"Tenho 7 demônios no corpo! Eles vieram me buscar para
me levar pro inferno e vão matar todo mundo!" Essas afirmações estavam sendo
feitas durante vários dias por Reginaldo Lopes de Sá (foto ao lado), 22 anos.
Esse se dizia ser do capeta, que o demônio viria lhe buscar e iria o levar para
a casa dele. O fato em si seria apenas casual, uma vez que o demônio reina no
mundo do crime. Porém fatos sobre a vida de Reginaldo chamam a atenção da
população da região. Em 2010, assassinou brutalmente o primo dele, Domingos de
Sá, porque este negou dar para Reginaldo a quantia de R$ 5,00 para a compra de
drogas. Por esse motivo, o matou com várias facadas, tentando ainda arrancar sua
cabeça com a faca. Porém, a arma branca estava cega e ele não conseguiu realizar
o seu desejo. Na semana em que foi encontrado morto, Reginaldo foi conduzido ao
CAPS de Itambé, pois, segundo a Policia, ele apresentava sinais de alucinação.
No local, uma mulher vendia nas proximidades salgadinhos. Com a entrada do
rapaz, a senhora ficou assustada, e ao olhar em seus olhos soltou um longo
grito: "é o filho do demônio!", desmaiando sob o chão da instituição. No sábado
(7), na cela da cadeia, Reginaldo, já imaginava o que estava prestes a lhe
acontecer. O rapaz, segundo informações, estava apreensivo pois aquele para ele
seria seu último dia, "o demônio viria lhe buscar". Segundo os presos,
supostamente endemoniado, Reginaldo se levantou e começou a dizer que iria matar
os filhos deles, que iria matar todos eles, que estupraria suas mulheres. Os
presos não entenderam as provocações. O rapaz não parava e começou a agredir
alguns presos, esses reagiram e entraram em luta corporal com Reginaldo. Como se
intencionasse ser morto, o rapaz (ou o capeta) continuava a xingar os
presos.
Agente Paulo Rucas rapidamente correu para a
carceragem e conseguiu evitar a morte do rapaz, o retirando da cela e o
conduzindo para um Hospital. Para evitar novas agressões, o rapaz foi mantido em
uma cela distante e separada dos presos que brigaram. Mesmo afastado, o rapaz
continuava a gritar, dizendo que o demônio veio lhe buscar. Berrava e sorria,
sorria agressivamente, trincava os dentes e gritava que o capeta estava ali para
buscá-lo. Final da tarde, na cela trancada um silêncio total, os presos
cochilavam e aparentemente o rapaz estava tranquilo. Instante em que um dos
presos observou, Reginaldo se espendurava nas grades da cela com uma corda,
feita por lençóis, enrolada no pescoço. Momento em que ele pulou da cela ao
chão, se enforcando. Socorrido para um hospital de Itambé, o homem não resistiu,
vindo a falecer. Seu corpo foi velado no Bairro Sidney Almeida e será sepultado
no cemitério da cidade. Na cidade correm os boatos que Reginaldo frequentemente
vivia endemoniado. Para médicos e especialistas ele era apenas um doente mental.
Para presos e moradores, Reginaldo conversava sim com o CAPETA e no final ele o
buscou para morar com ele. http://www.itapetingaagora.net

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