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Versículo do Dia Por Gospel+ - Biblia Online

segunda-feira, 18 de março de 2013

STF emprega até condenados por homicídio em gabinete de ministro

Quando Marcelo soube que tiraria uma foto com o ministro Gilmar Mendes, pediu para ser avisado antes: no dia, queria vestir uma gravata. Não era só vaidade. O instante seria simbólico para quem, cinco anos antes, vivia num cenário bem diferente dos arcos desenhados por Niemeyer. Assistente há dois anos no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — uma de suas tarefas é pegar processo sigilosos na sala-cofre do tribunal —, Marcelo foi preso em 2007 por tráfico de ecstasy e haxixe e condenado a oito anos de prisão. Hoje com 30, integra um seleto grupo de 25 detentos do regime semiaberto ou domiciliar que trabalham na mais poderosa corte do país. No último mês, o EXTRA acompanhou a rotina de dez deles, condenados por tráfico, assalto, homicídio, que agora são jardineiros, técnicos de informática e até assistentes jurídicos. Os alunos de Direito, ironia da vida, escrevem habeas corpus. Histórias que mostram como, diante da omissão do governo federal e da maioria dos estados, a Justiça tem assumido a ressocialização de presos no Brasil. No Rio, por exemplo, dos 32 mil presos, nem mil trabalham. Cada estado tem autonomia para criar sua política de ressocialização. O Ministério da Justiça deveria induzir e articular parcerias. No entanto, hoje, apenas 4% dos presos brasileiros trabalham fora do presídio. Em 2008, quando Gilmar criou o programa no STF, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o Começar de Novo, que faz a ponte entre tribunais e empresas dispostas a contratar presos e egressos do sistema. — As alternativas são tão escassas que o Estado corre atrás do próprio rabo. Cada vez encarcera e endurece mais o regime. Com isso, quem é preso se aprofunda no crime — explica o juiz Luciano Losekann, do CNJ.

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