentar aproveitou para lembrar que o Congresso Nacional rejeitou a ideologia de gênero.
“Nós derrotamos essa praga chamada ideologia de gênero na Câmara e no Senado, mas não satisfeitos, aqueles que defendem a causa de destruição da família, querem desqualificar através dos municípios levando essa ideologia falida e vergonhosa que é a ideologia de gênero”, completou.

Fonte: gospelprime

07 dicas para evangelizar um amigo não cristão


Volta e meia alguém me pergunta qual a melhor maneira de evangelizar um amigo, colega de trabalho ou familiar? Geralmente sou indagado sobre a melhor forma de proclamar o evangelho sem que seja considerado chato por aqueles que me ouvem. 

Pois bem, pensando em ajudar àqueles que possuem dúvidas quanto ao assunto, gostaria de trazer sete dicas para evangelizar um amigo não cristão.

1- Ore e interceda a Deus por aquele que você pretende evangelizar.  Peça ao Senhor que trabalhe no coração do seu amigo, mesmo porque,  uma pessoa só pode receber a mensagem de bom grado se o Espírito Santo convence-la do pecado, do juízo e da justiça. (João 16:08)

2- Fundamente seus argumentos nas Escrituras. É importante que a pessoa que você esteja evangelizando entenda que o fundamento da sua fé não é o "achismo" de alguém que descobriu uma nova religião, mas, sim a Palavra de Deus que nos revela  quem somos, nossos pecados, suas consequências e a salvação por meio de Jesus.

3- Não tente ser politicamente correto. Essa é uma tentação que geralmente caímos visando  ser bem aceito por aqueles que nos ouvem. Na verdade, o evangelho quando pregado, poderá gerar em alguns revolta, mesmo porque, a verdade de que o homem é pecador e que se encontra morto em delitos e transgressões, ofende todo àquele que ama o pecado e deseja viver na prática dele.

4- Seja doce e firme na proclamação do evangelho. Se um por um lado não podemos abrir mão da verdade, adequando o evangelho ao ouvinte, por outro, somos chamados a pregar Cristo e as boas novas com doçura e brandura. Equilíbrio nesse caso é fundamental.

5- Pregue também pelo exemplo. Não basta você falar de Cristo se o seu comportamento, atos e atitudes não demonstrarem que Cristo o transformou. Nossas ações tem o poder de produzir um GRANDE impacto entre aqueles que nos conhecem antes mesmo da nossa conversão. Uma pessoa que lhe conhecia antes de Cristo, e testemunha sua transformação, será deveras impactado pelo poder transformador do evangelho.

6- Saiba o tempo certo e adequado para pregar o evangelho aos seus amigos. Não é sábio pregar o evangelho de forma intermitente. Sem sombra de dúvidas existe um "time" adequado para proclamar as boas novas da salvação, para tanto, você precisa rogar ao Senhor que lhe conceda discernimento, como também lhe proporcione situações e circunstâncias onde com ousadia e intrepidez você poderá pregar o evangelho àqueles que você se relacionam.

7-  Crie oportunidades relacionais.  Convide seus amigos para visitar sua casa ou visite a casa deles. Façam algumas programações juntos, joguem bola, visitem um cinema, teatro, restaurantes e faça destes momentos oportunidades para proclamar o evangelho. Particularmente penso que a amizade é uma excelente maneira para pregarmos o evangelho. Aliás, tenho plena convicção que através dos relacionamentos, Deus proporciona oportunidades para que Cristo  seja pregado. Isto posto, aproveite e pregue o evangelho,  fazendo-se presente,  orando  com e por seus amigos, abraçando-os, ajudando-os assim a verem o amor de Jesus através de sua vida, entendendo que Jesus é o caminho, a verdade e vida e que fora dele não existe salvação. (João 14:06; Atos 4:12)


Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Liderando Como Deus Quer

O pastor deve manter-se longe dos perigos que ameaçam a integridade de seu ministério.
Samuel, filho do pastor da igreja da qual eu era membro, conversava com seus colegas da escola sobre a importância das profissões dos seus pais.  Um gabava-se: “Meu pai é químico; ele descobre produtos úteis para a sociedade”.  Outro dizia: “O meu é engenheiro. Ele constrói pontes e estradas”. Notando o silêncio de Samuel, os colegas perguntaram-lhe: “E o seu pai, o que ele faz?” O adolescente encolheu os ombros, meio encabulado, e confessou: “Meu pai não faz nada – somente fala.”
Acredito que muitos pastores repassam a impressão geral de que o líder de uma igreja tem uma vida isenta de responsabilidades mais pesadas.  Um colega, certa vez, me contou como chegara a escolher a carreira de pastor. Quando jovem, ele passava na frente da casa de um ministro do Evangelho. Observava que ele pulava da cama depois das nove horas da manhã e, depois, seguia uma rotina bem suave – ia pescar quando lhe convinha, conversava alegremente com os amigos, era constantemente convidado para as celebrações das famílias da igreja. Nas horas mais vagas, preparava uma homilia de vinte minutes para o culto nos domingos. O jovem percebeu que aquele pastor era honrado na sociedade e recebia um salário bom, e esta foi a vida que escolheu para si.
Não me admirei em ouvir, tampos depois, que aquele jovem, já guindado à condição de pastor, havia se divorciado da esposa e seduzido a mulher de um líder da sua igreja. Acabou saindo do país com ela, indo pastorear uma igreja no exterior, onde, quem sabe, a história se repetiria. Acabei perdendo contato com aquele “pastor lobo”, vestido de pele de ovelha.
Como ele, há muitos e muitos por aí. Pastores que não fazem caso das exigências bíblicas para o pastorado, especialmente aquela que requer que o bispo seja “irrepreensível”(registrada em I Timóteo 3.2), são uma ameaça para a igreja! O mais devastador dos perigos do ministério é a falta de integridade, quando o pastor prega aquilo que não vive e ilude os membros da igreja, fingindo ser um homem chamado por Deus. Quando a igreja não tem um padrão de qualidade e não requer de seu pastor que preste contas a alguém, há o perigo da preguiça. Gastar pouco tempo com Deus ou imaginar que um curso de seminário é suficiente para o pastoreio não qualifica ninguém para o ministério. Muitos pastores pensam que nada mais é exigido do pregador senão de colecionar um acervo de boas histórias e ler um texto da Bíblia para logo esquecê-lo, sem se preocupar com o sentido da passagem ou como as Sagradas Letras deveriam ser aplicadas às vidas de seus ouvintes.
GRANDE OBRA
O professor de um seminário pediu que seus alunos procurassem saber dos membros de suas igrejas o que achavam das pregações dos seus pastores. O consenso colhido foi o de que os pastores leem a Bíblia, mas não a explicam, nem aplicam o texto para a vida diária das pessoas. Outra conclusão do estudo foi a impressão generalizada de que os líderes têm mais interesse nos negócios das igrejas do que na vida espiritual dos membros.
