Se na Câmara dos Deputados a eleição do pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
provocou uma série de reações negativas por conta de declarações homofóbicas e
racistas do parlamentar, a Câmara Legislativa do Distrito Federal também
registra a sua cota de polêmica. Mal foi eleito para comandar a Comissão de
Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar local, na
semana passada, e o deputado distrital Doutor Michel (PEN-DF) já fez declarações
fortes em plenário e nas redes sociais. Ele dá a entender que bandidos não são
dotados de humanidade e que, portanto, precisam ser combatidos. As posições
duras causaram constrangimento entre os colegas. Distrital de primeiro mandato,
Márcio Michel Alves de Oliveira é delegado de Polícia Civil de carreira. Em
2010, fez boa parte da sua campanha baseada em um discurso que colocava o
cidadão de bem de um lado e os bandidos de outro. Quando na atividade policial,
acabou chamando a atenção na forma que chefiava delegacias na região Norte do
DF, como em Sobradinho 2. “Era um delegado à moda antiga, que agia com força e
truculência, mas reduzia a criminalidade. Isso lhe deu popularidade. Quando se
candidatou, ele encarnou esse personagem e não o abandonou mesmo depois de
eleito”, diz um deputado.
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