NOSSA MISSÃO: “Anunciar o Evangelho do Senhor Jesus à todos, transformando-os em soldados de Cristo, através de Sua Palavra.”

Versículo do Dia

Versículo do Dia Por Gospel+ - Biblia Online

domingo, 31 de dezembro de 2017

Oração para o ano novo


Nosso Deus e Pai, estamos finalizando mais um ano e queremos agradecê-Lo por todas as bênçãos que recebemos. Apesar deste mundo não nos dar nenhuma garantia, nós podemos ter a certeza de que o Seu amor nunca muda e que as Suas misericórdias duram para sempre. Por isso, reconhecemos o quanto precisamos da Sua presença e da Sua direção para nos conduzir da melhor maneira neste ano que se inicia.
Temos muitas expectativas para 2018, mas sabemos que se o Senhor não colocar a mão, tudo será em vão, pois a força e sabedoria que tanto precisamos para enfrentar os desafios, só podem vir de Ti.
Nas Tuas mãos entregamos todos os nossos sonhos, projetos e pedimos humildemente que seja a Tua vontade em cada um deles. E quando vierem as decepções e sofrimentos inevitáveis da vida, nos ajude a voltar os nossos olhos para Ti, na certeza que receberemos a proteção e o conforto para a nossa alma. Nos dias das tentações, nos ajude a não desviarmos dos Teus caminhos e nos dê força para obedecermos a Sua Palavra, custe o que custar.
Pedimos também que o Senhor nos dê um coração perdoador, que se preocupa com as injustiças deste mundo ferido, e que tenhamos compaixão daqueles que estão passando necessidades. Oramos também pelos líderes e governantes do nosso país. Senhor, não os deixem serem enganados pelo mal e causarem destruição por meio da corrupção. Abra os olhos deles, ó Deus, para que vejam o quanto o povo sofre com as injustiças e com a impunidade. A Tua Palavra diz: "Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus..." (Salmo 33:12), por isso tenha misericórdia de nós e mude a sorte do Brasil, para que sejamos um povo abençoado.
E mais uma vez, ó Pai, queremos agradecer por este ano que passou, pois fomos agraciados com o Teu amor e o Teu cuidado que não nos deixou faltar a roupa e alimento. Te louvamos, ó Deus, pela promessa de salvação através de Jesus e por saber que os Teus planos para a nossa vida são de paz e esperança (Jeremias 29:11). Oramos em nome de Jesus, nosso Senhor e Salvador, que entregou a Sua vida para nos dar esperança neste mundo e na eternidade. Amém.

Por Pr Antonio Junior

sábado, 30 de dezembro de 2017

Liberalismo Teológico: Um flerte fatal

Flerte Fatal é o nome de uma música da banda de rock nacional Ira, que fala sobre o abuso das drogas e suas consequências. Na narrativa poética de Edgard Scandurra, tudo começa com um simples flerte que aos poucos vai nos consumindo, e no final nos destrói completamente.
O liberalismo tem sido alvo de flerte há algum tempo no Brasil. Sabe-se de seminários respeitados que hoje são um ninho de teólogos liberais, instituições tradicionais e pentecostais que tem em sua cátedra professores cuja missão em sala de aula é desacreditar a Palavra de Deus.

HEREGE À MODA ANTIGA

Essa vertente chamada de liberalismo teológico não é nova. Engana-se quem pensa que Rudolph Bultmann, no século 20, foi o proponente, idealizador ou precursor. Já no século 19, o alemão Friedrich Schleiermacher negava a historicidade dos milagres de Jesus, e Albrecht Ritschl colocava a experiência subjetiva acima da Palavra e transformava o filho de Deus em um mero sábio religioso.
A lista de teólogos malignos e seus desserviços ao evangelho é longa, e seria muito chato gastar tanto tempo citando cada herege liberal, sua época e sua contribuição para esculhambar com a igreja, então eu vou abreviar. Basta-nos saber que tal pensamento não é novidade.

UTOPIA RACIONAL

Assim como o comunismo, o liberalismo teológico é uma utopia. Ele chega com a promessa de revitalizar o cristianismo através de uma proposta de fé que contemple as necessidades do homem moderno (ou no nosso caso, do homem pós-moderno), mas ao invés do avivamento religioso-racional prometido, o que realmente acontece quando o liberalismo chega às igrejas é que elas morrem. Isso aconteceu na Europa, tem acontecido nos Estados Unidos e em breve vai começar a acontecer no Brasil.
Além disso, os teólogos liberais falham no mesmo ponto que os comunistas. Eles acham que sabem o que as pessoas precisam, quando na verdade eles não entendem nada de gente. As pessoas modernas (e pós-modernas) precisam de espiritualidade tanto quanto os humanos mais primitivos. O homem não é uma máquina proletária, e nem uma máquina humanista, mas um ser criado à imagem de Deus, que precisa estar em comunhão com ele por meio de Jesus Cristo. Por isso as ideologias humanizadas, sejam elas políticas ou bíblicas, são totalmente ineficazes quando se trata de resolver o problema do homem.

MIL ROSTOS, TODOS IGUAIS

No Brasil, o liberalismo tem muitas faces. Ele se disfarça de pastor-pensador que discursa sobre uma “divindade relacional” que abre mão de conhecer o futuro pra ser nosso amigão, e também de guru esotérico que apela até para a “impossibilidade quântica” quando o assunto é justificar o próprio pecado. Ele se disfarça de pastor-filósofo que fala de “horizontes utópicos” e “humanismo apofágico”, e até de pai de santo gospel que faz culto em terreiro de candomblé sob pretexto de que “todas as religiões têm uma parte da verdade”.
Mas por trás de toda roupagem intelectual, a verdade acerca destes homens é bastante simples. O pastor liberal quase sempre é um homem que perdeu a fé, mas que gosta de viver da religião. Sem coragem para encarar o mercado de trabalho, o neo-herege faz desse estado de apostasia sua nova fé, e transforma sua “crença na descrença” em um lucrativo meio de vida. Como o mau pastor de Ezequiel 34, estes homens engordam sugando a vitalidade das ovelhas, e destruindo a espiritualidade da igreja.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Eu sigo Cristo e não religião... como assim?

