‘Quem morre na guerra contra as drogas não é o usuário: é o policial e o
traficante’. A frase, dita pelo ex-chefe do Estado-Maior da PM, coronel Jorge da
Silva, resume bem a ideia de um movimento que vem ganhando corpo entre os
profissionais responsáveis por aplicar a lei no Brasil: a guerra contra as
drogas está perdida. Formada por policiais, delegados e magistrados, a Leap
Brasil (Agentes da Lei contra a Proibição) acredita que somente a legalização do
consumo e a regulação da produção serão capazes de conter a espiral de violência
causada pela luta entre Estado e narcotráfico.“Você já viu alguém tomando conta
de uma vinícola com fuzis?”, emenda a juíza aposentada Maria Lúcia Karam,
presidenta da organização. “Não viu, mas nos EUA, na época da proibição, era
assim. A violência só acabou com a descriminalização”, conclui.Criada em 2010, a
Leap Brasil vai ampliar sua atuação em 2012. Ela é baseada na sua coirmã
norte-americana — de onde vem o maior interesse pela continuidade da política,
por conta do bilionário lucro do mercado das armas.
Fonte: O Dia
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