A pregação religiosa crescente no interior dos trens de São Paulo está levando a passageiros irritados se queixarem à polícia. O Estadão revelou dados da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Dados tem mostrado um aumento de 42% na média de denúncias diárias contra pregadores de trem em relação a 2010.
“às vezes, chegam a gritar. Atrapalha as pessoas, quem tenta voltar dormindo de um dia cansativo”, disse o operador de logística Vanderlei Aparecido Luiz, de 38 anos, que usa a Linha 10-Turquesa da CPTM.
Aparecido testemunhou passageiros revoltados que chegaram a expulsar um evangelizador.
Já outros defendem a pregação, entretanto, sugerem que seja em outros lugares.
“Tem que ser em um lugar como uma Igreja. Nem todo mundo que está no trem tem a mesma religião”, disse Adriane Proença, 23 anos.
Por outro lado, Agostinho Ferreira da Silva, 46, analista de informática, vê o uso do quarto vagão da linha que liga a capital a Poá, uma grande oportunidade para converter as pessoas.
“A maioria das pessoas gosta”, disse ele que a aproveita a possibilidade para evangelizar diariamente depois de seu trabalho às 19h30 no Brás.
O irmão Guto, que silva, ora e canta hinos evangélicos diz que já teve sua camiseta rasgada por seguranças. Mas disse que a situação melhorou.
Os evangelistas têm apoio para não se sentirem intimidados por agentes da CPTM. Teresinha Neves, assessora jurídica, auxilia os evangelizadores nesse sentido alegando estar em um Estado democrático.
A CPTM responde dizendo que a proibição “não se confunde com direitos assegurados na Constituição”, alegando que o Estado é laico e vê isso como imposição de fé.
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