O ser humano adora clichês – e falar em relacionamento com Cristo e em não ter religião é um dos que mais encontrou eco na nossa geração. Mas esse é um clichê vazio de significado. Na verdade é uma tolice que virou mantra.
A igreja, pastor, cristão... que oferece aos homens “um relacionamento com Cristo” – estão atrasados e fora da realidade.
A palavra religião se tornou completamente pejorativa na boca de muitos pregadores de hoje, e como se era óbvio de esperar, se espalhou pelos bancos das igrejas, e redes sociais... Pregadores, bem intencionados ou não – sei lá – se dispuseram a fazer um trabalho duro e muito longo para retratar religião como uma roupa negra de regulamentos e regras... então Cristo é apresentado como uma alternativa completamente nova a tudo o que a vilania da religião representa. Então um clichê quase virou um versículo bíblico: “Cristianismo não é religião, é relacionamento!”
Toda a ideia é um tanto superficial. Você não tem que fazer rituais estranhos, raspar a cabeça, se vestir estranho, usar gravata... para ser “religioso” – Um grupo de pessoas – não importa como eles sejam, abraçando um determinado conjunto de crenças qualifica-se como religião. Na verdade, todas as pessoas são religiosas de alguma maneira.
Ateus, por exemplo, são muito mais religiosos do que supostamente “racionais – em sua fé obstinada de incredulidade em algo, quando abraçam a fé em outras determinadas coisas e pressupostos – insistindo no nada racional – “o nada criou tudo!”
Não se engane, você é religioso quando repete a crença de um grupo que inventou um clichê, e que repete junto que não é religioso, mas que tem um relacionamento... Você é religioso, mesmo quando nega enfaticamente que é religioso. Na verdade, Paulo diz em Romanos 1 que todos os homens estão adorando e cultuando algo...
A questão primordial na verdade, é se a religião – não importa se agora você odeia o nome – que você abraça é verdadeira ou falsa. Se ela glorifica a Deus ou o ofende. Se lhe dá glória ou “rouba” sua glória.
A Bíblia lança luz sobre isso o tempo todo – definindo uma religião pura que reflete o correto relacionamento com Deus. A Bíblia não se furta em dizer: “A religião pura e imaculada é esta...”
O Cristianismo bíblico, ou a religião divina, é uma questão de tendo sido regenerado e levado a Cristo pelo Espírito, ser levado a uma vida de santa obediência à Palavra de Deus – que é refletida em um enfrentamento com honestidade do que nós somos – moralmente falidos e dependentes da Graça soberana, que chama, regenera, dá o arrependimento, santifica... nosso interesse pela igreja de Cristo e pelo próximo e uma posição espiritual e moral intransigente em relação ao mundo e sua cultura que religiosamente adora a tantos deuses quanto é possível o homem criar.
A religião pura – que Tiago descreve, por exemplo – é o transbordar de um coração humano regenerado e por isso, em correta relação com o Deus único e Verdadeiro, Pai, Filho e Espírito Santo. Portando, sendo levado pelo amor que esse novo coração tem pela Nova Aliança, a obediência alegre e cheia de deleite à Sua Palavra.
A ideia de que o cristianismo não é religião, mais um relacionamento – essa frase – não faz nenhum sentido. É vazia.
A religião que um homem pratica ( e todo homem pratica ) depende, e é um reflexo do nosso relacionamento com o Deus verdadeiro. ( E todo homem tem um ).
Como dissemos no início, a igreja, pastor, cristão... que oferece aos homens “um relacionamento com Cristo” – estão atrasados demais e fora da realidade.
O ponto claro e evidente que parece que os repetidores de clichês evangélicos perderam, é que todos os homens estão num relacionamento com Deus, com Jesus... A questão apenas é se é um relacionamento bom ou ruim... todas as criaturas estão num relacionamento com Deus para o bem ou para o mal.
No que diz respeito aos homens, a Bíblia define o relacionamento do homem com Deus em duas categorias.
Aqueles que são seu inimigos.
Aqueles que eram inimigos e foram reconciliados por Graça Soberana.
Alguém me perguntou: "Como alguém pode ter um relacionamento com alguém que não conhecem?" - Paulo responde: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu." - Romanos 1:19-21 - ( Deus! Pai, Filho e Espírito Santo! )
A Regeneração, Chamado Eficaz, arrependimento e conversão... é a transição entre estar num relacionamento com Ele ou no outro.
“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.” - Romanos 5:10,11
Você vê – antes de sermos Chamados, não estávamos sem um “relacionamento” com Deus... vivendo uma vida neutra... estávamos nos relacionando com Ele... como inimigos. E sendo religiosos, como todo ser humano, de forma errada – expressando nossa inimizade e desprezo a Ele.
Em Adão todos nascemos rebeldes contra Deus – nos relacionamos com Ele como Caim se relacionava... e todos os homens que já nasceram. Essa relação pessoal era tal, que estávamos debaixo da Ira infinita de Deus. Cada coisa que você fazia em toda a sua vida fora de Cristo se relacionava a Deus e era feita num relacionamento de inimizade contra Ele. Toda a obra de salvação cai num vazio, quando a reduzimos a um convite simplesmente a um “relacionamento”.
O problema humano JAMAIS FOI UMA FALTA DE RELACIONAMENTO COM DEUS! O problema era um relacionamento hostil – de nossa parte, e da parte dele em relação a nós. É isso que torna a Graça Soberana tão surpreendente: “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” - Efésios 2:3
Então o problema era o tipo de relacionamento pessoal que tínhamos com Ele – inimigos e hostis! – E esse é o estado ainda de todo homem que está fora de Cristo – debaixo da Ira infinita, neste relacionamento inevitável com Deus.
É por isso que a pregação não é descrita com formar um relacionamento, mas como uma mudança de relacionamento. Nosso ministério não é o ministério de relacionamento – pois relacionamento já existe – nosso ministério é “o ministério da reconciliação” ( 2 Co 5.18 ) – Através da expiação e propiciação o status do relacionamento pode ser mudado.
Se você falar que o cristianismo não é uma religião, mas um relacionamento, você criou uma dicotomia totalmente falsa e enganadora. Porque o que você está oferecendo é a escolha entre religião ou um relacionamento. Mas a divisão que existe, é entre falsa e verdadeira religião, e um relacionamento reconciliado pela expiação e propiciação e um relacionamento de inimigos debaixo da Ira.
Quando o homem é...

Por Josemar Bessa.com

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Os cristãos podem se casar com não-cristãos?

“Isso parece tão certo, tão certo. Como pode ser errado?”
Essas palavras foram escritas por Ben Weisman para serem cantadas por Elvis Presley, porém frequentemente tenho ouvido uma variação delas ditas por cristãos solteiros ​​começando a se envolver de modo romântico com não-cristãos.
Então, isso muitas vezes é respaldado por uma enxurrada de outros comentários:
“Eu costumava pensar que a Bíblia afirmava que eu não deveria me pôr em jugo desigual com os incrédulos, mas examinei 2 Coríntios 6 em seu contexto e não parece estar falando sobre casamento, mas sim sobre como os cristãos devem ser separados dos não-cristãos dentro da igreja. Então, tentei encontrar um versículo que diga que um cristão não deve se casar com um não-cristão e não consegui encontrar nenhum. Conversei com cristãos em quem confio e eles também não conseguiram encontrar nenhum, nem mesmo um versículo! Então, acho que estava errado e estou livre para seguir nesse relacionamento.
De qualquer forma, ele/ela está realmente interessado(a) no evangelho e me disse que minha fé é algo que ele/ela acha realmente cativante e não desejaria mudar. Na verdade, acho que ele/ela será mais encorajador(a) da minha fé do que muitos cristãos seriam”.
Algumas tentações comuns a muitos solteiros — como lutar contra a pornografia — são moldadas de tal maneira que os cristãos sabem que estão errados, e, por isso, o problema será, muitas vezes, que, em sua culpa, eles ficarão escondidos. Uma vez confessado, o problema não é o reconhecimento de que eles pecaram; o problema é o lento e doloroso processo do arrependimento.
Mas a tentação de se envolver de modo romântico com um não-cristão tende a ser moldada diferentemente. As pessoas não tendem a ocultá-lo, mas sim a tentar justificá-lo — primeiro para si mesmas e depois para outros cristãos que estão tentando alertá-los sobre o caminho que estão seguindo. Se parece certo, então eles voltarão a olhar para a Bíblia para tentar provar que isso é certo.
Neste artigo, não tentarei propor um método para aconselhar pessoas que enfrentam tal tentação. Um artigo assim deveria incluir uma imagem mais clara do que é o casamento: tomar decisões sobre carreira, onde morar, como gastar o dinheiro, como criar os filhos, etc. Tudo isso é complicado quando você e seu cônjuge estão vivendo por coisas diferentes. Para examinar melhor algumas dessas questões, considere este artigo. Acima de tudo, tais conselhos envolverão um exame cuidadoso da motivação e um reexame da confiabilidade e da bondade de Deus que não nos chama a fazer concessões em nossa devoção a ele, mas a confiarmos nele.
Ao invés disso, oferecerei uma breve teologia bíblica sobre namorar com incrédulos. Quero demonstrar que é uma questão de obediência a Deus não buscar um relacionamento com um não-crente. Tentarei tornar tão claro quanto possível que, embora pareçam corretos, esses sentimentos são tentações para chamar de certo o que Deus chama de errado; esses sentimentos não são acompanhados por nenhuma confirmação da parte de Deus.
Se o raciocínio de alguém para não se envolver de modo romântico com um não-crente depende de alguns poucos textos de prova retirados do contexto, então tenho certeza de que esse raciocínio pode ser abalado em alguns poucos momentos diante de um par de olhos, de alguma atenção e da excitação de um relacionamento potencialmente satisfatório ao longo da vida.
Também é minha experiência dolorosa que, quando o fundamento fraco de tal convicção é removido no início de um relacionamento potencial, não haverá um momento em que alguém esteja em boa posição para examinar mais cuidadosamente o ensino da Bíblia e para construir um fundamento bíblico mais firme.

