É coerente afirmar que o ser humano tem uma necessidade
insaciável de se mostrar, de se expor. Definitivamente, não vivemos na
era da discrição, principalmente devido às redes sociais, como o
facebook.
Mediante tal realidade contemporânea, percebemos que certas exposições
tem extrapolado alguns limites. A exposição do corpo físico tem sido a
bola da vez. É comum acompanharmos notícias de pessoas que, por descuido
ou não, deixam vazar suas imagens de nudez na internet. Quantos
casamentos arruinados por uma imagem inadequada, quantas jovens que
neste exato momento estão sofrendo dissabores emocionais em consequência
de tais exposições. Tragicamente, com o apelo da mídia e da sociedade,
vivemos um verdadeiro culto ao corpo. Tal valorização e ostentação
excessiva tem de modo sutil levado muitas pessoas à pornografia,
prostituição e lascívia. Nisto o apóstolo Paulo já nos alertou em seus
escritos: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição,
impureza, paixão lasciva… por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre
os filhos da desobediência” (Colossenses 3:5,6). Diante deste quadro,
ficam as seguintes perguntas para refletirmos: O que leva alguém a
concordar com tamanha exposição corporal? Por que deixar partes do corpo
tão à mostra? Qual é o objetivo? Seria carência emocional ou
provocação? Algum tempo atrás, estava assistindo um comercial de TV no
horário nobre. De repente, tanto o homem como a mulher começaram a se
despir, ficando somente com suas roupas íntimas. E o comercial não era
de
lingerie. Surgiu então, em mim, o seguinte
questionamento: nesta propaganda, neste horário, anunciando a venda de
um determinado produto, seria mesmo necessário os personagens tirarem
partes de suas roupas? Fiquei indignado com tal comercial. Para garantir
o sucesso, foi preciso apelar para a seminudez. Engana-se quem pensa
que estamos enfrentando uma crise no Brasil e no mundo somente na esfera
política, econômica e ambiental. Em pleno século XXI, pasmem, estamos
vivenciando como nunca a
crise do pano, a era da depravada exposição corporal. Precisamos
aprender a valorizar nosso corpo, independente de qual seja a nossa
cultura, pois ele é o templo do Espírito Santo. Devemos considerar outro
alerta de Paulo sobre este assunto:
“Fugi da impureza.
Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele
que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo; Acaso, não
sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós,
o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?; Porque
fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso
corpo” (1 Coríntios 6:18-20). Tanto homens como mulheres tem caído
na armadilha de exporem seus corpos. Há homens que se sentem atraídos
pelos decotes exagerados, pelos shorts, microssaias e roupas
transparentes usados por muitas mulheres. Há mulheres que também sentem
atração em relação ao homem mediante vestes que supervalorizam seu porte
físico. Nestes contextos, a sensualidade está intrinsecamente
impregnada. É importante salientar que o modo como nos vestimos pode
dizer muito sobre nosso estilo de vida e quem somos. Algumas vezes,
conseguimos dizer a qual grupo uma pessoa pertence só pelo modo que ela
se veste. Para sabermos se estamos nos vestindo adequadamente, devemos
nos perguntar: Essa roupa cai bem em mim? Será que eu não induzirei
outras pessoas ao pecado da imoralidade sexual pela forma que estou
vestido? Sinto paz ou um certo constrangimento com tal roupa? Jesus
aprovaria minha escolha? Como cristãos, nosso alvo deve ser sempre
agradar a Deus, seja em palavras, atitudes e com certeza, com nossas
vestes. Ter bom senso, discrição e decência na hora de escolher uma
roupa sempre dá certo. A todo momento nos deparamos nos noticiários com
casos de abusos sexuais envolvendo crianças e adultos. Parece que os
impulsos sexuais estão sem controle. A pornografia reina de modo
explícito na internet, nas bancas de jornais e nos filmes. Afinal de
contas, nosso corpo é para agradar a quem? À sociedade ou ao Senhor? A
Bíblia recomenda que devemos agradar a Deus em nosso corpo. Seja dentro
ou fora da igreja. É necessário que venhamos nos abster da impureza e da
imoralidade. Nosso corpo deve ser um objeto de honra e não de desonra. A
“exibição” do corpo deve ser exclusivamente para o cônjuge. Aprenda a
valorizar seu corpo de acordo com o que abordamos neste artigo. Como já
afirmou Paulo em 1 Coríntios 6.12: “Todas as coisas me são lícitas, mas
nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas”. Fomos chamados para andarmos na contramão
deste mundo tenebroso que se definha a cada dia na área moral.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional. E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:1,2).
Não precisamos nos expor para sermos felizes; precisamos simplesmente
agradar a Deus através de nossas vidas e escolhas. Este é o caminho para
a real satisfação!
Ademir Almeida
www.missionárioademir.com.br
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