Lembrem-se
da mulher de Ló! Quem tentar conservar a sua vida a perderá, e quem perder a sua
vida a preservará (Lc 17.32-33).
Sempre estranhei essas placas afixadas
em locais públicos que dizem “Achados e perdidos”. Não seria o contrário?
Primeiro se perde, depois se acha o que se perdeu, não é? Não sei por que
costumam dizer assim, mas aquilo me lembra o que Jesus diz no versículo em
destaque, também nesta ordem inversa: primeiro fala em achar (ou conservar),
depois em perder. Não se trata de objetos perdidos e talvez reencontrados – mas
é bom prestar atenção ao assunto, porque aqui se acha e se perde nada menos que
a própria vida!
Agora, por que achar primeiro e depois perder? É porque
se acha uma coisa e com isso se perde outra. As duas se chamam “vida” – só que
uma é falsa e a outra é verdadeira.
E a mulher de Ló? O que tem com
isso?
Você leu a história dela: tentou achar a vida no lugar errado e por
isso a perdeu. Teve de fugir de Sodoma, a cidade condenada, para ter vida, mas
quis preservar a vida falsa de antes e olhou para trás. Deu no que
deu.
Todos procuramos a felicidade ou o sentido da vida. Fazemos isso
porque percebemos que falta algo, mas o que encontramos por aí é falso e
perecível – perde-se. Não é a vida como deve ser. Jesus ensina que ao tentarmos
achar a vida por nossa conta acabamos só enchendo as mãos de inutilidades, a
ponto de não sobrar mais espaço para o que importa realmente – que então
permanece perdido. Por isso, diz Jesus, é melhor perder a vida (ou aquilo que
nós imaginamos ser a vida) para então encontrar com ele a vida verdadeira – que
proporciona paz e um bom relacionamento com Deus, sob a direção daquele que,
como Criador, melhor que ninguém sabe do que necessitamos. Nossa busca
certamente dará em algo. No quê, dependerá do que buscarmos e onde – em “Sodoma”
ou com Jesus. - RK
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