Uma breve teologia bíblica

A minha esperança é que este artigo seja de alguma utilidade para pessoas em tal situação, porém de mais utilidade para o cristão que, antes da tentação, precisa tomar uma decisão mais firme para não se envolver de modo romântico com um não-cristão.
E apenas para ser claro: envolver-se de modo romântico provavelmente acontecerá se você passar grande parte do tempo com alguém do sexo oposto a sós. Recentemente, tive uma conversa dolorosa com um amigo querido que disse que nunca havia planejado se envolver de forma romântica com determinada mulher. Mas ele passou horas e horas em conversa a sós com ela após a meia-noite durante várias semanas.
Se você não quer se envolver de modo romântico com determinada pessoa, não passe horas em contato com ela a sós. Se você está tendo boas oportunidades evangelísticas com alguém do sexo oposto, apresente essa pessoa a alguns cristãos piedosos do mesmo sexo. Se ele estiver realmente interessado ​​no evangelho, ficará tão satisfeito em conhecer sobre o evangelho com eles quanto com você. Se o Senhor quiser que vocês se casem, ele deixará isso claro por meio da vinda dessa pessoa à fé!
Além disso, um texto de prova para não namorar um não-cristão é algo estranho de ser esperado por alguns motivos.
Primeiramente, namorar como entendemos realmente não acontecia nos tempos bíblicos. Em segundo lugar, “Com quem devo me casar?” é algo que deveria fluir de toda a teologia bíblica do que é o casamento, em vez de um ou dois meros versículos de regras.
Minha alegação é que, se é proibido para um cristão se casar com um não-cristão, é, no mínimo, uma tentativa deliberada de tentação namorar um não-cristão. Se você não pode se casar com um não-cristão sem uma conversão sobrenatural operada pelo Espírito Santo no coração dele, sobre o que você não tem controle, então, antes de mais nada, seria extremamente insensato e muito desagradável considerar esse casamento.
Agora, espero demonstrar quão claramente a Bíblia afirma que é pecaminoso para um crente se casar com um não-crente.
1) Gênesis 1: O casamento existe para exibir a imagem de Deus por meio da obediência aos mandamentos de Deus relativos à fecundidade e ao domínio.
Em Gênesis 1.26-28, Deus designa o casamento para ser uma parceria no governo da criação sob o seu domínio. Se não reconhecermos que estamos governando sob o governo de Deus, então estamos governando sob o governo de um ídolo, ou uma combinação de uma série de ídolos.
Falando de forma prática, isso impacta cada decisão que você precisa tomar como casal. Por exemplo, como você decide o que deve fazer em qualquer aspecto da sua vida? Você deveria:
1) Fazer o que agrada ao Senhor?
2) Fazer o que agrada a si mesmo?
3) Fazer o que agrada aos outros?
Para o cristão, o número 1 supera os números 2 e 3. Para os não-cristãos, há apenas 2 e 3.
2) Gênesis 2: O casamento é uma parceria para servir a Deus.
Gênesis 2 demonstra ainda mais esse fato. Gênesis 2.15-17 mostra como Adão é profeta/sacerdote/rei no reino do jardim onde Deus o colocou para governar dentro dos limites do reino supremo de Deus (simbolizado pelas duas árvores: benção e vida por viver sob o seu domínio; maldição e morte por recusar o seu governo). O restante do capítulo detalha como Adão é incapaz de cumprir o seu chamado para ser profeta/sacerdote/rei sozinho. Ele precisa de uma auxiliadora idônea para fazê-lo, então Eva é providenciada para que juntos eles cumprissem o chamado de Deus para glorificar o seu nome sob o seu domínio.
Logo, o casamento é uma parceria. “Não é bom que o homem esteja só” não é verdade principalmente porque o homem é solitário: é verdade porque ele é incompetente, mesmo antes da queda.
Deus não criou o homem sozinho para ser competente para cumprir o seu chamado quanto à imagem de Deus. Ele criou homem e mulher em relacionamento para fazerem isso. Homens e mulheres solteiros podem fazê-lo também, particularmente em relação à igreja sob o amor de Cristo, o cumprimento do casamento.
Então, em um casamento cristão, o casamento é uma parceria no evangelho. Por outro lado, casar com um não-cristão faz com que o casamento seja uma parceria em outra coisa.
Por que um cristão escolheria entrar em tal parceria?
3) Gênesis 3: o casamento é prejudicado pelo pecado.
Gênesis 3 nos mostra como o casamento é destruído pelo pecado. Adão e Eva, que antes viviam nus e não se envergonhavam, agora se escondem um do outro.
Na maldição, Deus pronuncia como o casamento após a queda é uma batalha de uma vontade pecadora contra outra:
“O teu desejo será para o teu marido,
e ele te governará” (Gn 3.16).
Isso significa que todos os casamentos são difíceis. Mas em um casamento cristão, os cônjuges têm a oportunidade de chamar um ao outro a submeterem as vontades pecaminosas à vontade perfeita de Deus. Ao se casar com um não-cristão, você perde a benção de ter um cônjuge que o chama a submeter a sua vontade a Cristo e, em vez disso, tem um cônjuge que não tem interesse algum em ser chamado a submeter a sua própria vontade a Cristo.
4) O Antigo Testamento adverte contra casar com os incrédulos.
No restante de Gênesis, vemos um enorme esforço feito para garantir que o povo de Deus só se casaria com aqueles que creem no Senhor.
Em Gênesis 24, vemos as grandes distâncias a que Abraão vai – combinado com a incrível resposta de Deus à oração — para garantir que seu filho Isaque se case com a crente Rebeca.
Em Gênesis 27.46-28.9, vemos o desgosto de Rebeca e Isaque com o casamento de seu filho com mulheres cananeias e heteias. Isso não é racismo: é religioso.
Em Gênesis 34.8-9, Hamor convida os filhos de Jacó a se casarem com as filhas de Siquém (uma cidade que acabara de provar o seu caráter no abuso de Diná). Casar-se com pessoas dessa cidade, em vez de se distanciar de tal contaminação, seria ceder completamente; isso destruiria o povo de Deus na primeira geração.
Na conquista de Canaã, o Senhor dá proibições estritas contra casamentos mistos:
“nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria” (Dt 7.3-4).
Essa proibição é repetida em Josué 23.12, e a trajetória dos casamentos mistos nunca assume ou espera que os cananeus acabem sendo convertidos.
O casamento misto é também a queda de reis: mesmo do sapientíssimo Salomão (1Rs 11) e, obviamente, de Acabe (1Rs 16-19). Mais positivamente, um sinal de arrependimento para o povo de Deus foi o seu arrependimento de casamentos mistos em Esdras 9-10. Por outro lado, se um estrangeiro já fosse convertido, não havia absolutamente nenhuma proibição contra casar com um deles. Na verdade, isso é visto como positivo (Zípora, Raabe e Rute).
Toda essa evidência bíblica me faz pensar que “continuarei seguindo Jesus mesmo com um cônjuge incrédulo” é uma declaração muito orgulhosa que subestima a nossa própria fraqueza e presume sobre a graça de Deus.
  1. O Antigo Testamento retrata de modo positivo os casamentos entre crentes.
Positivamente, Provérbios 31 convoca o jovem a buscar uma mulher de caráter nobre. O auge do poema, e a fonte de tudo o que é nobre sobre ela, é alcançado no versículo 30:
“Enganosa é a graça, e vã, a formosura,
mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada”.
O que mais atrai você a um potencial cônjuge: charme, beleza ou temor do Senhor? Com um não-cristão, só há os dois primeiros: charme enganoso ou beleza vã.
Rute e Boaz estão entre os retratos mais belos dentre os crentes casados. Ele supre e protege; ela confia e toma uma iniciativa piedosa. É uma história de amor maravilhosa de como uma mulher que veio sob as asas do Senhor vem ao amor de um homem piedoso.
  1. Os textos do Novo Testamento implicam a proibição de casar com incrédulos.
No Novo Testamento, há uma série de observações que deixam claro que essa proibição do Antigo Testamento ainda é válida.
“A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor” (1Co 7.39).
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (2Co 6.14).
Embora esse segundo versículo não seja explicitamente relacionado ao casamento e ofereça um princípio mais geral de que a igreja se mantenha separada da comunhão com os pagãos, que comunhão mais íntima alguém desejaria do que a comunhão com o próprio cônjuge? Alguém deseja um casamento que não seja uma comunhão? Na realidade, acabará por ser uma “comunhão” ou “parceria” em algo, mas não será uma parceria no evangelho e, portanto, tenderá a prender o crente exatamente como 2 Coríntios 6.14 adverte.
1 Coríntios 9.5: “E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?”.
Isso sugere que ter uma esposa incrédula no mínimo desqualificaria para o ministério. Se você deseja ser um presbítero em uma igreja, então isso lhe desqualificaria.
Aqueles que exigem evidências do Novo Testamento para a proibição de casamentos mistos com incrédulos encontrarão esses textos. Simultaneamente, eles não encontrarão um único versículo com sequer uma sugestão de que a proibição do Antigo Testamento quanto a tais casamentos mistos seja revogada para o crente do Novo Testamento.
  1. Uma visão positiva mais clara para o casamento revelada no Novo Testamento.
O Novo Testamento oferece uma revelação mais clara do casamento: trata-se de uma parceria que representa o amor redentor de Cristo por sua igreja. O aspecto principal do casamento é retratar o evangelho (Ef 5.21-33; Ap 21.9-27). Além disso, ele retrata a própria relação entre o Pai e o Filho (1Co 11.3).
Casar com um não-crente é como dois artistas tentando pintar duas imagens diferentes na mesma tela. Você está tentando pintar uma imagem de Jesus e da igreja, mas o seu cônjuge está tentando pintar algo completamente diferente.
Ou, para fazer uma analogia musical, seria uma dupla onde uma pessoa está tentando cantar uma música e a outra está tentando cantar algo completamente diferente. Você canta: “Desejo que essa música seja sobre Jesus”, enquanto seu cônjuge canta: “É só você e eu”. Não pode haver harmonia verdadeira.
Quando um crente é casado com um não-cristão — seja por desobediência passada, por sua própria conversão ou pela apostasia de seu cônjuge após o casamento — essa é a música dolorosa, discordante, porém finalmente glorificadora de Deus que deve ser cantada. Porém, não é a canção para a qual o casamento foi concebido, e nenhum cristão deveria deliberadamente buscar compô-la.
Qual é o propósito da vida de um crente? Jesus nos diz em João 17: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
O crente vive para conhecer — e ao conhecer, amar, honrar, adorar e seguir Deus por meio de seu Filho Jesus Cristo.
É muito melhor viver sem um cônjuge e na companhia da igreja, do que com alguém que vive por uma vida que não é eterna.


Por: Mike Gilbart-Smith. © 9Marks. Website: 9marks.org. Traduzido com permissão. Fonte: Can Christians Marry Non-Christians?: A Biblical Theology.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Quando, onde e como fazer meu devocional?

