
Policiais acusados de envolvimento no esquema de
arrecadação de propina de camelôs, motoristas de van e mototaxistas na Zona
Oeste faziam as cobranças durante o período de trabalho e dedicavam a maior
parte de seus turnos recolhendo dinheiro nas ruas. A conclusão consta na decisão
do juiz Alexandre Abrahão, da 1ª Vara Criminal de Bangu, que pediu a prisão
preventiva dos suspeitos. Terça-feira 57 deles (50 PMs e sete policiais civis)
foram presos durante a operação Compadre, que desbaratou a quadrilha e prendeu,
além dos policiais, outras 14 pessoas — sete estão foragidas. Os acusados eram
lotados no 9º BPM (Rocha Miranda), 14º BPM (Bangu), 34ª DP(Bangu) e Delegacia de
Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim). As investigações
mostraram que eles usavam os armamentos, viaturas, fardas e até as dependências
públicas durante as ações. Num dos flagrantes feitos pela Corregedoria da PM e
Subsecretaria de Inteligência policiais de dentro de um carro da 34ª DP (Bangu)
receberiam dinheiro do mototaxista Reginaldo de Azevedo da Silva, o Naldo, dono
de um dos pontos. Em outra filmagem, os policiais Clayton José de Freitas Melo e
Marcelo Pennafirme Malfacini aparecem com o camelô Adriano da Silva Conceição, o
Nando, na DRCPim. Ele estaria recolhendo o dinheiro para o bando e para repassar
a policiais da especializada. Investigação durou oito meses.
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