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terça-feira, 18 de março de 2014

Rio Pacificado: PMs mortos e cidadã arrastada por viatura.

PMERJ reforça policiamento na Rocinha, após tiroteio
PMERJ reforça policiamento na Rocinha, após tiroteio. Foto: Tânia Rêgo/ Agencia Brasil
O Rio de Janeiro ferve! Já falamos muito aqui sobre as Unidades de Polícia Pacificadora e suas fragilidades, pontuando que a tal “política de pacificação” é insuficiente e por demais marqueteira para as necessidades de segurança pública da população. Alguns pontos que justificam esse entendimento:
  • De maneira geral, os policiais militares não se identificam com o projeto, principalmente porque a mudança de filosofia não se deu de forma orgânica, interna corporis;
  • As intervenções feitas pelas UPPs foram pouco além das intervenções policiais/militares, deixando de lado ações urbanísticas, de saúde, educação, saneamento etc;
  • A fragilidade das ações sociais mais a falta de adesão dos policiais à proposta gerou a permanência e a insistência de estruturas criminosas que convivem com a presença policial  em sua parte minoritária corrupta, mas suficiente para minar a estabilidade das comunidades (e da presença policial legítima);
  • A existência de casos de abuso da força por parte de policiais têm gerado a quebra do pacto de parceria entre polícia e comunidade, desgastando ainda mais a viabilidade das UPPs.
Com todos esses vazamentos no reservatório de tentativas de implementar políticas de segurança pública sustentáveis no Rio de Janeiro, os últimos dias têm reservado tragédias sequenciais, que por um lado mostram setores das polícias e do Governo clamando por políticas de “mão dura” e por outro setores ideológicos que se posicionam a despeito do que ocorre com os policiais, que também são vítimas desse processo.
“Essa é a atmosfera de uma polícia que ouve seu Governador proclamar que ‘o caso Amarildo virou bandeira contra a pacificação’”
O gráfico abaixo, com dados colhidos por Roberta Trindade,  jornalista especializada em segurança pública, mostram que a tragédia da mortalidade policial neste ano supera e muito os dois últimos anos, até o dia 15 de março:
Policiais mortos em no Rio de Janeiro
No maremoto de acontecimentos trágicos, os policiais também praticam absurdos, como o caso da moradora de Madureira que foi arrastada por uma viatura em movimento. Segundo os policiais, a guarnição prestava socorro à vítima, que foi atingida por dois disparos de arma de fogo (sabe-se lá de que origem), e o porta-malas se abriu enquanto se dirigiam ao hospital. No mínimo, cometeram uma grande desumanidade ao colocar uma vítima gravemente ferida no interior de um porta-malas. No mínimo.
Essa é a atmosfera de uma polícia que ouve seu Governador proclamar que “o caso Amarildo virou bandeira contra a pacificação”, como se aqueles que criticassem o caso do sumiço do ajudante de obras fossem os mesmos que realizaram atentados contra policiais militares, a exemplo do ataque que vitimou o subcomandante da UPP da Rocinha.
Mais uma grande crise está instalada na segurança pública do Rio de Janeiro (espécie de microcosmo do que ocorre no Brasil), e tudo não passa da guerrilha midiática, das respostas irresponsáveis, das ações de estancamento e dos combates politiqueiros de sempre. Sabemos bem quem paga o pato no final: os policiais e as comunidades das periferias, na guerra particular que (se) enfrentam cotidianamente.

Fonte: abordagem policial

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