![Armas de Fogo: conhecer é preciso](http://abordagempolicial.com/wp-content/uploads/2012/06/arma_de_fogo_conhecer.jpg)
Há casos de policiais brasileiros que, por anos a fio, sequer dispararam um tiro com a arma de fogo que, orgulhosamente, portam na cintura ou no coldre. Além disso, não realizam manutenções e limpezas necessárias ao equipamento que pode vir a falhar no momento em que mais necessitar. Parece esquecer-se que a arma de fogo pode ser a garantia de sua vida em determinadas circunstâncias, e não uma espécie de estandarte a ser ostentado apaixonadamente.
Há quem confunda qualidade com quantidade: defendem o uso de fuzis, explosivos, grossos calibres, ignorando a adequada utilização do armamento, nas circunstâncias em que será empregado. A paixão pelo símbolo faz desejar cada vez mais potência, que, no final das contas, esta obsessão pode se transformar em tragédia, efeito colateral da escolha impensada do equipamento. Se estamos em circunstâncias de guerra, em que se admite a troca de fogo à vontade, sem o risco de ferimento de inocentes, o armamento a ser utilizado é um. No caso de patrulhamento urbano, a escolha é outra.
Nada impede, entretanto, que o policial conheça todos os tipos de armamento disponíveis, inclusive aqueles que possuem baixo nível de letalidade. É até desejável que os conhecimentos técnicos sobre armas trancendam o dia-a-dia do trabalho policial, reduzindo as possibilidades de utilização baseada no senso comum, que tende a ser desastrosa. Paixão não combina com arma de fogo. Conhecimento, sim.
Fonte: Abordagem Policial
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