Ainda muito abalada pela invasão ao Fórum de
Bangu por criminosos com fuzis, quinta-feira, a juíza da 2ª Vara Criminal de
Bangu, Luciana Moco, pediu afastamento do cargo. A magistrada estava em
audiência quando houve o tiroteio entre criminosos e PMs que faziam a segurança
do lugar. Apavorada, escondeu-se debaixo da mesa. Na ação, um policial e uma
criança de oito anos foram mortos. O pedido foi feito nesta segunda-feira à
presidente do Tribunal de Justiça, Leila Mariano, que classificou a ação dos
bandidos como um problema de segurança pública, e não institucional. A
desembargadora questionou ainda os serviços de inteligência e de repressão do
estado, que não detectaram o plano de invasão e nem impediram que 15 criminosos
saíssem de Belford Roxo, na Baixada, fortemente armados, e fossem até Bangu. O
plano, além de resgatar traficantes, incluía matar o juiz da 1ª Vara Criminal de
Bangu, Alexandre Abrahão, como O DIA noticiou sábado. Apesar das declarações,
Leila disse que não queria apontar culpados. A desembargadora defendeu a criação
de um protocolo de ações para tentar minimizar os riscos das saídas de detentos
para os fóruns. Para discutir as medidas a serem tomadas, Leila se encontra hoje
com o governador Sergio Cabral, o secretário de Administração Penitenciária,
Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, o secretário de Segurança Pública, José
Mariano Beltrame, e representantes do Ministério Público e da OAB.
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