O nascimento de Jesus foi o acontecimento mais extraordinário da
história. Foi planejado na eternidade e anunciado na história. A própria
história da humanidade foi uma preparação para esse dia glorioso. A
vinda de Jesus ao mundo foi proclamada a nossos pais no Éden. Os
patriarcas falaram desse dia. Os profetas descreveram esse dia. O
tabernáculo e o templo de Jerusalém apontavam para esse dia. Os
sacrifícios e as festas judaicas eram sombras daquele que nasceria nesse
dia. Jesus nasceu na plenitude dos tempos. Deus preparou o mundo para a
chegada de seu Filho. Através dos gregos, Deus deu ao mundo uma língua
universal. Através dos romanos, Deus deu ao mundo uma lei universal.
Através dos judeus, Deus deu ao mundo uma revelação sobrenatural. Quando
tudo estava pronto, Deus desceu!
O Natal fala da encarnação do Verbo eterno, pessoal e divino. O Natal
anuncia que o criador do universo entrou na história e vestiu pele
humana. O Natal fala desse glorioso mistério que a mente mais brilhante
não pode alcançar: Deus se fez homem, o Rei dos reis se fez servo. O
eterno entrou no tempo. O infinito nasceu de uma virgem. Aquele que nem o
céu dos céus pode contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa
manjedoura.
O Natal traz à lume esse mistério dos mistérios. Jesus sendo Deus
esvaziou-se e tornou-se homem sem deixar de ser Deus. Mesmo assumindo um
corpo humano, nele residiu toda a plenitude da divindade. Ele veio para
nos revelar Deus. Ele é a exata expressão do ser de Deus. Nele está
todo o resplendor da glória divina. O Verbo habitou entre nós cheio de
graça e de verdade. Quem vê a Jesus vê o próprio Deus, pois ele e o Pai
são um.
O Natal é a sublime mensagem de que Deus enviou seu Filho Unigênito e
o Filho voluntariamente veio, no poder do Espírito Santo, para dar sua
vida em resgate do seu povo. Jesus nasceu não num palácio, cercado de
glória e poder, mas numa estrebaria humilde, pois entrou no mundo como o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Veio para estabelecer seu
reino de graça em nossos corações e preparar-nos para o seu reino de
glória. Veio não para brandir a espada da condenação, mas oferecer-nos o
presente da salvação.
Quando Deus desceu até nós, os anjos celebraram no céu e os homens se
alegraram na terra. Houve glória a Deus no céu e paz na terra entre os
homens. O Natal precisa celebrado, pois é uma boa notícia de grande
alegria! O Salvador do mundo, o Messias esperado e o Senhor dos senhores
veio até nós, como nosso Redentor. Ele é a porta do céu. Ele é o novo e
vivo caminho para Deus. Ele o único Mediador entre Deus e os homens. Só
em seu nome há salvação. Por meio dele temos livre a acesso à graça e
exultamos na esperança da glória.
É tempo de recristianizarmos o Natal e devolvê-lo a seu verdadeiro
dono. É tempo de celebrarmos Cristo e não a nós mesmos. É tempo de nos
prostrarmos diante dele para adorá-lo, como o fizeram os magos do
Oriente e não fazermos festa para nós mesmos. É tempo de nos alegrarmos
com grande e intenso júbilo, porque Deus nos amou de tal maneira que nos
deu seu próprio Filho Unigênito, para que nele pudéssemos ter a vida
eterna. Eis o conteúdo do Natal! Eis o propósito do Natal! Eis a glória
do Natal! Deus desceu até nós para nos tirar do império das trevas e da
escravidão do pecado. Deus desceu até nós para nos adotar como seus
filhos. Deus desceu até nós para nos dar vida e vida em abundância!
Por Hernandes Dias Lopes
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