Muitas pessoas me perguntam como elas podem conduzir o seu tempo devocional. Apesar das sugestões que apresentarei aqui, preciso ressaltar que isto é algo bem pessoal. Acima de tudo, há o fato de que devemos ser sensíveis ao Espírito Santo. Há, no entanto, algumas coisas que precisam estar presentes neste momento. Assim sendo, eu gostaria de oferecer algumas sugestões para estas práticas indispensáveis do momento devocional.
QUANDO FAZER
O momento ideal são as primeiras horas do dia, embora isto não anule o valor de um devocional feito à noite, por exemplo. Contudo, a oferta ao Senhor dos nossos primeiros momentos do dia santifica o restante do mesmo. Além disso, vemos que o maná era colhido antes que o sol se levantasse, o que também pode ser considerado como algo sugestivo (ou até mesmo simbólico). Eu prefiro, no entanto, insicar esta prática como um conselho, e não como uma ordem absoluta.
ONDE FAZER
Há um lugar específico para termos o nosso tempo de devoção diária?
Semelhantemente à escolha do momento do dia, o lugar do devocional não está vinculado a única ordem ou instrução bíblica. Além de sabermos que devemos ter o nosso período devocional diário (e matinal) com Deus e de conehcermos algumas das práticas indispensáveis a este momento, creio que devemos compreender também a importância da quietude e da privacidade que devem estar presentes neste momento.
Creio que há algo poderoso na oração coletiva, e devemos aprender a orar com outros irmãos e com a igreja toda reunida. Contudo, a força do período devocional com Deus reside no princípio de estarmos a sós com Deus. Isto não somente nos ajuda a cultivarmos uma intimidade com o Senhor, mas também é um mandamento de Cristo:
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mateus 6:6
Jesus falou sobre orarmos a sós. A expressão “em secreto” subentende alguém fazendo o seu devocional sozinho e também em seu quarto. Tanto uma frase como a outra indicam a importância da privacidade. Este é um fator importante nesta prática.
Jesus procurava lugares desertos para orar (Mc 1.35).
Isto não significa que o nosso devocional deva ser feito somente em nossos quartos. Tenho discípulos que já optaram por fazer no escritório do trabalho uma hora antes que as suas atividades se iniciem. Muitas vezes faço a minha leitura bíblica dentro de um avião, mas o fato é quanto maior for a privacidade, melhor será a qualidade do nosso tempo devocional.
Estar a sós com Deus é uma necessidade de cada um de nós. Nestes momentos não só pedimos, mas também O adoramos e nos rendemos a Ele com total liberdade de “rasgarmos” os nossos corações.
Assim como os casais têm os seus momentos de privacidade, longe da vista de todos os demais, creio que assim também devemos cultivar momentos de comunhão com o Noivo igualmente caracterizados pela privacidade.
Se é impossível para você ficar “trancado” pelo menos procure afastar-se (o tanto quanto possível) das demais pessoas para poder ter este momento a sós com o Senhor.
D. L. Moody, um dos mais renomados evangelistas dos séculos passados, defensor deste tipo de pensamento (como todo homem que Deus já pôde usar de modo especial), declarou o seguinte:
“Um dos mais claros sinais dos tempos é que muitos cristãos, em nossas associações de moços e igrejas, estão guardando diariamente a ‘hora tranquila’. Nesta era de correria e incessantes atividades, precisamos de algum chamado especial para nos retirarmos e nos colocarmos a sós com Deus por um tempo, todos os dias. Qualquer homem ou mulher que assim proceder, não conseguirá passar mais que vinte e quatro horas longe de Deus.”
Moody chamava o momento devocional de “a hora tranquila”. Mesmo que a nossa vida se resuma em muita correria, deve haver um momento em que conseguimos desacelerar para estarmos a sós com Deus.
O QUE FAZER
O que fazer quando nos separamos para este período devocional?
Algumas coisas são importantíssimas e inegociáveis para esta prática; outras podem mudar conforme cada pessoa ou ocasião. Eu quero falar agora daquelas que eu considero essenciais, a saber:
1. meditação bíblica;
2. oração;
3. adoração.
“É necessário que estejamos dispostos a pagar qualquer preço; não importa o quanto custa, qualquer preço vale Seu sorriso e Sua presença” (Smith Wigglesworth)

**Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa

Razões porque eu não assisto o programa "Encontro" da Fátima Bernardes

Antes de qualquer coisa é preciso afirmar que não sou dualista e nem tampouco creio em teorias da conspiração, como também não sou daqueles que sataniza  a arte e a cultura, todavia, há muito decidi que não dedicaria mais meu precioso tempo assistindo os programas da Globo, dentre os quais, é claro, o da apresentadora e jornalista Fátima Bernardes. 

Vale a pena ressaltar que não o faço por moralismo, mas, por princípios, até porque, sou cristão, comprometido com as Escrituras repudiando assim os conceitos e valores disseminados por essa emissora de televisão. 

Ora, sinceramente não dá para subscrever um programa que defende o aborto, que faz apologia a bandidos em detrimento a polícia militar, e que a todo custo tenta desconstruir os valores judaicos cristãos introjetando goela abaixo do telespectador princípios fundamentados no marxismo cultural. 

Pois é, talvez alguns ao lerem esse texto  estejam dizendo consigo mesmo, que papo careta, ultrapassado, aonde já se viu alguém defender conservadorismo em tempos de progresso?  

A estes eu respondo dizendo que  o programa da Fátima Bernardes tem introduzido em nossos lares, conceitos absolutamente anticristãos, isso sem falar no empobrecimento intelectual, onde o principal produto vendido aos expectadores é o lixo. Para piorar a situação o programa em questão têm ajudado a quebrar paradigmas na família, além de imprimir na sociedade brasileira, valores e modismos absolutamente antagônicos a Palavra de Deus onde pecado e transgressão são marcas constantes. 

Portanto, quer me rotular de careta, ultrapassado, conservador? Que o faça. Quanto a mim sigo firme lutando pelos valores e princípios cristãos.

Pense nisso!

Renato Vargens 

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Se Deus não existe, por que existe tanto bem? – O ateísmo e o problema do bem

Na canção What a Wonderful World, Louis Armstrong belamente declara: “As cores do arco-íris, tão bonitas no céu, estão também nos rostos das pessoas. Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: Como vai você? Eles realmente estão dizendo: Eu te amo! E eu penso comigo, que mundo maravilhoso.”
De fato, o mundo está repleto de beleza, bem e amor. Ao longo da história, cientistas, poetas e artistas de cada cultura e civilização têm demonstrado efetivamente tais realidades, de tal forma que não restam dúvidas de que esses bens são qualidades inerentes à nossa existência. No entanto, qual é sua fonte?
Se, por um lado, o teísta deve lidar com o problema do mal, não restam dúvidas de que o ateu, em contrapartida, deve lidar com o problema do bem. Assim como o ateu indaga: “Se Deus existe, por que existe tanto mal?”, o teísta pode replicar: “Se Deus não existe, por que existe tanto bem?”.
Para responder a isto, o crítico frequentemente apresenta uma explicação reducionista insuficiente baseada em um tipo de darwinismo metafísico[1]. Para explicar esta insuficiência, o filósofo da ciência ateu, Michael Ruse, escreve:
“O conceito do evolucionista moderno […] é que os humanos têm consciência de moralidade […] porque ela é de valor biológico. A moralidade é uma adaptação biológica tanto quanto as mãos, os pés e os dentes… Considerada um conjunto de afirmações racionalmente justificáveis sobre algo objetivo, a ética é ilusória. Acho interessante notar que, quando alguém diz ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’, as pessoas fazem uma referência a algo que está acima e além de si mesmas […] Todavia, […] tal referência não possui qualquer fundamento. A moralidade é simplesmente uma ajuda à sobrevivência e à reprodução […] e qualquer significado mais profundo é ilusório[2]”.
Como acertadamente declara Ruse, em um universo amoral, sem Deus, bem e mal não passam de termos vazios de significado. Nesse contexto, as ações de Madre Teresa de Calcutá são tão irrelevantes e neutras quanto as de Adolf Hitler. Em uma cosmovisão ateísta, não se pode afirmar que a lei da gravidade é malévola por fazer com que aviões caiam ou bondosa por manter prédios em seus devidos lugares. Tudo que existe na natureza simplesmente é como é. Como afirma o festejado ateu de Oxford, Richard Dawkins:
“Os teólogos preocupam-se com o ‘problema do mal’ e um ‘problema do sofrimento’ que lhe é relacionado. […] se o universo fosse constituído apenas por elétrons e genes egoístas, tragédias sem sentido […] seriam exatamente o que esperaríamos, junto com uma boa sorte igualmente destituída de significado. Este universo não teria intenções boas ou más. Não manifestaria qualquer tipo de intenção. Em um universo de forças físicas e replicação genética cegas, algumas pessoas serão machucadas, outras pessoas terão sorte, você não achará qualquer sentido nele, nem qualquer tipo de justiça. O universo que observamos tem precisamente as propriedades que deveríamos esperar se, no fundo, não há projeto, propósito, bem ou mal, nada a não ser uma indiferença cega, impiedosa.”[3]
Como demonstra Dawkins, a verdade nua e crua é que o mal e o bem, na cosmovisão ateísta, não devem ser um problema, já que são uma ilusão. Tudo se reduz a sorte. O universo simplesmente funciona assim. Tudo não passa de uma “indiferença cega, impiedosa”. Problema resolvido. Eis, então, a solução: encarar a realidade com um racionalismo frio e neutro, parando de choramingar por retidão ao acaso. Tornemo-nos todos Srs. Spocks modernos, imunes ao sofrimento e à beleza! Quem, no entanto, consegue viver de maneira tão cínica? Quem conseguiria viver em um mundo onde as ações de Madre Teresa são tão neutras quanto as de Hitler? A resposta é óbvia: nenhum ser humano em sã consciência, em plenas faculdades mentais. Sabemos que viver assim é um absurdo justamente porque sabemos que o bem realmente existe.[4] Sabemos que o trabalho de inúmeras pessoas que contribuem para um mundo melhor lutando pela causa do amor ao próximo, além de ser extremamente nobre, constitui um dever moral.
O que dizer de William Wilberforce, Martin Luther King, Oskar Schindler, Dietrich Bonhoeffer, Desmond Tutu, Desmond Doss e tantos outros que impactaram o mundo positivamente com suas vidas em maior ou menor escala? Fecharemos de fato nossos olhos para a realidade do bem e do amor? Por mais que o mal mostre suas garras de maneira terrível neste mundo, também é verdade que o bem e o amor sobejam.
Sempre iremos à procura de sentido e propósito, mesmo que isso contradiga nossa cosmovisão[5]. Em algum momento, sempre iremos recorrer a um referencial de perfeição moral que está além de nós mesmos a fim de constatarmos que há algo de errado no mundo e que há também algo de muito belo e bom nele. Esse padrão moral que reconhecemos e nos faz concluir que o bem e o mal, o certo e o errado, de fato existem, transcende o mundo natural e nos aponta para Deus.[6]
C. S. Lewis, que foi ateu por muito tempo antes de se converter ao cristianismo, explica isto com muita propriedade:
“Meu argumento contra Deus era o de que o universo parecia injusto e cruel. No entanto, de onde eu tirara essa ideia de justo e injusto? Um homem não diz que uma linha é torta se não souber o que é uma linha reta. Com o que eu comparava o universo quando o chamava de injusto? […] Um homem sente o corpo molhado quando entra na água porque não é um animal aquático; um peixe não se sente assim. É claro que eu poderia ter desistido da minha ideia de justiça dizendo que ela não passava de uma ideia particular minha. Se procedesse assim, porém, meu argumento contra Deus também desmoronaria – pois depende da premissa de que o mundo é realmente injusto, e não de que simplesmente não agrada aos meus caprichos pessoais. Assim, no próprio ato de tentar provar que Deus não existe – ou, por outra, que a realidade como um todo não tem sentido –, vi-me forçado a admitir que uma parte da realidade – a saber, minha ideia de justiça – tem sentido, sim. Ou seja, o ateísmo é uma solução simplista. Se o universo inteiro não tivesse sentido, nunca perceberíamos que ele não tem sentido – do mesmo modo que, se não existisse luz no universo e as criaturas não tivessem olhos, nunca nos saberíamos imersos na escuridão. A própria palavra escuridão não teria significado.” (Cf. LEWIS, C. S., Cristianismo puro e simples, São Paulo: Martins Fontes, pp. 51-52).
Portanto, a não ser que se adote uma postura cínica, afirmando que o bem e o mal são uma ilusão, o problema do bem permanece sendo um grande desafio aos críticos: se Deus não existe, por que existe tanto bem?

