NOSSA MISSÃO: “Anunciar o Evangelho do Senhor Jesus à todos, transformando-os em soldados de Cristo, através de Sua Palavra.”

Versículo do Dia

Versículo do Dia Por Gospel+ - Biblia Online

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Porque um tempo longe de seu telefone seria bom para sua alma

Com o gasto americano médio de 2 horas por dia nas mídias sociais, um número crescente de vozes argumenta que precisamos aprender a nos afastarmos por um tempo. Uma vez que os engenheiros das redes sociais construíram suas plataformas para atrair sua atenção, fazer isso dará muito mais trabalho do que você pensa. No entanto, quando você considera o que o tempo longe de nossos dispositivos fará para nossas vidas espirituais, aproveitamento do ministério e saúde emocional, a dor de colocá-los de lado vale absolutamente a pena.
Aqui estão cinco maneiras de colocar seu telefone de lado tornando sua vida mais frutífera e mais alegre.
Mais tempo na Palavra de Deus
Eu concordo com Jen Wilkin que estamos no meio de uma “crise bíblica de alfabetização”. Ao ler uma literatura do início do século XX, fiquei convencido de que a pessoa comum em 1918 sabia mais sobre a Bíblia do que a maioria dos seguidores de Jesus hoje. Essas coisas não devem ser assim.
Não podemos culpar a falta de ferramentas ou a falta de acesso ao ensino Bíblico sólido para o nosso conhecimento deficiente da Palavra de Deus, de modo que o único remédio é o tempo gasto na leitura profunda e na reflexão sobre a Palavra de Deus. Não podemos esperar que isso mude drasticamente, pois sabemos que a Palavra de Deus demanda toda a vida. Então, devemos resolver passar o tempo nas Escrituras todos os dias.
Além disso, aproveite o tempo que você gastaria em mídias sociais ou jogos de distração e use para trabalhar na memorização das Escrituras. Mesmo que você “tenha uma memória ruim”, você poderia aprender dois ou três versículos das Escrituras todas as semanas. Se você tirar dez ou quinze minutos por dia para essa prática, ela produzirá grandes benefícios.
Mais tempo na Palavra de Deus
Eu admitirei que a observação que estou prestes a fazer vem de meus antecedentes e experiência pessoal. Cresci em uma cidade de mil e quinhentas pessoas e conheci quase todos os que viviam a uma curta distância da minha casa. Agora eu moro em um subúrbio e mais pessoas moram no meu bairro do que na minha cidade natal.
Nós não conhecemos mais as pessoas que vivem a nossa volta. Antes costumávamos trabalhar no jardim da frente e saíamos para caminhar, agora nos sentamos em nossas casas olhando nossos celulares. Nós “permanecemos em contato” com milhares de pessoas, mas não temos interações reais com as pessoas que vivem na proximidade física da gente. Eu me deparo com inúmeras pessoas que não conhecem os nomes de seus vizinhos de porta e não saberiam como entrar em contato com eles em uma emergência.
Quando colocamos nossos celulares de lado e nos envolvemos com as pessoas que nos rodeiam, algumas coisas boas podem acontecer. Temos a oportunidade de conhecer novas pessoas. Podemos desfrutar de conversas sobre as coisas mais importantes da vida. Recebemos e damos incentivo. Nós fazemos novos amigos. Isso não acontecerá, no entanto, quando priorizarmos “amizades” digitais superficiais sobre as reais.
Mais tempo para atividades agradáveis
Antes de pegar meu computador para escrever este parágrafo, eu comi um pacote de Oreos. Eu não só comi Oreos. Eu mergulhei eles no leite e depois os comi. Eu desafio você a encontrar um lanche melhor, mas seria uma ideia terrível comer isso como uma refeição regularmente. O sabor pode ser fantástico, mas está carregado de açúcar e duvido que haja alguma coisa saudável nisso.
Da mesma forma, ficar no celular parece ser uma boa distração, mas é um hobby horrível. Nós fomos feitos para fazer coisas, construir coisas, aprender coisas e aproveitar as coisas. Cal Newport teoriza que nossa incapacidade de agendar e dedicar tempo para satisfazer atividades agradáveis é impulsionada por nossa determinação de uma atividade baixa ou sem satisfação, como ficar nas mídias sociais. Pense se você colocou o celular de lado uma noite e jogou um jogo com a sua família, entrou na garagem e criou alguma coisa, ou leu um bom livro. E se em um belo sábado você planejasse uma excursão com sua família ao invés de permitir que a família se afogasse em um mar de dispositivos? Mesmo que vocês assistissem a um filme juntos, pelo menos, todos estão experimentando a mesma coisa em vez de serem imersos em outra coisa.
Menos dependência da afirmação dos outros
Deus nos fez com vontade de desejar afirmação e aceitação, mas muitas vezes encontramos em outros lugares o que devemos buscar somente nEle. Por causa de Cristo, não preciso da afirmação de ninguém porque sou plenamente aceito e amado perante o Pai. Em muitos dias, isso não é o suficiente para mim.
Pessoas altamente qualificadas, inteligentes e bem remuneradas executam o Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat e qualquer outra coisa que seja popular no momento em que você está lendo isso. Eles compreendem psicologia humana, biologia, fisiologia e comportamento e usam esse conhecimento para engenharia de plataformas que atraem uma quantidade cada vez maior de sua valiosa atenção. Os números de notificação vermelha do Facebook, os pequenos corações cor-de-rosa e as notificações no Instagram e no Twitter são pequenos sucessos de dopamina que fazem com que você volte novamente e novamente. Cada um deles diz que alguém acha que você é inteligente, engraçado, interessante ou bonito.
Para o cristão, tirar um tempo dessa compulsão afirmativa ajudaria. Nós nos tornamos dependentes do feedback e ele faz com que você pegue seu celular constantemente. Isso significa que você ignora as pessoas ao seu redor e nunca se concentra profundamente em coisas que importam. Tire esse tempo para lembrar do Evangelho e do Pai que te ama. Por causa de Jesus, você não tem nada para provar e ninguém para impressionar. Você não precisa de likes, comentários e retweets. Você tem uma aprovação que é infinitamente melhor.
Menos frustração com as opiniões de outras pessoas
Eu desenvolvi amizades boas e duradouras com pessoas que eu inicialmente fui apresentado no Twitter. No entanto, isso é uma exceção e não regra. As mídias sociais, especialmente o Twitter, tendem a tornar-me mais cínico sobre as pessoas, porque estou exposto a suas opiniões sem me expor a mais nada sobre elas. Não conheço seus antecedentes, suas famílias, suas lutas ou seus triunfos. Eles são um avatar e uma série de letras.
Se eu sigo uma pessoa no Twitter e não as conheço na vida real, fico frustrada com suas opiniões abertas e raramente tenho a capacidade de fazer perguntas claras sem ofensas. Na vida real, quando um amigo faz uma declaração estranha, temos o relacionamento que me permite desafiá-lo e ele pode fazer o mesmo comigo.
Além disso, como pastor, o que as pessoas estão falando no Twitter não é o que as pessoas da minha igreja geralmente estão pensando. Essas opiniões ficam na minha cabeça e formam o caminho pelo qual eu abordarei os aspectos de minha pregação e minha aplicação. O problema, porém, é que essas preocupações geralmente não são as preocupações das pessoas na minha igreja ou comunidade. Quando faço logoff e converso com pessoas de carne e osso na minha comunidade, minha capacidade de abordar suas preocupações com a palavra de Deus aumenta exponencialmente.
Como começar
Muitas vezes nos falta a autodisciplina para colocar nossos celulares de lado, especialmente se eles estão vibrando. Se você está pronto para se afastar por um tempo, aqui estão alguns passos que você pode seguir. Primeiro, desligue suas notificações. Não deixe que seus aplicativos o chamem quando você está longe deles. Em seguida, exclua os aplicativos que mais o distraem e remova o navegador da Web do seu telefone. Além disso, você pode encontrar alguém para prestar contas ou instalar aplicativos em seu celular que o ajudarão. O app Freedom bloqueia sites e aplicativos por um período de tempo específico e o app Moment te diz quanto tempo você gasta em seu celular.
Lembre-se de que cortar algo nunca é o suficiente. Você deve substituí-lo por algo melhor. Leia, caminhe, construa algo, sirva alguém ou fale com alguém. Redescubra como era a vida antes que esses aplicativos começassem a controlar toda a sua atenção. No final, você encontrará um modo de viver que o conforma à imagem de Cristo, te dá maior alegria e aumenta seu aproveitamento na vida de outras pessoas.
Este post é uma tradução de um artigo de Scott Slayton, publicado originalmente no blog Desiring God, traduzido e publicado com permissão do autor. O artigo original pode ser encontrado no link: Why Time Away from Your Phone Would be Good for Your Soul
Scott Slayton é o pastor principal na Chelsea Village Baptist Church em Chelsea, Alabama. Sua igreja faz parte da Convenção Batista do Sul e da Acts 29 Network. Seu objetivo é ver as vidas transformadas para a glória de Deus através do Evangelho de Jesus Cristo. Ele faz isso proclamando o Evangelho, construindo uma família que vivem nessa missão juntos e plantando outras igrejas centradas no evangelho em sua cidade e em todo o mundo.
By John Piper. ©2018 Desiring God Foundation. Website: desiringGod.org
* Traduzido por Aline Brandão
* Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, link do blog INCONFORMADOS, tradutor, blog original, não altere o conteúdo e não utilize para fins comerciais.
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Quando alguém amado vai para Jesus

Mais cedo ou mais tarde todos teremos que enfrentar a morte de alguém querido. Cristãos se deparam com essa realidade mais do que os outros porque pertencemos a uma família maior: a igreja. No corpo de Cristo, Deus nos abençoa com muitos irmãos, irmãs, pais e mães – todos queridos e amados cujo vínculo espiritual conosco nunca será cortado (Marcos 3.31-35).
Todos nós temos que contar com a morte. Algum dia todos vamos confrontar nosso próprio fim, mas ao longo do caminho vamos também testemunhar amigos amados e família partirem desta vida para a próxima. A morte é um inimigo real – um inimigo aterrador. “O último inimigo a ser destruído é a morte.” (1 Coríntios 15.26).
Eu vi pessoas morrerem na minha frente. Eu perdi amigos, jovens e velhos. A morte é sempre feia. A morte sempre traz sofrimento. E não há nada de errado em entristecer-se diante da morte. O próprio Jesus chorou diante da morte de seu amigo Lázaro (João 11.35). Deus nos criou de tal forma que a morte é antinatural para nós. Fomos feitos para viver.
Mas quando perdemos alguém amado que é um crente, precisamos nos lembrar de uma verdade importante que irá nos ajudar a lidar com a perda. A tristeza certamente vai nos atingir, mas pela graça de Deus, o sofrimento não vai nos derrotar. Esta verdade vai ao coração da fé cristã e nos oferece discernimento quanto à pessoa de Cristo, o Deus-homem.

