Abdel Fattah al-Sisi é candidato à Presidência do Egito |
O engenheiro-chefe do exército egípcio, Taher
Abdullah, disse que o Egito possui tecnologia capaz de diagnosticar aids,
hepatite C e outras doenças sem retirar o sangue do paciente, além de poder
curar tais doenças.. O engenheiro, acompanhado de outras autoridades egípcias,
fez uma demonstração da nova tecnologia, transmitida por canais de televisão
locais na quarta-feira, 26 de fevereiro. O candidato à presidência,
general Abdel Fatah al-Sisi, assistiu à demonstração. Segundo o engenheiro, as
doenças seriam detectadas e curadas por tecnologias chamadas C-Fast e
I-Fast, que funcionariam à base de eletromagnetismo, segundo informações do
jornal The Guardian. A comunidade científica mundial ficou chocada com a
“revelação” do exército egípcio e, para alguns cientistas, o vídeo teria
colocado a reputação do país em risco, devido à falta de explicação científica
sobre a afirmação de diagnóstico e cura. Apesar do ceticismo, o porta-voz do
Ministério da Saúde egípcio, Mohammed Fathallah, disse o ministério reconhece
os dispositivos como legítimos. Gamal Shiha, chefe de uma das associações mais
importantes da medicina no Egito (Association for Liver Patients Care), enviou
um comunicado dizendo estar “muito irritado” com os militares, pois também teria
trabalhado em estudos da nova tecnologia e que o anúncio teria sido
"precipitado". Ele disse que apenas um dos dispositivos – o C-Fast - passou por
testes. Segundo o jornal, o médico revelou que as frequências electromagnéticas
seriam semelhantes aos usados em detectores de bomba e radares, e que teria
sido testada em mais de 2 mil pacientes com uma elevada taxa de sucesso. "A
tecnologia de C-Fast é eficaz, sem dúvida", disse Shiha. De acordo com o The
Guardian, um professor da Universidade de Londres teria participado de uma
demonstração dos dispositivos durante uma visita ao Egito, mas ele disse que não
foram dadas explicações convincentes e que ele não teria experimentado a
tecnologia.
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