O Portal Ultimato disponibiliza a todos os leitores um dos artigos de capa desta edição 358 da revista Ultimato.
O título “Abstenham-se da imoralidade sexual” é direto e franco, mas
não simplista. Significa tomar a decisão de privar-se de práticas que
deturpam o sentido da sexualidade que Deus nos deu como dádiva e para o
nosso bem. Confira.
***
Abstenham-se da imoralidade sexual
Precisamos
oferecer resistência à inveja, ao egoísmo, à ira, à vingança, à
ansiedade, à profanação do nome do Senhor, à apropriação indébita, à
soberba e a qualquer outra coisa que prejudica a nossa comunhão com Deus
e com o próximo. A pergunta agora é: é necessário oferecer resistência
também à imoralidade sexual?
Além de abundante, a resposta é
muito simples. Na relação das obras da carne ou das coisas que a
natureza humana produz, a primeira que Paulo menciona é a “imoralidade
sexual”. As duas seguintes são como comportamentos sinônimos: “impureza”
e “ações indecentes” (Gl 5.19). Jesus, por sua vez, na relação das
coisas que saem do coração e fazem com que a pessoa peque, não se
esquece das “imoralidades sexuais” (Mt 15.19).
Paulo também fala
sobre o assunto, primeiro quando escreve aos romanos: “Vivamos
decentemente, como pessoas que vivem na luz do dia [e, portanto,] nada
de farras ou bebedeiras, nem imoralidade ou indecência, nem brigas ou
ciúmes” (Rm 13.13). E, depois, quando escreve aos coríntios: “Receio
ainda que na minha próxima visita o meu Deus me humilhe diante de vocês e
que eu tenha de chorar por muitos de vocês que continuam a cometer os
mesmos pecados que cometiam no passado e não se arrependeram da sua
imoralidade sexual, nem das relações sexuais proibidas, nem de outras
coisas indecentes que faziam” (2Co 12.21). No caso de Corinto, a
situação é muito grave porque, antes da conversão, eles viviam de acordo
com a cultura da cidade, extremamente liberal na questão do sexo. Ao
conhecerem o evangelho por ocasião da segunda viagem de Paulo, eles
foram lavados de todos os pecados, inclusive da área do sexo (1Co 6.11).
Agora, o apóstolo receia que eles tenham voltado à mesma má conduta
anterior.
Nem todas as versões da Bíblia traduzem a palavra do
original grego (porneia) como “imoralidade sexual”, o que é bom, porque,
assim, podemos enxergar melhor o significado da expressão. Além disso,
ela nunca vem sozinha. Sua abrangência é enorme: adultério, concubinato,
devassidão, fornicação, homossexualismo, indecência, impudicícia,
impureza, imundícia, incontinência, infidelidade, lascívia,
libertinagem, luxúria, prostituição e relações sexuais ilícitas. Tudo
isso está debaixo da chamada imoralidade sexual.
Na primeira
carta aos Tessalonicenses, Paulo escreve: “Não há necessidade de lhes
escrever a respeito do amor pelos irmãos na fé, pois o próprio Deus lhes
ensinou que vocês devem amar uns aos outros” (1Ts 4.9). A capacidade de
amar entre eles era notável. Mas o mesmo não se pode dizer da conduta
sexual. Daí as exortações do apóstolo (1Ts 4.3-8, NVI):
1. Abstenham-se da imoralidade sexual.
2.
Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa,
não dominada pela paixão de desejos desenfreados (ou não com paixões
sexuais baixas).
3. Deus não os chamou para a impureza (ou para viverem na imoralidade).
A
santidade requer vigilância e disciplina não só no que diz respeito à
ira, à inveja, à presunção etc., mas também (não especialmente) no que
diz respeito à indisciplina sexual.
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