CONVERSÃO AO OUTRO
Há pessoas que, por algum (ou muito) tempo, não têm o que pedir a Deus para si mesmas. Por isto, muitas vezes oram (muito) pouco. Orar torna-se algo a aprender.
Por uma espécie de programação interna, orar é pedir. Esse é, então, um tempo de orar para agradecer. A gratidão nasce do silêncio, no qual refletimos sobre nossa própria vida e concluímos que nada nos falta. A gratidão era um espaço interno de contemplação.
Contemplação. Palavra estranha. Prática estranha, num tempo de alta exposição, insaciável exaltação e extenuante agitação, como se a vida fosse um parque de diversões. A contemplação nos põe de cara com a transcendência; melhor: contemplar é estar face a face com o Transcendente.
Ao nos fazer olhar para dentro, o encontro com o Transcendente nos faz olhar para o lado. Olhando para o lado, vemos aquelas pessoas que estão na posição onde um dia estivemos: na posição de pedir. Seja por sua saúde ou pela saúde de uma pessoa querida; seja para o restabelecimento da alegria de ser ou para a restauração de alguém vencido pelo vício.
A lista de necessidade é tão grande quanto o número de pessoas que conhecemos. Diante dessas pessoas, então pedimos. Orar pelos outros nos põe diante de Deus. Na verdade, é por estarmos diante de Deus que oramos pelos outros.
É a gratidão que nos aproxima de Deus, exatamente, quando não precisando de nada e reconhecemos que foi ele quem nos deu o que somos.
Mel, pastor sênior.
Extraído do Informativo IBE nº 142 - 24/03/2012
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