
Governador Geraldo Alckmin recebe honras policiais militares. Foto: Gov/SP
Como se sabe, os Barbonos cariocas foram dissolvidos (pelo menos não se ouve mais falar deles), e suas reivindicações não foram atendidas: entre elas, a implementação de uma “política salarial calcada na integração remuneratória entre as forças policiais do Rio de Janeiro”. Curiosamente, a Polícia Militar do Estado de São Paulo vive movimento similar, onde se sabe que boa parte dos coronéis PM estão insatisfeitos com a disparidade remuneratória que os Delegados da Polícia Civil acabaram de conquistar do Governo.
O mérito da questão é resolvido sem pestanejar: é óbvio que os governos, ao criar disparidades entre duas categorias historicamente rivais, põe combustível em uma fogueira em plena atividade. Principalmente no caso de São Paulo, que vinha mantendo um alinhamento pouco visto no Brasil – geralmente os governadores reconhecem a existência de disparidades salariais alegando o efetivo menor das polícias civis, favorecendo, assim, o incremento dos vencimento destes.
“Nenhum oficial PM chega ao último posto sem alianças políticas, e nos últimos anos não houve outra possibilidade em São Paulo, senão estar politicamente alinhado com os governos ‘psdbistas’”Mesmo com essa questão crucial em jogo, vale refletir sobre o contexto em que um levante político tão incisivo ocorre nas altas patentes da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ora, num estado comandado pelo mesmo grupo político desde a década de 90 – o PSDB está assumiu o governo em 1995 – é de se estranhar tamanha oposição, frontal e declarada. Vale lembrar que nenhum oficial PM chega ao último posto sem alianças políticas, e nos últimos anos não houve outra possibilidade em São Paulo, senão estar politicamente alinhado com os governos “psdbistas”.
Para quem gosta de teorias da conspiração, aí vai uma que circula nos bastidores do “movimento coronelista”…
Fonte: Abordagem Policial
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