Para
mim é uma alegria as muitas tradições que vieram a estar associadas com
o Natal, em nossa sociedade. Todas estas tradições combinam para fazer a
época do Natal feliz, uma época na qual geralmente nos encontramos mais
festivos, generosos e benevolentes. Não sou de forma alguma uma
daquelas vozes exigindo a remoção destes prazeres do Natal, prazeres
estes que não causam danos e que causam satisfação.
Mas
certamente, o significado do que chamamos “Natal” é muito mais profundo
do que qualquer destas coisas. É a celebração de um nascimento, o
nascimento de Jesus em Belém. A história de José, a virgem Maria, o bebê
Jesus, os Pastores e os Magos – e Herodes! – é uma história familiar
para a maioria dos americanos. E é certo que assim o seja: nunca na
história houve outra virgem que concebesse e desse à luz uma criança! É
um evento verdadeiramente extraordinário!
Mas
mesmo assim, o significado do Natal é mais profundo do que isto. A
coisa mais extraordinária é esta: O nascimento de Jesus não foi o
princípio da sua existência! Para colocar de uma outra forma, Sua origem
não está de forma alguma relacionada com o Seu nascimento.
Se
isto é um pouco difícil de entender, não se sinta sozinho. Mas isto é
precisamente o que as Escrituras nos dizem. De fato, houve um profeta de
Israel, por nome Miquéias, que disse que este que nasceria em Belém era
um “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Isto é, Ele veio da eternidade, para entrar no tempo.
Agora,
claramente, esta linguagem é completamente inapropriada com referência a
qualquer humano comum. O profeta Miquéias estava mui enfaticamente
afirmando o fato de que Jesus não era um homem meramente: Ele é Deus.
Ele é Deus como um homem.
Este,
e nada menos, é o significado do Natal. É mais do que uma história de
um bebê. É a história de como o Deus eterno se tornou um bebê!
Este
é um evento que é único na história, tão significante que mudamos nosso
calendário por causa dele – Antes de Cristo (a.C.) e Depois de Cristo
(d.C.). E é assim mesmo que deveria ser. Toda a história até este ponto
estava em antecipação do evento. Desde o tempo quando o homem caiu em
pecado e se arruinou no paraíso, a promessa estava aguardando o
cumprimento. A promessa foi primeiramente feita a Adão e Eva – alguém da
“semente da mulher” viria e destruiria o tentador. Ela foi dada a
Abraão – em alguém de sua semente “todo o mundo será abençoado”. Foi
dada novamente a Davi, o maior Rei de Israel – seu “maior filho”
prosperará em paz em seu trono para sempre. E era na antecipação desta
própria promessa que todo o povo de Deus vivia.
E
assim, a própria história está centrada n'Aquele que finalmente veio à
Belém. Ele era o cumprimento das antigas esperanças de Israel.
Uma
pergunta permanece: a simples questão, “Por que?” Por que, em nome da
razão, o Deus eterno se tornaria um homem? A resposta novamente é
encontrada nas próprias promessas: Ele veio para ser o Libertador, nosso
Libertador do pecado.
A
justiça de Deus requer que o pecado seja punido em todas as Suas
criaturas. E a punição é a morte. E assim, deixados a nós mesmos,
devemos morrer – física, espiritual e eternamente. Não há escapatória –
somos incapazes de nos salvar.
O
que precisamos, então, é de um Salvador – alguém que esteja disposto a
morrer em nosso lugar. Além disso, alguém que seja sem pecado e Ele
mesmo, não merecedor da morte. Mas somente Deus é sem pecado – e Ele não
pode morrer! Isto é, a menos que se torne um de nós.
E
este é precisamente o resto da história. Em Belém Deus se tornou homem
para morrer na cruz pelos homens, sofrendo o castigo pelos seus pecados.
Em assim fazendo, Ele se tornou nosso Salvador. Ele veio sofrer a
condenação da Sua própria lei, a lei que nos condenava.
O
Natal, então, marca um evento significante no calendário de Deus da
redenção. Ele prometeu salvar, e este primeiro Natal foi o cumprimento
desta promessa.
Tudo isto é resumido naquelas palavras familiares de João 3:16: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Não,
nós não temos nada contra as tradições, de forma alguma. Mas os
pensamentos que enchem os nossos corações são estes: O Natal é a maior
história de amor jamais contada. É a história do maior amor já dado. E é
a história do maior Dom – o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
***
Autor: Fred G. Zaspel
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