Não se pode culpar a segurança pública pelos crimes de trânsito e os assassinatos bárbaros que vêm ocorrendo nos fins de semana em Itabuna. Esses incluem alguns dos fatos que a polícia, por mais empenhada que seja, não
consegue prever, e, sendo assim, não tem como se antecipar. É impossível prever os atos de um homicida que planeja, em silêncio, a morte de sua vítima. Também não é possível montar barreira de fiscalização de trânsito em cada ponto de rua e estrada para inibir a ação dos maus motoristas. A situação exige maior participação da sociedade. Não basta apenas incentivar as pessoas a denunciar os agressores e os condutores que representam risco iminente a outros integrantes das vias, é preciso que haja uma elevação no nível de consciência de cada cidadão, no sentido de respeitar a vida do outro. Mas essa é uma formação que começa na infância. A polícia age muito bem, e o esforço das equipes está concentrado nas áreas de maior incidência de crimes, seja no trânsito ou nos bairros. No entanto, o ínfimo efetivo não consegue vencer os obstáculos resultantes da desagregação familiar e de outros fatores que levam o cidadão a optar por viver à margem da lei.

Fonte: Val Cabral
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