
João exortava o povo e lhe pregava as boas novas (Lc
3.18b).
Para os judeus, Deus parecia calado. Há séculos ele
não enviava mais profetas, e além disso as promessas referentes ao Messias
estavam demorando a se cumprir. Será que o Senhor tinha abandonado seu povo? Foi
neste contexto que surgiu João Batista, anunciando que Deus estava, sim, agindo.
Jesus, o Messias prometido, já tinha nascido, crescera e estava para começar seu
ministério. O povo não sabia, mas a promessa já estava se cumprindo. Deus iria
iniciar um novo relacionamento com o homem por meio da morte de seu Filho,
baseado no perdão. Antes, porém, enviou João Batista com a tarefa de anunciar
que Cristo estava chegando e preparar, dessa forma, o caminho para ele. Assim,
João proclamou a necessidade de um arrependimento verdadeiro: as pessoas
deveriam identificar e abandonar tudo aquilo que desagradava a Deus, mudando sua
conduta. Desta forma, estariam prontas para receber o perdão e escapariam do
julgamento divino. Um fato interessante a respeito de João Batista é que ele não
anunciou a si mesmo. Muitos acharam que ele era o Messias esperado, mas João
sempre apontou para Jesus.
Hoje, nosso contexto não é muito diferente: muitos
pensam que Deus está distante demais para se importar conosco, que Jesus está
demorando a voltar e talvez tenha esquecido de suas promessas. Mas nada disso é
verdade, pois Deus está agindo! Ele não mandou um profeta, mas tem usado vários
sinais para mostrar que sua promessa está se cumprindo (veja em Mt 24 a
descrição de muitos destes sinais). Como João, somos enviados a lembrar a todos
que Cristo virá, sim, e por isso é preciso preparar‑se por meio do
arrependimento e de mudança de vida. Estas atitudes, juntamente com a fé em
Cristo, resultam em perdão, em um novo relacionamento com Deus e em vida eterna
com ele. Além disso, temos a tarefa de apontar para Cristo por meio de nossa
vida, preparando‑nos também para sua chegada. – VWR
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