![PMERJ reforça policiamento na Rocinha, após tiroteio](http://abordagempolicial.com/wp-content/uploads/2014/03/rocinha.jpg)
PMERJ reforça policiamento na Rocinha, após tiroteio. Foto: Tânia Rêgo/ Agencia Brasil
- De maneira geral, os policiais militares não se identificam com o projeto, principalmente porque a mudança de filosofia não se deu de forma orgânica, interna corporis;
- As intervenções feitas pelas UPPs foram pouco além das intervenções policiais/militares, deixando de lado ações urbanísticas, de saúde, educação, saneamento etc;
- A fragilidade das ações sociais mais a falta de adesão dos policiais à proposta gerou a permanência e a insistência de estruturas criminosas que convivem com a presença policial em sua parte minoritária corrupta, mas suficiente para minar a estabilidade das comunidades (e da presença policial legítima);
- A existência de casos de abuso da força por parte de policiais têm gerado a quebra do pacto de parceria entre polícia e comunidade, desgastando ainda mais a viabilidade das UPPs.
“Essa é a atmosfera de uma polícia que ouve seu Governador proclamar que ‘o caso Amarildo virou bandeira contra a pacificação’”O gráfico abaixo, com dados colhidos por Roberta Trindade, jornalista especializada em segurança pública, mostram que a tragédia da mortalidade policial neste ano supera e muito os dois últimos anos, até o dia 15 de março:
![Policiais mortos em no Rio de Janeiro](http://abordagempolicial.com/wp-content/uploads/2014/03/policiaismortosriodejaneiro.png)
No maremoto de acontecimentos trágicos, os policiais também praticam absurdos, como o caso da moradora de Madureira que foi arrastada por uma viatura em movimento. Segundo os policiais, a guarnição prestava socorro à vítima, que foi atingida por dois disparos de arma de fogo (sabe-se lá de que origem), e o porta-malas se abriu enquanto se dirigiam ao hospital. No mínimo, cometeram uma grande desumanidade ao colocar uma vítima gravemente ferida no interior de um porta-malas. No mínimo.
Essa é a atmosfera de uma polícia que ouve seu Governador proclamar que “o caso Amarildo virou bandeira contra a pacificação”, como se aqueles que criticassem o caso do sumiço do ajudante de obras fossem os mesmos que realizaram atentados contra policiais militares, a exemplo do ataque que vitimou o subcomandante da UPP da Rocinha.
Mais uma grande crise está instalada na segurança pública do Rio de Janeiro (espécie de microcosmo do que ocorre no Brasil), e tudo não passa da guerrilha midiática, das respostas irresponsáveis, das ações de estancamento e dos combates politiqueiros de sempre. Sabemos bem quem paga o pato no final: os policiais e as comunidades das periferias, na guerra particular que (se) enfrentam cotidianamente.
Fonte: abordagem policial
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