Em
nome do “politicamente correto” os cristãos estão se tornando
vergonhosamente omissos. A falta de coragem em falar a verdade é
mascarada pelo “respeito” e pela “tolerância” que na realidade não é nem
uma coisa nem outra, mas, sim, diante da omissão da mensagem que deve
ser proclamada, custe o que custar, doa em quem doer.
Em nome do “politicamente correto”:
1)
Noé teria visto sua família morrer no dilúvio, pois, anunciar o castigo
de Deus ao mundo seria (hoje) uma propaganda terrorista;
2)
Moisés teria ficado calado quando viu o egípcio matando aquele hebreu,
afinal, seria loucura da parte dele se levantar contra o sistema
estabelecido;
3)
Ana, mãe de Samuel, hoje teria sido processada por “abandono de
incapaz” quando cumpriu sua promessa a Deus de dedicar-Lhe o filho que
Ele lhe desse;
4)
Elias teria sido um intolerante, agitador e incitador de perseguição
quando zombou dos sacerdotes de Baal e de seu culto idólatra, e depois
mandou que fossem mortos todos aqueles prevaricadores idólatras;
5)
Eliseu teria sido condenado tanto pelo IBAMA por ter usado duas ursas, e
pelo MP pelo assassinato daqueles meninos que zombavam do ungido do
Senhor;
6)
Jeremias seria achincalhado por ser “do contra”, pois, onde já se viu
um profeta profetizar “coisas ruins” quando todos os outros profetas só
“profetizavam” coisas boas? Na verdade, os falsos profetas (assim como
em nossos dias) sempre pregaram o que o povo quer ouvir e não o que Deus
de fato manda, como o fez Jeremias;
7)
E Ezequiel? Ah! Esse profeta boca suja que deveria passar por uma
sessão de psicanálise na melhor linha freudiana, pois, ele só falava de
sexo e órgãos genitais, sexo, e órgãos genitais… para repreender o povo.
8)
Daniel e seus companheiros seriam condenados (e foram) por rebeldia
contra o rei. Onde já se viu um servo de Deus se rebelar contra os
governantes?
9)
João Batista seria (e foi) chamado de endemoninhado, pois, somente quem
tem o capeta no couro come gafanhotos com mel (ainda que em nossos dias
algumas culturas saboreiem “iguarias” como essa, mas, aí, dessas
culturas dizemos que é normal, e, criticá-las seria “etnocentrismo”);
10)
E Jesus? Em nome do “politicamente correto” Ele seria chamado de
agitador, perturbador da ordem estabelecida, megalomaníaco (se declara
Deus!), absolutista, pois, Se declara como “a Verdade” e não como mais
uma verdade.
11)
Paulo, Pedro, João, Tiago e os demais apóstolos não passam de um bando
de aproveitadores que “institucionalizaram” a Igreja de Cristo dando
ensejo para que os muitos pilantras se aproveitassem da ganância
travestida de ingenuidade de muitos.
Definitivamente,
em nome do politicamente correto a omissão tem se instalado no coração
dos cristãos que se acovardam, não têm coragem de chamarem de mal o mal,
de denunciarem o pecado seja em quem e aonde for.
“A Igreja de Cristo não foi chamada para fazer relações públicas, mas, sim, dar um ultimato à sociedade” (Rev. Marcos Agripino).
Não
fomos chamados para dialogar com o mundo, mas, sim, monologar, pois,
pregação é monólogo (e muitas vezes ficamos sozinhos enquanto falamos).
***
Autor: Rev. Olivar Alves Pereira
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