A
onda de violência iniciada há um mês na Grande São Paulo, quando
policiais militares de folga passaram a ser alvo de atentados e mortos,
teve um novo capítulo entre a noite de quinta e a madrugada de ontem:
em quatro horas, oito suspeitos foram mortos por PMs em seis
ocorrências. Em todos os casos, a versão dos policiais para as mortes é
a mesma: eles faziam patrulhamento, desconfiaram de veículos, deram
ordem de parada e houve fuga, perseguição e tiroteio. Em nenhuma das
seis ocorrências, duas delas envolvendo a Rota, PMs se feriram. Um dos
mortos é suspeito de ter atirado contra uma base fixa da PM em
Parelheiros, bairro da zona sul paulistana. O saldo das mortes em
quatro horas ficou bem acima da média diária registrada entre janeiro e
maio deste ano no Estado, segundo a Corregedoria da PM -1,7 ao dia. A
letalidade policial no mesmo período, neste ano, subiu 4,5% em relação
ao ano passado: 268 mortos contra 256 em 2011. "Existe omissão por
parte dos responsáveis pela Segurança Pública em São Paulo. Por isso, é
difícil responder ao certo o que acontece atualmente. Mas é certo que a
polícia está matando mais e isso pode indicar uma falta de controle
dentro da PM. Estamos em um período do tudo pode", disse Guaracy
Mingardi, pesquisador da FGV e ex-diretor da Secretaria Nacional de
Segurança Pública.
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