Quem nunca ouviu alguma frase do tipo
“não pise no meu calo”, “se vier eu passo por cima”, “Sou bom com quem é
comigo”. Realidade presente na sociedade, no mundo a nossa volta e até
dentro das igrejas. Fácilmente encontramos ensinos que remetem ao nosso
antropocentrismo (o homem no centro), ao nosso “umbigo”.
Mas até em nosso modo de viver, por
conta da insegurança, hostilidade, mentiras, etc, utilizamos essa
“cartilha”. E se analisarmos piamente no fundo de nossas almas veremos o
orgulho como essência e base para muitas de nossas mazelas.
Quando escrevi acima “dentro das
igrejas”, meu senso comum me perguntou “como assim dentro das igrejas?”
Daí respondo é muito simples: diversas ações dentro de algumas igrejas
são condicionadas a ações orgulhosas, egoístas, como por exemplo o
dízimo, algumas canções, o congregar em si.
Mas dízimo? Por
mais que ele tenha sido abolido ou não (não quero entrar nesse mérito)
basta olhar como ele é empregado hoje e como era antigamente. Antes era
para suprir as necessidades de outros e hoje é de apenas um seleto
nicho, pense se estou falando alguma loucura.
Canções? “Quem te
viu passar na prova e não te ajudou quando ver a sua benção vão se
arrepender, vai estar entre a plateia e você no palco”, nem preciso
dizer mais nada, pois está claro algumas letras remetem a qualquer
coisa, menos evangelho. As canções estão cheias de “EU” e seu propósito
de louvar ao Altíssimo estão cada vez mais esquecidos.
Congregar? Congregar
/ verbo / 1. / Transitivo direto e pronominal / fazer ficar ou ficar
junto; juntar (-se), reunir (-se), convocar (-se). / “c. forças
militares” 2. Transitivo direto e pronominal / unir (-se) intimamente;
juntar (-se), ligar (-se); misturar (-se). Muitos acham que congregam,
pois se dispõem a ir em um templo, chegam sentam em um banco e mal
esperam o pastor dizer “amém” e já se vão. Mal perguntaram para seu
irmão como foi seu dia, isso não é congregar.
Mas como mencionei são apenas alguns exemplos, existem muito mais vertentes onde o orgulho se manifesta.
Aquele que está preso em sua própria
rede de orgulho não consegue enxergar seu próximo, fica insensível para
coisas simples do dia a dia. E esse orgulha se manifesta a todos
instante e em todas a vertentes de nossas vidas.
Muitas vezes imaginamos que se não
adotarmos essa postura de autodefesa (uma postura orgulhosa), não
estamos nos protegendo, mas nos expondo ao perigo. Enganamo-nos
grandemente ao pensar assim, porque o ódio e a mágoa corroem o coração.
Faz muito mal física, psicológica e espiritualmente guardar rancor.
A causa das mais variadas doenças e
dificuldades, como depressão, tristezas e ansiedades, são relacionadas a
essa área. Qual o proveito em ser orgulhoso? Em guardar esse lixo no
coração? O rancor é uma pedra em nosso coração. Já o perdão é uma
demonstração de uma vida alicerçada no Evangelho.
Aprendamos com o Mestre:
“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.” – Mateus 11:29,30
Toda vez que sua natureza humana
querer aflorar e alimentar orgulho dentro de você, lembre-se que essa
não é uma marca de um remido pelo sangue. Que sua oração seja para que o
Senhor livre-nos de nós mesmos.
Amém.
Dilcimar Gomes
Fonte: Evangelho Inegociável
Fonte: Evangelho Inegociável
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