
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal, negou, nesta terça-feira, pedido do deputado-pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) - o polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados - de adiamento do depoimento que ele terá de prestar ao ministro, na
próxima sexta-feira, na condição de réu, acusado de estelionato na ação penal
(AP 612). Lewandowski é o relator da ação, oriunda do Rio Grande do Sul, que
tramita no STF desde que Feliciano passou a ser parlamentar. Na ação penal, o
deputado federal é acusado de ter recebido R$ 13,3 mil para realizar dois cultos
religiosos no Rio Grande do Sul, aos quais não compareceu. Feliciano pretendia
adiar o interrogatório porque, na sexta-feira, teria de participar de uma
reunião religiosa em Igarapé-Miri, no Pará. Pastor de uma igreja evangélica, o
deputado passou a ser notícia depois de assumir a presidência da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara, indicado por seu partido, apesar de ter feito -
anteriormente - declarações consideradas racistas e homofóbicas. "Indefiro tal
pretensão, porquanto a data, sexta-feira, foi escolhida de modo a não prejudicar
a atuação parlamentar do denunciado. Ademais, as atividades judiciárias preferem
a quaisquer outras de natureza privada”, escreveu Lewandowski no seu despacho.
(JB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIOS