Moro em uma casa de vila. É um velho sobradinho
com um pequeno quintal. Em muitas noites de domingo coloco minha cadeira de
praia ali ao chegar da igreja e fico olhando para o céu, quieta. Reflito sobre o
dia que passou, as pessoas com que cruzei. O que ouvi e cantei, quem está com
problemas. Quem não veio. Lembro de algo engraçado ou esqueço de algo que me
chateou. Numa manhãzinha de sábado, na quietude das primeiras horas depois de
uma semana dura de trabalho, lá estava eu também sentada, pensando nascoisas que
tinham e não tinham acontecido. Orando, meditando, divagando em meus
pensamentos. Como companhia, uma ponta de angústia a me roçar o coração. Então,
quase audivelmente, percebi o Senhor dizer: “Sou o Deus em que você crê, ou
não?” Eu, que acabara de ler os mesmos versículos que você leu, estava ali, nem
lembrando do que Deus me falara pela sua Palavra. Sentia-me vulnerável, fraca. E
a voz do Senhor voltou de novo “Sou o Deus em que você crê, ou não?” Claro,
Jesus estava ali. Cheio de graça e de verdade. Da mesma forma que me sentia
vulnerável, entendi que Jesus tinha deixado tudo e se tornado um bebezinho, mais
vulnerável do que eu naquele momento. Quantas vezes caminhamos sem sentir a
presença do Senhor? Jesus, porém, continua ali. Não saiu, não se adiantou, não
atrasou. Por causa do nascimento de Jesus e de tudo que ele viveria eu podia
crer que Deus continuava Deus. Naquela manhã Deus derramou luz nas trevas da
minha alma e afastou aquele desassossego fruto da mistura de inúmeros problemas
e ansiedades. O Deus Todo-Poderoso dizia que quem lhe agradava era o humilde de
coração. Assim percebi mais uma vez o amor de Deus derramado sobre mim – e agora
sobre você, por que não? – AP
Em que Deus você crê?

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