Robert Murray McCheyne, um jovem pastor de Dundee, na Escócia, e muito usado por Deus, disse: “A grande obra do pastor, na qual deve depositar as forças do seu corpo e mente, é a pregação. Por mais fraco, passível de menosprezo, ou louco (no mesmo sentido como chamaram a Paulo de louco) que possa parecer, este é o grande instrumento que Deus tem em suas mãos e para que, por ele, pecadores sejam salvos e os santos sejam aptos para a glória. Aprouve a Deus, pela loucura da pregação, salvar aos que creem. Foi para isso que o nosso bendito Senhor dedicou os poucos anos de seu próprio ministério – e esta foi a grande obra de Paulo e de todos os apóstolos. Por isso, Jesus nos deu este mandamento: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho’.” Com efeito, o sucesso eterno do ministério de qualquer pastor será medido pelo poder de sua pregação. Comentou Cotton Mather: “O desenho e intenção principal do pregador é restaurar o trono e domínio de Deus nas almas dos homens.”
Outro perigo envolve as finanças do pastor. Raras vezes seu salário tem alguma folga. O cartão de crédito parece ser uma providência divina para adquirir “necessidades” que estouram o orçamento. Parece que o pastor acredita que os membros têm a responsabilidade de socorrer ministros que gastam mais do que recebem. Acontece que o que parece ao pastor ser uma necessidade não convencerá os membros da comunidade, que via de regra vivem com salários inferiores ao que seu pastor recebe. Se o dinheiro é a motivação, sua alegria não virá do ministério, mas das coisas que pode comprar. Paulo combate esta ameaça, dizendo: “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros” (Romanos 13.8). A integridade do pastor se reflete na honestidade com que trata o dinheiro da igreja.
Uma pesquisa feita na escola de missões do Seminário de Fuller, nos Estados Unidos, sobre a vida de 900 líderes evangélicos, tanto na história como no presente, revelou que eles reconhecem que a autoridade espiritual é a base principal do poder, isto é, o impacto de um ministério que transforma vidas depende da intimidade que o líder tem com Jesus. Essa intimidade se nutre através de pureza pessoal, adoração e uma vida fiel de oração. Uma das principais ameaças do ministério se revela no profissionalismo que busca sucesso de outras fontes de poder. O líder cristão pode decidi raprimorar-se na psicologia, na oratória ou com conhecimentos intelectuais. Contudo, em qualquer outro foco de um ministério faltará a vitalidade que somente o Espírito Santo é capaz de suprir. O exemplo do apóstolo Paulo nos desafia a todos: “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome; tendo muito, ou passando necessidade” (Filipenses 4.12).
Muitos ministros não sentem que a tentação sexual possa ser problema. Pensam que esse tipo de atração pode ser perigosa para os outros, mas não para eles. No entanto, a lamentável frequência com que os escândalos têm abalado a reputação das igrejas evangélicas sinaliza para a necessidade de cuidados especiais.  Paulo advertiu seu filho na fé nos seguintes termos: “Fuja dos desejos malignos da juventude” (II Timóteo 2.22). Prevenção requer um plano eficaz para repelir as tentações que assolam a vida de muitos pastores. O texto coloca justiça, fé, amor e paz e, especialmente, a companhia de pessoas que, de coração puro, invocam o Senhor como baluarte contra a atração sexual pecaminosa.
A internet tem trazido para dentro de casa a possiblidade de contaminar o coração do pastor com a pornografia. Ainda que poucos ministros confessem esse vício secreto, a praga moderna ameaça a estabilidade de muitas famílias e o relacionamento de pastores com suas igrejas. Qualquer líder que não mantém a fé e a boa consciência enfrenta o perigo de “naufragar na fé”, conforme Paulo admoesta a Timóteo. Jesus ensinou que os puros de coração são felizes porque eles verão a Deus.  E que dizer do que maculam suas mentes com pornografia?