 Jonathan Silveira é graduado em Direito pela Universidade São Francisco e mestre em Teologia pelo programa Master of Divinity da Escola de Pastores da Primeira Igreja Batista de Atibaia. É membro na Igreja Batista da Palavra, em São Paulo, trabalha na área de produção editorial e marketing em Edições Vida Nova e é fundador e editor do site Tuporém.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Deus desceu até nós, isso é Natal!

O nascimento de Jesus foi o acontecimento mais extraordinário da história. Foi planejado na eternidade e anunciado na história. A própria história da humanidade foi uma preparação para esse dia glorioso. A vinda de Jesus ao mundo foi proclamada a nossos pais no Éden. Os patriarcas falaram desse dia. Os profetas descreveram esse dia. O tabernáculo e o templo de Jerusalém apontavam para esse dia. Os sacrifícios e as festas judaicas eram sombras daquele que nasceria nesse dia. Jesus nasceu na plenitude dos tempos. Deus preparou o mundo para a chegada de seu Filho. Através dos gregos, Deus deu ao mundo uma língua universal. Através dos romanos, Deus deu ao mundo uma lei universal. Através dos judeus, Deus deu ao mundo uma revelação sobrenatural. Quando tudo estava pronto, Deus desceu!
O Natal fala da encarnação do Verbo eterno, pessoal e divino. O Natal anuncia que o criador do universo entrou na história e vestiu pele humana. O Natal fala desse glorioso mistério que a mente mais brilhante não pode alcançar: Deus se fez homem, o Rei dos reis se fez servo. O eterno entrou no tempo. O infinito nasceu de uma virgem. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura.
O Natal traz à lume esse mistério dos mistérios. Jesus sendo Deus esvaziou-se e tornou-se homem sem deixar de ser Deus. Mesmo assumindo um corpo humano, nele residiu toda a plenitude da divindade. Ele veio para nos revelar Deus. Ele é a exata expressão do ser de Deus. Nele está todo o resplendor da glória divina. O Verbo habitou entre nós cheio de graça e de verdade. Quem vê a Jesus vê o próprio Deus, pois ele e o Pai são um.
O Natal é a sublime mensagem de que Deus enviou seu Filho Unigênito e o Filho voluntariamente veio, no poder do Espírito Santo, para dar sua vida em resgate do seu povo. Jesus nasceu não num palácio, cercado de glória e poder, mas numa estrebaria humilde, pois entrou no mundo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Veio para estabelecer seu reino de graça em nossos corações e preparar-nos para o seu reino de glória. Veio não para brandir a espada da condenação, mas oferecer-nos o presente da salvação.
Quando Deus desceu até nós, os anjos celebraram no céu e os homens se alegraram na terra. Houve glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. O Natal precisa celebrado, pois é uma boa notícia de grande alegria! O Salvador do mundo, o Messias esperado e o Senhor dos senhores veio até nós, como nosso Redentor. Ele é a porta do céu. Ele é o novo e vivo caminho para Deus. Ele o único Mediador entre Deus e os homens. Só em seu nome há salvação. Por meio dele temos livre a acesso à graça e exultamos na esperança da glória.
É tempo de recristianizarmos o Natal e devolvê-lo a seu verdadeiro dono. É tempo de celebrarmos Cristo e não a nós mesmos. É tempo de nos prostrarmos diante dele para adorá-lo, como o fizeram os magos do Oriente e não fazermos festa para nós mesmos. É tempo de nos alegrarmos com grande e intenso júbilo, porque Deus nos amou de tal maneira que nos deu seu próprio Filho Unigênito, para que nele pudéssemos ter a vida eterna. Eis o conteúdo do Natal! Eis o propósito do Natal! Eis a glória do Natal! Deus desceu até nós para nos tirar do império das trevas e da escravidão do pecado. Deus desceu até nós para nos adotar como seus filhos. Deus desceu até nós para nos dar vida e vida em abundância!

Por Hernandes Dias Lopes

domingo, 24 de dezembro de 2017

A relação entre a desconstrução dos valores cristãos e o natal

Vivemos dias extremamente complicados onde de forma acintosa a chamada Nova Ordem Mundial tem tentado desconstruir os valores judaicos-cristãos. Nessa perspectiva tem sido comum encontrarmos na sociedade ocidental uma forte pressão para erradicar das famílias conceitos que até outrora eram inegociáveis. 

Um exemplo claro disso tem sido a desconstrução das chamadas festas cristãs,  e o motivo é obvio: Se a sociedade tem retirado de si os marcos que delineiam suas práticas e comportamentos, automaticamente desconstrói-se a reboque os conceitos oriundos de uma cosmovisão cristã. 

Ora, isso tem sido feito com o NATAL e o pior que alguns crentes tem se deixado levar pela a ideia de que a festa que relembra o nascimento de Cristo, deve ser extinta, contudo, o que esses cristãos não percebem, é que ao agirem dessa maneira, acabam sendo usados como massa de manobra por um sistema absorto em malignidade que tem por objetivo final ERRADICAR tudo aquilo que lembra Cristo e o Cristianismo. 

Querendo ou não, os que odeiam o Natal, precisam entender que ela é uma festa cristã (para ler mais sobre o assunto, clique aqui) e como já escrevi anteriormente o Natal nos oferece uma oportunidade impar em proclamar as verdades eternas de que um "menino nos nasceu..." Ademais, acredito também  que como portadores da Verdade Eterna, devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade pra semear na terra árida dos corações a semente da esperança. Jesus é esta semente! Ele é a vida eterna! O Filho de Deus, que nasceu, morreu e ressuscitou por cada um de nós. A missão de pregar o Evangelho nos foi dada, e com certeza, cada um de nós deve fazer do natal uma estratégia de proclamação e evangelização.

Pense nisso!

Renato Vargens

sábado, 23 de dezembro de 2017

O relato do Evangelho muda a maneira de ler outras histórias

A história de Natal não é ficção, mas, ainda assim, eu diria que ela muda de uma maneira maravilhosa como interpretamos a ficção.
Pouco antes do lançamento do primeiro O senhor dos anéis, dirigido por Peter Jackson, uma série de artigos de críticos literários e de outras elites culturais lamentaram o apelo popular de fantasias, mitos e lendas, muitos dos quais (no modo de entender deles) promoviam pontos de vista retrógrados. Espera-se de pessoas modernas que sejam mais realistas. Deveríamos compreender que nada é preto e branco, mas cinza, que os finais felizes são cruéis, porque a vida não é assim. Na revista The New Yorker, Anthony Lane escreveu acerca do romance de Tolkien: “É um livro cheio de bravatas, e, no entanto, entregar-se a ele — sucumbir a ele [gostar de verdade dele], como muitos de nós fizemos em uma primeira leitura — revela […] uma relutância em enfrentar as nuances mais sutis da vida que beira a covardia”.[1] No entanto, Hollywood continua reciclando contos de fadas sob várias formas porque as pessoas têm fome deles.
Os grandes contos de fadas e lendas — A Bela e a Fera, A Bela Adormecida, O rei Artur, Fausto — não aconteceram de verdade, claro. Não são fatos reais. Contudo, parecem suprir um conjunto de anseios do coração humano que a ficção realista nunca é capaz de alcançar ou satisfazer. Isso acontece porque no fundo do coração humano existem esses desejos — de experimentar o sobrenatural, de fugir da morte, de conhecer um amor que jamais podemos perder, de não envelhecer, e sim viver o suficiente para concretizar nossos sonhos criativos, de voar, de nos comunicar com seres inumanos, de triunfar sobre o mal. Se as histórias fantásticas forem bem contadas, nós as consideraremos incrivelmente emocionantes e satisfatórias. Por quê? Pelo fato de, mesmo sabendo que na realidade essas histórias não aconteceram, nosso coração anseia por essas habilidades e conquistas, e porque uma história bem contada satisfaz momentaneamente nossos desejos, aliviando um pouco esse incrível anseio.
A Bela e a Fera nos fala da existência de um amor capaz de nos resgatar da brutalidade que criamos para nós mesmos. A Bela Adormecida nos conta que nos encontramos em uma espécie de feitiço do sono e que existe um príncipe imponente capaz de vir quebrá-lo. Ouvimos essas histórias e elas mexem conosco, pois no fundo do coração nós cremos, ou queremos crer, que esses fenômenos são verdadeiros. A morte não deveria ser o fim. Nós não deveríamos perder nossos entes queridos. O mal não deveria triunfar. O coração sente que, embora as histórias em si não sejam verdadeiras, as realidades por trás delas são de alguma forma verdadeiras ou deveriam ser. Mas a mente diz não, e os críticos dizem não. Insistem em que, quando você se entrega a contos de fadas e acredita de fato em absolutos morais, no sobrenatural e na ideia de que viveremos para sempre, nada disso tem relação com a realidade. É uma covardia entregar-se a esse tipo de ideia.
Chegamos então à narrativa do Natal. À primeira vista, ela se parece muito com outras lendas. Aqui está um relato sobre alguém de um mundo diferente que ingressa no nosso, alguém que tem poderes miraculosos, consegue acalmar a tempestade, curar e ressuscitar pessoas. Até que seus inimigos o entregam, ele é condenado à morte e parece que toda esperança se acabou, mas por fim ele ressuscita dos mortos e salva todo o mundo. Lemos isso e pensamos: “Mais um grande conto de fadas!”. De fato, parece que a história do Natal é mais um relato apontando para essas realidades subjacentes.
No entanto, o Evangelho de Mateus nega essa ideia ao fundamentar Jesus na história, não em um “Era uma vez”. Diz que isso não tem nada de conto de fadas. Jesus Cristo não é mais uma história adorável apontando para essas realidades subjacentes — ele é a realidade subjacente para a qual todas as histórias apontam.
Jesus Cristo veio do mundo eterno e sobrenatural que sentimos existir, que nosso coração sabe que existe, embora a cabeça diga que não. No Natal, ele abriu uma passagem entre ideal e real, eterno e temporário e ingressou em nosso mundo. Isso significa, se Mateus estiver certo, que existe uma bruxa má neste mundo, e que estamos debaixo de um feitiço, e que existe um príncipe imponente que quebrou o feitiço, e que existe um amor do qual jamais seremos separados. E voaremos de verdade um dia, derrotaremos a morte, e neste mundo, hoje “[vermelho] nas presas e garras”, um dia até as árvores dançarão e cantarão (veja Sl 65.13; 96.11-13).[2]
Em outras palavras, embora os contos de fadas não sejam fatos reais, a verdade de Jesus significa que todas as histórias que amamos não são de modo nenhum um escapismo. De certa forma, elas (ou as realidades sobrenaturais para as quais apontam) se tornarão realidade nele.
Para o cristão, é difícil saber o que dizer à criança que lê um livro e diz: “Eu queria que existisse um príncipe que nos salvasse do dragão. Eu queria que o Super-Homem fosse de verdade. Eu queria que pudéssemos voar. Eu queria que pudéssemos viver para sempre”. Você não pode simplesmente falar sem pensar: “Existe! Faremos tudo isso!”. No filme Hook a volta do capitão Gancho, Maggie Smith faz o papel de uma Wendy já idosa, da história de Peter Pan. Há uma cena em que ela conversa com Robin Williams, um Peter Pan adulto sofrendo de amnésia. Ele se diverte com as histórias que Wendy conta a seus filhos, mas em determinado momento ela o encara e diz: “Peter, essas histórias são reais”. Se o Natal de fato aconteceu, isso significa que a raça humana inteira sofre de amnésia, mas as histórias que mais amamos não são na verdade apenas um entretenimento escapista. O evangelho, por ser uma história real, significa que todas as melhores histórias demonstrarão, em última análise, ser verdadeiras.

 Trecho extraído da obra “O Natal Escondido: A surpreendente verdade por trás do nascimento de Cristo“, de Timothy Keller, publicada por Vida Nova: São Paulo, 2017, pp. 40-44. Traduzido por Jurandy Bravo. Publicado no site Tuporém com permissão.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Cuidado para não julgar as pessoas

500 Anos da Reforma  |  Por Martinho Lutero
Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. [Mateus 7.1-2]

Perdão dos pecados e tolerância às outras pessoas são indispensáveis à vida cristã. Nós devemos suportar uns aos outros e nos perdoar mutuamente. Como Paulo ensinou, “Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos” (Rm 15.1). Foi isso que Cristo quis comunicar quando disse: “Não julguem”.
Alguns cristãos possuem dons maiores e melhores do que outros. Isso é necessário, principalmente para os pregadores. Ninguém deve agir com superioridade nem pensar em si próprio como melhor do que aqueles que não têm tais dons. Entre os cristãos, ninguém deve tentar dominar os outros. Externamente, existem diferenças entre as pessoas. Um príncipe, por exemplo, tem uma posição mais elevada do que um fazendeiro. Um pregador tem mais educação do que um trabalhador comum. Mas, em seus corações, os cristãos devem ter uma só mente apesar das suas diferentes posições na sociedade. Eles devem desconsiderar as diferenças externas.
Como cristão, você deve aceitar os outros, fazendo concessões ao seu próximo, mesmo se este ocupar uma posição inferior na sociedade e tiver menos coisas do que você. Você deve respeitar o trabalho de um servo que cuida dos cavalos tanto quanto respeita o seu próprio trabalho, seja governando, seja pregando. O seu trabalho pode até parecer ter um impacto maior do que o do seu próximo, mas você não deve julgá-lo pelas aparências. Lembre-se sempre que o seu próximo tem a mesma fé e o mesmo Cristo que você. O seu próximo recebe tanta graça de Deus quanto você. Há um Deus que criou a todos e concede a cada um de nós os nossos próprios dons. Deus se agrada tanto do menor quanto do maior.
Em 2017, Ultimato vai relembrar e celebrar os 500 anos da Reforma Protestante. O Blog publica, sempre às segundas-feiras, uma devocional do reformador Martinho Lutero, retirado do seu Somente a Fé – Um Ano com Lutero.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Resoluções de Ano-Novo

Este ano vai ser diferente. Vai ser o “ano do poder”. Este vai ser o meu ano de avivamento espiritual. De ti, Senhor, não quero pouco; quero é tudo! Quero aquele batismo que arrebenta a boca do balão; quero “dunamis”. Poder para romper os cercos do inimigo, para derrubar muralhas, para matar gigantes a pedrada, para encher panelas de viúvas, para ressuscitar lázaros, para invadir casas de valentes, para declarar a vitória do Senhor sobre a morte, o mal, a doença, a velhice, a pobreza, a opressão e tudo o mais que, desavisado, atravessar o meu caminho.

