A ministra da Secretaria de Direitos Humanos,
Maria do Rosário, apontou a Polícia Militar do Rio de Janeiro como principal
suspeita no caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo Souza, morador da
favela Rocinha que sumiu em 14 de julho, após ter sido levado para uma
averiguação por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da
comunidade. Na avaliação da ministra, as autoridades policiais têm
responsabilidade sobre o desaparecimento. "A primeira suspeição que todos nós
devemos ter é de responsabilidade pública também nesse desaparecimento”, afirmou
a ministra. “O inquérito sobre o desaparecimento deve ser feito com a hipótese
clara, concreta de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso
de autoridade, da violência policial”, disse em outro momento. A ministra, no
entanto, não condenou as instalações das UPPs nas comunidades para o
enfrentamento ao tráfico de drogas. "Não podemos jogar fora as experiências que
nós temos tido de pacificação, mas agora devemos ler essa situação como aquela
condição em que as comunidades precisam estar livres das ações do tráfico e do
crime e poderem confiar plenamente na sua política”, avaliou a ministra. “Mesmo
em comunidades pacificadas nós devemos procurar construir uma cultura de
polícia, que esteja próxima da comunidade”, ponderou Maria do Rosário, dizendo
que a polícia “deve ser o mocinho”. “Ela (polícia) não pode abordar o
trabalhador e ele desparecer”, concluiu.
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