Acorrentas os meus pés e vigias todos os meus
caminhos, pondo limites aos meus passos (J. 13.27).
Uma acusação comum entre tantas outras é que o
cristão seria estreito, popularmente chamado de careta – alguém que tem uma
vida com limites, não tendo a mesma “liberdade” de outras pessoas. Muitos
cristãos não gostam de ser chamados assim. E realmente não devem ser rotulados
como pessoas estreitas em sentido pejorativo, pois na verdade o evangelho não é
uma lista de proibições e sim um caminho que conduz à verdade e à vida
eterna.
O perigo é que muitos cristãos, não querendo ser
discriminados, são mais liberais do que aqueles que não frequentam nenhuma
igreja. Acreditam que podem ser cristãos e viver normalmente, sem qualquer
limite. Abusam da liberdade, transformando-a em libertinagem. Não devemos ter
medo de ser considerados estreitos. De fato, essa palavra deve expressar bem o
nosso estilo de vida. Se quisermos ser cristãos dignos de levar o nome de
Cristo, devemos até esforçar-nos em ser pessoas estreitas. Ser estreito é a
forma de se aproximar de Deus. É preciso um caráter extraordinário para dizer
não à tentação, para se restringir e se controlar. Não se contente com um nível
comum, sirva de forma plena, como um especialista.
Lembre-se que ser estreito é viver com integridade,
não com superficialidade. Não é ser limitador do próximo, mas cuidadoso com seu
caráter pessoal – ser estreito não em apenas alguns detalhes, mas atento a todas
as coisas. Nossa maior preocupação não deve ser o que parecemos aos olhos dos
outros, mas como devemos comportar-nos para agradar a Deus. O texto de Mateus
7.13 diz que muitos não seguem o caminho estreito, andam por um caminho amplo
que conduz à perdição. O caminho amplo é o da vontade, do desejo que vai além do
limite adequado. É preciso ter limites na vida e decisões guiadas pela Palavra e
a vontade de Deus.
Se isso é ser estreito, careta, antiquado, quadrado,
que seja, mas é isso mesmo que devemos ser. – HSG
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