Jesus quer você

Em João 17.24, lemos palavras que, em uma reflexão cuidadosa e cheia de oração, deveriam estar em nossos corações quando alguém amado morre. Considere cuidadosamente a linguagem:
Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
Como um homem, Jesus tem certos desejos. Ele tinha desejos na terra, e ele ainda tem desejos no céu. Aqui, Jesus tem um desejo que ele faz conhecido ao Pai. Ele fala, como ele frequentemente fez antes, daqueles que o Pai lhe deu (veja João 6.37, 39; 10.29; 17.6,9). Aqueles que o Pai deu a Cristo são as próprias ovelhas por quem o Bom Pastor dá a vida (João 10.11). Jesus ora ao Pai por suas amadas ovelhas na Oração Sacerdotal de João 17, e ele continua a interceder por elas até o dia de hoje (Romanos 8.34).
E o que Jesus deseja?
Ele deseja que o seu povo esteja com ele. Jesus é completamente feliz e satisfeito reinando do céu, mas de acordo com sua oração em João 17, ele ainda tem um certo desejo não atendido: que seu povo esteja com ele no lar que ele já preparou para eles (João 14.2-4).

Nós podemos perder, mas Jesus ganha

Quando um irmão ou irmã no Senhor morre, devemos lembrar primeiro e principalmente que o Pai respondeu a oração de Jesus. Deus é soberano sobre as mortes de nossos amados, e ele tem propósitos que nós podemos nunca compreender (Deuteronômio 32.39, Tiago 4.15), mas podemos nos agarrar à verdade de que Jesus orou ao seu Pai para trazer seu povo para casa. Quando um crente morre, o Pai está atendendo o pedido que seu Filho fez quando orou, mais ou menos dois mil anos atrás, na noite anterior à entrega de sua vida por seu povo.
Podemos pelo menos dizer isso: Quando alguém amado se vai, Jesus ganha muito mais do que nós perdemos.
Sim, nós perdemos. Nós nunca mais vamos compartilhar daquela doce comunhão com nosso irmão ou irmã nesta vida. A magnitude da perda facilmente frustra nossas palavras. Mas a perda nunca vai além das palavras de Jesus: “Pai, eu desejo que eles também, os que tu me deste, estejam comigo para que vejam a minha glória…”.

Alegria eterna além do túmulo

Jesus sabe que tem uma glória que vai muito além do que qualquer coisa que esse mundo possa oferecer. Ele sabe que um verdadeiro vislumbre dele vale mais do que milhões de mundos. Ele sabe que a visão de sua glória não vai deixar ninguém insatisfeito. Jesus quer que seus preciosos santos entre na verdadeira e eterna felicidade com ele.
Nós certamente experimentamos muitas alegrias nesta vida, mas nada pode ser comparado ao puro deleite da comunhão sem barreiras com Jesus. Somos destinados a uma alegria indizível em sua presença.

Uma resposta à oração

Quando você perde alguém amado no Senhor para o Senhor, você realmente perde – pelo menos por enquanto. Mas aquele irmão ou irmã ganha, assim como Jesus (Filipenses 2.20-23). Nós podemos derramar lágrimas o suficiente para encher baldes, mas a corrente de lágrimas correndo por nossas bochechas vão reluzir de alegria quanto percebermos que a morte de nossos amados não é nada menos do que uma resposta à oração de Jesus.
A morte de alguém amado no Senhor pode trazer um dos maiores testes à nossa fé. Mas podemos confiar que nosso amado está melhor lá com o Amado? Vamos crer que o Filho de Deus está colhendo os frutos de seu trabalho pelos pecadores? Se cremos, então nossa tristeza é uma tristeza piedosa, e Jesus vai converter nossa tristeza em alegria (João 16.20).
“Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos.” (Salmo 116.15), e pode ser preciosa para nós também quando nos agarramos à esperança de que a morte nunca irá vencer (1 Coríntios 15.54-55). Jesus se entristeceu para que nós nunca tivéssemos que enfrentar uma tristeza sem esperança em face da morte.
No final, a morte é apenas uma resposta à oração de Jesus.


 Dr. Mark Jones é pastor em Faith Vancouver, Columbia Britânica (Canadá). É autor do livro sobre cristologia Knowing Christ.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Evangelismo Nas Redes Sociais, Funciona?

Será que vale a pena postas ou replicar (compartilhar) alguma imagem bonitinha com alguma frases de efeito que gere uma certa comoção, na espera que as pessoas do seu Facebook sejam tocadas o suficiente e aceitem a Cristo? Foi a pergunta que fiz ao nosso movimentando grupo de blogueiros do Facebook.

Foi algo que pensei um tempo atrás e me perseguiu, até encontrar uma fanpage que dizia no seu conteúdo de boas-vindas: "EVANGELIZAÊ - Compartilhe uma photo e leve a palavra para todos seus amigos". Pensei comigo: Que palavra? Se formos pensar no sentido entretivo disso, realmente, uma palavra de efeito será levada, mas, você pode ir ao site Pensador.uol.com.br, que encontrará diversas frases de efeito, ou uma palavra que pode mudar seu pensamento, talvez algumas de suas atitudes também, mas infelizmente, afirmo, elas não vão ter poder para mudar toda sua vida.

Antes que haja uma má interpretação da situação, esclareço: não somos contra esse tipo de ação nas redes sociais... pessoalmente, acho muito interessante; até legal. Vejo que é um começo, uma boa ferramenta até. A crítica não vai a algum determinado ministério, ação ou fanpage, mas direciono para o nível de eficácia desse tipo de ação. Será ela o suficiente para tocar uma pessoa? E se for, será que estamos prontos para acolher esse "novo convertido"? O ministério, sendo online, o cara mora do outro lado do mundo; para qual igreja poderemos indicar que ele vá? Como funcionará tudo isso? Seria o começo das igrejas online?

Posso estar pensando de forma racional e tendo pouca fé... Talvez... mas, se não pensarmos nisso, parte das nossas ações serão em vão. Para outros colegas do grupo, a ação estava mais para um certo comodismo, igualado ao trabalho evangelístico televisivo. Afinal, para que ir até à África, se temos a internet? - certamente, na África não deve existir tanto acesso à rede como em outros países, infelizmente - Logo, eu e o Thiago André buscamos analisar a situação de uma forma plural e crítica.

Para Thiago, evangelizamos online para tirar o peso da consciência de não fazê-lo "corpo a corpo". Como na maioria das coisas, nossa geração tem sido superficial, até para fazer novos discípulos. Fazemos, hoje, parte de uma geração que deixa a TV/Internet criar nossos filhos. Fazemos o mesmo com nossos Filhos na Fé: evangelizamos, pra depois deixar os Telepastores os "criarem" . Temos, assim, uma geração de cristãos criados por programas evangélicos na TV/Internet. (SIC)

Eu acredito que está mais para uma geração de bitolação interativa e digital. Graças (em parte) à cibercultura que se formou nos últimos 10 anos e à TV, que já existe há 60, que têm sido nossos principais meios de informação, intelectualidade e interatividade, perdemos nossas raízes; as escolas bíblicas dominicais estão vazias, porque os DVD`s de certos ministérios chamam mais atenção e ensinam (menos) tanto quanto a EBD. Estamos numa cultura do fast food (isso é clichê, eu sei) e da interatividade. Tudo que chama nossa atenção vem por meio de telas luminosas. É triste e, infelizmente, nós cristãos ainda não aprendemos a lidar com isso ou fazer alguma coisa de forma eficaz online.

Por fim, concluimos que o ministério cibernético não vale de nada sem o 'corpo-a-corpo'. O ponto problemático não está em usar a mídia como ferramenta; o problema está em reduzir a Grande Comissão apenas às mídias. A Grande Comissão é feita de olhos nos olhos, corpo-a-corpo, talvez até de um telefonema ou um chat no MSN... mas eu tenho certeza que não vai ser por meio de imagens e frases de efeito que haverá uma comoção mundial. Porém, não deixa de ser um começo.

Com carinho,
Pr. Sebastião

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Deus ama os ministérios que não são vistos

