As igrejas evangélicas são tão variadas
entre si que chega a causar estranheza entre ministérios, com um
ministério não reconhecendo no outro a mesma sã doutrina.
Particularmente para mim, cada ministério tem suas particularidades e
sua forma de servir a Deus.
Respeito e amor ao próximo devem sempre estar acima de nossas
diferenças. E saber entender as diferenças é sinal de maturidade.
Mais mesmo sabendo de tudo isso não tem
como não questionar a forma com que algumas igrejas se manifestam. Esta
foto marca para mim uma característica pentecostal que creio eu um dia
cair em desuso, talvez daqui a uns 150 anos, (brincadeirinha), ele um
dia vai cair, não sei quando. Mais vai. Deixe-me explicar melhor, veja o
fogo petencostal (Obs., minha igreja
é petencostal, eu sou petencostal, eu tenho um espírito pentecostal).
Na foto em questão vemos uma agitação, pulos, só de vê parece que
podemos ouvir até gritos de “Glória a Deus”, essa bagunça santa é ótima
para dar ânimo aos nossos corações, e nos dá um contato com o
sobrenatural de Deus quando sentimos a empolgação dos irmãos. Mais eis
que entre os presentes uma pessoa assiste a tudo passivamente, sem o
mesmo entusiasmo, e até mesmo com espanto penso eu.
O fato é que algumas igrejas
desenvolveram um fervor petencostal constante, se não houver os gritos
os pulos o culto não fluiu. Peraí, neste momento eu questiono, porque
tem que haver o fogo em todos os cultos, porque a pregação tem que ser
regado no calor da emotividade.
Estamos na igreja para
aprender a palavra de Deus, esse deve ser o foco, a emoção deve ser
natural, ocorrendo quando o espírito se manifestar, no momento e na
ocasião em que o próprio decidir. Essa forsação de barra para criar uma
emoção, que é humana e não sobrenatural esse desespero do pregador pela
emoção do ouvinte, em nada ajuda na disseminação da palavra. Excelentes
pregações não precisam ser necessariamente seguidas de emocionalismo.
Ela precisa trazer um conteúdo enriquecedor na sua essência, pela
sabedoria divina. E ora ela vem trazendo revelação, ora exortando, ora
manifestando amor e ora aflorando as emoções, mais a diversidade de
pregação, revela a diversidade do espírito operante. Cristão que sai
para ouvir a palavra da emoção, não compreende o verdadeiro sentido do
ministério, pois culto não é atrativo de entretenimento, mais de
conhecimento, devoção, expressão de fé, etc.
A pergunta “quem vai pregar
hoje” é comparar a igreja como uma lanchonete fastfut, ou seja, qual é o
cardápio de hoje. O que “vai rolar” esta noite. Expressões do tipo, não
gosto da palavra do pastor tal, o irmãzinho não me emociona com sua
palavra. E assim por diante, coloca sobre os ombros do pregador algo que
ele não deve aceitar. Um rótulo.
Não deve existir a palavra
do pastor tal, devemos nos colocar na condição de quem recebe revelações
do espírito para nós e para a igreja, quem for trazer a palavra, deve
esvaziar de si e buscar o que Deus desejar revelar. Sem vaidade, sem
show e sem espetáculo, apenas na vontade humilde de revelar a Deus e sua
vontade para nossas vidas, repassando conhecimentos essenciais para a
igreja.
Menos show, mais palavra. O
show é uma expressão mundana de atingir um público com técnicas de
pregação. Porém os verdadeiros adoradores, apreciam o que vem de Deus e
não o que é representado de forma teatral pelo pregador da ora.
Aos irmãos minha admoestação
no Senhor, ouça com o desejo pela doutrinação, e não com os olhos da
emoção. Se o espírito te revelar, você será impactado e a emoção será
natural.
Autor: Pastor Júlio Fonseca
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