A jornada de jovens evangélicos nas universidades termina, em sua maioria, no abandono destes à prática religiosa, e o assunto foi tema de um artigo do pastor Renato Vargens, em seu blog.
Dados de uma pesquisa realizada em 2009 pelo instituto Christian Consulting for Colleges and Ministries detectou que 58% dos jovens cristãos que ingressas na faculdade, se afastam das igrejas nas quais cresceram, e o principal motivo alegado pelos entrevistados é o conflito de ideias e princípios.
O pastor Renato Vargens acredita que parte do distanciamento destes jovens se dá pelo despreparo destes, e responsabiliza as igrejas por isso: “Afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está oferecendo a sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução de valores absolutamente anticristãos”, explica o pastor.
“As universidades públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a informação de professores que em sala de aula zombam de Cristo, ridicularizando publicamente todos aqueles que se dizem cristãos”, afirma Vargens que entende que a família tem parcela de responsabilidade: “Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujo os valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram relativizados. Nesta perspectiva não são poucos aqueles que ao longo dos anos tem sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente antagônicos aos pressupostos bíblico-cristãos”.
Vargens ressalta ainda que é importante que as igrejas tenham meios para fornecer informações aos jovens a respeito da contemporaneidade, fazendo assim com que eles não sejam surpreendidos na faculdade: “Nossos jovens não tem sido preparados pela igreja para responder as perguntas de uma sociedade sem Deus como também oferecer respostas àqueles que lhes questionam a razão da sua fé. Nesta perspectiva os conceitos ‘simplistas’ de alguns dos nossos rapazes e moças tem sido facilmente desconstruídos num ambiente onde o ceticismo e a incredulidade se fazem presentes”.
Citando o velho continente como exemplo, o pastor afirma que a sociedade tem trabalhado e vivido em função do prazer pessoal, o que afasta o homem de Deus: “A Europa por exemplo transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja”.
Renato Vargens aponta, entre outras ações, iniciativas que são necessárias para reverter o quadro: “A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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