O curioso é que estas grandes operações, em que são aplicadas forças militares federais para atuar, justificam-se sob o ponto de vista da “guerra às drogas” ou “guerra ao tráfico”, política criada e ainda sustentada pelos Estados Unidos da América. E agora, quem vem a público recomendar que os países latinos não utilizem estrutura bélico-militar para lidar com cidadãos…? Contradição perversa e hipócrita:
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, advertiu os países do Hemisfério Ocidental nesta segunda-feira contra a dependência das Forças Armadas para desempenhar funções policiais, dizendo a uma reunião de ministros de Defesa da região que as autoridades civis devem ser fortalecidas para lidar com a aplicação da lei.
Abordando um problema enfrentado por muitos países latino-americanos que lutam contra insurgências e o tráfico de drogas, Panetta disse às autoridades que “o uso de militares para realizar a aplicação da lei civil não pode ser uma solução de longo prazo”.
Ele reconheceu que, às vezes, é difícil saber se as ameaças à paz e à estabilidade devem ser tratadas pelos policiais ou pelo Exército, um debate que dividiu os Estados Unidos durante a resposta aos ataques de 11 de Setembro.
“Como parceiros, os Estados Unidos vão fazer o que nós pudermos para aproximar as diferenças de capacidade entre as forças armadas e os policiais”, disse Panetta na 10a Conferência de Ministros da Defesa das Américas.
“Temos o compromisso de fazê-lo de uma forma respeitosa aos direitos humanos, à regra da lei e à autoridade civil”, afirmou. “Nós podemos e iremos fornecer uma ajuda, mas as autoridades civis, em última análise, devem ser capazes de arcar com esse ônus por conta própria.”
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