Um júri popular formado por sete pessoas condenou
na madrugada deste domingo, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da
capital paulista, 23 policiais militares a 156 anos de prisão cada um pela morte
de 13 detentos no massacre do Carandiru, como ficou conhecido a ação que
terminou com 111 pessoas assassinadas na Casa de Detenção de São Paulo, em 2 de
outubro de 1992. Foram considerados culpados por homicídio qualificado, já que
não houve chance de defesa das vítimas, os seguintes réus que participaram da
ação no segundo pavimento do Pavilhão 9: Ronaldo Ribeiro dos Santos (comandante
do pelotão da Rota); Aércio Dornellas Santos (que também atuava como comandante
do grupo); Wlandekis Antônio Cândido Silva; Joel Cantílio Dias; Antonio Luiz
Aparecido Marangoni; Pedro Paulo de Oliveira Marques; Gervásio Pereira dos
Santos Filho; Marcos Antônio de Medeiros; Haroldo Wilson de Mello; Paulo Estevão
de Melo; Roberto Yoshio Yoshicado; Salvador Sarnelli; Fernando Trindade; Antônio
Mauro Scarpa; Argemiro Cândido; Elder Taraboni; Sidnei Serafim dos Anjos;
Marcelo José de Lira; Roberto do Carmo Filho; Zaqueu Teixeira; Osvaldo Papa;
Marcos Ricardo Polinato; e Reinaldo Henrique de Oliveira. Os condenados, no
entanto, podem pedir recurso da decisão em liberdade. Por outro lado, foi
absolvido, a pedido da promotoria, o policial Roberto Alberto da Silva. De
acordo com o MP, ele atuou no terceiro pavimento da Casa de Detenção e deve ser
julgado em outra oportunidade. Além dele, também foram considerados inocentes
Eduardo Espósito e Maurício Marchese Rodrigues que, segundo o promotor,
integravam a tropa do canil e teriam apenas auxiliado a entrada da equipe da
Rota ao segundo pavimento. No total, foram sete dias de julgamento com
depoimentos de sobreviventes, autoridades e peritos. Mas, este foi apenas o
primeiro júri do caso. Isso porque o processo completo tem 79 réus. A quantidade
elevada fez a promotoria dividir a análise em etapas. As datas dos próximos
júris ainda não foram divulgadas.
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