Deus me mostrou a beleza dos ministérios não vistos enquanto eu visitava minha avó em uma casa de repouso.
No verão passado nós visitamos minha família em Michigan. No domingo de manhã, nós estávamos visitando uma igreja local e conhecemos uma amável família depois do culto. O marido servia como presbítero, seus cinco filhos também frequentavam a igreja. Eles receberam minha família calorosamente e conversaram conosco sobre nossos planos de verão e nossa visita à cidade natal.
Depois da igreja, fomos visitar minha avó no casa de repouso e nos deparamos com a mesma família sentada nas cadeiras e com suas bíblias abertas, o marido ensinava uma passagem das Escrituras e minha avó ouvia atentamente em sua cadeira de rodas. Ela era a única residente lá.
A família sorriu largamente para meu marido e eu, e fizeram gestos para que nós entrássemos. “Não fazíamos ideia de que Bernadine era sua avó! Nós amamos Bernadine! Há anos temos cultuado com ela!”. Na medida em que falávamos com minha avó e a doce família, eles explicaram como eles começaram o serviço na ala de pacientes com Alzheimer, e como depois se sentiram compelidos a liderar um segundo serviço na unidade que minha avó estava. Essa era a forma pela qual sua família servia aos outros, levando o Evangelho àqueles que não podiam mais comparecer à igreja.
A fé por trás do serviço silencioso
Quando nós retornamos ao carro, lágrimas encheram os meus olhos. Estava impressionada com o fato de toda essa família passar suas tardes de domingo cantando louvores e ensinando as Escrituras para aqueles que são frequentemente esquecidos na sociedade: os idosos. Estava impressionada por minha própria avó, a qual regularmente é motivo das minhas orações, estar recebendo ensino bíblico sólido a cada semana.
Fiquei abismada tanto pela maneira incrível pela qual Deus respondeu minha oração e pela humildade altruísta de toda a família. Eu refleti acerca da fé requerida para esse tipo de serviço. Eles estavam gastando horas a cada semana ensinando a Bíblia para aqueles que provavelmente nem lembrariam seus nomes. Contudo eles confiaram nas promessas de Deus e que a Sua palavra não voltaria vazia. As verdades da Bíblia estavam sendo plantadas nos corações daqueles residentes que participavam (naquele dia, apenas minha avó), e isso era suficiente como recompensa para eles.
Serviços secretos são vistos por Deus
Às vezes pode ser difícil de servir de maneiras invisíveis. O orgulho da nossa carne deseja ser visto e aplaudido pelas coisas que fazemos. Nossos corações pecaminosos frequentemente possuem diversos motivos: desejo de ajudar os necessitados, mas também o desejo de aproveitar uma parte da glória para nós mesmos. Em Mateus 6, Jesus confronta nossa tendência de querer praticar a justiça para ser visto pelos outros: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.” (Mateus 6:1)
Jesus contrasta os hipócritas que sopram seus trompetes quando dão aos necessitados com dar em segredo – quando nem mesmo sua mão esquerda sabe o que sua mão direita está fazendo (Mateus 6:2-3). As recompensas são constrastantemente diferentes. A generosidade pública (seja de maneira monetária ou em atos de serviço) é recompensada pelo louvor de homens. Dar em segredo demonstra a confiança num Pai que te vê e te recompensará (Mateus 6:4), se não agora, no céu.
Servir sem ser visto revela a fé e humildade daquele que serve. Eles dificilmente acharão uma recompensa tangível na terra, mas em lugar dela, acharão alegria e paz ao servir a Deus em secreto.
Contentamento em Ministérios não vistos
Servir nos bastidores nos ensina sobre contentamento. Nós todos possuímos dons únicos e ministérios nos quais Deus nos chamou para servir. “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé” (Romanos 12:4-6). Enquanto alguns dons são mais públicos do que outros (por exemplo, ensinar), todos eles requerem submissão à vontade de Deus.
Servir de maneira não notada pode promover um silencioso contentamento em nossos corações. Nós precisamos de crentes como o cavalheiro que enche os copos das ceias a cada semana. Precisamos daqueles que limpam o prédio e tiram o lixo. Precisamos de pastores pastoreando pequenas congregações. Necessitamos de miríades de braços para distrair os bebês no berçário permitindo que pais cansados sejam fortalecidos no culto congregacional. Deus valoriza aqueles que pregam em casas de repouso para uma frágil senhora em uma cadeira de rodas da mesma forma que valoriza aqueles que pregam para centenas em mega igrejas.
A beleza dos ministérios não vistos resplandece Aquele que nos chama para servir – não para o louvor de homens, mas para honrar o Deus que nos concede alegria e paz enquanto seguimos o seu chamado.
Este post é uma tradução de um artigo de Stacy Reaoch, publicado originalmente no blog Desiring God, traduzido e publicado com permissão da autora. O artigo original pode ser encontrado no link: God Loves Ministry No One Else Sees
Stacy Reaoch (@StacyReaoch) é esposa de um pastor e mãe de quatro filhos. Ela e o marido, Ben, servem a Three Rivers Grace Church em Pittsburgh, Pensilvânia. Ela é autora de Wilderness Wanderings: Finding Contentment in the Desert Times of Life.
By John Piper. ©2017 Desiring God Foundation. Website: desiringGod.org
* Traduzido por Rachel Figueiredo
* Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, link do blog INCONFORMADOS, tradutor, blog original, não altere o conteúdo e não utilize para fins comerciais.
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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Por que há tantas denominações?

Se você examinar a lista telefônica, encontrará uma imensa diversidade de igrejas. Até mesmo nas denominações individuais muitas vezes existe uma grande variação. Certa vez, Jesus orou pedindo que os seus seguidores fossem um só (Jo 17). Mas o que vemos hoje em dia é tudo, menos unidade. Como devemos interpretar esta desunião? isto não demonstra que o cristianismo está dividido de maneira desesperadora? Talvez. Mas pode haver outra maneira de considerar isto.

É importante perguntar se as denominações são uma coisa boa. De modo geral, as denominações se desenvolveram a partir de igrejas que buscavam a comunhão, umas com as outras, e um ministério conjunto. Esta é, certamente, uma ideia bíblica (At 11.27-30).

De forma frequente as denominações começam como movimentos de renovação. Assim, os movimentos de Reforma do século XVI surgiram para restaurar ensinamentos sobre a justificação pela fé e a soberania de Deus na salvação - ensinamentos que estavam eclipsado na igreja por muito tempo. Mais adiante, alguns presbiterianos cederam às pressões do liberalismo e surgiram outros grupos presbiterianos conservadores para preservar as tradições. Outras denominações tiveram experiências similares. Os batistas surgiram na tradição dos reformistas, afirmando que os princípios reformistas da justificação pela fé deviam ser aplicados à igreja. No século XX, os pentecostais e os carismáticos formaram novas uniões com base em sua interpretação do Espírito e dos dons espirituais.

Assim, esta diversidade entre as igrejas é uma coisa boa ou má? É sempre vital evitar os falsos ensinamentos na igreja. Muitas vezes nas páginas do Novo Testamento os falsos mestres eram punidos  ou deixavam as igrejas por sua própria iniciativa (1 Tm 1.19-20; 1 Jo 2.19). Em outros casos, os líderes da igreja primitiva predisseram um período futuro de apostasia em que os falsos mestres conquistariam grande influência (2 Tm 3.1-9). Em tais casos, pode ser necessário que os cristãos genuínos se separem da falsa igreja.

Isso não quer dizer que todas as separações denominacionais tenham acontecidos pelas razões corretas. O mais importante a fazer é examinar o ensinamento de uma igreja e as suas práticas, para ver se são consistentes com as Escrituras. E, finalmente, temos que perceber que nesta vida os cristãos nem sempre estarão de pleno acordo em tudo.

BÍBLIA DE ESTUDO DEFESA DA FÉ | CHARLES DRAPER

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

40 perguntas para cristãos apoiando a bandeira do arco-íris

Para os evangélicos que lamentam a decisão da Suprema Corte americana da última Sexta-Feira (26 de Junho de 2015), os últimos dias foram difíceis. Não estamos pedindo que sintam pena de nós, nem imagino que muitas pessoas estejam dispostas a isso. Nossa dor não é sagrada. Tomar decisões legais e teológicas baseadas no que faz as pessoas se sentirem bem é parte do que nos levou a toda essa bagunça, para começo de conversa. De qualquer forma, é doloroso.
Há muitas razões para o nosso lamento, desde o medo de que a liberdade religiosa nos seja tirada a preocupações com ostracismo social e marginalização cultural. Mas de todas as coisas que nos entristecem, talvez a que seja mais difícil é ver alguns de nossos amigos, alguns de nossos familiares e algumas pessoas que já sentaram ao nosso lado na igreja dando seu “amém” para uma prática que nós ainda cremos que seja pecado e para uma decisão que cremos ser ruim para todo o país. Uma coisa é a nação inteira dar uma festa da qual não podemos participar em boa consciência. É outra completamente diferente olhar ao redor para vermos se não estamos sozinhos e descobrir que nossos amigos estão na pista de dança. Nós pensávamos que o arco-íris era um sinal de Deus (Gênesis 9.8-17).
Se você se considera um cristão que crê na Bíblia, um seguidor de Jesus cujo fim principal é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre, há algumas questões importantes que eu espero que você considere antes de levantar a bandeira e saudar a revolução sexual. Essas questões não são meramente retóricas ou irônicas. São perguntas sinceras, que eu espero que levem meus irmãos e irmãs com seus novos avatares multicoloridos a pararem e pensarem sobre a bandeira que estão hasteando.
  1. Desde quando você acredita que o casamento gay é algo para ser celebrado?
  2. Quais versículos da Bíblia te levaram a mudar de ideia?
  3. Como você argumentaria, a partir da Escritura, que a atividade sexual entre duas pessoas do mesmo sexo é uma bênção a ser celebrada?
  4. Quais versos você usaria para mostrar que o casamento entre pessoas do mesmo sexo pode representar adequadamente Cristo e a igreja?
  5. Você acredita que Jesus não teria problemas com comportamento homossexual consensual entre adultos em um relacionamento comprometido?
  6. Se sim, por que Ele reafirmou a definição de Gênesis de que o casamento é entre um homem e uma mulher?
  7. Quando Jesus falou contra a porneia, quais pecados você acha que ele estava proibindo?
  8. Se algum comportamento homossexual é aceitável, como você entende a “mudança” pecaminosa que Paulo destaca em Romanos 1?
  9. Você acredita que passagens como 1 Coríntios 6.9 e Apocalipse 21.8 ensinam que a imoralidade sexual pode te afastar do céu?
  10. A quais pecados sexuais você pensa que essas passagens se referem?
  11. Quando você pensa na longa história da igreja e sua reprovação quase universal da atividade homossexual, qual parte da Bíblia você entendeu e Agostinho, Calvino e Lutero não entenderam?
  12. Quais argumentos você usaria para explicar para os cristãos da África, Ásia e América do Sul que o entendimento deles sobre a homossexualidade é biblicamente incorreto e o seu novo entendimento não é condicionado pela cultura?
  13. Você acredita que Hillary Clinton e Barack Obama, entre outros políticos, foram motivados por arrogância e preconceito quando, por quase todas as suas vidas, até pouco tempo atrás, definiram o casamento como o relacionamento pactual entre um homem e uma mulher?
  14. Você pensa que crianças se sairão melhor com uma mãe e um pai?
  15. Se não, qual pesquisa você apresentaria para apoiar essa conclusão?
  16. Se sim, a igreja ou o estado tem algum papel em promover ou privilegiar as condições para que as crianças tenham uma mãe e um pai?
  17. O propósito e o fim do casamento apontam para algo maior do que a realização emocional e sexual de um adulto?
  18. Como você define casamento?
  19. Você acredita que parentes próximos deveriam poder se casar?
  20. O casamento deveria ser limitado a apenas duas pessoas?
  21. Com base em quê, se há alguma, você impediria adultos em consentimento, com qualquer grau de parentesco ou em qualquer número, de se casarem?
  22. Deveria haver um requisito mínimo de idade para se obter uma licença de casamento?
  23. Igualdade implica que qualquer um que deseje se casar possa ter qualquer tipo de relacionamento definido como casamento?
  24. Se não, por que não?
  25. Irmãos e irmãs em Cristo que discordam da prática homossexual deveriam poder exercitar suas crenças religiosas sem medo ou punição, retribuição ou coerção?
  26. Você vai defender seu amigo cristão quando seu empregos, seu crédito, sua reputação e sua liberdade forem ameaçados por conta dessa questão?
  27. Você vai se posicionar contra o bullying e a opressão de todos os tipos, quer seja contra gays e lésbicas ou contra evangélicos e católicos?
  28. Como a igreja evangélica tem falhado frequentemente em levar a sério os divórcios não bíblicos e outros pecados, quais passos você vai tomar para se certificar que os casamentos gays sejam saudáveis e de acordo com os princípios da Escritura?
  29. Casais gays em relacionamentos abertos devem ser sujeitos à disciplina eclesiástica?
  30. É pecado pessoas LGBT se envolverem em atividades sexuais fora do casamento?
  31. O que as igrejas abertas e inclusivas farão para falar profeticamente contra divórcio, fornicação, pornografia e adultério, quando estes forem descobertos?
  32. Se “o amor vence”, como você define amor?
  33. Quais versos você usa para estabelecer essa definição?
  34. Como a obediência aos mandamentos de Deus molda nosso entendimento de amor?
  35. Você acredita que é possível amar alguém e discordar de decisões importantes que ela tome?
  36. Se apoiar o casamento gay é uma mudança para você, mais alguma outra coisa mudou no seu entendimento da fé?
  37. Enquanto evangélico, como o seu apoio ao casamento gay te ajudou a se tornar mais apaixonado pelos distintivos evangélicos tradicionais, como foco no novo nascimento, o sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a confiabilidade total da Bíblia e a necessidade urgente de evangelizar os perdidos?
  38. Quais igrejas abertas e inclusivas você apontaria como lugares onde pessoas estão sendo convertidas ao Cristianismo ortodoxo, pecadores estão sendo alertados do julgamento e chamados ao arrependimento e missionários estão sendo enviados para plantar igrejas entre os povos não alcançados?
  39. Você espera estar mais comprometido com a igreja, com Cristo e com as Escritura nos próximos anos?
  40. Quando Paulo exorta “os que tais coisas praticam” e aqueles que “aprovam os que assim procedem”, quais pecados você pensa que ele tinha em mente?
Algo para se pensar. No mínimo, algo para mastigar antes de engolir tudo que o mundo e o Facebook colocam em nossos pratos.

 Kevin DeYoung é o pastor principal da University Reformed Church, em East Lansing (Michigan). Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado em teologia pelo Gordon-Conwell Teological Seminary. É preletor em conferências teológicas e mantém um blog na página do ministério ­ The Gospel Coalition.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Jesus pode voltar hoje

Certa noite, quando eu tinha 6 anos de idade, meu pai estava em seu quarto lendo um livro, minha irmã estava no quarto dela vendo televisão e eu estava sentado na mesa da cozinha, fazendo minha lição de casa. Nossa rotina de sempre, nada de especial. Quando de repente um homem pulou na porta da cozinha, com uma arma apontada na minha direção. Entrei em estado de choque. Fiquei paralisado.
Foi tão marcante aquela cena que mesmo depois de 18 anos, me lembro de todos os detalhes. Me lembro de ter gritado: PAAAAAIIIIIII!!!!! Me lembro dos ladrões tirando as televisões de tubo, o microondas, revirando os guarda-roupa. Mandando aos berros que minha irmã parasse de orar.
[slogan]Uma noite comum, fazendo coisas normais, minha família nunca imaginaria que aquele dia nos marcaria para sempre, não estávamos esperando, não estávamos preparados. Foi um dos maiores pânicos que já passei na minha vida! Você já foi assaltado? Já foi pego de surpresa?[/slogan]
Eu estava lendo o livro de 1Ts um tempo atrás e me deparei com este versículo.
1Ts 4:16-17
Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descera dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
Eu li este versículo umas quatro vezes, não acreditava no que estava lendo. Um dos homens mais próximos de Deus que já viveu, achava que Jesus voltaria na geração dele. Não havia dúvida para Paulo. Ele estava ensinando para os Tessalonicenses: “Primeiro os que morreram em Cristão ressuscitarão, depois NÓS, os vivos”.
Paulo tinha a certeza que Jesus voltaria na geração dele. Ele estava totalmente convicto que Cristo retornaria naquele tempo. E Deus me fez entender algo.
[slogan]O grande segredo de Paulo: Viver todos os dias, como se HOJE fosse o dia de Jesus voltar.[/slogan]
Provavelmente ele acordava e pensava: Será que é hoje o dia que eu vou me encontrar com Ele, o meu amado? Eu imagino que ele orava como se fosse a última vez, pregava como se fosse a última vez, evangelizava como se fosse a última vez. Ele vivia cada dia, como se aquele fosse o dia de se encontrar com Cristo.
Na continuação do texto de I Tessalonicenses, Paulo dá um alerta a todos: ...o Dia do Senhor vem como o ladrão de noite. (1Ts 5:2)
Você está preparado? E se antes de terminar de ler este artigo, você ouvisse o som da trombeta, a voz do arcanjo? Em que situação você estaria? Será que este seria o melhor dia da sua vida. Ou você viveria o maior pânico da sua historia? E lembre-se, não serão alguns minutos de pânico, como eu vivi ao ser assaltado. será uma ETERNIDADE de tormentos.
Meu objetivo não é assustar você, mas é relembra-lo que não somos daqui. Nós só estamos de passagem neste mundo. Um dia, Deus nos soprou para dentro deste corpo e em breve eu quero voltar para junto dEle. Será que não estamos nos apegando de mais a esta terra? Gastando tempo de mais com este mundo? Amando de mais as COISAS?
Eu ouvi uma história, não sei se é verdadeira. Mas conta que um missionário estava voltando para seu país depois de muito tempo no campo missionário. Junto com ele, no navio, estava o presidente do país dele. No último dia da viagem, ele começou a conversar com o presidente e contou várias experiências que havia vivido. Depois de uma longa conversa, os dois arrumaram suas coisas para descer, pois haviam chegado no porto.
O presidente, ao descer do navio, foi recebido com uma multidão, que gritava seu nome. Muitas fotos sendo tiradas. Uma calorosa recepção.
Muito diferente do missionário, que ao descer do navio, tinha 3 pessoas lhe esperando. Ninguém gritando, nenhum flash de camera, nada. O missionário se entristeceu e resolveu expor isso para Deus:
“Eu não entendo. Eu dei minha vida na sua Obra, eu fiz tudo que podia para ver seu reino crescer, e ao chegar em casa não tenho as honras que este homem que vive na luxuria, esbanjando suas riquezas teve. Não tive esta recepção calorosa. Por que?” E Deus o respondeu: “Quem disse que você já chegou na sua casa?”
[slogan]Não podemos nos esquecer, nós não somos daqui![/slogan]
Naquela noite, quando o ladrão visitou a minha casa, eu estava despreparado, minha porta estava aberta, o cadeado destrancado, ninguém estava vigiando, ninguém estava esperando. Havia sempre um pensamento: “Eu sei que existem ladrões, mas não vai ser hoje que eles vão entrar em casa”. Fomos pegos de surpresa.
Faça como eu fiz, coloque no seu despertador, Jesus pode voltar hoje. Coloque no fundo de tela do seu computador, escreva na sua agenda, no espelho do seu banheiro, não sei, apenas tenha a certeza que você está preparado.
Assim como o apóstolo Paulo, que nós possamos viver todos os dias, como se HOJE fosse o dia do nosso Amado voltar. O dia de pregar para aquela pessoa é hoje, o dia de pedir perdão é hoje, o dia de largar este pecado é hoje. O dia de voltar para Jesus é HOJE. Não se esqueça: Jesus pode voltar HOJE.

Fonte: Jesus Copy

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Ansiedade

Se pudéssemos usar uma única palavra para descrever nosso mundo moderno, creio que uma boa palavra seria “velocidade”. Nós vivemos numa época em que tudo é rápido, tudo é acelerado. E, conseqüentemente, nós vivemos num estado de constante ansiedade. Nós somos condicionados pela estrutura deste mundo, pelo ritmo das coisas, pela mídia, pelas pessoas que nos cercam, a querermos tudo “pra ontem”. O mundo ao nosso derredor tem sido estimulador do sucesso a qualquer preço, onde o fracasso é punido com o desprezo e o isolamento.
De um lado, o mundo valoriza e entroniza o “eu”, elevando aqueles que conseguiram atingir o sucesso na vida, sem se importar muito com os meios usados para se alcançar os fins. Por outro lado, quando a pessoa não atinge os fins que nossa sociedade estabelece, o mundo a despreza e a condena, não lhe emprestando nenhum valor.
[slogan]O desejo de ser reconhecido pelo mundo acaba criando grande expectativa e ansiedade na maioria das pessoas. [/slogan]
Nós brasileiros, por exemplo, temos em nossas almas esse pensamento do “jeitinho”. Pra tudo existe um jeitinho. Se não estamos conseguindo o que queremos, temos que dar um jeitinho. As coisas não aconteceram ainda? Vamos lá tentar dar um jeitinho. E assim vamos caminhando, sempre ansiosos, sempre tropeçando. Sempre sofrendo as conseqüências dos nossos erros. Mas dificilmente aprendemos com eles.
A bíblia nos traz inúmeros exemplos de pessoas que receberam bênçãos enormes porque esperaram com paciência no Senhor. E muitas que pagaram um alto preço pela ansiedade e por fazerem as coisas segundo seus olhos. José, que se tornou governador do Egito, foi um exemplo de pessoa abençoada que soube ter paciência num momento em que a maioria não teria. Muitos talvez tivessem tirado a própria vida num ato de desespero, se passassem o que José passou. Ou o que Jó passou. Mas eles souberam esperar, e receberam o galardão devido.
Do outro lado, temos o exemplo do povo de Israel. Israel constantemente pecava contra Deus por conta da sua ansiedade, por que não aguentava esperar o tempo do Senhor. Deus os tirou do Egito, conduziu pelo deserto, abriu o mar para o povo passar em seco, e bastaram 40 dias sem Moisés para que o coração do povo mudasse e eles se inclinassem diante de um bezerro de ouro. Quando lemos a passagem de Êxodo 32 nós geralmente pensamos “que absurdo, esse povo era louco”. Mas quantas vezes fazemos igual? Quantas vezes nós não dissemos ou pensamos “ah não, já esperei demais, chega; agora eu vou agir!”. E agimos. E quebramos a cara. E choramos. E aí nos voltamos pra Deus. E quando voltamos pra Deus, o que queremos? De novo, que Deus resolva todos os problemas que nós mesmos criamos “pra ontem”.
No livro do profeta Ageu, capítulo 2, há um texto que eu acho muito interessante. O povo de Israel havia voltado para sua terra após 70 anos de exílio na Babilônia. Exílio este causado por seu próprio pecado, embora Deus tenha lhes dado muitas chances de se arrependerem. Enfim, o povo voltou, começaram a reconstruir seus lares, suas cidades, e novamente começaram a ficar ansiosos. Queriam plantar e colher logo, queriam boas moradias, queriam roupas de luxo, queriam, queriam, queriam… Daí Deus manda um recado pelo profeta (vs. 12-14): Se alguém levar carne consagrada na borda de suas vestes, e com ela tocar num pão, ou em algo cozido, ou em vinho, ou em azeite ou em qualquer comida, isso ficará consagrado? Os sacerdotes respondem: não! Daí Deus inverte a pergunta: e se alguém impuro tocar nestas coisas, as coisas ficarão impuras? A resposta: sim!
[slogan]Moral da história que o Senhor passou para o povo: às vezes, um erro estraga uma vida inteira de projetos, sonhos e preparação. E depois que o erro está feito, não adianta querer que um acerto corrija tudo. [/slogan]
O que nos santifica e transforma nossas vidas e nossa realidade é uma caminhada duradoura e constante com Deus. É um confiar diário, é um entregar contínuo, de nossos planos, sonhos, desejos. Deus quer consertar nossos erros do passado e nos dar um futuro de paz e alegria ao seu lado, mas isso não se constrói da noite para o dia.
Em I Pedro 5:6, o apóstolo nos aconselha: “humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido”. Então, temos três certezas: primeiro, os que se entregam a Deus serão exaltados por ele. Segundo, há um tempo devido para isso. Deste tempo, só o Senhor sabe. E terceiro, enquanto este tempo não chega, sempre podemos depositar sobre ele toda nossa ansiedade, porque ele tem cuidado de nós. E como é bom saber que não estamos sozinhos em nossas lutas!
Portanto, persista! O tempo de Deus vai chegar. E quem sabe não é hoje?

Ricardo Silva
rickysilva@ig.com.br

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A pornografia é realmente um problema feminino?

Recentemente, estava ouvindo um debate de rádio cujo foco estava nas mudanças de legislação propostas no Reino Unido para uso da Internet. A premissa basicamente é que, quando se conecta a um servidor, o usuário doméstico é perguntado se deseja ou não acessar pornografia. Uma simples resposta “sim” ou “não” é requerida. Isso causou clamor porque, aparentemente, seria muito desconfortável para as famílias discutirem juntas e as pessoas podem ter que ser honestas com seu cônjuge! Além disso, uma das principais pressuposições, e que logo foi dissipada pelo número de chamadas, era que a pornografia não era (em grande parte) uma questão feminina. Sempre me surpreende que quando se trata de um assunto como pornografia, abuso infantil e violência doméstica há muitos que diriam que “esses não são problemas femininos!”. As mulheres são mais frequentemente aceitas como as vítimas e raramente como autoras quando esses tópicos são discutidos.
A pornografia está se tornando cada vez mais uma questão feminina. É um assunto que não é exatamente um tabu, mas seriamente difícil de ser falado particularmente nos círculos cristãos entre a população feminina. Muitas mulheres lutam contra esse pecado secreto nunca revelando sua(s) batalha(s) a qualquer pessoa. Felizmente, o tema das mulheres e a pornografia começou a receber alguma notoriedade recentemente. De modo preocupante, alguns comentaristas têm sugerido que, para as mulheres, esse tipo de luxúria difere em relação aos homens, já que é mais uma luxúria pela imagem corporal perfeita do que qualquer tentação sexual explícita. Eu não sei se essa sugestão é apoiada pelo desconforto que muitas mulheres sentem pensando sobre sexo e pornografia como uma questão para “nós”, mas isso não soa verdadeiro na minha experiência pessoal e pastoral sobre essa questão.
Em 1 João 2.15-17 somos exortados: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
Quando as mulheres assistem à pornografia, elas parecem tão cheias de luxúria quanto um homem. Na verdade, a maioria das mulheres que eu aconselho estão vendo pornografia do mesmo sexo com frequência alarmante. Mark Driscoll, em seu e-book Porn-Again Christian, embora escrito principalmente para homens, é muito útil para as mulheres, porque ele sugere que a principal razão para a pornografia é incentivar a masturbação. Eu preciso concordar. Quando questionadas sobre isso, muitas mulheres confessam que, em primeiro lugar, as imagens são usadas para aumentar o prazer de si mesmas. Esse véu de segredo em torno das mulheres e da pornografia resulta em pobreza espiritual, fraca imagem corporal (orgulho), uma visão falsa do amor (uma enorme questão pastoral moderna) e nem chega perto de aliviar a solidão que muitas mulheres (solteiras e casadas) sentem. É uma mentira do abismo do inferno que esse prazer em si mesma satisfará quando sabemos que ele é de curta duração e faz com que nos sintamos sujas, culpadas e envergonhadas.
Muitas mulheres estão lutando em segredo, envergonhadas para contar a alguém, em grande parte por medo da recriminação. Muitas estão presas em um padrão cíclico que não podem e (muitas vezes) não querem romper. No entanto, precisamos confessar os nossos pecados uns aos outros e orar uns pelos outros, para que sejamos curados (Tiago 5.16). Devemos ter alguma boa prestação de contas, porque matar o pecado sexual começa com a exposição e termina com não ser mais escravizado (Romanos 6.6). Claro, a exposição é dolorosa, mas é melhor ouvir “Muito bom, servo bom e fiel” do que “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Se a pornografia em sua vida não for tratada rapidamente, então, meninas, posso lhes assegurar que isso será algo contra o que lutarão por toda a sua vida e que contaminará todos os seus relacionamentos.

Então, como uma mulher que luta contra a pornografia pode lidar com isso e como nós, como uma igreja, podemos ajudá-la?

1. Boa prestação de contas

Esse não é um assunto sobre o qual você pode abrir uma classe e esperar que 25 mulheres participem. Eu ficaria surpresa se essa estratégia funcionasse em algum lugar. Contudo, isso é algo que pode ser resolvido com uma boa prestação de contas pessoal (ou em um pequeno grupo). Essa prestação de contas envolverá perguntas difíceis que ninguém realmente deseja responder (e que muitas vezes nos fazem sofrer). Como mulheres que lideram a sessão de prestação de contas, precisamos amar tanto as mulheres com quem nos preocupamos de modo que façamos as perguntas que ficamos mais embaraçadas para discutir. As mulheres que estão lutando com a pornografia precisam acordar e apreciar o que realmente é bom. Isso não é algo que você pode continuar escondendo. Precisamos encorajar umas às outras a levar nossos pecados à luz e confessá-los a Deus e umas às outras. Encontre alguém em quem possa realmente confiar, que seja um exemplo bom e piedoso, e compartilhe a verdade. Você não se arrependerá.

2. Arrependa-se

Deus é fiel, justo e nos purificará de toda iniquidade (1 João 1.9). Há uma enorme diferença entre uma mulher que está se envolvendo/experimentando e uma que está realmente lutando contra a pornografia. Devemos ver o Espírito Santo nutrindo o desejo de parar de pecar. Não se engane com palavras vagas e mentiras. A pornografia é idolatria e deve haver arrependimento dela. Em Efésios 5.3-6, Paulo lembra à igreja: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos… Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”.

3. Peça a Deus que a ajude

“Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha!” (Salmo 38.22). Não estamos abandonados em nossa incapacidade. Podemos encontrar liberdade e força na cruz de Cristo. Não estamos sozinhos e Deus nos ajudará a permanecermos firmes se o buscarmos e clamarmos a ele. Muitos de nós não temos simplesmente porque não pedimos. Escondemo-nos e fingimos que o problema não é tão ruim ou que ele simplesmente desaparecerá por conta própria. Não desaparecerá. Precisamos uns dos outros, precisamos de arrependimento profundo e precisamos pedir a Deus que nos cure e nos purifique enquanto lutamos contra a pornografia.
Que Deus nos ajude.


 Sharon é a Diretora de Operações e líder do ministério com mulheres no 20schemes. Ela tem mais de 26 anos de experiência trabalhando na comunidade principalmente com famílias e pessoas que estiveram ou estão em risco de ficarem desabrigadas.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

O ateísmo não pode oferecer uma vida feliz e coerente, diz apologeta

O apologeta e escritor cristão William Lane Craig afirmou que as pessoas não podem viver “de maneira coerente e feliz” se possuem uma visão ateísta de mundo. Ele defende que em um mundo sem Deus não há sentido, valor nem propósito para a vida.
Na sexta-feira passada, em um debate sobre “O Sentido da Vida”, no Wycliffe College, uma escola de pós-graduação ligada à Universidade de Toronto, organizou um fórum filosófico, onde Craig, professor de pesquisa em filosofia no Seminário Teológico Talbot e professor de filosofia na Universidade Batista de Houston, foi convidado a dar uma palestra de 30 minutos e, depois, participar de um debate.
Também participaram do evento a filósofa naturalista Rebecca Newberger Goldstein e o professor de psicologia da Universidade de Toronto, Jordan Peterson.
Craig, que escreveu vários livros, incluindo a Apologética Para Questões Difíceis da Vida e Em Guarda: Defenda a Fé Cristã com Razão e Precisão, comparou o que chama de visão cristã “significativa” sobre a vida com a visão ateísta da vida.
“Confrontado com a situação humana, a única resposta que o ateu pode oferecer é que simplesmente enfrentemos o absurdo da vida e vivamos com coragem”, disse Craig. “O problema fundamental com isso, no entanto, é que é impossível viver de forma coerente e feliz diante dessa perspectiva de mundo. Se você viver de modo coerente, não será feliz. Se viver feliz é porque não é coerente.”
“[Teólogo] Francis Schaeffer explica bem esse ponto”, continuou Craig. “Para ele, o homem moderno vive em um universo de dois andares. Na parte de baixo está o mundo finito, sem Deus. Aqui, a vida é absurda, como já vimos. No andar superior estão significado, valor e propósito. Agora, o homem moderno vive no andar inferior porque acredita que não há Deus. Mas ele não pode viver feliz em um mundo tão absurdo. Portanto, faz tentativas de alcançar o andar de cima para encontrar significado, valor e propósito, mesmo que ele não tenha direito a isso, pois não acredita em Deus “.
Para o filósofo cristão, o homem moderno que vive no andar de baixo “defende o ateísmo”, mas “vive como se a vida fosse importante e como se realmente importasse o que ele faz”.
William Craig prossegue: “A visão do mundo ateísta é insuficiente para sustentar uma vida feliz e coerente. O homem não pode viver de forma coerente e feliz, como se a vida fosse, sem finalidade, valor ou significado. Se tentarmos viver de forma coerente no contexto da visão de mundo ateísta, acabaremos nos tornando profundamente infelizes. Mas se, ao contrário, conseguimos viver felizes, é por que mentimos sobre nossa verdadeira visão de mundo. O ateísmo, portanto, não pode oferecer uma visão feliz e coerente da vida”.
Ele lembrou que mesmo alguns dos filósofos ateus mais famosos do mundo descreveram um mundo sem Deus como absurdo. “Os cientistas nos dizem que o universo está se expandindo e que tudo nele está cada vez mais distante. Enquanto isso ocorre, fica cada vez mais frio, pois gasta muito de sua energia. Eventualmente, todas as estrelas serão extintas e toda a matéria entrará em colapso, com estrelas mortas e buracos negros. Não haverá luz, não haverá calor, não haverá vida, apenas os cadáveres de estrelas mortas e galáxias se expandindo para a infinita escuridão e os cantos mais frios do espaço – um universo em ruínas”, argumentou Craig.
“Se Deus não existe, então não há um propósito final na vida. Se a morte está de braços abertos no final dessa trilha da existência, então, qual é o objetivo da vida? É tudo isso pra nada? Não há motivo para a vida? E quanto ao universo? É totalmente inútil?”, questiona o apologeta. “Se o seu destino é uma sepultura fria em algum canto do espaço exterior, então a resposta deve ser sim, é inútil. Não há objetivo, nem propósito para o universo. A lixeira de um universo morto continuará expandindo e expandindo eternamente.”
Conforme lembrou aos presentes, o fato de o mundo acabar um dia no futuro não é “ficção científica”. “Por mais inimaginável que pareça, isso acontecerá. Não só cada pessoa está condenada, toda a raça humana está destinada à destruição. Não há escapatória, não há esperança. Esse plano, os fatos científicos, parecem quase incontestáveis. A questão então é qual a consequência disso?”, provocou.
“Muitos pensadores ateístas argumentaram que isso implica que a própria vida humana se torna absurda. Isso significa que a vida que temos é sem propósito, valor ou significado final”.
Citou filósofos como Friedrich Nietzsche, Bertrand Russell e Jean-Paul Sartre, que dizem que a vida não tem um sentido “sem Deus”. Encerrou dizendo: “Gostaria de acrescentar algo. Vimos que, se Deus não existe, a vida é inútil. Se Deus existe, a vida é significativa. Somente a segunda dessas duas alternativas nos permite viver de forma coerente e feliz. Parece-me que, mesmo que as evidências para essas duas opções fossem absolutamente iguais, uma pessoa racional deveria escolher o teísmo. Parece-me definitivamente irracional preferir a morte, a inutilidade e o desespero que a vida, o significado e a felicidade em Deus”. Com informações Christian Post

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O barulho do ímpios e o silêncio dos píedosos

“Vós que amais o Senhor, detestai o mal…” (Sl 97.10a).
Neste mundo assaz conturbado precisamos pedir a Deus discernimento e coragem. Discernimento para saber a hora certa de falar e a hora precisa de calar e coragem para não se calar na hora que o silêncio é sinal de covardia. Duas coisas nos perturbam: o barulho dos ímpios e o silêncio dos piedosos. Pior do que o barulho dos ímpios é o silêncio covarde dos piedosos. Aqueles que são chamados para amar o Senhor, devem na mesma proporção, detestar o mal. O mal não pode erguer sua fronte altiva sem ser confrontado. O mal não pode desfilar na passarela do tempo sem ser detestado. Calar-se diante do mal é ser não apenas covarde, mas também conivente. O apóstolo Paulo, nessa mesma toada, escreve: “Detestai o mal, apegando-vos ao bem” (Rm 12.9).
Mas o que é o mal? É tudo aquilo que afronta a santidade de Deus, conspira contra os princípios morais e espirituais estabelecidos por Deus e tem o propósito de corromper os relacionamentos instituídos por Deus e balizados pela palavra de Deus. O mal se infiltra nas estruturas políticas e econômicas. O mal destila seu veneno nas redes sociais e no cinema. O mal mostra sua carranca nas ruas, no guetos, nos palácios e nas choupanas. O combustível que alimenta o mal é o pecado. O pecado é o pior de todos os males, pois nos priva do maior bem. O pecado nos afasta de Deus, do próximo e de nós mesmos. O pecado é maligníssimo. Seu salário é a morte.
O mal está dentro de nós e fora de nós. Está em nosso coração e em nossas palavras. Está em nossas ações, reações e omissões. Está no governo e no povo. Está na imprensa e na literatura. Está na televisão e no teatro. Está nas relações internacionais e nos acordos econômicos. Está na academia e nas cortes. Está na igreja e na família. Está na cidade e no campo. O mal é o bafo do diabo, o refluxo do pecado, o produto da rebelião contra Deus.
O mal tem um arsenal muito diversificado. Sua indumentária é variada. Apresenta-se sob o manto da tolerância, mas abespinha-se com qualquer pessoa que ousa discordar de sua cosmovisão. Usa a máscara do respeito aos direitos do outro, mas apenas quando o outro se curva aos seus rasteiros interesses. É nessa sociedade que se diz plural, mas exige subserviência à ditadura do relativismo que somos chamados a amar o Senhor e a detestar o mal. É nesse mundo caído, rebelado contra Deus, que somos convocados a não nos conformarmos com este século, mas a sermos transformados pela renovação da nossa mente. É nesse ambiente hostil à fé cristã, que somos chamados a sair para fora dos portões da religiosidade, para nos encontrarmos com o Cristo vivo, na escola, na empresa, na família, na rua, levando o vitupério de Cristo. O mundo odiou Cristo e também vai nos odiar. Ser cristão é viver os valores no céu numa terra manchada pelo pecado. Ser cristão é andar na luz num mundo de trevas. Ser cristão é praticar o bem num ambiente governando pelo mal. Ser cristão é andar na verdade num mundo rendido à mentira. Ser cristão é viver em santidade num mundo que se refestela no pecado. O mal sempre vai se insurgir contra Deus e desferir golpes violentos contra seu povo. O povo de Deus, porém, não pode ser vencido pelo mal, mas deve vencer o mal com o bem. O povo Deus não pode acovardar-se diante da arrogância do mal, mas deve erguer sua voz em defesa do bem. O barulho dos ímpios não pode silenciar os piedosos!

Rev. Hernandes Dias Lopes

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Acorrentados pela Mágoa

“Mas o Espírito do Senhor apossou-se dele. As cordas em seus braços se tornaram como fibra de linho queimada, e os laços caíram das suas mãos.” (Juízes 15:14)
Certa vez me disseram que a mágoa é como uma flecha atirada contra o próprio coração, com esperança de que doa naquele que magoou. Eis uma verdade, a mágoa é mesmo uma flecha envenenada que aprisiona, corrói, constrange, enferma… Desprezar o poder destrutivo do cultivar de uma mágoa é uma perigosa inocência, pois, enquanto o magoado remói sentimentos não vencidos, muitas vezes vindos de um passado distante, se tornando cego e irracional, o ofensor, por vezes de livre consciência, dorme o sono dos justos.

Há o registro de uma história no capítulo 15 do livro de Juízes que inspira uma curiosa alegoria sobre o efeito que pode ser causado pela mágoa. A Bíblia relata que Sansão era um juiz que havia se transformado em um herói para os israelitas, era um guerreiro corajoso e de boa aparência, possuía uma força descomunal e um singular talento para viver perigosamente.
Numa das diversas confusões em que se envolveu, comprou uma grande briga com um histórico inimigo dos israelitas, os filisteus. Feridos, os filisteus passaram a buscar vingança contra os habitantes de Israel, e os convenceram a amarrarem seu próprio herói e entregarem em suas mãos, para se livrarem da guerra.
É exatamente neste ponto que repousa a associação ao poder da mágoa, pois Sansão estava a sofrer um traiçoeiro ataque, não mais dos filisteus, mas dos seus irmãos israelitas.
Certamente você já se preparou ou precaveu alguma vez contra possíveis ataques de pessoas que guardam princípios diferentes dos seus, contra estranhos, contra Satanás, contra principados e potestades das trevas… Mas ninguém está pronto para lidar com ataques que partem daqueles que estão próximos, dos de dentro de casa, do parente, do irmão da congregação…
Nada magoaria mais a Sansão, depois de ser constituído juiz sobre Israel, lutar e pelejar pelo povo, ser admirado como herói e guerreiro, ter sido escolhido por Deus antes de nascer para que sobre ele repousasse o Espírito Santo… Depois de tudo, foi obrigado a testemunhar um acordo entre seus irmãos israelitas e seus inimigos filisteus para que fosse entregue amarrado nas mãos do adversário. No entanto, mesmo podendo fugir, resistir, buscar abrigo, ou tentar unir o povo contra os inimigos, Sansão aceitou a provocação dos seus, e concordou em ser amarrado, desde que não lhe matassem.
A mágoa se instala exatamente nessas situações, quando somos feridos por aqueles que nos são próximos. Ninguém se magoa com um estranho, com um inimigo… nos magoamos quando pessoas em quem confiamos nos traem, nossos irmãos nos ferem, nosso familiar se levanta contra nós… isto é mágoa verdadeira! A palavra dita sem sabedoria que fere o íntimo do coração, a quebra de um juramento de fidelidade feito no enlace matrimonial, um comentário maldoso transmitido a um terceiro que frequenta o mesmo ambiente, a expectativa de suporte e ajuda frustrada, a ingratidão… Tudo isso machuca, sufoca, acorrenta, e nos traz pensamentos como: “Depois de tudo o que fiz por essa pessoa…”, ou “como ela teve coragem de fazer isso comigo?”.
O grande problema é que, dado o espanto e tristeza que nos tomam, quase sempre optamos por aceitar a provocação. Isso mesmo, assim como Sansão se permitiu ser amarrado, nos permitimos ser envoltos pelas correntes da mágoa, ao invés de buscar a solução no perdão, na oração, na conversa, em armas espirituais…
Será que essa é a sua situação? Após ser ferido e magoado está há anos sem falar com seu pai; ou está dando ensejo a um inevitável processo de divórcio; vive sem sequer dirigir a palavra a um irmão; ou está deixando de congregar na igreja por causa da esposa do pastor que publicamente lhe humilhou… Os motivos que causam a mágoa são, quase sempre, relevantes, por isso, posso afirmar que você tem todo direito de estar magoado, a tristeza é justa e explicável! Contudo, tem aqui lugar um velho questionamento: Entre estar certo e ser feliz, o que você prefere?
Os filisteus não pediram que os israelitas matassem a Sansão, eles queriam apenas amarrá-lo. Muitas vezes pessoas próximas, sem saber, dão lugar em seus corações ao intento do inimigo de nossas almas, que busca, através dessa maldita associação, apenas acorrentar-nos espiritual e emocionalmente.
Isso mesmo, o propósito do inimigo ao implantar a mágoa não é te matar de imediato, é apenas te aprisionar. A mágoa não nos tira a fé, apenas impede que ela seja exercida, não nos leva a deixar de sermos cristãos, faz apenas que sejamos crentes inertes, não faz você deixar de estar numa igreja, apenas cria uma incompatibilidade com o Dono dela, cuja essência é o amor. Sem nos matar, o inimigo consegue nos dar a falsa sensação de que tudo está bem, mas, em verdade, nos deixa incapazes de lutar, estar em comunhão, iniciar e cultivar relacionamentos, orar, nos desenvolvermos… O que você consegue fazer amarrado?
Aí está você, incapaz de perdoar, de se desvencilhar do passado, de ter uma vida sentimental estável, pulando entre religiões em busca de paz, andando e correndo, mas permanecendo no mesmo lugar… Acorrentado!
[slogan]Como se libertar?[/slogan]
Sansão somente se livrou com a união de dois elementos: O desejo de se libertar e o poder do Espírito do Senhor!
Por mais óbvio que pareça ser, é necessário ressaltar que a libertação depende do desejo de ser liberto. O problema é que esse desejo é expresso através de uma escolha, que, obviamente, possui consequências, uma delas é abrir mão do trunfo de estar certo!
Dizer que perdoa, mas trazer sempre a ofensa à memória e às discussões é mentir para si e para o próximo, não haverá futuro enquanto o passado se mantiver vivo e atuante. Se você tem agido assim, tente me perdoar pela sinceridade, mas você não quer ser liberto, você prefere estar certo! Isso também é uma escolha e também tem consequências…
Há, porém, quem queira se libertar, mas não tem forças. Não foi a força de Sansão que fez com que as cordas se quebrassem, segundo a Bíblia, foi o fato de o Espírito do Senhor tê-lo tomado possantemente, assim, as cordas fortes e novas se transformaram em linho frágil queimado e foram quebradas.
Ser cheio do Espírito de Deus é fundamental para ser liberto. Mas não há como se encher do Espírito sem estar, antes, vazio dos valores mundanos. Como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, importa que você diminua e Ele cresça, é preciso abrir mão de ter razão, da vingança, da desforra, do fato passado, e esquecer… Isso mesmo, esquecer da ofensa, assim como Deus lança as nossas nas profundezas do mar!
Tenho uma linda sobrinha chamada Alice, ela é uma criança brilhante, apaixonada por desenhos animados. Há um especial que por cerca de dois meses ela assistia três vezes por dia, chegando ao ponto de decorar as falas do filme, falar e cantar com o sotaque da personagem principal (cantava a música tema do filme em português, inglês e em malaio). Em suma, ela praticamente se transformou na Princesa! O relacionamento com Jesus é bem parecido, ler a Bíblia e orar com a mesma devoção de uma criança apaixonada pelos desenhos nos deixa muito parecidos com o personagem principal do livro, Jesus! A essência de Jesus era o amor, por muito amar, ele conseguia perdoar até quando estava sendo crucificado.
Pelo poder do Espírito e pelo desejo de ser livre, Sansão se libertou. 
Já livre, ele avistou que ali perto havia morrido um animal, um jumento, e os ossos daquele animal foram a arma para que ele, sozinho, ferisse e vencesse mil filisteus!
Ao se encher do Espírito, você se lembrará de outro animal que também morreu, um Cordeiro, apanhou mudo, sem ter culpa alguma foi traído, ferido, magoado, de uma forma muito pior do que a quem você sofreu… Jesus é esse Cordeiro.
Quando fecho os meus olhos e penso nesse animal morrendo, eu logo associo ao perdão. Penso nos xingamentos e nas chacotas que ele suportou… penso num soldado batendo nele pelas costas, sorrindo e dizendo “profetiza quem te bate agora!”… penso na sede que ele sentia e no gesto “bem humorado” dos soldados que lhe deram vinagre para beber… penso nos seus melhores amigos dizendo que não o conheciam… e logo depois vejo o ofendido orando pelos ofensores dizendo, “Pai, perdoa eles, pois não sabem o que fazem!”.
A morte desse animal me dá forças para perdoar meu irmão! Mais do que isso, me dá forças para vencer mil filisteus, um após outro! Mil sentimentos que aprisionam, mil lembranças do passado, mil erros da minha esposa, mil fofocas que inventaram contra mim… Assim como Sansão, posso estar sozinho, mas, tomado pelo Espírito, me sinto maioria!
A flecha atirada não volta atrás, cobrar do ofensor pela mágoa causada é executar uma dívida impagável! Faça já um bem a si mesmo, se esvazie, esqueça o que passou, passe a viver, se encha do Espírito de Deus e as correntes da mágoa serão como linho queimado e cairão, lembre-se da morte do animal e entenda já que quem foi perdoado, perdoa. Após isto, tenha liberdade, pois, “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”! (João 8:36)
Em Cristo.

Saulo Daniel Lopes
saulo_daniel@hotmail.com

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Bipolar Espiritual

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” 1Co 15.58
Você já percebeu a inconstância dos relacionamentos na sociedade atual? Casamentos, noivados, namoros, amizades, relações de trabalho e toda sorte de relacionamentos são abalados por um conceito descompromissado de que “nada é para sempre”.
Conheço a história de um casal que, durante o namoro, enfrentava grandes problemas de instabilidade. Em quase todos os desentendimentos, a primeira frase que se falava era: “então, eu quero terminar tudo…”. O relacionamento não aspirava confiança em ninguém, nem neles mesmo. Havia sempre uma incerteza quanto ao futuro, uma dúvida quanto à segurança do relacionamento. Isto impedia o progresso do relacionamento, impedia a elaboração de planos, impedia os sonhos conjugais. O relacionamento deles só teve sucesso e progrediu quando entenderam que precisavam de estabilidade, da certeza de que um não deixaria o outro. Conheço outros relacionamentos que vivem em um legítimo “entre tapas e beijos”, um “ata e desata” em que nunca se sabe se estão juntos ou não.
A Bíblia nos conta que Deus escolheu o povo de Israel para um relacionamento, e de tempo em tempo, este povo queria deixá-Lo para seguir outros deuses. Esta prática irava a Deus como nenhuma outra prática já O irou. Seguiam deuses construídos por suas próprias mãos, seguiam deuses de outras nações, seguiam suas próprias necessidades, e invariavelmente abandonavam o Deus que os criou e os tirou de uma terra de escravidão. Trocavam a estabilidade do relacionamento com o Deus que os sustentava por pequenos problemas e falsos deuses. Deixavam Deus entristecido e frustrado quanto aos planos que tinha para o relacionamento com eles. Sofriam por tal prática, abandonar Deus sempre custa muito caro. Arrependiam-se, voltavam, e logo faziam tudo novamente. Viviam entre a adoração das bênçãos recebidas e a murmuração das necessidades.
O grande problema é que temos visto, atualmente, muitas pessoas tentando desenvolver este mesmo tipo de relacionamento com Deus, descompromissado, inconstante, instável e infiel. Repete-se a história: abandonam Deus e O trocam por paixões passageiras. As causas são as mais diversas: Alguns O deixam, ou ameaçam deixá-Lo, quando as coisas dão errado, têm a ilusão de que a vida com Deus está isenta de sofrimentos. Outros, quando as coisas estão dando errado estão firmes e constantes buscando ajuda em Deus, mas assim que as coisas se acertam sentem que não precisam mais de Dele, descartando-O, como um amuleto, para quem sabe se, um dia for necessário, usá-lO novamente. Existem outros que servem a Deus enquanto concordam com Seus planos, quando discordam da vontade Dele, invariavelmente, O abandonam. Acham que seus planos e seus desejos, suas opiniões são mais inteligentes do que as de Deus. Não entendem que opiniões são passageiras, a vontade de Deus, porém,  a VERDADE, é eterna. Têm os que, no primeiro deslize, no primeiro pecado, jogam tudo para o alto e abandonam Aquele que nunca nos abandona. Não entendem o poder da graça de Deus. Têm também os que se perdem e O abandonam em meio às dúvidas, as questões difíceis da vida: por que um Deus bom permite que pessoas boas sofram? Por que Deus não se mostra? Por que a ciência não prova a existência de Deus? As dúvidas podem ser as mais diversas e podem nos inquietar a ponto de tirar a nossa paz. Devemos entender, porém que Deus está acima do raciocínio e da razão humana, acima da ciência para que ela possa prová-Lo. As respostas Deles para nossas dúvidas não estão estampadas em outdoors, mas podem perfeitamente ser encontradas em Sua palavra. Existem também os que O abandonam quando as necessidades da carne, os apetites, a fome, o desejo sexual, as privações vêm. Têm dificuldade de entender que quando os desejos do espírito não são satisfeitos, os desejos da carne tornam-se irresistíveis. Terminam assim, trocando Deus por desejos e necessidades. Os motivos aparentes para deixarmos Deus são muitos, a causa determinante, porém, é UMA só.
Existe uma doença psiquiátrica onde o humor da pessoa oscila entre o deprimido e o eufórico.  No Transtorno Afetivo Bipolar, existem períodos de euforia, agitação, disposição, insônia, sonhos, projetos, tudo isto extremamente exagerado, patológico, intercalando-se com períodos de tristeza, solidão, pensamentos suicidas, indisposição, vontade de largar tudo. Vivem em dois polos, dois lados opostos. Infelizmente, uma grande parte dos cristãos atuais sofre da bipolaridade que não é afetiva, é espiritual. Intercalam momentos de disposição, alegria, juras de amor a Deus, com momentos de desespero, abandono, indiferença e desprezo a Deus e Sua vontade. Bipolarizam entre a alegria patológica de servir a um Deus que não conhecem e a tristeza de se frustrarem com o mesmo Deus que não conhecem.
O tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar visa à estabilização do humor. Isto se faz com uso de medicações que atuam regulando a atividade de neurotransmissores cerebrais. Mas e a bipolaridade espiritual, como tratá-la? Como regular a atividade do espírito? Como tratar A causa da bipolaridade?
Assim como a mente dos pacientes bipolares necessita de um estabilizador de humor, nosso espírito bipolar também precisa de um estabilizador. Em Mateus 25, Jesus conta a parábola das dez virgens. Nesta parábola, Jesus diz haver cinco virgens prudentes, que possuíam azeite em suas tochas, e cinco virgens imprudentes, que não possuíam quantidade de azeite suficiente em suas tochas. Em virtude da pouca quantidade de azeite das virgens imprudentes, suas lâmpadas estavam se apagando, não funcionavam com constância, não dava para confiar em esperar o tempo necessário.
A realidade é que somos inconstantes com Deus e nossa luz acende e apaga tantas vezes porque não temos a quantidade de azeite suficiente. Jesus nos ensina que o estabilizador da nossa lâmpada espiritual é o azeite. A única coisa capaz de nos estabilizar espiritualmente, de nos tornar constantes em nosso relacionamento com Deus, é o azeite, o Espírito Santo dEle em nós, em quantidade suficiente. Por isto, está escrito em Efésios 5.18, “encham-se do Espírito Santo”. Vivemos acendendo e apagando, amando e desprezando Deus porque não temos a quantidade de Espírito Santo que precisamos ter. E como adquirir este Espírito Santo? Na continuação da parábola está escrito que as virgens precisariam comprar o azeite. (Mateus 25.10). A verdade é que para ter o Espírito Santo na quantidade anti-bipolaridade precisamos pagar um preço, não vem de graça. Ninguém adquire Espírito Santo sentado esperando a vida passar. Só compramos bens para nós através de dinheiro, moeda, e este dinheiro só chega até nós com trabalho, e este trabalho custa muito do nosso tempo, custa uma rotina de sacrifícios. A moeda que nos leva a adquirir o Espírito Santo possui dois lados: fé e arrependimento. Demonstre sua fé chegando mais perto Dele: vida de oração, vida de jejum, vida de leitura da palavra, renúncia; e demonstre seu arrependimento indo para mais longe do pecado: confesse seus débitos, obedeça a Deus sem questionar, peça perdão, corrija suas rotas. Desta forma você terá recursos para adquirir o Espírito Santo, o estabilizador, e viver livre da doença que tanto mata cristãos, a bipolaridade espiritual.
O noivo está voltando e só terá um futuro eterno com os que estiverem funcionando de forma plena, com que tem um compromisso com Ele. Deus não quer “ficar” com a igreja, nem mesmo um namoro descompromissado, nem um casamento do tipo “se não der certo, separa”. Deus quer uma noiva firme e constante, para um casamento eterno,
Ele já prometeu que está e estará sempre conosco até a consumação dos séculos, e você, está com Ele, ou está bipolarizando? Que Deus te abençoe e te faça estável, enchendo-te cada dia mais do Espírito Santo, o nosso estabilizador.

Jonny Leonio
izeppe.leonio@gmail.com

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

5 dicas para estabelecer uma rotina devocional com seus filhos pequenos

Quando nossas filhas eram pequenas, tínhamos uma rotina regular para a hora de dormir. Em geral, essa rotina envolvia ler uma história, fazer orações, dar abraços e beijos e ouvir música antes de dormirem. Seus brinquedos de pelúcia também participavam. O Sr. Carnerinho leria, e o cachorro Risonho compartilharia abraços e beijos. Uma vez que o ritmo noturno foi estabelecido, cada parte era importante. Saber exatamente o que esperar ajudava as nossas filhas a se sentirem seguras, confiantes e tranquilas.
E quando uma parte estava faltando – bem, lembro das férias em um parque temático. Nós já havíamos nos atrasados ​​assistindo fogos de artifício, então pulamos alguns dos passos normais para dormir. Além disso, descobrimos que Risonho havia sido deixado em um ônibus de turismo no início do dia. Não é preciso dizer que dormir foi instantâneo naquela noite! Aprendi o quanto minhas filhas precisam de um ritmo regular para se desenvolverem bem.
Os cristãos sabem que o ritmo deve incluir a instrução religiosa, mas as crianças estão sempre em movimento — não é de admirar que a maioria dos pais tenha dificuldade em encorajá-las para qualquer tipo de tempo formal de devoção em família. Além dessa dificuldade, há o fato de que pais jovens também estão frequentemente em movimento. Eles estão ocupados estabelecendo uma carreira ao mesmo tempo em que criam crianças pequenas e pré-escolares. É difícil estar presente com os seus filhos quando você está de plantão ou trabalhando em horas extras ou em um terceiro turno.
Creio que Deus está ciente de nossos estágios de vida, e agradeço que ele não nos dê um modelo de devoção familiar que seja excessivamente formal. Moisés disse a Israel que ensinasse os seus filhos durante os ritmos regulares da vida — hora das refeições, hora de dormir, durante a locomoção, e assim por diante (Dt 6.7).
Com essa visão livre de culpa em mente, aqui estão cinco dicas rápidas para estabelecer uma rotina devocional regular com seus filhos pequenos.

1. Encontre um tempo que funcione

Em nossa família, conseguimos estabelecer a rotina mais regular na hora de dormir. Se você trabalha em um terceiro turno, isso não será viável. Escolha um horário regular ao redor da mesa — talvez no café da manhã — em vez da hora de dormir. Você se surpreenderá com o quanto os seus filhos lhe responsabilizam quando um padrão de adoração familiar é estabelecido. Será algo com o qual eles contam e aguardam. Comece com algo simples, como ler uma pequena história ou fazer uma oração. Seja consistente. É melhor reunir a família uma vez por semana do que irritar os seus filhos com tentativas falhadas de se encontrarem todos os dias.
Recentemente, falei com um pai que durante vários anos trabalhou no que ele descreveu como o “último turno do dia”. Durante essa época, uma devoção noturna era impossível, então ele se dedicava arduamente para ensinar os seus filhos em “pequenas doses” ao longo do dia. A esposa do meu amigo lê para os seus filhos à noite antes de dormirem, então ele tira um intervalo de cinco ou dez minutos no trabalho para ligar para eles e orar com eles.
Achei a sua intencionalidade regular incrivelmente encorajadora. Embora não estabelecer um tempo devocional possa parecer menos do que ideal, uma abordagem regular, “em gotejamento lento” para o discipulado familiar é realmente bastante eficaz. Desta forma, podemos ensinar nossos filhinhos que se relacionar com Deus não é apenas algo que realizamos em nossa lista de tarefas no final do dia; trata-se da maneira como vivemos.

2. Leia algo simples

Crianças de dois e três anos de idade têm um período de atenção de dois a três minutos. Seu vocabulário é limitado de 200 a 1.500 palavras. Como um pai cuidadoso cortando a comida de seus filhos em pedaços digeríveis, é importante manter a sua rotina breve e compreensível. Nossos filhos mais novos precisam aprender o vocabulário da fé, palavras bíblicas básicas como pecado, promessa, oração e o nome de Jesus, antes de terem contato com conceitos mais abstratos como o perdão.
Se você está começando um tempo de devoção familiar com seus filhos, encontre um recurso que mantenha em mente essas considerações sobre o desenvolvimento deles. Você pode experimentar Read-Aloud Bible Stories  [Leia as Histórias Bíblicas em Voz Alta], de Ella Lindvall, Big Picture Story Bible  [Grande Bíblia Ilustrada], de David Helm ou Beginner’s Gospel Story Bible [Bíblia o Evangelho para Iniciantes].

3. Fale com Deus

Curve a sua cabeça. Feche os seus olhos. Diga aos seus filhos que juntem as mãos. (Assim eles não se batem durante a oração! Esse truque tem funcionado por séculos.) Então, fale com Deus. Faça algo rápido e memorável; lembre-se da curta capacidade de atenção das crianças. Em nossa família, nós adaptamos esta breve oração:
“Obrigado Deus por [nome da criança]. Ajude-a a crescer para amar Jesus e confiar em Jesus. Por favor, ajude-a a ter amigos piedosos e um marido piedoso quando ela crescer. Por favor, proteja-a de males e perigo nesta noite e de Satanás e seus enganos. Em nome de Jesus, Amém.”

4. Use música para a memorização

Nossas filhas precisavam ouvir música enquanto adormeciam de noite. Um amigo recomendou um álbum de canções de ninar com perguntas e respostas do Catecismo para crianças em forma de música. (Se eu tivesse filhos pequenos hoje, usaria os álbuns doThe New City Catechism e música de Rain for Roots).
Nossos filhos memorizaram grandes verdades simplesmente porque a cantavam todas as noites. Outros excelentes álbuns de música como os de Seeds Family Worship and PROOF Pirates  são mais agitados e são menos úteis na hora de dormir. Mas nós garantíamos que estas músicas estavam em nosso carro para que pudéssemos cantar juntos (às vezes de modo alto e engraçado!) enquanto dirigíamos por algum tempo.

5. Ofereça aos seus filhos a sua atenção integral

Sua rotina devocional não é apenas um momento para você transmitir informações aos seus filhos; é o momento de eles passarem algum tempo com você. Então, deixe de lado o seu telefone. Olhe os seus filhos nos olhos e faça-os saber que você os está ouvindo. Demonstre carinho, e não apenas quando for a hora dos abraços e beijos de boa noite. Abrace amorosamente. Brinquem um pouco.
É por meio da presença atenta de pais amorosos que as crianças aprendem sobre nosso Pai amoroso.
Observações da Editora: Por não termos o material indicado traduzido para a língua portuguesa sugerimos alguns livros e um CD de músicas bíblicas em português para serem usados:
CD Infantil:


 Jared Kennedy é marido de Megan e pai de Rachael, Lucy e Elisabeth. Ele é pastor de famílias em Sojourn Community Church—Midtown em Louisville, Kentucky, e estrategista de ministério para crianças e famílias para Sojourn Network. Ele é o autor de The Beginner’s Gospel Story Bible e escreve regularmente para o blog Gospel Centered Family.

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