Terminou sem acordo a audiência de conciliação
entre a Telexfree e o Ministério Público do Acre (MP-AC), realizada nesta
quinta-feira (14). O resultado era esperado, uma vez que os promotores querem o
fim da empresa, acusada de ser uma pirâmide financeira com cerca de 1 milhão de
integrantes, e a devolução das verbas por eles investidas. As duas partes,
entretanto, chegaram a apresentar propostas, diz a juíza Thaís Khalil, da 2ª
Vara Cível de Rio Branco e responsável pelo caso. Um eventual acordo poderia
abrir caminho para que a Justiça levantasse o bloqueio da contas e atividades da
Telexfree, imposto há 149 dias pela juíza. O pedido de congelamento foi feito
pelo MP-AC, com o argumento de garantir que os recursos estejam disponsíveis
para ressarcir os integrantes da rede, chamados de divulgadores. Essa devolução,
entretando, dependerá de a Telexfree, de fato, ser condenada na ação principal.
O fim do julgamento desse processo, que também tramita na 2ª Vara Cível,
dificilmente ocorrerá neste ano, segundo Thaís. Antes de decidir, a juíza
precisará analisar questões preliminares – por exemplo, se o MP-AC tem
legitimidade para processar a Telexfree. Além disso, tanto a empresa como os
promotores pediram a realização de perícias, o que leva tempo. Enquanto isso não
ocorrer, quem entrou com ação individual para tentar obter as verbas de volta
também não deve conseguir ter o dinheiro de volta, mesmo que obtenha uma decisão
favorável. (IG)
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