AVALIAÇÃO CONSTANTE
De minhas muitas décadas de ministério pastoral, tenho aprendido, continuamente, a desenvolver disciplinas pessoais e espirituais que podem nos manter a salvo na questão da integridade sexual. Em primeiro lugar, é preciso avaliar nossa condição espiritual regularmente, sabendo que a falta de oração e comunhão com Deus é fatal. Em segundo lugar, o pastor precisa manter um casamento de qualidade, com comunicação, evitando sentimentos de descontentamento, pobreza no relacionamento sexual e frieza na intimidade. Não se pode ser omisso na busca por um bom relacionamento espiritual e emocional.  Além disso, é necessário, sempre, demonstrar respeito e amor, as chaves de um casamento saudável. O servo do Senhor também precisa tomar precauções básicas, fugindo de qualquer pessoa que o atraia sexualmente e evitando aconselhamentos com pessoas do sexo oposto sem a presença do cônjuge. A descoberta de um bom amigo com quem se possa abrir o coração para revelar qualquer sentimento que não seja puro e saudável deve ser uma prioridade. Por fim, deve-se ter em mente, sempre, o poder destrutivo que uma queda no pecado sexual tem sobre ministério abençoado por Deus.
Na lista de qualificações que o pastor deve ter, Paulo inclui o governo da família. O líder deve ter “os filhos sujeitos a ele”. “Se não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?”, questiona o apóstolo (I Timóteo 3.4,5)? Na cultura brasileira, muitos pais não exigem a obediência dos filhos. O individualismo reina de tal modo que os pais chegam a se cercar de cuidados para não contrariar seus filhos. Todavia, a Bíblia ensina com clareza que filhos e pais são pecadores.  Todos necessitam disciplina para aprender a obedecer aos pais, tal como os pais precisam de disciplina bíblica para submeter-se a Deus. Por isso, Paulo faz a conexão do líder responsável pela igreja e a responsabilidade de chefiar a família.
Algumas qualificações são mais determinantes do sucesso no ministério do que outras. Acredito que a que mais importa para o pastor é o amor pelas pessoas e sua humildade, além de coragem. Jesus convidou os cansados e sobrecarregados a aprender dele a se tornaram humildes e mansos (Mateus 11.29). Se Jesus Cristo for realmente o modelo que norteia o ministério, não há que se duvidar de que essa qualidade tenha importância singular. Alguns pastores esquecem que são ovelhas que também precisam do pastoreio do Bom Pastor (I Pedro 5.4). Essa atitude de altivez é especialmente perigosa nos tempos em que vivemos, nos quais o sucesso ministerial é medido por números e marcas externas de uma igreja. Jesus não teve um sucesso notável ou popularidade. Tanto, que ele rejeitou a proposta do povo, que queria aclamá-lo como rei (João 6.14).
Os líderes de igrejas no presente século percebem que a liderança de uma comunidade de maneira bíblica ficou mais difícil. Mas aqueles que combatem o bom combate, pregando a Palavra e guardando a fé, receberão a coroa da justiça que o Senhor, o justo juiz, lhes dará no dia final. O ministro que combater para vencer, como o apóstolo Paulo lutou, receberá a recompensa prometida na vinda do Senhor.

