Pelo menos 17 pessoas estão presas no corredor
da Delegacia de Polícia Civil de Macau, na região salineira do Rio Grande do
Norte, por falta de vagas no Centro de Detenção Provisória da cidade. São 14
homens e três mulheres. Entre elas, estão três mulheres amarradas com cordas por
falta de algemas. Uma delas, inclusive, está amamentando. O bebê é levado para
dentro da unidade pela família da presa. As informações foram repassadas ao G1
pelo Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública
(Sinpol-RN). Alguns detentos estão nas mesmas condições, sem algemas, desde o
carnaval. Representantes do Sinpol estiveram na delegacia na manhã desta
terça-feira (11) para constatar a situação. O caso foi comunicado à juíza da
comarca de Macau e será levado ao conhecimento do Ministério Público. “O Sinpol
vai pedir a retirada imediata dos presos da delegacia de Macau. Caso os presos
não sejam transferidos, os policiais vão abandonar o prédio e se apresentar na
sede da Delegacia Geral de Polícia”, informou a assessoria. "Essa situação é
insustentável. Os policiais estão correndo risco. Pode haver uma rebelião a
qualquer momento", disse Francisco Alves, um dos diretores do Sinpol. O diretor
de Policiamento no Interior, delegado José Carlos Oliveira, confirmou ao G1 que
oficiou nesta segunda-feira (10) a Coordenadoria da Administração Penitenciária
(Coape) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) para que providencie o
remanejamento dos presos. “Estamos aguardando agora a ação da Coape”,
corroborou. A delegacia de Macau possui uma carceragem com capacidade para 30
presos e está lotada. De acordo com o Sinpol, a maioria dos presos que estão no
corredor foi presa por furto ou posse de drogas. (Tribuna do Povo)
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