A OAB-RJ tenta obter há três meses informações
oficiais sobre número de desaparecidos e de autos de resistência (mortes em
confronto) no Estado do Rio. A entidade ainda não recebeu os registros da
Polícia Civil e do Tribunal de Justiça, essenciais para montar um banco de dados
sobre violência policial. "É uma verdadeira caixa-preta", diz o presidente da
Ordem, Felipe Santa Cruz. A mobilização da OAB-RJ em torno do tema começou em
agosto, com o projeto Desaparecidos da Democracia --criado após a morte do
pedreiro Amarildo. Segundo Cruz, conhecer o problema em detalhes é importante
para entendê-lo e combatê-lo. "Todo dia recebo e-mail de alguém dizendo que
conhece um novo caso Amarildo." A Polícia Civil informa, em nota, que o pedido
da Ordem está em análise na assessoria jurídica, por causa do "caráter sigiloso
dos dados", e uma resposta deve sair nos próximos dias. O Tribunal de Justiça
declara ter solicitado critérios específicos para a consulta, "tendo em vista a
abrangência e complexidade do pedido". As informações enviadas pelo Ministério
Público, único órgão que atendeu à solicitação, estão sendo avaliadas pela OAB.
(Mônica Bergamo)
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