Um ano depois da resolução que recomenda a
polícia a não socorrer feridos nas ruas e a aguardar atendimento especializado,
as mortes causadas por policiais militares caíram 39% no Estado de São Paulo
--atingindo o nível mais baixo em 15 anos. Segundo dados da Secretaria da
Segurança Pública, em 2013, policiais militares mataram 335 pessoas em
confrontos. No ano anterior, foram 546 mortes. Na capital paulista, a queda na
chamada letalidade da polícia no período foi ainda mais acentuada, 47% --de 230
mortes para 121. Para a cúpula da secretária, a resolução foi uma das medidas
que contribuíram para a queda das mortes. Implantada no início de 2013, com o
argumento oficial de garantir a feridos socorro especializado, como o feito pelo
Samu, ela também tinha o objetivo não declarado de reduzir mortes suspeitas
praticadas por policiais e a alteração de cenas de crime. O secretário Fernando
Grella Vieira atribui parte da queda ao melhor socorro prestado ao feridos, o
que, segundo ele, aumentou a chance de sobrevivência. "O policial tem formação
para realizar os primeiros socorros, mas ele não tem todos os materiais e
equipamentos." A resolução foi uma das primeira medidas tomadas por Grella após
assumir a pasta, em novembro de 2012. Naquele ano, São Paulo viveu uma onda de
violência, com crescimento do número de homicídios e mortes em confrontos com a
PM.
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