“O discurso do ódio só interessa a quem quer espalhar temor e pânico”, explica. “Há muitos de nós que não concordamos com a maneira como Marco Feliciano opera. Ele se utiliza de um discurso odioso e agressivo. Nós desejamos o debate, mas considerando o direito do outro a fazer suas escolhas. Eu faço parte de um grupo que crê que todo ser humano é alcançado pela graça de Deus. Por mais pecadores que sejamos, Jesus olha para as pessoas em sua essência”.
Marçal acredita que não existe necessidade de o país ter uma bancada evangélica porque “A igreja não precisa de defesa. Ao invés de defender os evangélicos, é melhor defender o povo como um todo”.
Para ele, a questão é simples “O Evangelho não endossa esse tipo de postura. Aprendemos a não agredir e a oferecer a outra face. Tocar os que estão à margem. Não podemos estar mancomunados com o poder ou com um projeto de poder. Nosso projeto é de serviço, de servir o outro. Não se trata de dominação e controle”.
Assim como muitos evangélicos, ele não concorda com Feliciano nem como deputado nem como pastor. “Essa leitura teológica do Feliciano é equivocada. Pastores como ele têm uma posição privilegiada. A fixação pelo dinheiro tem a ver com a Teologia da Prosperidade, criada por religiosos americanos. Eles precisam ter um estilo de vida condizente com o que pregam: avião, carro importado etc. Mas há igrejas evangélicas na periferia, na cracolândia, nas favelas. Isso não está na mídia. Boa parte do que aparece sobre os evangélicos na mídia é por causa desses caras. Dá essa ideia de que todos funcionamos da mesma forma”.
Esse debate acirrado de segmentos evangélicos conta os homossexuais não é uma preocupação de muitos evangélicos, diz o missionário “Não podemos impor uma agenda de santificação. Acredito piamente que nosso dever é fazer o bem, dar amor e pregar o evangelho”.
Fonte: gospelprime
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