Depois do ataque por professores grevistas ao
ônibus da seleção brasileira, no Rio, no início da semana, a presidente Dilma
Rousseff determinou que as Forças Armadas se façam presentes, de forma
ostensiva, nos 15 Estados onde serão realizados jogos da Copa ou onde houver
seleções estrangeiras hospedadas ou treinando. Dilma quer a presença física de
soldados do Exército nos trajetos por onde as autoridades e seleções passarão,
nos arredores dos diversos centros de treinamento dos jogadores, a exemplo da
Granja Comary, no perímetro dos hotéis onde eles e as autoridades estiverem
hospedadas e nas ruas das cidades, onde for conveniente os militares estarem à
mostra. Dilma quer que os militares sejam visto na maior quantidade de pontos
possíveis pela população, para funcionar como poder dissuasório, desestimulando
qualquer tipo de aventura de baderneiros. Quer também dar “sensação de
segurança” à população em geral, aos torcedores e às autoridades. “Quero que as
Forças Armadas apareçam. Que tenham visibilidade”, determinou a presidente,
segundo informações obtidas pelo Estado. A ordem de Dilma é que “todos vejam o
Exército nas ruas e se sintam seguros”. A presença destes militares nas ruas
está coberta, legalmente, por um instrumentos já assinado pela presidente Dilma
e publicado no Diário Oficial de segunda-feira, 26, que está sendo chamado de
“GLO preventiva”, que dá o poder de as Forças Armadas agirem para dar Garantia à
Lei e à Ordem (GLO). Só que, neste caso, por ser um instrumento preventivo, os
militares sairão às ruas para dar proteção à população, às autoridades e aos
atletas, mas não poderão agir com poder de polícia, ou seja não podem prender,
nem atirar, a não ser em sua própria defesa. Para ter este poder de polícia, o
governador do Estado terá de pedir, oficialmente, a presença do poder federal,
alegando impossibilidade de resolver o problema com seu contingente militar.
(AE)
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