Chega de pobreza! Chega de impotência diante da vida. Chega de empregos medíocres, de patrões medíocres. Chega de depressão, de filhos desanimados, de esposa rixosa e iracunda, de idosos ranzinzas e amargurados, de irmãos apáticos e interesseiros…

Este vai ser o ano da contrição, do joelho dobrado e do coração quebrantado. Vai ser o ano em que buscarei me despir de todos os “poderes” que penso ter e dos recursos que amealhei na vida, como a educação, o dinheiro, a esperteza, a influência, os amigos poderosos, o prestígio, o cargo público etc. Será o ano da mão estendida, que pede misericórdia, que se condói por si e pelos outros; da alma que chora e se assenta à mesa da comunhão para ser consolada.

Com o tempo, tomei as rédeas da vida nas mãos. Resolvi meu futuro com uma boa poupança, minha insegurança com um financiamento da Caixa e minha solidão com um cargo proeminente na igreja. Afastei os chatos com uma aparência de “muito ocupado” ou de indiferença. Livrei-me de culpas, contribuindo para instituições filantrópicas. Apoiei meus filhos e minha esposa, financiando-lhes um analista.

Mas eu quero outro tipo de poder. Quero poder para aprender quando admoestado. Quero um encontro sério com meus temores e fraquezas. Quero gente comum se metendo na minha vida; quero o último recurso do fraco: a oração.

Este ano serei menor. Se possível, o menor de todos. Vou voltar para casa, mesmo que isso me custe o emprego ou me prejudique nos negócios. Vou me encontrar com minha esposa e ficar muito tempo com ela e com os meus filhos. Vou redescobrir a alegria de ouvir os meus pais, até que se cansem de falar. E se houver outros pais os ouvirei também. Nesse tempo juntos, vamos renovar nossa aliança e retomar nossa amizade. Entre uma cambalhota e outra, vamos abrir a Palavra e lê-la juntos. Muito. Sobre ela, vamos falar de nós mesmos. De coisas íntimas e caras. De coisas sobre as quais já não falamos porque não interessam. Vamos nos confessar uns aos outros, abrindo-nos as vidas para que nelas entre luz do céu (eu pretendo chorar muito, já vou avisando). E vamos orar, contritos por não sermos o que nele poderíamos ser. Pediremos poder para matar esses gigantes.

Quero voltar para a minha igreja. Chega de proximidade de ano-luz. Já não quero essa armadura que vesti para tornar-me invulnerável ao ataque fraterno. Descobri que com ela fiz-me também impenetrável ao seu amor. Buscarei um retorno à amizade espiritual, com irmãos com quem possa abrir a minha alma. Sem medo de parecer menos homem por isso. Quero tempo para aqueles que riam à toa comigo e se alegrem na singeleza de um corinho ou de uma boa pizza com guaraná (celebrados por nós como pão e vinho). Com eles, quero voltar a pisar em terra santa: tirar as sandálias ao encontrar-me com Deus no espaço de corações hospitaleiros, sinceros e amorosos. Cantaremos juntos. Um cântico novo. Um canto de liberdade.

Senhor, este ano eu gostaria de ser “mais que vencedor”, um leão. Mesmo que, por olhos globalizados, eu seja visto como uma ovelha para o matadouro (Rm 8.36, 37).

Nota: Texto publicado originalmente na seção Ponto Final da edição 274 da revista Ultimato. 


Autor de, entre outros, Fábrica de Missionários, Louvor, Adoração e Liturgia, Meta-História, Icabode e Ponto Final, Rubem Martins Amorese é consultor legislativo (aposentado) no Senado Federal e presbítero emérito na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. Foi professor na Faculdade Teológica Batista de Brasília (FTBB) por vinte anos e presidente do Diretório Regional – DF da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi diretor de informática no Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen) e integrou a Comissão de Inquérito que desvendou a violação do painel eletrônico do Senado Federal.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Como reconciliar rupturas na família

Quando pensamos em uma reconciliação pressupomos que antes deva ter ocorrido uma ruptura relacional. E é dentro da família onde as rupturas são mais fáceis de acontecer, pois é o espaço onde a convivência é maior.

Filhos que se sentem injustiçados, cônjuges que se sentem colocados em um segundo plano, pais que se sentem desrespeitados, irmãos que entram em escalonamento de disputa pelo afeto parental, avós que querem interferir no sistema da família nuclear dos filhos, etc., são algumas coisas que promovem rupturas no seio da família.

>>> Acontece nas Melhores Famílias <<< 
Um exemplo nos evangelhos é a disputa entre as irmãs Marta e Maria quando recebem uma visita de Jesus (Lucas 10: 38-42). Haviam tarefas a serem realizadas, gente para ser alimentada, muita gente, e Marta trabalhava exaustivamente para dar conta, enquanto sua irmã, tranquilamente, sentava-se aos pés de Jesus para ouvi-lo. Será que Maria não se dá conta da situação? Não, deduziu Marta: “Ela está é fazendo ‘corpo mole’ e eu aqui me matando de trabalhar”.

Sim, quando não entendemos o comportamento do outro sempre tendemos a encontrar uma explicação que seja plausível dentro de nossos esquemas mentais – na maioria das vezes culpabilizando o outro. Segundo Laura Holcroft, citando São Bento, afirma que “Marta havia perdido a alegria e estava ansiosa (...) porque só praticava a mortificação externa do trabalho e se esqueceu de ‘ruminar’ sem cessar a Palavra de Jesus. Maria, pelo contrário, ruminava na Palavra sem cessar... havia elegido a única coisa necessária”.

Na ansiedade e exaustão das tarefas (mortificação externa), Marta tem uma reação de ruptura relacional (queixa) em relação à sua irmã, Maria, e leva esta queixa a Jesus, que lhe indica o caminho da reconciliação. Como se Jesus lhe dissesse: “Marta, tarefas são importantes, mas te deixam ansiosa e tua ansiedade te faz perceber a atitude de tua irmã de uma forma limitada. Veja, ela escolheu algo que não se desorganizará com a chegada das próximas visitas, algo que ela poderá guardar como um tesouro que não acaba ao final da hospedagem. Talvez, Marta, você precise refletir mais e de forma menos ansiosa (mortificação interna) e verá que essa é a melhor parte”!

>>> Famílias em Crise <<<
O episódio nos indica algumas coisas importantes no processo de reconciliação dentro da família. Em primeiro lugar, devemos sempre nos perguntar se a mossa percepção é a única e possível explicação para o ocorrido ou se existem outras possibilidades de explicação que, em virtude de minhas emoções alteradas, eu resisto perceber. Na maioria das vezes, não enxergamos a realidade como ela é, mas sim como nós somos!

Se essa análise é muito difícil no momento de agito emocional, uma segunda iniciativa pode ser tentada, que é levar a sua percepção até Jesus e ouvir – com coração disponível – o que ele tem a nos dizer sobre nossa percepção. Talvez, como fez com Marta, ele nos revele que há coisas mais significativas que disputas por tarefas domésticas.

Em terceiro lugar, é preciso “buscar a melhor parte”, que é a leitura e meditação contínua na palavra de Deus. Então poderemos nos recordar que “no que depender de vós, tende paz com todos” (Romanos 12:18); e também que se meu irmão fez algo contra mim, devo buscar a reconciliação com ele, antes de buscar o culto a Deus (Mateus 5:23-25). Por fim, meditar também que Deus reconciliou consigo todas as coisas e nos torna “ministros de reconciliação” (II Cor. 5:18), ou seja, devemos ser as primícias de exemplo na busca de reconciliação, principalmente nas rupturas que ocorrem dentro de nossas famílias!

• Carlos “Catito”, psicólogo e terapeuta de casais e de família. É autor de Pais Santos, Filhos Nem Tanto.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O Cristo abstrato

"O Cristo abstrato até se assemelha com o Cristo da vida, pois tentar ser uma bela pintura de sua face, mas a verdade é que ainda continua sendo apenas um retrato, e no retrato não há vida, há saudades, mas não abraços, lembranças, mas não esperança, essas só encontramos no Cristo vivo."

Esta reflexão tem ocupado um grande espaço em minha construção teológica. Não tenho dúvidas quanto a nossa capacidade em teologizar no Brasil, entretanto, parece-me haver uma grande dificuldade do encontro entre o que teologizamos e a vida, não experimentamos a teologia que tanto advogamos, há um abismo entre teologia e vida. Não temos dificuldade para compreendermos a centralidade do Cristo, nossa teologia está muito afinada quanto a tudo isso, conseguimos sistematizar o Cristo em uma cristologia refinada, impecável, mas que nada é além de uma sistematização. Isso é muito bom, desde que não se submeta simplesmente a transmitir um objeto de análise, mas um Cristo vivo em nós também. O que mais me parece atualmente é que cada vez mais o Cristo tem se tornado um objeto abstrato, ou seja, existe um desenvolvimento intelectual em sua direção, mas o objeto da reflexão (o Cristo) está isolado de fatores que comumente são relacionados à realidade, concebemos a imagem mental do Cristo, mas não sabemos como viver nossa vida com Ele, como parte viva, então o reduzimos a rituais e formalidades.

