Assistindo ao programa Jornal da Band das 19 hs vi uma
pérola do jornalista Fábio Pannuzzo que apresentava o folhetim
televisivo. Observem! Cidadão liga para o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU), o motivo da ligação foi o fato de que o seu
genitor teria sofrido uma convulsão (não se sabe a causa, a notícia não
esclareceu) abruptamente. Diante a demora no atendimento, o filho
observando a agonia familiar e da vítima, ligou para o 190 (Polícia
Militar), em dez minutos, isso mesmo! Dez minutos, assim disse o filho,
uma viatura da PM-SP chegou com uma equipe no local destinado. Mas e a
viatura do SAMU? A reportagem mostrou que a viatura de socorro de
urgência e emergência após duas horas de espera não havia chegado à
localidade. Quem estiver lendo ainda não se assustou? A reportagem
prossegue, e o jornalista Fabio Pannuzzo afirma que o Governador havia
divulgado uma portaria-executiva direcionando os procedimentos
vedando policiais de prestarem socorrismo a qualquer indivíduo,
principalmente quando em confronto com os órgãos de segurança pública.
diante de tal ato administrativo que ainda não foi solucionado perante o
Superior Tribunal Federal os policiais militares esperaram a chegada de
pessoal qualificado e com viatura destinada para esse tipo de
atendimento com equipamentos inerentes a profissão. A entrevista
prossegue e o diretor de área do SAMU diz que a guarnição da PM deveria
sim prestar o socorro a vítima e o nobre jornalista chama em rede
nacional os militares de fascínoras que deixam a sociedade refém de seus
atos criminosos. Ora, nada se falou sobre a demora no atendimentopor
parte do SAMU, nada se falou sobre a esdrúxula portaria assinada e
divulgada em Diário Oficial pelo Governador Geraldo Alckimin. Foram duas
horas, isso mesmo! Duas horas e os prepostos do SAMU não haviam
chegado, e sobre o conteúdo da portaria (que na minha visão mínima
jurídica é inconstitucional) imoral e ilegal nada disseram. O PM é
treinado para policiamento ostensivo-preventivo, as viaturas da PM não
possuem equipamentos para salvar vidas, não possuem local adequado para
transporte de pessoas vítimas de infortúnio físico-mental. O Ministério
Público do Estado de São Paulo inadvertidamente se calou perante o
assunto, nessa insatisfação e falta de zelo pela vida fica o cidadão que
tem seus direitos constitucionais atingidos de maneira cruel, o
desserviço jornalístico feito pelo jornal da Band trás á baila o
preconceito marginal perante aos PM's, não coaduno com atos ilegais,
hediondos, mas utilizar de um instrumento (TV) para atingir covardemente
profissionais que estão para doar a sua vida em prol de outro por
míseros R$ 2 mil reais, isso é insano. O nobre governador quando veio a
público e fez da entrevista um "palanque político" deveria também já ter
previsto tais situações.
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