Até o século XVI, o ano-novo era comemorado junto com a chegada da primavera, no dia 25 de março. As festas tradicionais incluíam troca de presentes e bailes noturnos. Duravam uma semana, acabando em 1º de abril.
Contudo, em 1582, papa Gregório XIII (1502-1585) estabeleceu o decreto que mudaria o calendário e seria válido para todos os cristãos. Em sua homenagem foi denominado “calendário gregoriano”, o mesmo que é usado até hoje.
A partir de então o ano-novo passou a ser o 1º de janeiro. A França só passou a seguir o decreto papal dois anos depois. Os franceses que resistiram à mudança, ou simplesmente a ignoraram continuavam comemorando na antiga data.
Surgiu então o costume de certas pessoas em ridicularizar esse apego ao antigo calendário. Os “bobos de abril” recebiam convites para festas que não existiam. Com o passar do tempo, virou uma tradição pregar peças em todo o país, acabou se espalhando para a vizinha Inglaterra e posteriormente por todo o mundo.
Popular no Brasil, o primeiro de abril passou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou o periódico A Mentira. Lançado em 1º de abril de 1828, trazia a (falsa) notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A última edição de A Mentira saiu em 14 de setembro de 1849, convidando todos os seus credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte em um endereço que não existia.
Para muitos fazer “pegadinhas” e contar mentiras neste dia é algo inofensivo. Contudo, muitos segmentos evangélicos fazem campanhas contra o hábito, lembrando que, segundo a Bíblia, a mentira tem sua origem no Diabo, que é chamado de seu “pai”. Com informações Religion News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIOS