O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) se prepara
para julgar em março uma batelada de processos contra magistrados acusados de
corrupção e tráfico de influência em todo o país. Pelo menos 15 juízes e
desembargadores poderão ser penalizados. Só do Pará são seis casos --de
corrupção passiva, venda de decisões em favor de políticos e favorecimento a
determinados advogados. Há até o caso de uma juíza de Marabá acusada de
convencer frequentadores do fórum a investir em pirâmides financeiras. Da Bahia
serão julgados os desembargadores Clésio Rômulo (foto) e Daisy Lago --ele
empregou a filha dela em seu gabinete, e ela empregou a filha dele, num
nepotismo cruzado. Há denúncias de que funcionárias não aparecem para trabalhar.
Já o juiz Ricardo D'Ávila deverá ser ouvido até abril. Ele é investigado por
suspeita de pagamento irregular de precatórios. Há ainda o caso de um
desembargador de Minas acusado de oferecer cargo para a amante do próprio pai,
exigindo que ela devolvesse a ele parte do salário que receberia. Todos os
acusados negam ter se conduzido de maneira irregular. As investigações estão sob
o comando do ministro Francisco Falcão, corregedor do CNJ. (Mônica
Bergamo)
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