Três policiais militares da Rondesp e uma mulher ainda não
identificada morreram em acidente ocorrido por volta da meia-noite desta
sexta-feira (10), na BR-324, na altura do Makro. O acidente, que
envolveu uma carreta
branca de placa ALB-0038, de Pojuca; um veículo Sprinter (NTO-0664) que
transportava evangélicos e a viatura da Rondesp, deixou ainda ferida a
soldado Mônica de Carvalho, que fraturou as pernas e teve ferimentos na
cabeça.
Os três policiais mortos foram o
subtenente Pimenta e os soldados Gustavo e Roberval. Os profissionais da
Polícia Técnica que faziam a perícia do acidente não tinham a
identificação da mulher morta que estava na van. Há diferentes versões para as motivações do acidente.
O motorista
de um terceiro veículo envolvido no acidente, que preferiu não se
identificar, disse que a viatura da Rondesp parecia estar parada ou
quase parando no meio da pista, quando foi atingida por trás pela
carreta, que, na carroceria, transportava um contâiner. “Passei pela
viatura e vi que ela estava parando. Logo depois, houve a colisão da
carreta, e a viatura ainda raspou um pouco o carro que eu dirigia”,
disse o motorista do quarto carro envolvido no acidente. Outra versão
diz que a viatura vinha em comboio com outras, quando foi atingida pela
carreta, que viria em velocidade acima da permitida na via (80 km/h).
O
motorista da carreta, segundo testemunhas, fugiu por medo de ser
agredido pelos policiais, que estavam visivelmente transtornados pelo
fato de ver três colegas mortos. A carreta e a viatura iam no sentido
Feira de Santana. A carreta empurrou a viatura da PM para a pista ao
lado, na qual vinha, em sentido contrário, o veículo Sprinter. Os
policiais e a perícia técnica não sabiam ao certo o número de feridos.
Revolta -
Os policiais militares presentes no cenário do acidente estavam
revoltados por conta das condições em que os policiais vitimados
fatalmente foram para o trabalho. “Eles foram pressionados a sair, de
qualquer jeito. Mesmo insatisfeitos, os policiais foram coagidos a sair.
Se estivéssemos parados como outros colegas, isto não teria
acontecido”, disse um dos militares.
Outro policial se
aproximou da equipe de reportagem para denunciar que a viatura que
transportava os policiais não tinha condições de uso. “Ela estava
baixada”, disse o soldado. Segundo ele, os quatro pneus
estavam “carecas’ e a suspensão também apresentava problemas. “A
polícia tem que cumprir a lei, mas o governo não permite que a gente
cumpra a lei. Ou você acha que um viatura nestas condições respeita a
lei?”, indagou. O acidente causou congestionamento e espalhou grande
quantidade de óleo e combustível na pista.
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