Russel Philip Shedd é doutor em teologia com estudos de pós-doutorado em Novo Testamento, escritor e conferencista. Americano radicado no Brasil desde 1962, é presidente emérito de Edições Vida Nova e missionário aposentado da missão World Venture.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

O que dizer das reações físicas nos Cultos?


Eu diria que existem duas diferenças muito importantes entre as reações físicas encontradas na Escritura e nos avivamentos históricos, e uma boa parte do que observamos dentro dos círculos neopentecostais.
Primeiro, reações físicas como o cair e o rolar no chão, tremores, choro alto, contorções, saltos, risos descontrolados, e coisas semelhantes, não são jamais encorajadas nas Escrituras, e nem mesmo apresentadas como sinal da presença de Deus. O mesmo pode se dizer dos avivamentos históricos. No geral, até onde sei, reações físicas e emocionais com essas características nunca foram encorajadas, promovidas, ou buscadas por seus líderes (embora houvesse uns poucos líderes leigos que fizessem o contrário). E nem sempre foram consideradas como evidências claras da atuação do Espírito de Deus. Eu creio que se Jonathan Edwards estivesse pregando hoje, e de repente alguém caísse durante sua pregação, ele provavelmente diria: “Levante-se para ouvir o resto, eu não acabei ainda de falar a Palavra do Senhor!” O próprio João Wesley era bastante crítico deste tipo de manifestação, embora ele nunca as proibisse, pois tinha receio de ir contra a obra do Espírito. Entretanto, ele era extremamente cauteloso e reservado quanto a esse tipo de manifestação. Essas reações físicas nos tempos bíblicos e durante os avivamentos históricos nunca foram encorajadas pelos líderes, e nunca foram vistas como sendo a evidência da atuação do Espírito Santo; portanto, não eram um fim em si mesmas.
Em contraste, o que se vê hoje são pregadores que procuram conscientemente provocar esse tipo de reação. Coisas como “cair no Espírito” são encorajadas. Na Igreja de Toronto, onde se originou o “riso santo”, existe até mesmo uma equipe de “apanhadores” — voluntários da Igreja que se colocam atrás das pessoas para “apanhá-las” na hora da queda. Quando visitei aquela igreja, percebi uma obreira que, literalmente, ao orar por uma mulher, a empurrou para baixo, para que caísse. Outras reações físicas, como o riso, tremores, palpitações, são enfatizadas, elogiadas, e os crentes são encorajados a buscá-las.
A segunda grande diferença, e a meu ver mais importante do que a primeira, é que nos avivamentos históricos grande parte dessas reações físicas foi resultado de uma percepção por parte das pessoas, das grandes verdades de Deus, de forma tão clara e tão grandiosa, que a estrutura física não suportou e entrou em colapso. Um bom exemplo disto é o avivamento de 1841-1842 no norte da Irlanda, em Skye. Pastores batistas e presbiterianos que estiveram presentes, ao escreverem seus relatórios, deixaram claro que este tipo de fenômeno físico era, invariavelmente, o resultado da pregação da Palavra nos cultos, quando pessoas caíam devido a convicção de pecado, e em angústia de alma, choravam em voz alta, soluçavam, e às vezes caíam como mortas ao chão.
Pensemos no que ocorreu na igreja de Jonathan Edwards naquela manhã em que pregou o memorável sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado”. O que aconteceu? O que provocou aquela reação nas pessoas, que se lançaram às colunas da Igreja, e se abraçaram à elas? As pessoas ali presentes viram de forma tão clara o juízo de Deus e a ira de Deus contra o pecado, que entraram em profunda angústia de alma. O Espírito Santo de tal maneira iluminou as suas mentes, que eles tiveram uma visão extremamente nítida dos horrores da condenação eterna. Esta compreensão foi tão clara, que era como se eles estivessem vendo diante de seus olhos o próprio inferno aberto, pronto para tragar as almas dos ímpios. A percepção da grandeza da ira de Deus e o terror que sentiram do dia do juízo foi tão incisivo que perderam o controle de si mesmos.
Observe, então, que se poderia dizer a mesma coisa do que acontecia com a pregação de João Wesley, George Whitefield, e de alguns pregadores puritanos quando ocorriam essas reações físicas. Elas aconteciam porque as pessoas se conscientizaram, de uma forma como talvez nunca haviam feito antes, do caráter santo da lei de Deus, dos horrores da ira de Deus, ou da profundidade da graça, da bondade, e do amor de Deus, o ponto de seus corpos não suportarem. O fato é que suas mentes ficaram impactadas pelas verdades de Deus, e em decorrência disto, seus corpos reagiram.
Mas hoje em dia, o que se percebe é alguma coisa absolutamente diferente. A grande maioria dessas manifestações físicas não são resultado da pregação clara, inequívoca, direta, das grandes verdades de Deus, o ponto de o povo não agüentar a glória celestial do que está sendo dito. Uma das principais características dos movimentos que promovem este tipo de coisa é exatamente a pregação superficial, sem teologia, antidoutrinária, que gira em torno de um amontoado de versículos que são usados como base para exortações gerais, recheadas de relatos de experiências, pregação da prosperidade e declarações de vitória e sucesso. Estão ausentes exatamente os temas que mais provocaram esse tipo de reação no passado, que são a santidade, a ira, a justiça de Deus, bem como seu amor redentor em Cristo Jesus.

Por Augustus Nicodemus
(extrato de meu livro "Cheios do Espírito" da Editora Vida).

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

JESUS está voltando, prepara-te!


Sedução! "Não vejo nenhum mal nisso!"


