O Ministério Público vai indiciar mais quinze
policiais militares por envolvimento na morte do pedreiro Amarildo de Souza,
desaparecido desde o dia 14 de julho depois de ser levado para averiguações na
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Agora, sobe para 25 o total de
agentes acusados de participação no caso, que podem responder por tortura
seguida de morte, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e fraude
processual. Perícia feita pelo MP identificou os quatro envolvidos diretamente
na sessão de tortura a que Amarildo foi submetido, entre eles o tenente Luiz
Felipe de Medeiros. De acordo com a promotora Carmem Elisa Bastos, do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o major Edson Santos,
então comandante da UPP da Rocinha, esteve todo o tempo no contêiner da unidade,
ouvindo o que acontecia. O Gaeco também confirmou que um dos PMs se fez passar
pelo traficante Catatau, para tentar confundir as investigações. Segundo as
investigações, um dos soldados usou um celular capturado na Rocinha para fazer
uma ligação na qual admitia a responsabilidade pelo assassinato do pedreiro. A
farsa teria sido articulada pelo major Edson, que sabia que a ligação seria
monitorada. Até agora, cinco policiais militares envolvidos no caso colaboraram
com a Justiça. Quatro deles são mulheres, que podem ter o benefício de redução
de pena, em caso de condenação. Nos depoimentos, os agentes disseram ter ficado
aterrorizados diante da crueldade com Amarildo. Na semana passada, o major e o
tenente Luiz Felipe de Medeiros foram transferidos para Bangu 8, para evitar que
eles impeçam outros PMs de ajudar as investigações. (Veja)
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