Mais de uma morte por dia. Na média, este é o resultado dos Autos de Resistência
(AR) na Bahia, de janeiro a agosto deste ano. Em 244 dias, foram registrados 267
óbitos de pessoas envolvidas em alegados confrontos com policiais. Os números
são da Coordenação de Documentação e Estatística Policial (Cedep), órgão da
Secretaria da Segurança Pública (SSP). A soma representa um crescimento de 58,9%
nos casos de ‘resistência seguida de morte’ em relação ao mesmo período do ano
passado, quando morreram 168 pessoas. No total deste ano, foram 103 mortes na
capital, 50 na Região Metropolitana e 114 nas outras cidades do interior. Se
forem contabilizadas apenas as mortes do primeiro semestre, a Bahia registrou
191 óbitos em AR, o que corresponde a uma taxa de 2,73 mortes por cada 100 mil
habitantes. No estado de São Paulo, onde de janeiro a junho ocorreram 239
mortes, a taxa é de 1,16.
Já no estado do Rio de Janeiro, os dados apontam 214
mortes nos primeiro seis meses do ano, chegando a uma taxa de 2,68. Se levados
em conta apenas os números das capitais, a taxa de mortes em confronto com a
polícia em Salvador, no primeiro semestre, é de 5,77. Ao todo, o Cedep registrou
77 casos na capital baiana.Em São Paulo, foram 147 mortes (taxa de 2,62), e na
capital fluminense, 132 mortes (4,19). Mesmo defendendo o AR como uma forma de
respaldar a ação policial, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa,
acha que todas as operações sejam cautelosas. “Não comemoramos nenhuma morte.
Antigamente, se bradava que bandido bom era bandido morto. Não existe mais isso.
Trabalhamos com a ideia de aproximação da comunidade”, afirmou Barbosa, durante
a inauguração da Base Comunitária de Segurança do Bairro da Paz.
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