Sedução! Já sentiu esse poder?  O que é viver neste mundo se o homem não tem Deus como um amigo? O resultado imediato disso é que tudo que cerca esse homem é uma armadilha mortal. Ele realmente foi deixado, como diz o salmista: “em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição”. Salmos 73:18
Devemos sempre lembrar que o método do pecado é o engano.  Muitas pessoas ao racionalizarem estão tão somente proclamando sua cegueira: “Não vejo nenhum mal nisso!” – O pecado é chamado de “concupiscências do engano” ( Ef 4.22). O homem natural não pode ver o mal que o seduz. Ele cria fantasias, ilusões, irrealidades, distrações... Como quem está em suas garras poderia ver algum mal? Cada pecado não apenas contamina, me faz rebelde... Ele remove as barreiras que deviam se levantar contra a impiedade – ele injeta uma anestesia geral no sistema moral do homem, em sua consciência... Fazendo isso, ele ergue obstáculos intransponíveis ao arrependimento.

Sem a operação da graça nunca podemos ver as coisas em suas verdadeiras cores. O pecado nos seduz não apenas para o mal, mas para o chamarmos de bem. O pecado pinta de branco todos os nossos males. Você fica duro, você age como se fosse o seu próprio deus, você se auto-justifica. O que te endurece não é apenas o pecado, mas o poder do engano contido nele. Cuidado, diz a Palavra, para não se deixar paulatinamente se “endurecer” – pelo que? “Pelo engano do pecado!” ( Hb 3.13).

Técnicas contra esse poderoso enganador são fúteis, porque a técnica enganadora do pecado é multiforme. Explora os pontos fortes e fracos do teu temperamento, constituição... É uma rede de muitas malhas e malhas muito finas. O pecado usa na mente “maravilhosas” perspectivas daquilo que está se  oferecendo diante de nós, sufocando com isso os gritos da consciência, e somos convencidos de que as circunstâncias justificam o que desejamos naquele momento: "Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte" (Tg. 1.14, 15). Eis o poder da sedução!

Você vai se tornando cada vez menos consciente do mal! O orgulho, impiedade, desprezo pela Verdade, auto-deificação... é o resultado do que começa como uma “bela sedução”. Se você não tiver olhos para ver sua horrorosa face através da graça, você está sendo endurecido diariamente. Para cada pecado o nossa concupiscência tem um belo nome. O pecado encobrirá a tua cobiça chamando-a de prudência.

O pecado nunca espalha seu laço ao alcance da sua visão descuidada. Ele, por exemplo, faz você valorizar todo tipo de conhecimento que não aumente seu amor por Cristo. Eis um laço que todos os dias está diante de teus pés.
Só a graça pode destronar o poder sedutor do pecado quando estabelece o reino de Deus no coração.  Porque apesar de sua grande variedade, as armas de Satanás estão contaminadas por uma fraqueza fatal contra o coração do homem regenerado - tudo que ele tem para tentar são coisas perecíveis do tempo que breve vão desaparecer. O novo coração as vê numa luz adequada.
Precisamos de Graça! Por isso os salmistas oraram para que pela graça lhes fosse dado o conhecimento de seu pecado, para que pela graça pudessem abandoná-lo. "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (SI 139.23, 24; cf. SI 19.12-14; 119.29). Faríamos bem em tornar nossas essas orações dos salmistas.

Pouco importa o que um homem sabe se Cristo não é a pérola de grande valor para ele. A constituição de pessoa do Redentor é o efeito de infinita sabedoria, onipotência e amor sem limites num oceano de santidade. É aqui que a fundação do novo homem se alicerça. Há nEle assunto suficiente para  excitar  nossa gratidão, espanto, prazer, alegria... através de eras eternas. As armas temporais de pecado e de satanás se tornam fúteis.
Jesus Cristo é precioso para você? Você o ama de modo que você morreria por ele? Você conta tudo o que você “perde” por causa dEle como ganho? Então a sedução do mundo, do pecado e de Satanás não terão a menor chance.

Fonte: Josemar Bessa

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