A concepção da imagem do Cristo, não salva, não liberta e não transforma. O Cristo é para ser experimentado no cotidiano, entre o nascer e pôr do sol, entre uma respiração e outra, entre um oi e um tchau, entre o início e o fim da jornada de trabalho. É nessa perspectiva que o Cristo ganha forma em nós e crescemos em sua direção para que possamos nos tornar semelhantes a Ele. O Cristo abstrato até se assemelha com o Cristo da vida, pois tentar ser uma bela pintura de sua face, mas a verdade é que ainda continua sendo apenas um retrato, e no retrato não há vida, há saudades, mas não abraços, lembranças, mas não esperança, essas só encontramos no Cristo vivo. É Nele, que encontramos as respostas para os anseios de nossas almas. Mas o que fizemos Dele? O reduzimos a conceitos teológicos, reduzimos o seu poder salvífico a aceitarmos um apelo, o seu amor a meritocracia, à sua adoração em erguermos as nossas mãos, o seu culto a um momento, o reduzimos a uma teologia sistemática, nós o tornamos em um Cristo abstrato. Mas esse não é o Seu propósito e muito menos Seu lugar, a tinta vermelha das escrituras apontam para o centro da nossa vida, dos nossos corações, do nosso ser, esse é o Seu lugar, entronizado em nós, aonde talvez ainda não se tenha uma imagem perfeita Dele, mas há sua presença, amor e graça.

Que haja teologia, mas que haja vida no Cristo da teologia!


Sao Carlos - SP

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Meu Pai Me Ensinou a Como Morrer

Será que nos atreveríamos a pensar na morte como uma vocação? O autor de Eclesiastes fez esta declaração:


Tudo tem o seu tempo determinado, e há o tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer.” (Ec. 3.1, 2a) 

Da mesma forma, o escritor de Hebreus diz:

E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois, o juízo.” (Hb 9.27)

A Escritura fala da morte em termos de um “propósito debaixo do céu” e de “ordenamento”. A morte é um ordenamento divino. É parte do propósito de Deus em nossas vidas. Deus chama pessoas para morrer. Ele é soberano sobre tudo da vida, incluindo a experiência final de vida. 

Estou ciente de que há professores nos dizendo que Deus não tem nada a ver com a morte. A morte é vista estritamente como um dispositivo demoníaco do Diabo. Toda dor, doença, sofrimento e tragédia são atribuídos ao Maligno. Deus é absolvido de qualquer responsabilidade. Essa visão é formulada para se certificar de que Deus seja absolvido da culpa por qualquer coisa que dê errado neste mundo. “Deus sempre deseja curar”, nos é dito. Se essa cura não acontece, então a culpa recai sobre Satanás - ou a nós mesmos. A morte, eles dizem, não é o plano de Deus. Ela representa a vitória de Satanás sobre o Reino de Deus.

Tais visões podem trazer alívio temporário para o aflito. Mas elas não são verdadeiras. Elas não têm nada a ver com o cristianismo bíblico. Em um esforço para absolver Deus de qualquer culpa, eles fazem isso à custa da soberania de Deus.

Sim, existe um Diabo. Ele é o nosso arqui-inimigo. Ele fará qualquer coisa ao seu alcance para trazer miséria para as nossas vidas. Mas Satanás não é soberano. Satanás não guarda as chaves da morte. 

Quando Jesus apareceu em uma visão a João na ilha de Patmos, ele se identificou com estas palavras:

Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap. 1.17, 18)

Jesus segura as chaves da morte. Satanás não pode apanhar essas chaves de suas mãos. O pulso de Cristo é firme. Ele segura as chaves, porque são propriedades dele. Toda a autoridade no céu e na terra foi dada a ele. Essa autoridade inclui toda a autoridade sobre a vida e toda a autoridade sobre a morte. O anjo da morte está à disposição e chamado dele. 

Acima de todo sofrimento e da morte está o Senhor crucificado e ressurreto. Ele derrotou o último inimigo da vida. Ele venceu o poder da morte. Ele nos chama para morrer, mas esse chamado é um chamado à obediência para a transição final da vida. Por causa de Cristo, a morte não é o final. É uma passagem de um mundo para o outro. 

Eu nunca esquecerei as últimas palavras que o meu pai disse para mim. Estávamos sentados juntos no sofá da sala. O seu corpo havia sido arruinado por três derrames. Um lado do seu rosto estava distorcido pela paralisia. Seu olho e lábio do lado esquerdo pendiam de maneira incontrolável. Ele falou comigo com uma pronúncia pesada. Suas palavras eram difíceis de entender, mas o seu significado estava muito claro. Ele proferiu estas palavras: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”.

Essas foram as últimas palavras que ele me falou. Horas mais tarde, ele sofreu a sua última hemorragia cerebral. Encontrei-o caído no chão, um fio de sangue escorrendo no canto da sua boca. Ele estava em coma. Misericordiosamente, ele morreu um dia e meio depois, sem recuperar a consciência. 

Enquanto as suas últimas palavras para mim foram heroicas, minhas últimas palavras para ele foram covardes. Eu protestei suas palavras premonitórias. Eu disse de forma rude: “Não diga isso, pai”. 

Há várias coisas que eu disse em minha vida que desejo desesperadamente que não tivesse dito. Nenhuma das minhas palavras é mais vergonhosa para mim do que essa. Mas as palavras não podem ser trazidas de volta, assim como uma flecha acelerando após a corda do arco ter vibrado em lançamento pleno. 

Minhas palavras foram repreensão a ele. Eu me recusei a lhe permitir a dignidade de um último testemunho para mim. Ele sabia que estava morrendo. Eu me recusei a aceitar o que ele já havia aceitado graciosamente. 

Eu tinha 17 anos. Não sabia nada sobre a morte. Não foi um ano muito bom. Eu vi meu pai morrer um pouco de cada vez durante um período de três anos. Eu nunca o vi reclamar. Nunca o ouvi protestar. Ele sentava na mesma cadeira dia após dia, semana após semana, ano após ano. Ele lia a Bíblia com uma lupa enorme. Eu estava cego para as ansiedades que deve tê-lo atormentado. Ele não podia trabalhar. Não havia renda nenhuma. Nenhum seguro por invalidez. Ele sentava lá, esperando morrer, observando as suas economias da vida esvaírem-se juntamente com a sua própria vida. 

Eu estava zangado com Deus. Meu pai não estava zangado com ninguém. Ele viveu os seus últimos dias fiel à sua vocação. Ele combateu o bom combate. Um bom combate é um combate travado sem hostilidade, sem amargura, sem autopiedade. Eu nunca havia estado em um combate assim. 

Quando meu pai morreu, eu não era cristão. A fé era algo além da minha experiência e além da minha compreensão. Quando ele disse, “guardei a fé”, não me dei conta do peso de suas palavras. Eu me fechei para elas. Eu não tinha ideia de que ele estava citando a última mensagem do apóstolo Paulo para o seu discípulo amado, Timóteo. O seu testemunho eloquente foi desperdiçado comigo naquele momento. Mas não agora. Agora eu compreendo. Agora eu quero perseverar como ele perseverou. Quero completar a carreira e terminar o percurso como ele fez antes de mim. Não tenho nenhum desejo de sofrer como ele sofreu. Mas quero guardar a fé como ele guardou. 

Se meu pai ensinou alguma coisa, foi a como morrer. Meu pai completou a carreira porque Deus o chamou a completa-la. Ele terminou o percurso porque Deus estava com ele ao passar por cada obstáculo. Ele guardou a fé porque a fé o guardou. 
***
Autor: R. C. Sproul

domingo, 17 de dezembro de 2017

Portas Abertas levará à ONU petição em favor dos cristãos perseguidos

Existe futuro para os cristãos no Oriente Médio? A resposta depende, em parte, das providências que as autoridades mundiais tomarão em relação à perseguição dos cristãos nessa região.

Para que as vozes dessas pessoas sejam ouvidas e seu futuro seja garantido, a organização Portas Abertas, junto com diversos parceiros, está colhendo assinaturas para uma petição que será apresentada ao secretário-geral das Nações Unidas, em dezembro deste ano. A petição é uma maneira prática de apoiar os cristãos na Síria e no Iraque, por isso está sendo levada a diferentes pessoas e organizações que têm influência sobre cada uma das recomendações da campanha.

Além de pedir a garantia da estrutura atual e futura da Síria e do Iraque, promoção e proteção dos direitos de igualdade e inalienabilidade de todos os cidadãos de maneira completa, independentemente de raça, religião ou status, a campanha solicita que seja assegurada a dignidade e contínuo progresso das condições de vida de todos os cidadãos, em especial aos refugiados e deslocados internos que estão retornando aos seus países – fornecendo a eles moradia adequada, educação e emprego; e que sejam identificados e equipados líderes e organizações cristãs para desempenhar um papel central na reconstrução das sociedades síria e iraquiana.

>>> Os cinquenta países onde é mais difícil ser cristão <<<
Uma iniciativa semelhante já foi realizada por Portas Abertas em 2013. Mais de 300 mil pessoas em todo o mundo assinaram a petição Apoie Síria, um apelo para que as Nações Unidas reconhecessem que os cristãos são uma minoria particularmente vulnerável dentro da crise síria. Graças à campanha, o sofrimento dos cristãos na Síria e no Iraque se tornou um assunto muito conhecido no mundo todo.

De acordo com a organização, campanhas como essas mostram que falar pelos cristãos perseguidos em ações institucionais podem fazer uma real diferença.

Para saber mais informações e assinar a petição, clique aqui:

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