Um mês depois da primeira renúncia de um papa em 600
anos e ainda sob a sombra de escândalos que mancharam a imagem do Vaticano, a
Igreja Católica começa hoje a definir o seu futuro no conclave que escolherá o
sucessor de Bento XVI. A eleição secreta contará com 115 cardeais e terá início
sem um franco favorito, embora o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo
Scherer, arcebispo de São Paulo, venham sendo apontados como candidatos mais
fortes nos últimos dias.O processo termina quando um dos concorrentes formar
maioria de dois terços, ultrapassando 77 votos. Hoje só está prevista uma
votação, e os fiéis devem esperar ao menos mais um dia até ver a fumaça branca
na chaminé da Capela Sistina, simbolizando a escolha de um novo papa. "Amanhã
(hoje) é de se esperar a fumaça negra", avisou o porta-voz da Santa Sé, padre
Federico Lombardi. Os últimos 15 conclaves levaram no mínimo dois dias. A
primeira votação costuma servir como uma espécie de peneira para selecionar os
candidatos que vão polarizar a disputa. Além de Scola e Scherer, aparecem nas
listas de mais cotados o canadense Marc Oullet, os americanos Sean ÒMalley e
Timothy Dolan, o húngaro Peter Erdo e o italiano Gianfranco Ravasi. Diante de um
cenário incerto, a maioria dos vaticanistas não descarta a vitória de um azarão,
a exemplo da eleição de João Paulo II, em 1978.
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